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História Jealousy - Capítulo Bônus - Nós.


Escrita por: Kuutamo

Notas do Autor


Adorei escrever. Espero que não tenha muitos erros, pq escrevi pelo celular. Assim que possível, corrigirei tudo.
Aproveitem!

Capítulo 2 - Capítulo Bônus - Nós.


Carl adorava ouvir a risada de Negan. Para ele, não havia melodia mais bonita do que aquela. Era algo harmônico e que fazia Carl sentir uma paz incomum. Como se o mundo não estivesse acabando e os mortos não estivessem vagando por aí.

O garoto estava deitado no sofá do quarto que dividiam, as pernas apoiadas nas coxas de Negan, que estava sentado. Carl observava Negan rir de uma história boba que tinha acabado de contar a ele.

– Você realmente sentou no maldito telhado para comer pudim de chocolate? – Negan falou já parando de rir e Carl assentiu com a cabeça, sorrindo junto. – Você é tão badass, Carl. – Negan falou ironicamente e foi a vez do garoto rir.

– Eu sei. – Respondeu ainda rindo e Negan se mexeu no sofá até ficar por cima do garoto, os narizes quase se encostando.

– Sabe o que mais você é? – O mais velho sussurrou sério e Carl segurou mais um sorriso.

– Não, o que? – Respondeu no mesmo tom e sentiu os lábios dele se juntarem aos seus. Uma mão do garoto estava apoiada no peito de Negan, enquanto a outra acariciava o rosto dele calmamente durante o beijo. Assim que se separaram, Negan voltou a olhar Carl com atenção.

– Lindo. – Respondeu à pergunta com a voz um pouco rouca, fazendo o garoto se arrepiar levemente. – Sua sensibilidade me encanta.

– Com quem você aprendeu essas coisas? – Carl riu e Negan apenas riu nasalmente, sem desviar os olhos do rosto do garoto.

– Você consegue tirar o melhor de mim, babe. – Carl sentiu o rosto queimar de vergonha e Negan achou adorável. Mordeu o queixo dele de leve, novamente arrancando uma risadinha de Carl.

Duas batidas na porta foram ouvidas e Negan levantou rapidamente para atender. Carl se esticou no sofá para ver quem era. O olhar de Dwight cruzou com o seu e o garoto sentiu um arrepio macabro percorrer sua espinha.

Não prestou atenção na conversa, mas Negan não parecia muito feliz quando Dwight se retirou. Continuou em silêncio enquanto observava o mais velho trocar de roupa.

– O que aconteceu? – Perguntou finalmente quando Negan bateu a porta do guarda roupa com força. Carl levantou do sofá e andou até o outro. Segurou nos braços dele para poder olhá-lo nos olhos.

– Parece que o seu querido pai resolveu matar mais alguns dos meus homens. – Negan o afastou brutalmente, como se sentisse raiva de Carl.

– Vou com você.

– Não, você vai ficar aqui esperando eu voltar. – Negan respondeu ríspido e Carl sentiu o corpo queimar de raiva.

– Ah, pode ter certeza que não. Você pode não voltar de lá, Negan. Não ficarei trancado aqui como as suas esposas ficam. Eu vou você sim, e ninguém vai me impedir.

(...)

Carl saiu do prédio arrumando a arma no coldre, de cabeça baixa. O chapéu tinha ficado no quarto e a bandagem estava firmemente presa. Negan o esperava ao lado da porta do caminhão. 

– Onde você vai? – O mais velho perguntou ao ver Carl passar direto e abrir a porta do caminhão que Simon guiaria.

O garoto não respondeu, apenas subiu na cabine e se acomodou no banco do passageiro. Negan respirou fundo, tentando controlar a irritação, e entrou na cabine também. Não demorou muito e já estavam na estrada.

Carl não se sentia incomodado na presença de Simon como na de Dwight, mas o silêncio era estranho. Poucas horas de silêncio absoluto entre os dois, cortado apenas pelas comunicações constantes pelo walkie-talkie.

O portão de Alexandria foi aberto assim que os caminhões se aproximaram. Rick esperava do lado de dentro, com os braços cruzados e a expressão de desagrado. Os Salvadores desceram quase ao mesmo tempo dos caminhões, mas Carl não teve tempo de abrir a própria porta.

Negan a abriu rapidamente e estendeu uma mão para Carl, por mais que ainda estivessem irritados um com outro. O garoto colocou a mão por cima da dele e aceitou a ajuda para descer. Ouviu alguns cochichos assim que as pessoas de Alexandria o viram, mas tentou ignorar enquanto andava ao lado de Negan em direção a Rick.

– Olá, Rick. – Negan falou com um tom sarcástico e Rick não se moveu. – Você deveria saber que não é educado ignorar quando falam com você, querido.

– Olá, Negan. – Rick respondeu hesitante e com raiva na voz.

– Bem melhor. Tem alguma coisa para me contar, Rick? – Negan perguntou em um tom mais baixo, apoiando Lucille no ombro direito enquanto andava devagar em direção ao líder de Alexandria. O Grimes mais velho continuou em silêncio. Carl andava a passos curtos atrás de Negan. – Que tal começar me contando sobre o que fizeram ontem?

Rick não respondeu conforme Negan se aproximava dele. Lucille firmemente apoiada no ombro, Rick conseguia ver todos os detalhes do arame farpado dela.

– Droga, Rick, eu achei que tivéssemos um acordo aqui! – Negan continuou o monólogo e Carl parou ao lado dele, observando de perto a conversa.

– O acordo era conseguirmos coisas para você toda semana. – Rick respondeu finalmente, a raiva ainda presente na voz. – Não precisamos dos seus homens aqui dentro nos vigiando o tempo todo.

– É aí que você se engana, querido. Tudo isso aqui é meu. Inclusive, isso que você está vestindo também é meu. E eu vou colocar pessoas aqui para te vigiar quantas vezes eu quiser. – Carl se assustou quando Rick respondeu com um belo soco do lado direito do rosto de Negan. Os Salvadores levantaram as armas engatilhadas para o rosto de Rick enquanto Negan se recuperava. Cuspiu uma grande quantidade de sangue no asfalto e olhou para Rick com um brilho raivoso nos olhos. Carl assistiu ele apertar os dedos ao redor de Lucille e entrou na frente de Rick rapidamente.

– Negan, não! – Gritou assim que Negan se preparou para reagir. 

– Sai. – Negan murmurou com a voz carregada de ódio.

– Não. Se quer matá-lo, vai ter que me matar primeiro. – Enfrentou-o e o viu abaixar as mãos lentamente, apontando Lucille para o chão. Rick arqueou as sobrancelhas ao perceber o poder que Carl tinha sobre Negan e se perguntou como aquilo era possível.

Negan virou de costas para os dois e falou alguma coisa com Simon, que fez um gesto e todos os Salvadores voltaram a entrar em seus caminhões. Carl e Negan foram os únicos que ficaram em Alexandria quando os outros foram embora.

(...)

– Espera. Vocês... Esse tempo todo? – Rick perguntou incrédulo e Carl abaixou a cabeça envergonhado. – Carl, sabe que podia ter me contado antes.

– Você quase me matou quando eu disse que ia morar no Santuário, pai. E também, não achei que você reagiria tão bem assim.

– Bem, eu continuo o odiando, – Disse apontando para Negan, que se mexeu incomodado no sofá – mas se você está feliz, eu não posso fazer nada. – Rick respondeu em um tom conformado, surpreendendo os outros dois presentes na sala.

Carl levantou do sofá e deu alguns passos em direção ao pai, o abraçando com forca quando sentou ao lado dele, de frente para Negan, que observava a cena com ternura.

– Amo você. – Carl falou sorrindo e Rick apenas sorriu de lado quando sentiu vários beijos serem deixados em suas bochechas.

– Também amo você. – Rick murmurou e Carl sorriu o abraçando com força. 

(...)

– Sabe qual foi a melhor parte de tudo o que aconteceu?  – O mais novo falou sorrindo e olhou para Negan através do espelho do banheiro. 

– Qual? – O mais velho respondeu do quarto e sentou na beira da cama que dividiam, já devidamente trocado para dormir.

– Perceber que eu tenho tanto poder sobre você. – O garoto riu e Negan o olhou com uma expressão de tédio. Carl se aproximou dele após terminar de tirar o curativo do rosto e o puxou para um beijo. Parou entre as pernas dele, logo tendo a cintura abraçada com cuidado, e os lábios se juntaram como ímãs. 

– Não seja convencido. – Negan sussurrou quando trocou de posição e deitou Carl na cama, ficando por cima dele. – Afinal, você continua sendo quem implora.

– Idiota. – O Grimes falou rindo e empurrou Negan levemente pra tentar sair da cama, o que apenas o fez segurar com mais firmeza. – Nem pense em fazer isso. – Falou assim que percebeu o brilho de diversão nos olhos de Negan. O riso de nervoso saía sem que Carl conseguisse segurar, conforme o mais velho subia os dedos lentamente do quadril para as costelas, ainda sem fazer nada.

Um grito de surpresa deixou a garganta de Carl assim que sentiu as cócegas serem provocadas rapidamente. Negan observava com um sorriso no rosto o garoto se contorcer e tentar se soltar enquanto gargalhava. Durou apenas alguns segundos, mas o mais novo já implorava para Negan parar.

– Odeio quando faz isso. – Carl falou rindo e puxou Negan para mais um beijo. As línguas se encontraram lentamente e a respiração de Carl foi se normalizando lentamente, sentindo os toques suaves e carinhosos do mais velho.

As testas se encostaram devagar quando as bocas se afastaram. Os olhos fechados e as respirações se misturando, aproveitando um ao outro.

– Não me abandone. – Carl pediu sussurrando e abriu os olhos, apenas para encontrar Negan o observando também.

– Nunca, babe.


Notas Finais


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