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História Jeux de lesprit - Six.


Escrita por: Mikiemilk

Notas do Autor


OOOOOI!
Gente, muuuuuito obrigada pelos favoritos, fico muito feliz pelo número considerável de pessoas que estão acompanhando agora!!
E um agradecimento especial a @Ali e a sua amiga, a @luhangerie! Dedico esse capitulo a vocês pelos elogios e pela divulgação!

O capitulo de hoje já é um pouquinho maior, espero que vocês gostem! Se tiver algum erro eu vou ajeitando depois!

[SEM BETAGEM]

Capítulo 6 - Six.


Antony está vivo e isso me surpreende. Nunca em toda a minha vida eu soube de alguém que tivesse tomado cianureto e continuado vivo depois disso. Mas ultimamente tudo tem estado tão altamente estranho e surreal que eu sinceramente não duvido de mais nada.

 

Baekhyun insiste em visitarmos a área especial do hospital, onde estão os pacientes com câncer. As crianças com câncer, na verdade.

 

Não sei também porque aceitei sua idéia maluca, mas aqui estamos nós, parados em frente a uma grande vitrine cujo outro lado nos permite ver as inúmeras camas de hospital, dispostas lado a lado formando uma fileira organizada.

 

Os dedos pálidos de Baekhyun estão tocando levemente o vidro e seus olhos estão fixos num garoto em especial na nossa linha de direção. Ele provavelmente tem por volta de seis anos, olhos exageradamente azuis. Pele tão pálida quanto a de Baekhyun, lábios finos e sem cor, totalmente careca.

 

Eu sinto um incomodo dentro do peito por observá-lo tão pequeno e sofrendo dessa maneira.

 

- Eu também. - sua voz vem baixa ao meu lado e eu reviro os olhos, ainda sem me acostumar com o fato dele saber de tudo o tempo inteiro. - Talvez nós pudéssemos... - ele comenta vago sem retirar os olhos um segundo do garoto a nossa frente. Espero pela sua continuação. - Talvez eu pudesse ajudá-lo.

 

O observo intensamente, tentando captar a verdadeira essência daquela frase. Como assim ajudá-lo? O garoto tem câncer, provavelmente num estado avançado pelo fato de estar aqui. Eu numa situação dessas preferiria a morte a continuar num sofrimento contínuo que nunca vai dar resultado algum.

 

- Mesmo? - seus olhos finalmente vem para os meus e ele me fita com intensidade, fazendo-me perder-me na coloração habitante neles.

 

- O que? - franzo meu cenho ligeiramente, vendo-o sugar o piercing pra dentro da boca e soltar em seguida, começando uma série de brincadeiras com a argola de metal.

 

- Nada. - diz baixo e de maneira suspeita, erguendo uma sobrancelha enquanto observa minha reação. Um arrepio percorre meu corpo durante os segundos que ficamos nos encarando em silêncio. Decido ignorar isso, como venho feito ocasionalmente nos últimos dias.

 

- Como pretende ajudá-lo? - pergunto mudando o assunto e ele sorri de canto, voltando seus olhos para o garoto.

 

- Eu vou deixá-lo viver, se assim ele quiser. - revela com calma, deslizando a ponta dos seus dedos pelo vidro e depois subindo. Suspira, finalmente olhando pra mim. - Quer entrar comigo? - pergunta baixo, os olhos nos meus.

 

- Quero. - respondo mais pela minha curiosidade do que outra coisa, realmente. Ele abre um sorriso pequeno e vira o corpo de frente para o meu, dando um passo na minha direção.

 

- Eu adoro o fato de você ser curioso... - sussurra próximo do meu maxilar, os olhos sempre nos meus. Meu corpo enrijece no mesmo instante que suas mãos tocam meus ombros e os dedos movimentam-se em círculos na região. - E não conseguir conter isso. - termina no mesmo tom sussurrado, o sorriso nos seus lábios despontando num canto só.

 

Então numa velocidade incrível ele já está caminhando para a porta, chamando-me com uma mão para que o siga. Solto a respiração que eu nem me lembrava estar prendendo e bufo, balançando a cabeça em sinal negativo, tentando afastar a série de pensamentos que estão se formando.

 

Maldito provocador.

 

Respiro fundo e caminho até onde ele está, parando ao seu lado e vendo-o ter sua atenção presa dentro daquele cômodo. Devagar, Baekhyun adentra o local, procurando fazer o menos barulho possível para não acordar algumas crianças dormindo ali.

 

Seja silencioso, Chanyeol.

 

Ouço-o pedir por pensamento e assinto para suas costas, reprovando-me em seguida por tal ato, sabendo que ele não veria aquilo. Algo me dizia que nós não podíamos entrar aqui sem informar alguém ou com permissão para tal.

 

Exatamente. Agora eu preciso que fique em silêncio, vai ser rápido.

 

Paro em frente a cama do garoto enquanto Baekhyun caminha pela sua lateral, os olhos fixos no rosto pálido à sua frente. Vejo o menino piscar confuso e o observar com interesse e medo ao mesmo tempo. Seus dedos pequenos fecham-se no lençol sobre ele e o puxa até a altura do nariz, escondendo-se sob o tecido.

 

Sorrio internamente, desejando me aproximar e abraçá-lo. Baekhyun abre um pequeno sorriso para o garoto, que lentamente abaixa o tecido que lhe cobria parte do rosto e sorri de leve, mostrando dentes pequenos e brancos, provavelmente ainda de leite.

 

Baekhyun indica um espaço na cama dele como quem pergunta se pode se sentar e o garoto assente, movendo facilmente o corpo para o lado. Ele se senta levando sua mão até a menor, envolvendo-a com carinho.

 

- Como se sente, Ethan? - sua voz vem suave e baixa, carregada de algum conforto que eu nunca o vi usar antes. Ergo minhas sobrancelhas e cruzo o braço à frente do corpo, observando a cena com interesse.

 

- É difícil respirar. - sua voz é extremamente infantil e doce, fazendo jus ao seu ar de criança. Mordo o lábio inferior e engulo em seco, odiando a sensação que cresce dentro de mim.

 

- Dói aqui? - Baekhyun pergunta, levando sua outra mão até o tórax do garoto, pousando-a com cuidado sobre o tecido fino que o cobre. Ele assente, fazendo uma ligeira expressão de dor e gemendo baixinho em seguida.

 

- Você vai fazer a dor parar? - Ethan pergunta baixo e Baekhyun sorri para ele, assentindo. Algo rapidamente cruza os dois grandes olhos azuis do garoto e eles passam a brilhar com um pouco mais de intensidade. - De verdade? - insiste na pergunta, sorrindo de uma maneira contagiante, embora seus lábios não tivessem um tom vivo.

 

- Sim. Você acredita em mim? - Baekhyun segura o lençol que cobre o garoto e o abaixa até que o tecido alcance a sua cintura. Ele assente e observa o maior pousar as duas mãos no seu pequeno tórax. - Ótimo. Vai ficar bem quente agora e vai faltar um pouco de ar, mas não grite, okay? - ele adverte e o garoto estremece, os lábios tremendo como se estivesse prestes a chorar.

 

- ‘Kay. - sua vozinha deixa claro como ele está com medo e Baekhyun lhe sorri, segurando sua mão e tentando lhe passar segurança.

 

- Vai ficar tudo bem, Ethan. - sussurra enquanto inclina o corpo pra frente. - Feche os olhos. - pede no mesmo sussurro e o garoto obedece, cerrando os belos olhos azuis que possuía. Baekhyun inclina sobre ele e pousa sua mão espalmada no tórax do menor, seus olhos passando a adquirir aquela coloração amarela que eu vira já várias vezes.

 

Um calafrio percorre meu corpo e a luz ao meu lado começa a piscar, falhando na sua iluminação. Os olhos dele estão exageradamente amarelos agora e ele sussurra no ouvido do garoto, qualquer coisa num dialeto que eu nunca ouvi antes. Vejo os dedos da sua mãozinha apertarem-se no lençol e seu cenho se franze, demonstrando a vontade em gritar que ele sente, mas não o faz como prometeu.

 

Então a luz pára, Baekhyun se afasta, Ethan permanece com os olhos fechados.

 

Seu corpo pequeno e magro está tremendo e Baekhyun respira com dificuldade, seus olhos voltando ao habitual tom esverdeado. Suas mãos pousam uma de cada lado do rosto do garoto e eu vejo seus polegares deslizarem pelas têmporas do menor.

 

- Pode abrir os olhos agora. - sussurra com a voz meio rouca e Ethan o faz. Os olhos de ambos se encontram e Baekhyun sorri para ele, passando o polegar pelo que deveria ser sua sobrancelha, mas não está lá por todo o tratamento de quimioterapia que ele provavelmente fazia. - Dói ainda?

 

- Não. - revela e ofega em seguida, os olhos fechando-se involuntários. - Você foi o primeiro que não mentiu. - sussurra cansado e eu sinto algo revirar no meu peito, imaginando o tamanho da dor que aquela criança sentia.

 

- Eu nunca mentiria. - Baekhyun sussurra e beija a testa pálida do garoto, ouvindo-o ronronar com o afago. - Descanse agora, nos vemos outro dia. - diz carinhoso e seu polegar desliza um ultima vez na bochecha do garoto. Baekhyun levanta, olhando pra mim e indicando a saída enquanto Ethan se remexe na cama, pronto para dormir.

 

- Obrigado... - ainda ouço a pequena e suave voz dele antes que entre num sono profundo e provavelmente o melhor que ele teria nos últimos tempos. Baekhyun sorri e nós saímos dali a passos rápidos, antes que alguém apareça.

 

Assim que pisamos fora da sala, seu corpo tomba para o lado e eu o seguro num impulso, vendo seus olhos fecharem cansados. O apóio com um braço seu ao redor dos meus ombros e seguro-o pela cintura, impedindo-o de cair no chão. Caminhamos a passos lentos até um assento no grande e branco corredor lateral.

 

Ajudo-o a sentar não deixando de dá-lo suporte um segundo. Sua cabeça pende pra trás e ele a encosta na parede atrás de nós, respirando ofegante. Observo seu tórax subir e descer desesperado e desço minhas mãos para as suas, segurando-as e tentando fazê-las parar de tremer.

 

- Baekhyun, não acha melhor eu chamar alguém e... - começo, mas ele rapidamente abre os olhos e balança a cabeça com veemência, negando a minha sugestão e me interrompendo.

 

- Sem médicos. - impõe num ofego, apertando minha mão involuntariamente e fechando os olhos de maneira apertada, expressando alguma dor que provavelmente sentia.

 

Mordo meu lábio inferior enquanto penso no que fazer, não achando nada possível ao meu alcance. Parecia que todas as vezes que ele ajudava alguém ou mostrava alguma lembrança como fez comigo duas vezes mais cedo, gastava todas as suas energias, ficava completamente vulnerável.

 

- É... mais ou menos. - murmura e para de apertar minha mão, agora somente respirando pouco descompassado. - Câncer pulmonar é algo realmente doloroso. - comenta voltando a se sentar direito na cadeira, soltando uma mão da minha e levando-a até seu cabelo, deslizando os dedos entre os fios escuros.

 

- Você absorve a doença pra você ou algo do tipo? - pergunto o observando sem ao menos piscar e ele ergue a cabeça para me sondar nos olhos.

 

- Algo do tipo. Eu dou um fim no que quer que seja, depois. - responde sério e eu ergo as sobrancelhas, desejando entender todo o mistério envolto nele.

 

- Como ela não te afeta? - pergunto assim que ele rola seus olhos pelo local e os pousa em mim em seguida. Seu lábio inferior é mordido e ele suspira, remexendo os ombros.

 

- Você ainda não está preparado pra saber disso... Ou entender. - sua voz vem calma e notavelmente suave enquanto ele inclina ligeiramente na minha direção até que nossos narizes estejam se tocando. - Eu realmente gostaria de sair daqui, Chanyeol. - sussurra e sorri de canto, afastando-se em seguida.

 

Suspiro em desistência, sabendo que se quisesse realmente descobrir tudo sobre ele teria que esperar. Levanto de onde estou sentado e o observo fazer o mesmo, ainda um pouco cambaleante. Espero alguns segundos para que possa ficar de pé normalmente e começamos a direcionar para a saída.

 

- Vai pra onde agora? - pergunto casual e ele me observa pelo canto dos olhos, ambos saindo para a avenida em frente ao hospital.

 

- Nenhum lugar. Sugere algo? - pergunta erguendo uma sobrancelha e eu noto o breve sorriso que cruza seus lábios antes que eu lhe dê a resposta. Sorrio internamente.

 

- Minha casa? - pergunto erguendo as sobrancelhas e ele sorri, balançando sua cabeça num sinal negativo.

 

- Pode ser. - responde e eu assinto, chamando o primeiro táxi que vêm pela avenida. Entramos assim que ele pára e eu digo o endereço para o motorista, vendo-o assentir e rumar pra lá. Baekhyun mantêm-se calado e eu pondero se devo ou não iniciar uma conversa sobre ele.

 

- Vá em frente, você é o psiquiatra. - instiga-me a realmente fazer o que tenho em mente enquanto eu reviro os olhos, imaginando se existia um modo de impedi-lo de ler meus pensamentos assim como ele não me deixava ler os seus.

 

- Quer continuar contando sobre sua história? - pergunto antes que ele possa soltar algum sarcasmo e ele sorri, virando de frente pra mim da melhor maneira que consegue. Sua mão pousa no meu joelho e ali seus dedos movem-se em direções distintas, como numa carícia.

 

- Ainda está interessado em saber? - seus olhos não desviam dos meus em nenhum segundo que seus lábios movem-se rápido ao dizer aquela pergunta. Assinto e seu sorriso cresce mais assim como sua carícia no meu joelho. - Certo, lembra-se de onde eu parei?

 

- Paul manteve uma rotina de horror com você durante três anos depois da morte da sua mãe. - comento e ele ergue as sobrancelhas, assentindo.

 

- Boa memória. - sorrio de canto, esperando pela continuação. - Quando completei doze ele decidiu me levar pra cidade, na verdade nem sei realmente pra quê. Eu era o garoto mais estranho que você pode imaginar, sempre usando roupas muito maiores que meu corpo, escondendo as marcas que ele me deixava. Nunca sorria. Nunca tinha realmente um motivo para sorrir e isso o deixava bravo.

 

- Ele te batia além de estuprar? - pergunto atento à sua história e ele assente, suspirando.

 

- Ele quebrou meu braço esquerdo duas vezes, porque eu o usava pra cobrir e proteger o rosto quando ele vinha pra cima de mim. Desencaixou meu maxilar na única vez que eu tentei fugir de uma das suas tentativas em colocar o pênis na minha bunda. Era um filho da puta bêbado e eu realmente o odiava. - seus olhos estreitam para a região onde seus dedos ainda estão no meu corpo e eu sinto a frieza retomando sua voz novamente.

 

- E quando eu digo que o odiava, Chanyeol, era realmente todo e literal sentido da palavra. - seus olhos vieram para os meus e eu vi algo queimar neles, uma chama provavelmente vingativa, acordada pelas lembranças resgatadas. - Você nunca vai querer me ver com ódio... Nunca. - sua voz se torna cada vez mais baixa e sibilada, totalmente ameaçadora.

 

- Eu acredito em você. - murmuro sem saber por que e ele suspira, balançando a cabeça rapidamente de um lado para o outro, como quem tenta se livrar de alguma lembrança. Sorri fracamente em seguida e volta a brincar com seus dedos no meu joelho, agora atrevendo-se a subir e descer deslizando-os pela minha coxa.

 

- O que fomos fazer na cidade, era obviamente pensando no benefício dele. Mesmo que ele dissesse que daquela maneira eu estaria ajudando a sustentar a mim também e eu estaria me tornando responsável porque começaria a trabalhar, não era realmente algo com o que eu concordava. - faz uma pausa, suspirando e me olhando como quem busca alguma coisa perdida no rosto alheio.

 

- Nem imagina qual o tipo de ‘trabalho’ eu estou falando? - ele faz as aspas com a outra mão. Estremeço, tendo uma sugestão.

 

- Ele... - começo, mas não encontro as palavras certas para continuar. Ele assente.

 

- Marcava horários com homens velhos e nojentos, me entregando a eles por um período de meia hora até uma noite inteira, dependendo de quanto eles ofereciam pela minha bunda. - o olho boquiaberto, absorvendo a informação nova lentamente. Como alguém fala do seu passado... desse passado nessa calma e conformidade toda?

 

- E eu não podia recusar ou fugir, porque se o fizesse ele descobria e sempre me batia depois, então tudo se tornava pior pra mim. Como eu disse antes, nessas horas em que eu tinha aqueles seres desprezíveis montados nas minhas costas, eu me desligava completamente do mundo. Era como se entrasse num período de inércia, um período em alfa total. Eu não sentia, não ouvia, não soltava um ofego que fosse. Eu era só um corpo que eles usavam do jeito que lhes conviessem melhor.

 

- Isso quando você ainda tinha doze anos? - pergunto abismado e completamente revoltado com sua história, desejando a morte para todos que já lhe machucaram algum dia. Ele sorri, subindo seu indicador até o cós da minha calça e se inclinando ligeiramente na minha direção.

 

- Todos estão mortos, se lhe alivia saber. - sussurra perto do meu maxilar e eu estremeço, sentindo um arrepio gelado pela minha coluna. Ouch, ele conseguia ser assustador ás vezes. - Sim, pelos meus doze anos isso aconteceu... Mas as coisas mudaram quando eu completei treze. - ignora provavelmente meu pensamento e volta a se sentar como antes.

 

- Mudaram de que jeito? - pergunto depois de engolir em seco e ele abre um sorriso grande, vendo o motorista parar na frente do meu prédio. Pego o dinheiro e estico para ele, vendo Baekhyun sair do carro e me esperar. Paro ao seu lado, esperando pela minha resposta.

 

- Foi no meu aniversário que eu o matei.

 

 

Um vento gelado nos atinge ali, fazendo os fios negros do seu cabelo acompanharem o rumo em que ele sopra. Pisco algumas vezes, engolindo em seco e desejando que aquele súbito arrepio na minha espinha vá embora.

 

- Não gosta de arrepios? - ouço-o perguntar, um pequeno sorriso estampado nos seus finos lábios. Cerro meus olhos de forma ameaçadora, notando seu sorriso se alargar conforme ele quebra a distância pequena entre nós dois.

 

- Não dos que eu estou tendo agora. - murmuro sem desviar os olhos dos seus e suas sobrancelhas se erguem, seus dedos pousando no meu tórax.

 

- Que tipo de arrepios está tendo agora, Chanyeol? - pergunta baixo, subindo a ponta gélida dos seus dedos para minha garganta e meus músculos se enrijecem com o contato pele com pele. Seus dedos arrastam-se por toda a extensão de pele onde estão pousados, até alcançarem minha nuca, cravando com cuidado suas unhas ali.

 

Um arrepio forte desce correndo minha coluna e eu não consigo evitar fechar os olhos por segundos e comprimir os lábios, impedindo um gemido de ser revelado. Quando os abro novamente, Baekhyun tem seu rosto a centímetros do meu, seu nariz praticamente roçando no meu maxilar.

 

- Gosta desses? - sussurra deixando que suas palavras colidam com a minha garganta, seu hálito quente ocasionando mais arrepios correndo minha coluna. Suas unhas arrastam-se de volta para meu pescoço e eu noto seu sorriso aumentar, enquanto ele também nota meu corpo completamente paralisado. - Eu percebi que sim.

 

Rapidamente ele se afasta e vira, entrando no meu prédio ainda com aquele sorriso convencido estampando seus lábios... Desejáveis. Amaldiçoo o nada, bufando e seguindo atrás dele, desejando que ele não tivesse todo esse controle da situação. Ou que eu não tivesse tanto descontrole quando ele estivesse por perto, ao menos.

 

Ele me espera na porta do elevador, suas mãos enterradas nos bolsos do seu blusão. A porta abre assim que ameaço parar ao seu lado e ele entra, comigo no seu encalço. Seu corpo encosta-se lateralmente numa das paredes do elevador e seus olhos fitam a porta metálica se fechar.

 

Um sorriso travesso cruza seus lábios enquanto eu aperto o botão do andar correto e eu franzo meu cenho, não entendendo o motivo para ele estar sorrindo. O elevador sobe apenas um andar e para novamente, abrindo as portas para que meu vizinho de andares abaixo entre.

 

Seus olhos esverdeados, também orientais, pousam em mim e ele sorri fraco, assentindo com a cabeça como num comprimento, entrando em seguida. Só então ele nota Baekhyun parado ao seu lado e como acontece em todas às vezes, seus olhos grudam na sua figura. Estreito os meus, completamente cansado de todas as pessoas estarem sempre flertando com ele.

 

Baekhyun sorri de canto, fechando os olhos e deixando sua cabeça pender ligeiramente para o lado da franja, leva uma mão para os fios e os ajeita com calma, mantendo sempre seu piercing dentro da boca. O metal é solto e pode-se notar seu lábio mais avermelhado na região onde foi sugado.

 

Meu Deus, meu Deus, meu Deus.

 

Meu momento de nostalgia pela cena que eu vejo é quebrado pelo pensamento alheio do meu vizinho e eu estreito os olhos para ele, notando de soslaio Baekhyun sorrir com o canto dos lábios e jogar a franja pra trás, abrindo seus olhos em seguida, pousando-os em mim, convencidos, depois do outro dentro daquele elevador, sedutores.

 

Baekhyun faz seu sorriso crescer e caminha numa lentidão agonizante até meu vizinho, recebendo meus olhos mais estreitos pelo que quer que fosse que ele faria e os ligeiramente arregalados do outro, observando-o chegar bem perto.

 

- Belos olhos. - sussurra, virando-se no instante em que o elevador chega no meu andar e a porta abre. Ele sai, comigo no seu encalço e eu ainda consigo notar meu vizinho soltar sua respiração e encostar-se na parede, desacreditado do que acaba de acontecer.

 

Abro e fecho a boca inúmeras vezes enquanto caminhamos para a porta do meu apartamento, querendo explicações para o fato dele provocar sempre que tem a chance. Ele para em frente à minha porta e vira para me encarar, seu sorriso ainda convencido.

 

- Eu já disse que adoro te ver nessa batalha interna? - sussurrou a pergunta, ficando na ponta dos pés e beijando minha bochecha por breves segundos. Afasta-se o suficiente para me deixar paralisado e eu bufo, revirando os olhos, abrindo a porta e entrando com rapidez. Ele sorri e me segue, sendo pego de surpresa quando eu o empurro contra a madeira, curvando-se para que meu rosto alcance a altura do seu.

 

Seus olhos pousam nos meus e mesmo assim ele continua sorrindo de canto. Aproximo meu rosto do seu cautelosamente, fuzilando-o com meu olhar, sentindo aqueles mesmos arrepios descerem correndo pela minha coluna, quando seus dedos fecham-se nos meus braços.

 

- Seria melhor pra você parar com toda essa provocação. - sussurro ameaçador, ignorando a intensa vontade de capturar sua boca com a minha. Ele sorri, descendo suas mãos pelas laterais do meu corpo até minha bunda, apertando a região.

 

- Por quê? Você vai se descontrolar? - pergunta inclinando a cabeça pra perto da minha, nossos rostos tão próximos que um mínimo movimento pra frente poderia ocasionar um beijo.

 

- É o que você quer, não é? - pergunto ainda num sussurro ameaçador e ele encosta o nariz no meu, nunca desviando nossos olhos conectados.

 

- Basicamente. - murmura permitindo que seu hálito colida nos meus lábios e outro daqueles arrepios descem pela minha coluna, me fazendo fechar os olhos e respirar fundo. - Eu estou conseguindo... Não estou? - pergunta dedilhando uma mão na minha nuca, sua voz sussurrada agora no meu ouvido. Estremeço.

 

- Você sabe que sim... – murmuro em resposta, meus músculos contraindo-se ligeiramente. Noto seus lábios curvando-se num sorriso de canto e minhas mãos no seu ombro o apertam com um pouco mais de força.

 

- Você está esperando alguém? - pergunta subitamente, mordendo o lóbulo da minha orelha com sutileza e eu franzo o cenho, mordendo o lábio inferior e reprimindo um ofego.

 

- O que? - pergunto num sussurro e ele ri, respirando sobre a região magoada.

 

- A campainha vai tocar... - faz uma pausa, segurando meu queixo com uma mão e beija meus lábios num selinho extremamente rápido, suficiente para causar outro arrepio no meu corpo. - ...Agora.

 

Sua boca mal se fecha e o som saturante da minha campainha toca. Vejo-o sorrir e se desvencilhar dos meus braços, caminhando para meu sofá, aquele mesmo jeito de andar lento e sensual ao mesmo tempo, como se pedisse com os movimentos do seu quadril de um lado pro outro pra que eu o seguisse.

 

E sabe-se lá Deus o que eu faria se me descontrolasse como ele queria, maldição.

 

Bufo e fuzilo a porta com meus olhos, antes de abri-la com força e um tanto de fúria, assustando meu vizinho que me observa com seus olhos verdes arregalados. Estreito ainda mais meus olhos, perguntando-me o que diabos ele veio fazer aqui.

 

- Hey, Chanyeol. Ahn.. - seus olhos vagam por dentro do meu apartamento e ele nota Baekhyun sentado no meu sofá com as pernas cruzadas. Viro a cabeça e vejo Baekhyun acenar sorrindo, voltando a olhá-lo com desdém estampado no meu rosto. - ...err... - ele se perde nas palavras, engolindo em seco.

 

- O que, Noah? - pergunto impaciente, entrando na sua frente e quebrando sua visão com Baekhyun. Seus olhos pousam em mim e eu ergo as sobrancelhas, esperando sua resposta.

 

- Er... Ele deixou cair. - Noah responde, tentando fazer seus olhos voltarem pra Baekhyun, mas eu estou na sua frente. Observo-o esticar um pedaço de papel dobrado, relativamente velho e mal-tratado.

 

- Okay. - pego o papel da sua mão e olho novamente para seus olhos, preparando-me para dispensá-lo e fechar a porta. Porém, subitamente braços envolvem meu corpo por trás e eu arrepio, sentindo a respiração de Baekhyun na minha nuca.

 

Ainda arrepiando, hein, Park?

 

Sua cabeça pende para olhar Noah nos olhos enquanto ele me deixa ler o que pensa, somente para me deixar ainda mais indignado. Os olhos verdes que nos observam estão arregalados pelo que vê e Baekhyun abre um sorriso pra ele, pegando o papel dobrado da minha mão.

 

- Obrigado. - sua voz sai simpática, muito diferente do que eu acabo de ouvir ecoando na minha mente. Ele só assente e eu lhe dou um falso sorriso, fechando a porta em seguida, sem ao menos esperar que ele saia.

 

Quase instantaneamente Baekhyun retira seus braços envolta de mim e olha atento para o papel, parecendo perder-se em pensamentos. O olho com o cenho franzido, perguntando-me qual o interesse por aquele pedaço de folha dobrado preso entre seus dedos.

 

- Nada realmente importante. - comenta com as sobrancelhas erguidas, voltando a dobrar o papel recém-lido e o guarda no bolso da calça que usa. Suas mãos juntam-se e ele estala os dedos enquanto rola os olhos pela minha sala. - Você sabe alguma coisa sobre ele?

 

Sua pergunta vem súbita e em tom cordial, me fazendo olhá-lo por algum tempo, tentando entender de quem ele está falando. Franzo meu cenho e suspiro, caminhando até meu sofá logo após ele e me sento na sua linha de direção, seus olhos ainda rolando pela minha sala.

 

- Quem? - pergunto, notando que ele não me responderia embora eu tenha pensado na pergunta antes.

 

- Noah. - simples e curto. Ergo uma sobrancelha e tento capturar seus olhos escondidos parcialmente pelos fios negros da sua franja. Porque diabos ele queria saber algo sobre Noah? - Não, Chanyeol. Eu perguntei se você sabia... - seus olhos me fitam de soslaio e ele sorri de canto, voltando a estalar suas juntas. - ... Isso não significa que eu não saiba.

 

Estreito meus olhos numa ação involuntária, sentindo aquela pontada estranha no meu tórax e um ligeiro nó na garganta. Ciúmes, talvez?

 

- Sei que mora aqui sua vida toda. - comento devagar, respirando mais pesadamente do que deveria ser meu habitual. Um breve sorriso surge no canto dos seus lábios e ele inclina a cabeça para o lado, como de forma preguiçosa.

 

- Sabe quem são seus pais? - pergunta ainda cordial e eu demoro segundos antes de responder, imaginando o motivo para aquelas perguntas.

 

- Não... Não sei mais nada além do seu primeiro nome. - respondo ainda com desconfiança no tom que uso, particularmente interessado para o que aquela conversa levaria.

 

- Noah vive sozinho no momento. Seu pai tentou se matar porque sua mulher os abandonou, mas não conseguiu. Ele não dá a mínima pra onde sua mãe esteja, ou seu pai. Acha ótimo o fato de finalmente conseguir morar sozinho e não precisar dar satisfação da sua vida pra ninguém. - explica como se contasse o quão monótono foi seu dia e seus olhos pousam em mim.

 

Novamente o observo por longos segundos, perguntando-me como ele consegue conhecer tanto as pessoas sem ao menos ter falado com elas uma vez na vida. Obviamente eu já sabia que ele responderia seu habitual ‘eu sei mais do que imagina, Chanyeol’ então somente fico em silêncio, esperando pela sua continuação.

 

- Ele é meu primo. - seu sorriso cresce no canto e eu arregalo meus olhos, não esperando tal revelação.

 

- Ele é... O que?! - pergunto em sibilos, como se aquilo fosse algo terrível o suficiente para se esconder de todos.

 

- Antony é seu pai, meu tio. Noah é meu primo, mas ele não sabe disso, claro. - o tom que ele usa no momento é tão satisfatório que me faz ter vontade em prendê-lo em algum lugar e interrogá-lo até conseguir arrancar todas as explicações que eu desejo até loucamente.

 

Seu sorriso cresce e ele vira na minha direção, subindo totalmente no meu sofá. Seu corpo se apóia nas suas mãos e nos joelhos, colocando-o na posição correta pra engatinhar lentamente até mim, sua franja balançando na frente dos seus olhos.

 

- Eu adoraria vê-lo nesse estado de limite, a ponto de fazer qualquer coisa pra obter suas respostas. - sussurra com os olhos na altura dos meus e quase permitindo um toque entre nossos narizes.

 

Estremeço e seguro com mais força o tecido do sofá onde minhas mãos estão pousadas, fechando os olhos e repetindo mentalmente que eu não posso me envolver com um paciente. Solto a respiração em partes, ainda mantendo meus olhos fechados de encarar os seus, tão intensos a me observar.

 

- Não queira isso, Baekhyun. Eu posso ser muito diferente do que realmente sou. - as palavras deixam meus lábios ligeiramente comprimidos de forma involuntária e eu o ouço soltar aquela mesma breve risada em deleite, forçando-me a abrir meus olhos e fitar os seus, extremamente próximos.

 

- Eu sei... E isso seria interessante. - ele afirma, sem ao menos piscar. Engulo em seco e me levanto, deixando-o olhando para o meu espaço agora não mais ocupado. Sua risada vem novamente e ele senta, apoiando o braço no sofá e o queixo na mão em seguida.

 

- Por que fez aquilo no elevador? - pergunto caminhando até o balcão de mármore da cozinha e coloco dois copos grandes sobre ele. Olho pra Baekhyun como quem pergunta se ele também quer e ele assente, levantando-se e vindo na minha direção, seu habitual rebolando capturando minha atenção por breves segundos.

 

- Importa? - pergunta num sussurro, enquanto me observa ir até a geladeira e abri-la, retirando a garrafa de água dali em seguida. O observo pelo canto dos olhos.

 

- Na verdade não... Não tenho nada com sua vida, de qualquer maneira. - resmungo remexendo os ombros e ele sorri observando-me inclinar a garrafa sobre um copo, depois o outro, pousando-a ali.

 

- Você quer ter? - seus dedos gélidos tocam os meus no instante em que envolvo o vidro do copo e eu sinto uma breve corrente elétrica percorrendo meu corpo, partindo do contato com sua pele até o fim da minha coluna.

 

- Você nunca me deixa saber o que está pensando... - murmuro ao ter meus olhos presos pelos seus e ele quebra nosso contato, levando sua mão para o outro copo.

 

- Isso incomoda, não? - pergunta antes de solver um gole do líquido transparente e continua mantendo nosso contato visual. Suspiro, fazendo o mesmo que ele.

 

- Bastante. - respondo e pouso o copo novamente no mármore, vendo-o sorrir de maneira furta, deixando-me com os nervos dilatando em indignação. Ele caminha até meu lado, rodeando meu corpo com o seu e me fazendo virar para acompanhar seus olhos.

 

- Você lembra da promessa que fez, quando me conheceu? - pergunta silencioso, suas íris vagando de um para outro dos meus olhos, numa intensidade com a qual eu não estou acostumado.

 

- Claro. Não vou me arrepender. - afirmo, pretendendo me afastar da forma próxima que nos encontramos nesse momento. Eu posso sentir o perfume do seu cabelo emanando até mim.

 

- E não interferir. - completa, pousando seu polegar nas costas da minha mão, fazendo movimentos retangulares com ele sobre minha pele. - Se eu deixar que saiba dos meus segredos, estará quebrando sua promessa. - sussurra, semicerrando seus olhos em desafio, sugando o piercing pra dentro da boca em seguida.

 

- O problema, Baekhyun... - começo, inclinando-me vagaroso na sua direção, até que nossos narizes estejam a milímetros de se tocarem. - É que esse é meu trabalho. Pra que me procurou se não vai me deixar interferir? - pergunto intensificando meu olhar e ele inclina a cabeça para o lado ligeiramente, não desviando.

 

- Porque você é diferente... - começa, dando um passo que faz seu corpo colar ao meu. Enrijeço meus músculos novamente e mordo o lábio inferior, desejando que ele se afaste para seu próprio bem. - Porque eu preciso da sua ajuda... E você da minha. - sussurra o fim, subindo com suas mãos para as laterais do meu rosto.

 

- Por que preciso da sua ajuda? - franzo meu cenho, perguntando em sibilos quase inaudíveis. Seus indicadores pousam nas minhas têmporas e os arrepios voltam a descer correndo pela minha coluna, seus olhos nos meus.

 

- Você vai descobrir... - é seu último sussurro, antes das luzes uma vez acesas quando entrei em casa passem a piscar e seus olhos tornem-se inclinados para sua tonalidade amarela.

 

- O que vai fazer? - pergunto ainda no meu sibilo, sentindo meus joelhos começarem a tremer ligeiramente.

 

- Você sabe que tem labirintite, não sabe? - pergunta calmo e sussurrando, seus olhos agora mais amarelos que nunca. Engulo em seco e meus braços tornam-se pesados demais pra que eu possa movê-los para tentar afastá-lo.

 

- Sei. - murmuro quase sem voz alguma, sentindo como se meus joelhos fossem ceder a qualquer instante.

 

- Olhe bem fundo nos meus olhos, Chanyeol. - seus indicadores nas minhas têmporas a apertam e eu sinto uma leve pontada na região, antes de focar meus olhos nos seus tão intensamente que poderia sair faíscas daquela conexão.

 

Seus olhos começam a se tornar brilhantes, muito mais que de costume. Não sei se essa impressão eu tenho pelo fato das luzes estarem na sua iluminação máxima ou se eles realmente estão emitindo uma luz própria. É como se as barreiras circulares das suas íris estejam rompendo-se e aquele mar amarelo espalhe-se pelas suas córneas, tingindo-as da mesma cor.

 

Meus olhos estão arregalados quando subitamente eu não consigo mais ver nada, além do grande e intenso clarão que ofusca minha visão. Seus dedos pressionam minhas têmporas com força que causa certa latência no local e eu estou tremendo tanto quanto se estivesse no Pólo Norte... Nu.

 

Alguma massa de ar quente atinge meu ouvido e palavras são ditas ali em seguida, num dialeto que eu não conheço e nem me faz sentido algum. Meu coração bate feito um desesperado, talvez a minha falta de oxigênio lhe enviando estímulos para que mais sangue possa chegar ao meu cérebro.

 

Um zumbido alto se inicia logo após aquelas palavras desconhecidas acabarem de ecoar pra dentro da minha mente e uma das suas mãos escorregam até meu ouvido esquerdo, escondendo-o por inteiro com sua palma numa meia concha.

 

Um calor repentino assola meu corpo inteiro, especialmente na região do meu ouvido, tão extremo que chega a arder por dentro. Meus olhos lacrimejam e eu ameaço fechá-los, mas aquela voz ecoa na minha cabeça inúmeras e inúmeras vezes, como se me guiasse nesse meu momento de total inércia.

 

Não os feche... Não os feche...

 

Torna-se terrivelmente difícil respirar nesse instante e meu corpo está completamente mole e entregue para o que ele for fazer. Escorrego para o chão, caindo de joelhos e ele me acompanha, segurando-me como consegue. Estou tremendo mais que antes e suando ao mesmo tempo, embora não esteja frio nem calor para que tal reação aconteça.

 

Aquele par de olhos amarelos me fitam mais uma vez enquanto sinto minha cabeça ser pousada no chão frio, uma mão perdendo-se entre os fios do meu cabelo molhado. Aquela mesma e estranhamente conhecida maciez faz pressão contra minha boca e eu finalmente cedo à enorme vontade em fechar os olhos.

 

Relaxando, finalmente.


Notas Finais


Tô louca pra ver a reação de vocês!! Desculpem-me se fui um pouco maldosa com esse final, haha!
Ao longo da semana eu faço uma nova atualização e respondo os comentários! Estou correndo um pouco esses dias mas logo apareço novamente!

E, MAIS UMA VEZ, MUITO OBRIGADA!!!


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