História Jessie Roque - Jake e eu conhecemos nossa neta.

POV JACOB
Hoje é um dos poucos dias em que eu e Jessie estamos de folga e ao mesmo tempo não temos nenhum compromisso para hoje, então o que eu fiz? Fui para casa dela. Antes de mais detalhes já te aviso que Leah está melhor e já teve alta do hospital, ela foi pra casa, mas naquela condição, ela está de cadeira de rodas, mas é importante que se mantenha a fé.
Ontem foi meu aniversário, 23 anos (apenas dois anos mais velho que Jessie) mas não teve festança, parei de comemorar meus aniversários pois é no mesmo dia do "aniversário de morte" do meu avô, e cara, eu era doido com ele. Mas tambem não deu tempo, não tive faculdade mas fiquei o dia todo no CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) não, eu não quero seguir exército, bem... quem sabe talvez depois de me formar eu seja egenheiro civil das Forças Armadas? Hahahaha, só alguem muito nerd conseguiria isso, ou seja, não se refere diretamente a mim. Mas a questão é que passou o tempo em que nós Quileuts treinavam apenas na reserva.
Vim pra casa de Jessie lá prás 10:00 horas ficar atoa mesmo, por incrivel que pareça tinha uns dias que não via ela. Mary, mãe de Jessie estava trabalhando, assim estávamos deitado na rede na varanda da casa dela, estava meio frio e ela estava de short jeanz e um típico blusão de frio preto com zíper e meia nos pés. Eu com um bermudão e uma blusa de manga azul. As vézes estar com ela assim juntinho mesmo sem falar nada era bom e me faziam sentir confortável e importante. Ela estava com a cabeça sob meu peito e seus dedos passeavam por minha barriga enquanto eu faziam um "cafuné" mexendo em seus cabelos (cabelo escovado, pois quando não está Jessie nem me deixa tocar em sua cabeça). Poderia ficar assim por horas, enquanto jogavamos conversa fora, falando dos outros mesmo. Mas quando fui pegar meu celular no bolso senti algo a mais, um cópia de um anel místico que diziam abrir portais.
- Onde você tava guardando isso? - perguntou
- Tava no meu bolso, esqueci de quarda-lo. - falei com ele no dedo, imitando gestos que tinha lido em um livro.
- Não brinca com isso Jake. - disse ela se levantando mas ainda sentada na rede - E mudando de assunto, você não vai lavar esse cabelo não?
Então... como disse, meu aniversário foi ontem e a noite ao chegar na reserva, fui recebido com ovo e muita farinha na cabeça. Eu lavei sim, mas não saiu tudo. Apenas sorri, pois sei que sou inressistivel mesmo com um pouco de farinha na cabeça. Apenas passei a mão em suas costas e ela abaixou o rosto para mais uns beijos até que:
- Então... - disse ela se levantando da rede, cortando o clima - Acho que seu celular já carregou né? Vou lá pegar pra poder jogar Candy Crush.
Sei, ahãm. Deve que ela tava era pensado na gente estrapolar e tipo... você sabe.
POV JESSIE
Era ótimo ficar assim juntinho com Jake, mas lembrei-me de seu celular e cortei o clima de propósito. Sai da rede e  ao descer a escada (na minha casa era duas varandas, a segunda, onde estávamos, no caso também era a laje) tinha uma menina na porta de casa. Não sei quem é e nem de onde veio, nunca a vi, tanto o portão da garagem quanto o normal estávam fechado.
- Vovó? - disse a menina me encarando.
- Jake!!! Corre aqui, urgente. - ele notou um tom diferente em minha voz pois logo estava de pé
- O que foi? Tem algum bich... - e logo parou de gracinha quando ao descer a escada também viu a menina - Quem é ela? Sua amiga?
- Não sei. - e ele me encarou - Ela apareceu aqui, agora. Nunca vi.
- Como assim nunca viu? Para de zoeira Jessie.
- Oi vovô. - a menina falou novamente, se direcionando a Jake
- Por que ela tá me chamando de vovô? Jessie, o que tá acontecendo? - e eu continuava sem resposta.
- Se nós dois estamos vendo, ela é de verdade? - e me virei pra Jake - Isso é loucura, mas a única coisa que tá passando por minha cabeça é aquele anel.
- Você tá achando que ela é de outra dimensão? Mas... aquele anel não é original.
- E se for? Você sabe que nossa vida não assim tão normal, não tô reclamando. Mas...
- Do futuro? Isso é muita informação. - e me encarou - Carlisle tá aqui não é? Liga pra ele.
Não acredito!!! A ficha caiu. Esqueci da menina na nossa frente e quando me dei conta, eu  estava praticamente gritando com Jacob por ter sido imprudente. Acabei colocando a culpa nele. Fomos interrompidos pelo choro da garotinha. Assim, ficamos sem reação.
- Não, não chore não. - disse Jake se aproximando da menina, para que parasse de chorar.
- Vovô, não brigue com a vovó. - ela falava tentando engolir o choro.
- A culpa é da vovó. Juro que não fiz  nada. - disse ele tentando consola-lá.
Não estava entendendo nada, mas também me aproximei da garota, que parecia ter uns três anos no máximo. Ela estava de sapatilha e meia calça preta, uma sainha cinza, uma blusa rosa claro e cabelos escuros. Peguei a mão dela para que acalmasse, ela soltou Jake e me abraçou. Enquanto isso, Jake pegou meu celular para ligar para Carlisle, e por sorte ele atendeu de primeira. Primeiro Carlisle teve um susto, pelo fato de Jake ligar com meu telefone. Depois de uma rápida conversa decidimos ir até Carlisle, Jake me fez  esperar aqui em casa enquanto ele buscava o carro e assim, fiquei sozinha com a menina, torcendo que Jake voltasse logo.
- Então... repete pra vovó. Qual seu nome? - perguntei ao sentar no sofá com ela
Ela começou a responder, mas só falou "Olha vovó, eu sou a". Perguntei de novo, mas ao chegar na parte em que falaria seu nome seus lábios mexiam, mas não saia nenhum som. Lhe fiz outras perguntas como qual era o nome de seu pai e de sua mãe, mas acontecia a mesma coisa, seus lábios mexiam mas não saia nenhum som.
- Vovó, toca batelia pra mim? - isso mesmo, com o L no lugar de R
- Eu tocar pra você? - e ela fez que sim - Não dá pra tocar, não tenho bateria aqui em casa.
Ela ficou com a cara triste. Se ela me pediu isso, significa que ela já me ouviu tocar. Se ela for mesmo do futuro significa que mesmo sendo avó continuarei a tocar bateria, e que ainda terei uma em casa. Ela continuou falando sobre eu a ensinar tocar bateria até que Jake chegou. Rapidamente entrei no carro com ela, para evitar que os vizinhos a visse e perguntasse quem é ela, ou que ela começasse a me chamar de vovó. Logo chegamos na casa e Carlisle, juntamente com Esme, nos esperava na porta. Descemos do carro e a garota fez questão de pegar minha mão para subir as escadas. No começo ela estava com vergonha, mas foi se soltando e logo já tava doidinha com Carlisle e Esme, como se ela também os tivesse conhecido. Fomos todos pro escritório, enquanto Carlisle e Esme tiravam suas conclusões Jake e eu sentamos no sofá.
- Eu vou falar com a mamãe que você não quer me ensina a tocar batelia. - disse a menina fazendo bico e me abraçando por trás - E com o padinho também. Vovô - disse agora se direcionando à Jake - Quando eu crescer mais um pouco manda o papai me ensinar a lutar?
- O papai luta? - perguntou Jake para tentar descobrir se a mãe ou o pai da menina que era nosso filho (a).
- Sim. A mamãe também, mas eles ainda não querem me ensinar. - falou
- Quando você estiver mais velha eles vão te ensinar. - respondi
Esme a chamou na mesa, assim comecei a repara-lá. A garota era magra, com uma aparência de três anos, também tinha a pele morena e cabelos escuros. Mas seus olhos eram castanho claro, diferentemente de mim e de Jake, e ela era muito fofinha. Comecei a acreditar na possibilidade de estar diante de minha futura neta, e com quantos anos que eu estaria? Ela está nos vendo nessa idade que estamos, ou idosos? Percebi algumas pequenas semelhanças e notei que Jake também estava acreditando na menina. E quem será o tal padinho dela? Até que... dá mesa, ela bateu a mão dando tchauzinho e se despediu ali mesmo, longe de nós, sem nos abraçar, ela falou que tinha de ir embora e sumiu com um portal aberto por Carlisle com o tal anel que estava com Jake.
- Crianças - disse Carlisle, logo após a menina ir embora - Vocês são malucos, esse anel é original e não serve para brincadeiras. - e continuou antes que Jake tentasse explicar de novo que foi um engano - Ela é do futuro. Não conseguimos entender seu nome nem de seus pais, pois o futuro é incerto, ela ainda não é... totalmente real. Desculpe-me, mas ela não significa que vocês ficarão sempre juntos, como um casal. Nem mesmo se ainda estaremos aqui. Só sabemos que tiveram pelo menos um filho, e não sabemos se é o pai ou a mãe dela, nem mesmo se ela tem irmãos. Então, deixem isso de lado, pois há muita coisa pra rolar ainda. E por favor - e Esme o deu um beliscão o fazendo sorrir - Não vão apressar as coisas e inventar de ter um bebê agora.
- Com isso você pode ficar despreocupado Carlisle. Não tô afim de ser mãe agora.
- E você também não vai querer né Jake. Principalmente você. - quase o fuzilando com os olhos.
- Eu concordo com ela. Estamos muito bem assim. - disse Jake
Tudo acabou ali mesmo. Acho que Carlisle manipulou a mim e a Jake, logo após o ocorrido, pois o fato da tal garotinha do futuro ter aparecido na minha casa me chamando de vovó agora não parecia tão absurdo assim. Não estavamos mais assustados nem afim de saber se ela era nossa neta por parte de pai ou de mãe.