Eu e Tabaca depois do nosso beijo, ficamos abraçadas ali no meio daquela ponte, às luzes da lua. Não sabíamos o que sentir. Não sabíamos o que era aquilo. Mas a única coisa que podíamos fazer era aproveitar o momento e esquecer o Chimbinha.
-Está sendo ótimo ficar aqui com você. -disse Tabaca.
-Faço das tuas palavras, as minhas. -respondi.
Em meio a todo aquele silêncio, eu tive a sensação de estarmos sendo observadas. Olhei para todos os lados e não vi ninguém.
"Deve ser coisa da minha cabeça." pensei. Até que Tabaca disse em meu ouvido:
-Tenho a sensação de estar sendo observada. Não sente o mesmo?
Assenti. Então não era coisa de minha cabeça. Era real. Desfiz-me do abraço de Tabaca, levantei e gritei na ponte:
-Tem alguém aí?
Nada aconteceu. Continuei a insistir.
-Eu sei que tem alguém aí. Vamos apareça, piranha.
Então, depois de um longo silêncio, Tabaca disse:
-Acho que era coisa de nossa cab... -ela parou, com uma cara assustada.
-Olá. -disse uma voz conhecida. Não era qualquer voz, eu tinha certeza. Esta não podia ser confundida com nenhuma outra voz no mundo. Era única, era bela.
Me virei, e tive convicção das minhaa deduções de quem era a voz. Era ele, o ex my love, a lua que me traiu. Meu ex Chimbinha.
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