Eu e Tabaca estávamos abraçadas. Não sabíamos que horas eram, mas sabíamos que já havia passado muito tempo desde a noite anterior. Euzinha estava pensando em nossa situação atual. Não podíamos ficar paradas esperando que Chimbinha viesse nos matar. Tínhamos que agir e lutar por nossas vidas. Então decidi acordar Tabaca para lhe contar meu plano.
-Tabaca acorda... -ela não demonstrou nenhum movimento. -ACORDAAAA!!!
-Ai...ai... O que foi Joelma, tá louca? -ela disse esfregando os olhos.
-Tabaca, não podemos ficar paradas esperando que Chimbinha nos mate, temos que fazer alguma coisa.
-Sim...sim, Joelma. Mas, o quê? Tem alguma ideia? Porque nós estamos presas...PRESAS, nesse lugar. Não sabemos nem que horas são.
Eu a encarei com desgosto.
-Nossa como você é pessimista em, piranha? -respondi. Ela apoiou sua cabeça na parede para me ouvir falar. -Então, querida Tabaca... Nossos queridos amigos roedores ali... -apontei para os ratos. -Serão nossos ajudantes...
-Você comeu aquela comida, Joelma? Não pode estar falando sério. Como ratos, vão nos ajudar a fugir? -interrompeu Tabaca.
-Você não me deixar terminar de falar, caralho. -respirei fundo. -Então, vou direto ao ponto: vamos treinar os ratos para eles roerem a porta para nós.
Tabaca soltou uma risada tão alta que parecia uma hiena. Eu a respondi com uma cara séria.
-Você realmente não está bem, Jojo...
-Tem alguma ideia melhor, minha filha? -ela ficou em silêncio. -Foi o que eu pensei... Agora trate de se levantar e me ajudar a encontrar os nossos amigos.
Então eu e Tabaca fomos procurar os ratos. Não demorou muito e eu encontrei um.
-Achei! -gritei. O rato gritava como se eu fosse matá-lo. Então ele começou a mijar na minha mão e eu não o soltei. -Ai caralho! Tabaca o rato mijou na minha mão!
-Solta ele sua burra. -ela disse no outro lado da sala.
-Eu vou morrer de leptospirose. -gritei e soltei o rato. -Realmente esse não foi um bom plano.
Tabaca se aproximou de mim.
-Calma, ainda temos chance. Quem precisa de roedores para roer a porta, quando nós... -ela pôs a mão em meu ombro. -Nós podemos roer a porta...?
Eu a olhei em tom de admiração. Essa era a minha garota Tabaca. Iria nos salvar com sua brilhante ideia e viveríamos felizes para sempre.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.