História Jessie Roque - Entro para Banda

Hoje já era  quita feira, dia 22, semana que vem será minha última semana aqui, não posso negar que já estou com saudades. Essa semana, quase todo dia depois aula, ia ao Restó com Camila, Francesca e Violetta, também conheci Maxi (um grande amigo delas), além de ir ao Praça de Maio e La Bombonera com Esme e Carlisle, e lógico o shopping com tia Alice e tia Rose. E sempre antes de dormir ligo para minha mãe e converso com Jake pelo Skype.
Como sempre fui no On Beat e de lá vim direto para casa, depois do almoço resolvi subir pro terceiro andar e tocar um pouco de bateria (tipo esfomeada, toca de manhã e de tarde também), até que assustei com Diego na porta me chamando (os intrumentos ficavam em uma sala com isolamento acústico).

POV DIEGO
Hoje demorei um pouco a chegar em casa  (lógico que liguei e avisei, minha mãe é super rígida nisso), depois do estúdio passei no Jam Roller, para deixar umas coisas com Federico, que assim como eu não suporta as aulas do Gregório e as vezes tenda dar umas escapadas da turma dele.
- E ai, Diego meu irmão, como foi lá?
- Digamos que o Restó Band estava normal, como sempre.
- Restó? Ué, você também?
- Não sou de ferro, mas Francesca me passou esses almanaques e é melhor você dar uma olhada.
- Cara, falando nisso, Gastón está te procurando. E acho que hoje consigo conquistar Camila.
- Esquece ela, e me paga o que combinamos. Investe só na Ludmilla mesmo.
Deixei ele e fui pra perto da pista de patinação, não acho graça em patinar assim, prefiro a adrenalina da rua, fui para procurar Gastón. Assim que me viu, saiu da pista e tirou os patins. Ele queria uma base de uma música que estava comigo, cara esqueci que ele tinha deixado a base comigo. Ele e Nico iriam tocar no Open e precisavam da base urgente (o Open é uma competição musical do Roller) , o Open era para aqueles que sabem cantar, mas não tem condições para estudar no On Beat. Os chamei então para ir em casa pegar a base, seria mais rápido que eu ir e voltar aqui. Cheguei em casa, os apresentei para Esme (que estava na sala) e subimos direto para o terceiro andar, onde estava o notebook que costumo guardar as coisas do estúdio, assim que passei a base vi que Jessie estava tocando bateria no outro lado, na sala de isolamento acústico.
- Cara, aquela é sua prima? - perguntou Gastón
- É sim, porque?
- Gostei. - com sorriso na cara
- Cara, ela é minha prima. Não olha assim. - o repreendi
- Ela toca bateria bem? É que... - e olho pro Nico - você sabe que o Open tá ai, e não temos baterista - Nico só concordava com a cabeça - Será que ela não topa tocar com a gente?
- Até que seria legal, mas vocês sabem que ela vai voltar pro Brasil semana que vem.
- O Open também é semana que vem. Fizemos testes, mas não achamos ninguém.
- Agente pode ver. - abri a porta da sala para que eles escutassem um pouco e a chamei.

POV JESSIE
- Oi!! Fala!!! Não precisa gritar. O que eu fiz agora?
- Gastón e Nico tem uma proposta para você. - e entraram na sala.
- Proposta? - só conhecia Gastón, só de vista. Era um dos amigos populares de Diego e Federico.
- Oi, sabemos que você vai ficar aqui por pouco tempo, mas a competição do Roller, o Open Music esta perto e não temos baterista, por acaso não quer se juntar a gente? - disse Gastón.
- Mas se eu tocar com vocês será a mesma coisa, pois depois, quando eu for embora estarão sem baterista de novo.
- É mas, ai teremos mais tempo para resolver. Fizemos testes e não achamos baterista. Só você pode salvar agente. - disse Nico
- Sem baterista não podemos tocar no Open. - completou Gastón.
Diego já faziam sinal para que eu aceitasse. Eles pareciam desesperados por um baterista.
- Que dia é o Open? Tenho de confirmar com Carlisle que dia vou embora, ele está com minha passagem, e aviso vocês. - lembrei que tinha de levantar, e sai de detrás da bateria.
- O Open é dia 29. - e me passou o número do telefone dele - Não esquece de ligar.
Eles sairam, arrumei a sala e minutos depois desci, Carlisle acabava de entrar. Diego foi logo contando a novidade para todos que estavam na sala, de que eu, como menos de um mês na Argentina já tinha uma banda e tocaria no Open Music. Conferi  minha passagem com Carlisle, voltaria para o Brasil dia 31. Todos me incentivaram para que eu tocasse. Peguei meu telefone e liguei para Gastón.
- Oi, Gastón? Aqui é Jessie.
- Oi Jessie. Já se decidiu? Vai tocar com a gente?
- Você disse que o Open é dia 29 e o resultado dia 30, não é? Vou embora dia 31.
- Então você vai tocar então? - escutei alguem gritando no telefone, parecia Nico.
- Ensaiamos e vemos no que da. Até quinta tenho aula com o Beto de manhã, tenho a tarde livre, mas não posso ensaiar de noite, pois não tenho costume de andar aqui de noite, e tenho "toque de recolher".
Combinamos. Ensaios de tarde, ás 15:00. Todos os dias no Jam Roller. E lógico, contei a novidade para minha mãe e Jake.
No primeiro dia, fiquei meio ansiosa, se o meu estilo era o que eles procuravam. Sucesso. Em uma das aulas com o Beto, toquei a música do Open para que falasse se estava muito ruim, e não estava. Todo dia depois do almoço (e do cochilo), direto para o Roller.