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História Jogando com o Acaso - Coincidência


Escrita por: starsoflove

Notas do Autor


Bom dia, meus amores! Mais um capítulo pra vocês. <3

Capítulo 30 - Coincidência


Fanfic / Fanfiction Jogando com o Acaso - Coincidência

“Fico pensando um jeito de te falar, mas sem te magoar que o nosso amor já deu. É muito chato a hora de terminar, mas sempre alguém vai chorar. É tão ruim dizer adeus...”

Fica Combinado Assim – Sorriso Maroto

 

P.O.V Rafe

Desde a hora que a Soph saiu, eu não consegui parar de chorar. Eu devo estar parecendo um ridículo, mas eu realmente estava sentindo. Aquelas palavras soavam em meus ouvidos e tudo parecia um pesadelo. Eu fiz de tudo para proteger a Soph, afinal eu não aceitaria aquela bolsa de estudos, mas acho que tudo foi de mal à pior.

Saí da realidade paralela que eu estava com o telefone tocando. Era meu pai. Eu não queria atender. Não queria falar com ninguém. Mas se eu não atendesse, seria pior.

- Oi, pai. - disse seco.

- O que houve, Rafe? Por que você está com essa voz de choro? – meu pai me conhecia, realmente.

- Porque eu estou chorando. – disse, sem rodeios.

- O que aconteceu? – perguntou nervoso.

- Deu tudo errado, pai! Eu fiz de tudo... eu tentei de tudo, mas deu errado. Eu sou bosta! Não mereço ser feliz! – disse colocando para fora tudo que eu estava sentindo. A raiva e a tristeza me consumiam, mas eu não podia culpar a Soph por isso. Eu fui o errado desde o começo. Se eu tivesse falado a verdade... “Se...”

- SOBRE O QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO, RAFAEL? – meu pai exaltou-se.

- Eu preciso conversar...

- Eu vou ao shopping com a sua mãe. Nos encontra lá! – meu pai disse por fim e desligou.

 

***

Fui encontrar meus pais no Barra Shopping. Depois de andar quase o shopping inteiro, achei eles. Eles não atendiam o celular, então tive que procurá-los. Estavam na praça de alimentação em cima. Quando me viram, se levantaram e vieram me abraçar. Eu estava ridículo de acabado. Provavelmente eles se assustaram ao ver minha cara inchada de tanto chorar pela Soph.

- Oi, meu filho! – minha mãe disse.

- Oi, mãe... – respondi com vontade de chorar de novo. Eu não estava me reconhecendo. Nunca fui de chorar.

- Você matou a gente de preocupação, Rafe! – meu pai disse.

- Foi mal... É que eu to bem mal... Acreditem, eu já chorei muito. Não fazia ideia de como tinha tanta lágrima dentro de mim.

- Homem chora também, meu filho. Ainda mais quando está apaixonado e alguém parte seu coração. – minha mãe me deu um abraço e me forçou a comer alguma coisa. Eu estava sem fome nenhuma. Só de pensar que eu e a Soph viríamos para cá assistir a um filme no cinema e agora ela não está aqui comigo, me deixa triste. Mais do que eu já estou.

- Vocês terminaram então? – meu pai perguntou.

- Ela terminou comigo.

- E como isso aconteceu? – perguntaram juntos.

- A gente viria pra cá assistir um filme. Eu estava no banho e ela chegou lá em casa. Gritei para que ela entrasse. Quando sai do banho, a vi com minha carta de admissão na mão.

- E ela não queria que você fosse? Por isso ela terminou com você? – minha mãe quis saber.

- Não. Quem dera... Ela terminou comigo porque disse que eu não confiava nela a ponto de contar a verdade. Ela achou que eu achava que ela não aprovaria, mas pelo contrário. Ela disse que quer que eu aceite a bolsa. – abaixei minha cabeça lembrando da nossa discussão.

- Viu, meu filho? Eu disse que ela ia te apoiar.

- Não fala isso, pai! Eu já estou mal o suficiente pra escutar um “eu te avisei”. Eu fui burro, eu sei. Não preciso que fiquem jogando isso na minha cara. Eu já estou arrependido o bastante por cem anos de vida.

- Rafe, se acalma. Não tem mais o que você fazer. O que você tem que pensar agora é em aceitar essa bolsa. Pelo menos agora não tem nada que te prenda aqui. – Mal sabe ele que ainda tem sim. Meu coração. Ele ainda está com ela.

- Você vai aceitar, né, meu amor? – perguntou minha mãe. Ela disse “meu amor” e eu só lembrei da Soph me chamando assim. Mas que porra!

 

P.O.V Soph

Depois de voltar para casa e contar milhares de vezes para a Manu e pra Gio que eu e o Rafe terminamos, elas ainda não acreditavam. Nem eu acreditava.

Elas me obrigaram vir para o shopping aonde eu viria com o Rafe. Parece tortura, eu sei, mas elas disseram que iam me fazer esquecer isso. Duvidando muito disso, elas me levaram para uma loja de música. Disseram que eu tinha que comprar um violão e aprender a tocar nessas férias para esquecer dele. Isso seria impossível. Eu nunca me esqueceria dele.

Depois de olhar vários modelos, finalmente achei um do meu agrado. As meninas tinham me deixado na loja sozinha para pagar o meu presente. Quando eu tinha acabado de comprar, vi um piano lindo de calda. Nele tinha um cara tocando uma música que eu reconhecia muito bem. A música era um pagode, mas ele conseguiu deixá-la mais lenta e ainda mais linda do que era. A música era “A Primeira Namorada” do Sorriso Maroto.

Eu não sei se vale a pena
Aceitar esse teu jeito

Todo mundo tem defeitos
Por favor não to querendo te julgar
Somos muito diferentes
E por mais que a gente tente
A cabeça dá um nó
E vai ficar pior se a gente não parar
Vai doer
Mas não tem jeito fácil de terminar
Vou sofrer
Mas te amo e não quero te machucar
Não fique assim
Eu também to tentando ser forte e não chorar
Olha pra mim
Vai ficar tudo bem quando a dor passar


Sério? Eu não estava acreditando que esse cara estava tocando justamente essa música. Ela me lembrava do Rafe. Era como se eu quisesse dizer isso para ele e ele para mim. Resolvi não me torturar mais ainda, então fui a caminho da saída da loja. Antes de passar pela porta, olhei para o cara que estava tocando e que agora estava cantando.

Vai ser sempre a primeira namorada
E esse amor não vai sair de mim por nada
E nem tente se afastar de mim
Vai ser muito ruim se eu não puder te ver
É normal que a gente tenha se enganado
Nossa história aconteceu no tempo errado
Eu não sou bom em me despedir
Mas é melhor eu ir pra não me arrepender
Tente entender....(!)

Era ele. Meu coração estava totalmente descontrolado. Ele estava aqui. Era muita coincidência. Vendo e escutando-o, me deu vontade de desculpá-lo e pedir para que a gente volte a ficar juntos, mas eu não podia. O que estava em jogo agora não era só a nossa relação. Seria melhor que a gente estivesse separado para ele aceitar a bolsa e realizar seu sonho de jogar e estudar nos EUA. Eu tenho certeza que será o melhor para ele. A gente está sofrendo e ainda vai sofrer muito mais, mas isso é o certo a se fazer. Não quero que ele deixe de aceitar essa bolsa por causa de mim. Quem sou eu para atrapalhar a felicidade de alguém? A vida é assim, não é? Nós sacrificamos nossa felicidade pela felicidade de quem nós amamos. 



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