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História Jogando com o Acaso - 2 meses


Escrita por: starsoflove

Notas do Autor


Olá, gente.
Então, esse capítulo tem uma composição minha que eu escrevi pra história. Eu amo escrever poesias, e aí aproveitei e coloquei ela no capítulo.
Mais uma observação: preparem-se porque está acabando. Tudo vai mudar a partir desse capítulo!

Até logo!

Capítulo 27 - 2 meses


Fanfic / Fanfiction Jogando com o Acaso - 2 meses

“I want to see you be brave with what you want to say. And let the words fall out. Honestly.”

“Eu quero ver você ser corajoso com o que você quer dizer. E deixe as palavras caírem. Honestamente.”

Brave – Sara Bareilles

 

P.O.V Rafe

Outubro passou voando e novembro chegou com tudo. Hoje, dia 7 de novembro, faz dois meses que eu e Sophia estamos juntos e eu queria fazer algo para agradá-la. Já estava com uma ideia na cabeça e teria que botá-la em prática!

- Amor, quero falar com você! – disse através do telefone. Teria que passar uma segurança mesmo eu querendo rir.

- O que aconteceu, Rafael? – Soph perguntou nervosa.

- Eu preciso que você venha até a minha casa para a gente conversar! – disse segurando a risada.

- O que foi dessa vez? Rafael, eu estou em hora de aula, mais tarde a gente vê isso, tá? – disse.

- Desculpa, não quero incomodar. – e desliguei. Qual era a probabilidade dela ficar puta comigo? Mas eu não me importava. Valeria a pena.

Durante a manhã toda, aproveitando que eu não tinha aula, fui preparando as coisas para a minha surpresa. Finalizei o que eu tinha que fazer e fui tomar um banho. A aula da Soph terminaria lá pelas 15h, ou seja, ainda faltavam uma hora e meia. Eu tinha uma hora e meia para me preparar para fazer o que eu quero fazer.

 

P.O.V Soph

Parece que quanto mais a gente quer que a aula acabe, mais ela demora a acabar. Eu estava sem cabeça nenhuma para prestar atenção no que o professor estava falando. Depois da minha mini conversa com o Rafe pelo celular, eu estava angustiada. Hoje fazíamos dois meses de namoro e o modo como ele falou no telefone, parecia que queria terminar comigo.

Resolvi sair correndo da faculdade e pegar um ônibus até a casa dele. Não esperei as meninas nem avisei a elas onde eu ia. Eu queria chegar o mais rápido possível e esclarecer as coisas com o meu namorado.

Depois de dez minutos de trajeto, finalmente cheguei ao meu destino. O porteiro já me conhecia, o que facilitou minha entrada no prédio. Peguei o elevador e quando cheguei no corredor do andar do Rafe, fui direto tocar a campahia. Após ficar alguns minutos tentando, e nada dele aparecer, coloquei minha mão na maçaneta, o que fez a porta se abrir. Achei estranho estar destrancada, mas nem liguei para isso.

Chamei o nome do Rafe algumas vezes e ele não respondia. Andei pelo apartamento todo, faltando apenas seu quarto. A porta do quarto estava entreaberta e pude ver que a cortina estava fechada, deixando o ambiente totalmente escuro. Entrei no quarto e quase caí para trás com o que vi.

Reparei em tudo que estava a minha volta. Tinha dois barbantes presos no teto com várias fotos nossas. Desde quando a gente era só amigo até agora. Meus olhos se encheram de lágrimas ao ver aquela declaração que não precisava de palavras. Olhei para o lado e vi pétalas de rosas vermelhas formando uma frase na cama. Estava escrito “Meu Docinho” e um coração do lado. Sorri interna e externamente. Depois de analisar tudo, senti duas mãos tampando meus olhos.

- Feliz dois meses, minha linda! – Rafe tirou as mãos dos meus olhos e colocou na minha cintura, e eu apoiei minha cabeça em seu ombro. – Gostou da surpresa? – perguntou.

- Você vai me deixar maluca algum dia. Eu fiquei criando várias histórias na minha cabeça por causa da sua ligação estranha. – Rafe fez com que a gente ficasse um de frente para o outro.

- Eu precisava te deixar curiosa. – riu.

- Eu amei a surpresa, viu? Feliz dois meses pra gente. – Coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço e lhe dei um beijo calmo.

Rafe me pegou no colo, sem desgrudar nossas bocas. Jogou-nos na cama, misturando nossos corpos e as rosas que antes formavam “Meu Docinho”. Apoiou-se com um dos cotovelos e com a outra mão livre, puxou a minha e entrelaçou nossos dedos. Ficamos brincando com nossas mãos até que ele resolveu falar de novo.

- Você é linda... E é ainda mais linda quando eu te vejo aqui na minha cama. Seus olhos são lindos, seu sorriso, sua boca, seu corpo, seu jeito e ainda mais seu coração... – Ele conseguia me fazer ficar mais apaixonada do que eu já estava.

- Toda vez que você diz essas coisas, você me deixa sem graça, com vergonha...

- Vergonha de quê? De mim?

- Não... É que ninguém nunca me disse essas coisas antes, com tanto sentimento. E eu fico sem saber como agir...

- Deixa que eu ajo. – disse para logo depois começar a me beijar. Ele se deitou em cima de mim, me deixando presa entre seu corpo e a cama. Depois de mais alguns términos de beijos e começos de outros, ele se sentou na cama, olhou pra mim e sorriu. Levantou e foi até o canto do seu armário, onde ficava um violão. Ele tinha mais de um violão, sem contar nas suas duas guitarras, um baixo e um teclado. Ele tocava e cantava tão bem, que era lindo de se ver. Ele sabia o quanto eu gostava desse seu lado.

- Você vai tocar pra mim? – perguntei curiosa.

- Vou tocar e cantar pra você. Mas não é uma música qualquer. - Rafe começou a cantar e eu prestei atenção na letra.

 

Em algum momento

Por você me apaixonei

Fui bobo o bastante em esconder

Mas me rendi, me entreguei

 

Eu sei, no fundo eu sei

Ainda temos muito para viver

Não se esqueça nunca, nunca

Que me mundo gira por você

 

E se algum dia você duvidar

E pensar que não é pra ser

Olhe para o lado

Que é onde eu vou estar, baby

 

Minha menina

O nosso amor vai prevalecer (vai sim)

Mesmo se o acaso jogar com a gente

Não desiste de mim (de mim)

 

Meu docinho

Você adoçou minha vida quando apareceu

E agora nada mais importa

Eu sou para sempre seu...

Eu sou para sempre seu...

Eu sou para sempre seu...

Eu vou ser para sempre... Seu

 

Eu não estava acreditando que ele escreveu uma música para mim. Ele ainda colocou o apelido pelo qual me chama. Eu parecia uma boba chorando o vendo cantar. E o que falar da letra da música? Eu não fazia ideia de que ele era compositor.

- E aí, gostou? – perguntou.

- Não.

- Como assim não gostou?

- Eu amei, seu bobo. Eu não sabia que você era compositor.

- E eu não sou, mas dessa vez eu tive um inspiração. Você é minha inspiração.

 

P.O.V Rafe

Já eram quase 19 horas e Soph recebeu uma ligação da Manu para ir pra casa abrir o apartamento para elas. Não queria que ela fosse embora, por mim ela ficaria e dormiria comigo.

- Quando chegar em casa, me manda uma mensagem. – pedi.

- Vou mandar, fica tranquilo.

- Vai lá antes que elas te liguem de novo. Cuidado, Soph. Eu vou ficar aqui até você pegar o ônibus.

- Vou lá. – Soph veio até mim e me deu um beijo que parecia começar calmo, mas terminou com a falta de ar de nós dois.

Depois de ver que ela tinha entrado no ônibus, voltei para meu apartamento. Fui até a caixa de correio para ver se tinha alguma correspondência. Por acaso, tinha algumas. Mas uma me intrigou. Era uma carta diferente das que eu recebia. Quando virei a parte da frente do envelope, quase cai pra trás de susto.

Fazia algum tempo que eu não ouvia falar daquele nome. Tudo começou quando eu e a Soph estávamos brigados. Eu acabei esquecendo de contar pra ela depois que ficamos juntos. Eu nem sonhava em me apaixonar por ela e agora eu teria que deixá-la.

Era uma carta de admissão da Columbia University. Eu tinha ganhado uma bolsa de estudos integral para cursar Administração e jogar futebol pela universidade. Um amigo do meu pai conhecia um cara que selecionava alguns alunos aqui do Brasil para jogarem lá nos EUA e acabou que o cara gostou de mim. Eu jurava que não ia passar, então nem me importei com a possibilidade de ter que sair do país, de deixar meus pais, meus amigos e, principalmente, a Soph. Eu não sabia como contar isso para ela. Também não sabia se eu aceitaria essa bolsa. Eu sei que é uma oportunidade incrível, mas o amor é mais importante, não é?



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