História Jessie Roque - Polegarzinha - Na casinha de boneca

Hoje de tarde estava na casa de Jake, a irmã mais velha dele passou mal e o marido dela a levou para o hospital, Sarah foi também, mas estava tudo bem. Enquanto isso Jake e Rachel ficaram o dia de babá da sobrinha de 5 anos. De tarde fui para lá e ficamos eu, Jake e Bia jogados no sofá com um pote de sorvete assistindo nada mais, nada menos que Barbie em - A Pequena Polegar, filme preferido de Bia. Nunca viu? Polegarzinha é uma twillerbee que vive em harmonia com a natureza no mundo mágico chamado Vila Twillerbee, (bem fluflu ) um vasto jardim coberto por uma área verde exuberante. Tudo está tranquilo, até que Polegarzinha e suas amigas são surpreendidas por uma gigantesca máquina que as transportam para um grande apartamento na cidade. Aproveitando a magia da natureza, Polegarzinha e suas amigas tentarão salvar o jardim e provar que pequenas pessoas podem fazer uma grande diferença. Fiquei por lá até que Sarah e os pais de Bia chegaram, depois fui pra varanda com Jake antes de vir embora. Mas não é isso que vim contar pra vocês, mas sim do dia em que eu praticamente era a polegarzinha, não, eu não conheci ela, mas praticamente fui uma. Eu estava na casa dos Cullen e quando descemos no porão (eu e Reneesme) encontramos uma casinha de boneca, daquelas casinhas da Polly toda equipada, com minis móveis. Era de Reneesme, que ganhou de seu pai quando era pequena, a pegamos e colocamos em uma caixa que tinha também uma fantasia de boneca e uma varinha estilo de magia, mas que ninguém acreditava nela. Pegamos tudo e fomos para o quarto de Reneesme. Enquanto ela acabava de limpar a casinha eu vestia a roupa que havíamos achado. A roupa era fofinha e engraçada, uma blusa de manga rosa com detalhes preto nas mangas, uma saia rosa com pompons preto nas pontas e um shortinho preto que não dava para ver por ficar debaixo da saia. Do nada, Diego entrou no quarto.

- Nessie, você viu meu...

- Seu o que? Não bate na porta mais não?

- Ela estava meio aberta, então... an... até esqueci agora. Velho, baile a fantasia é?

- Achamos no porão.

- Peraí que eu lembro disso ai. Não é com isso que tia Alice ficava pequenina e saia por aí? - foi entrando e sentando na cama, enquanto eu estava em pé e Nessie na cadeira.

- Sei não, é? - perguntei

- Ela falava do tipo... - e pegou a varinha - ... a eu não sei, isso funciona? Era... agora eu sei. - e falou a bendita frase que eu não sei pronunciar para poder te contar - Aff... nem funciona.

- Hahahaha (essa é minha risada estranha) funciona sim. - eu estava pequenininha, menor que uma mão, e a roupa encolheu também.

- Agora é minha vez. - Reneesme levantou sorrindo - Diego, reverte isso.

- Ai meu Deus!!! Como eu fiz isso? Jessie tá tudo bem?

POR DIEGO

- Jessie não é hora para brincadeira, responde. - falei

Ok, não sei como fiz isso, não sei como reverter, até Reneesme está preocupada, (mesmo sendo a mais nova, é a mais sensata e a única que mantém a calma, até agora). Toda vez que Jessie falava só escutava barulhinho de sinos tocando, e ela também percebeu que não estávamos a entendendo. Para piorar tio Edward estava chamando Reneesme lá embaixo, na sala, ninguém podia ver isso, eu sei que tinha um livro antigo cheio dessas coisas na garagem, tudo bem que Carlisle e Jasper resolveriam isso fácil, mas não posso dar a entender que sou inútil.

- Ai meu Deus, meu pai tá me chamando. - falou Reneesme

- Perai, deixa eu pensar. Vamos pra garagem, lá vai ser melhor. - peguei Jessie do chão e a coloquei dentro da casinha de boneca - Ninguém pode saber, só em último caso.

Saimos do quarto, ela fechou a porta e descemos as escadas, Jessie parecia bater sinos dentro da casinha, e provavelmente me xingava com altos palavrões.

- Reneesme Cullen! - Edward e Jasper -estavam justamente na sala - Não foge não, vai lá e dá um jeito na bagunça que você fez naquelas fitas antigas que você teimou em mexer - mas ai, ele olhou para mim - Desde quando você brinca com casinha rosa?

- Pai, espera só um pouco. É que achei essa casinha no porão e Diego vai e ajudar a melhorar a aparência dela.

- Sem desculpas, depois você mexe.

- É vai lá. - escutei Jessie protestar dentro da casinha, então a sacudi um pouco - Dou um jeito

- O que tem ai dentro? - perguntou tio Jasper, é igual minha mãe, não é atoa que são irmãos.

- Nada não, tá vazia, só vou consertar um negócio nela. - e sacudi a casinha mais um pouco - Bem... vou pra garagem. - ele desconfiou pois encarava a casinha de jeito diferente.

Cheguei na garagem, passei pelos carros estacionados e coloquei a casinha encima da mesa, abri a portinha e Jessie saiu cambaleando ainda sobre protestos, uma coisa eu garanto, ela tava fofinha com aquele barulhinho de sininho. E fui caçar o tal livro em uma das caixas velhas em cima prateleira de ferramentas.

POR JESSIE

Eu estava sentada na mesa, escorada na janelinha da casinha, daria uma chance para ele achar a solução, apenas uma. Não sei pra que se meter onde não foi chamado. Mas de repente vi tio Jasper na porta da garagem, não falei nada, só fiquei olhando. E me fez um sinal, passando o dedo no pescoço e apontando para mim e Diego, naquele típico aviso "vocês estão fudido" "vou ferrar vocês", engoli a seco, mas depois começou a sorrir e mostrou que estava com a varinha na mão. Diego continuava de costas sem notar a presença dele na porta, e do nada puff! Eu estava no tamanho normal, olhei novamente pra porta e tive a certeza que era tio Jasper. Em silêncio, me aproximei de Diego e agarrei seu pescoço, aproveitando que ele estava distraído e que não tinha a tal "super força" aqui nessa dimensão. Caímos ao chão, quando dei uma rasteira nele.

- O que???! Você tá doida?

- Se eu tô doida? Você se meteu onde não foi chamado e quase não voltei ao normal. - estava segurando seu pescoço com a mão e com uma perna sobre a barriga dele, segurando as mãos dele.

- Tudo bem!!! Solta meu pescoço. E... isso é pose de moça? Você tá de saia!

- Tô pouco me lixando, mas shorts fazem milagres. - e soltei suas mãos

- Shorts? E levantou a ponta da minha saia para conferir - Graças a Deus né?

- Eu não tô brincando!! - e apertei seu pescoço antes de o soltar e levantar do chão - Mas obrigado por pelo menos tentar.

- De nada. - enquanto ele se levantava - Suas unhas são fortes né? Nossa! Vou chamar tia Alice pra te dar aulas de bons modos.

- Cada vez que você balançava a casinha, uma mesinha ou banquinho batia em mim.

Sai da garagem

- Mas como você voltou? Tava fofinho.

Não respondi. Fui para a casa, para o quarto de Reneesme buscar minhas roupas para me trocar.