História Jessie Roque - Prólogo

Depois semanas eu fui na casa dele, na verdade fui levar umas roupas que minha mãe havia pedido pra concertar, a mãe dele era ótima costureira. Mas era inevitável não pensar nele. A casa era no mesmo bairro que a minha, chegando lá o portão estava aberto, apenas escorado por uma pedra. Abri o portão e lá em cima, no final da escada estava ele, sentado em um dos últimos degraus da escada, com um gesso no pé esquerdo (havia quebrado esses dias) e o típico cabelo desengrenhado, estava dando um trato na cadeira de rodas do pai. Entrei e ele abriu um tímido sorriso:
- Invasão de domicilio.
- Seria invasão se a porta estivesse fechada - respondi também sorrindo.
- É que Rachel acabou de sair com Paul, e já que o portão está enganchando ela deixou escorado.
- Sua mãe tá ai? - perguntei enquanto subia as escadas.
- Tá lá na copa, pode ir lá.
Entrei e percebi que hoje foi dia de faxina, pois o tipico tapete na sala estava embolado no canto do sofá, fui direto na copa e lá estava Sarah acabando de lavar as panelas que estavam na pia.
- Boa tarde Sarah!
- Oi filha, entra ai. To acabando de dar um trato na casa, tem bolo pega ai na vasilha encima da mesa. (Sarah tem essa mania de chamar as pessoas de filha e de filho, além disso é só entrar na casa dela que ela sempre oferece algo de comer)
- Não, obrigada. Eu trouxe as roupas que minha mãe falou com você, ela viria aqui mas não deu tempo, ela saiu pra trabalhar e deixou comigo, eu estava jogada no sofá, mas quando lembrei das roupas tive que sair correndo.
Ela pegou a roupa e passei umas explicações que minha mãe pediu.
- Agora que eu vou sentar, mas antes  tenho que tomar um banho pra tirar esse cheiro de desinfetante e água sanitária. 
Agradeci e ela subiu as escadas. Ao sair, sentei na escada ao lado de Jacob, que havia acabado de pintar a cadeira de rodas, agora tirava a tinta que havia em suas mãos.
- E ai cara? A semana que você ficou lá no México foi boa em? Voltou até com o pé quebrado.
- Oxi! Dessa vez não tinha ninguem que eu conheço, e o pé foi depois que eu cheguei, foi depois de uma missão, eu já estava humano de novo, só fui meio lesado. (Jacob era transmorfo "lobo" e quase todo dia vai até o vilarejo de La Push, que é perto, ele pode não morar lá, mas ele e seu pai são Quileute). E o que você fez de interessante que não me contou?
- Nada. tipo, tenho uma novidade, mas, eu estou apaixonada. - não acredito que tive coragem de dizer isso, percebi que ele queria sorrir, mas se conteve.
- Você? Mentira. Você tomou alguma droga? Quem é ele? Como você teve essa certeza?
- Eu tomei toddynho. - Jacob sabia que era ele, isso me deixou mais sem jeito, mas continuei -  Eu o conheci, a muito tempo, eu era muito apegada a ele mas sempre levei na amizade, até que quem comecei a ver tudo com outros olhos, agente se beijou, e nos afastamos, foi só nos afastar que senti que não conseguia ficar longe dele. Eu á falei com ele, e ele me perguntou se eu havia bebido alguma droga. (Seu sorriso sumiu aos poucos e depois de um breve silencio perguntou)
- É verdade isso?
- E ainda acha que estou mentindo? Não é fácil para mim estar falando isso, na real, até minha mãe ja mandou acabar com isso de uma vez.
- Então... então por que você se afastou ao saber sobre o Imprinting?
- Eu me assustei, me senti confusa. Do dia para noite descubro que meu amigo teve um Imprinting comigo quando tinha apenas dois anos de vida, e que a maioria dos que sabiam já contava que teríamos um caso e que ficaríamos juntos.
- Não é bem assim, você sabe disso. Eu te amo mas não significa que devemos nos casar.
- Todos que tem Imprinting com alguem ficam juntos. Mas a questão é que eu tentei fugir, eu não sabia o que é amar de verdade e achei que estava parecendo uma idiota.
Nessa hora eu me levantei, não sabia mais o que falar, nem se deveria esperar ele falar. Ao descer o primeiro degrau, ele me pediu para esperar e se levantou com dificuldade segurando o corrimão. Ele me segurou pela mão me puxando para mais perto dele:
- Que?
- Deu pra ver que está falando a verdade. Eu te amo muito, você me deixa feliz, você me completa, agora tenho novo motivo para sair sorrindo por ai.
Também sorri, significava que não o havia perdido, fiz com que iria embora, só fui lá para levar a roupa para arrumar, mas não conseguia tirar os olhos de seu rosto.
- Perai, é que... que... se eu estiver muito rápido me fale, mas... você quer namorar comigo? Tinha de perguntar antes que o efeito do toddynho acabasse. Eu te amo.
Não respondi, antes que ele falasse mais eu o beijei, aquele beijo quente me fazia perder a noção do tempo (não imagine coisas, um transmorfo é naturalmente quente), ele surpreso me segurava pela cintura.
- Mais pera, é verdade? Mas tipo, minha mãe, você sabe é a moda antiga.
- Relaxa, eu falo com ela, amanhã eu tiro esse gesso e falo, que eu to namorando a filha dela, e se ela quer garrar as mãos no meu pescoço, espero que ela não esteja brava. Mas e ai, não quer entrar enquanto falo com a minha? E volte a me chamar de Jake.
- Não exagera, Jake. Sua mãe vai achar que eu vim aqui para roubar o filho dela.
- Ta bom, pode ir. Te amo.
Lhe dei um selinho e desci as escadas, enquanto ele entrava dentro de casa todo sorridente, cheguei no portão junto com a irmã dele. Ao sair me senti idiota por ter me aberto com ele, pensando em como falar com minha mãe, mas feliz, muito feliz.
(Eu sou Jessie Roque, tenho 19 anos e foi assim, como você leu a cima, que comecei a namorar Jacob Black que tem 21 anos. Justamente um ano atrás descobri que ele teve um Imprinting por mim quando tinha dois anos. Daqui pra frente conhecerão um pouco de minhas aventuras)