História Je't aime - No parque, um amor

Chegando no parque marinette se sentou em um banco que tinha ali perto e ficou um tempo observando os efeitos da primavera que deixavam Paris mais bonita que o habitual, as flores de diversas cores por todos os lados colorindo o espaço, o vento que ao entrar em contato com a pele causava um arrepio mas que logo se tornava aconchegante e as nuvens cinzentas no céu ameaçando chover. 
Adrien estava a caminho do parque quando esbarra  em alguém.
-opa me desculpe- quando se virou para ver quem era sua cara se fechou
-não tem problema Adrien-chouuuu- responde Chloé, ela era uma garota mimada filha do prefeito e ela deixava isso bem claro- agora que esta aqui, porque não vamos passear um pouco meu fofucho?
-er... Não Chloé eu preciso ir agora-disse tentando se soltar das garras da loira
-mas o que seria mais importante que eu?-"TUDO" pensou ele mas não disse isso pois sabia que ela contaria ao seu pai que ele estava a maltratando e falaria ao pai do rapaz que consequentemente lhe daria uma bronca e um castigo daqueles por estar desrespeitando a filha do prefeito
-Eu...eu...tenho uma seção de fotos e se me atrasar você já sabe-ele respondeu sorrindo amarelo e aproveitando o momento de confusão dela para fugir e ir correndo para o parque. Chegando lá andou um pouco até que viu marinette sentada em um banco, ele ficou a olhando um pouco até que resolveu se aproximar dela, a azulada estava tão entretida em seus pensamentos que nem percebeu Adrien sentar ao seu lado.
-Mari?-falou Adrien tirando menina do transe
-Ãn? Ah, o-oi Adrien-ela disse envergonhada- E-então o que queria falar comigo?
-Eu... Eu queria alguem que me ouvisse e que eu pudesse desabafar-ele começou- posso fazer isso contigo?
-Claro! Estou aqui para o que precisar-respondeu ela conseguindo não gaguejar
-Bom se é assim, lá vai...- ele respirou fundo e então começou- meu pai mudou muito desde o desaparecimento de minha mãe, e entao não me deu mais atenção e só se preocupa com seu ou com o meu trabalho. Eu não consigo ter uma conversa com ele sem discutirmos e ontem ele passou dos limites dizendo que eu não teria mais nenhum tempo livre até acabar os estudos. Claro que eu explodi de raiva e...e...
-E...-ela que escutava com atenção e fez sinal para ele continuar 
-E eu não aguento mais, é muita coisa para mim, os estudos, o trabalho de modelo, o meu pai nunca ligando para mim. Eu já não sei o que fazer-terminou o loiro frustrado e olhou para Mari com esperanças de alguma coisa útil para ele.
Ela respirou fundo, ficou alguns segundos digerindo o que acabara de ouvir, olhou para os olhos desesperados de Adrien e suspirou começando a falar.
-Eu entendo o que passa-"mas como ela pode entender se ela não passa por isso?!?" Pensou o loiro com um pouco de indignação- sei que não passo por esta situação, mas consigo entender como é querer amor e atenção de alguem que não consegue te dar isso, mas mesmo que ele não demonstre tenho certeza de que seu pai se importa com você e só quer o seu melhor, ele só não sabe fazer isso direito. Acho que você tem todo o direito de ficar chateado com ele mas tente ter uma conversa franca com ele e diga o que sente. E lembre que sempre terá a Alya, o Nino e a mim para contar- ela disse em um tom suave e compreensivo fazendo o loiro se acalmar de imediato e começar a pensar em tudo
Passaram-se alguns minutos eles todos em silencio absoluto o único som que se ouvia era o canto dos pássaros em cima das árvores, até que ele resolveu quebrar esse silencio da melhor forma.
-M-muito obrigada Marinette, ninguém nunca conseguiu compreender e me fazer entender isso. Vou fazer o que você disse e tentar falar com meu pai-ele disse com um sorriso meigo que fazia a garota derreter por dentro
-N-não a de que A-Adrien-ela sorriu também para ele- e lembre que pode contar comigo para o que precisar!
Ouvir isso era tão bom para alguem que nunca recebe nenhum tipo de afeto, e ele percebeu como marinette era uma garota realmente disposta a ajudar todos a sua volta e isso o deixava feliz. Os raios de sol que passavam pelas nuvens eram poucos fazendo tudo ficar um pouco escuro, mas mesmo assim os olhos da menina brilhavam de amor, compreensão e alegria de estar com ele ali. Quando se deram conta já estava começando a chover, então correram para debaixo de uma barraquinha de sorvete para se abrigar, os pingos de chuva faziam os cabelos de Marinette brilharem como se fossem feitos de safiras assim como seus olhos que acompanhavam o movimento da boca rindo em conjunto. Os dois amigos conversavam animadamente sobre tudo, marinette as vezes gaguejava conforme Adrien se aproximava e enquanto a chuva não passava resolveram tomar um sorvete para passar o tempo. Quando o loiro foi entregar o sorvete de Mari para a mesma, suas mão se tocaram fazendo uma corrente elétrica percorrer o corpo de Mari e um arrepio se formar em sua espinha, Adrien sentiu o mesmo logo ficando com o rosto corado enquanto a azulada estava como um tomate. Um silencio constrangedor pairou no ar enquanto os dois tomavam seus respectivos sorvetes, este foi cessado por gritos vindos da rua "UM AKUMA" os dois pensaram ao mesmo tempo e se separaram com a desculpa que iam ao banheiro.

CONTINUA