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História Jogo da Perdição - Carona


Escrita por: Xoxotariana

Notas do Autor


Capítulo quentinho, saindo do forno. Espero que gostem, meninxs ♥

Capítulo 4 - Carona


POV REGINA

            Queria falar pra ela que eu não era esse monstro, que nem sempre tive que usar aquela armadura; queria explicar o porquê ser tão rude, tão amarga, mas tive medo, minhas inseguranças apareceram vivas em minha frente.

            - Srta. Mills? – Emma me encarava preocupada e com cenho franzido

            - Ah, Swan! É... – Vamos Regina, pense, pense logo! – Só queria dizer que seu expediente começa as 08h30min e vai até às 19h30min. – Sorri torto e condenei-me por ter dito aquilo novamente como desculpa

            - A Srta. Já havia me dito – Ela tornou a olhar pra frente com certa indiferença; talvez eu tivesse decepcionado ela por não ter exposto o que eu realmente queria dizer, essa menina estava me deixando confusa, eu não podia nem sequer preencher minha cabeça com a hipótese de dividir algo com ela.

                        Contando com o dia em que discutimos, ou seja, segunda, eu conhecia ela há exatamente dois dias; não sei realmente o que estava acontecendo comigo, ou melhor; eu sabia! Mas nunca, jamé, irei admitir, nem pra Emma, nem pra Rebecca e muito menos pra mim mesma!

            - Posso ligar o rádio, Swan?

            - O carro é seu, Regina! – Ela falou curta e grossa, acho que nossa convivência estava rendendo aprendizados para a mocinha.

            Então seguindo o que ela disse liguei o rádio, deixava sempre meu pen drive plugado no rádio, e em alguns instantes estava ouvindo o toque da minha música preferida; que se encaixava tão perfeitamente com o momento que tive com Emma há alguns minutos atrás.

            - Sara Bareilles? – Ela me fitou com os olhos semicerrados

            - É! Não posso? – sorri sincera – É minha música favorita... – Oh merda! Regina! Controle-se; ainda faltam uns 20 minutos pelo que deduzo, preciso me segurar firmemente.

Brave – Sara Bareilles

Nothing’s gonna hurt you

The way that words do

And they settle ‘neath your skin

Kept on the inside

No sunlight

Sometimes a shadow wins

But I wonder what would happen if you

Say

What you want to say

And let the words fall out

Honestly

I wanna see you be brave

With what you want to say
And let the words fall out

Honestly

 Wanna see you be brave

A letra é tão real, não é mesmo? – Ela quebrou o torturante silencio que pairava sobre o carro, mas aquela pergunta havia me deixado desestabilizada.

Puxei todo ar que conseguia e inspirei, bati insistentemente as unhas sobre o volante e respondi tensa aquilo.

            - É totalmente cotidiana; acho que por isso tenho preferencia por ela dentre tantas outras músicas que carrego no pen drive. – Falei tudo de uma única vez, sem nem sequer respirar.

            Ela deu de ombros e pendeu a cabeça pro lado da janela admirando as luzes dos bairros por quais passávamos, mas percebi que Miss Swan focou nas gotículas de garoa que insistiam em escorrer pelo vidro

            - Entregue. – Tirei-a de seus devaneios, e ela sorriu

            - Obrigada, Srta Mills, até amanhã. Boa noite!

            - De nada, Swan; até amanhã! Seja pontual – Pisquei e acelerei para o caminho de casa.

 

Ela deu um leve aceno com a cabeça o que me foi suficiente. Emma estava me tirando as estribeiras, eu queria poder dividir as dores e as angústias, as vontades e os desejos com ela; mostrar pra ela que eu não era aquele monstro, mas eu não posso, eu não devo e vou lutar pra que isso não ocorra!

REGINA! CALMA! VOCÊ PRECISA RELAXAR SE PERMITA RESPIRAR! – Falei interiormente para mim mesma e segui meu caminho, não demorou muito pra chegar a meu apartamento, o trânsito estava tranquilo, sem engarrafamentos e nem muito movimentado.

Entrei em meu apartamento e me joguei no sofá, estava cansada e confusa com toda a situação que eu mesma estava criando, a luta interior que eu mesma estava travando; fiquei ali, jogada, com a roupa do trabalho, olhando pro teto; pensando em como Emma estava se tornando um ponto fraco em mim, eu que sempre fui àquela mulher que não perdia o foco fácil, quem não cedia que NÃO se apaixonava; jurei que não deixaria esse “erro” acontecer novamente e eu irei cumprir essa promessa.

Rebecca – “Oi, já chegou em casa?”

Regina – “Olá, Rebecca. Sim, cheguei há uns 15 minutos”

Rebecca – “Como foi com a nova assistente?”

Regina – “Foi razoavelmente bem calmo, ela fez as coisas com agilidade o que me deixa mais calma diante da situação; não que eu não tenha conferido tudo após ela me entregar, mas já ficou mais tranquila que pelo menos nesse ponto ela é excelente”

Rebecca – “Aconteceu alguma coisa, né?”

Regina – “Não....”

Rebecca – “Reticências? Hummm! Se não me contar também não irei contar que nos convidou pra um evento”

Regina – “Rebecca, conta!”

Rebecca – “Só se me contar o que houve”

Regina – “Você não vai desistir disso não é mesmo?”

Rebecca – “Não mesmo!”

Regina – “Eu dei carona pra ela”

            Demorou alguns instantes pra mensagem de Rebecca chegar, e eu já estava numa ansiedade sem fim.

Rebecca – “EU NÃO ACREDITO! EU SABIA QUE VOCÊ ESTÁ CEDENDO, SRTA. MILLS”

Regina – “Não tem nada a ver, eu ofendi ela de certa forma e fiz como um ato de desculpa”

Rebecca – “Esses pedidos de desculpas têm ficado frequentes, né? Você está criando um pequeno nível de intimidade com ela”

Regina – “Nos conhecemos há dois dias, ela é apenas minhas assistente”

Rebecca – “Intimidade não tem nada a ver com o tempo. Intimidade é energia, Regina; ela ser sua assistente não é um ponto que não possa ser minimizado. Bom... eu não vou discutir com a Sra. Sabichona, preciso dormir; tenho que resolver um caso sério amanhã. Boa noite, abraço”

Regina – “Boa noite, cuide-se”

            Já estava em borbulhas com tudo aquilo que Rebecca estava me dizendo, limitei-me a dizer um curto e grosso Boa noite; acabei esquecendo-se de perguntar sobre o tal evento que fomos convidadas, ou eu ligaria pra Becca, ou morreria na curiosidade o que não estava em meus planos.

~~ ligação on ~~

- Regina? Tá louca? Eu falei que ia dormir, lembra?

- Rebecca, vá para o inferno antes que eu me esqueça. – a ouvi dando um risinho baixo

- Vai falando o que você quer Mills!

- Quem convidou a gente? Onde? Que dia? Horas? E por que eu devo ir se estou com preguiça?

- Ohoho! Lembra-se de Ruby? Aquela moça com quem tive um processo complicado, mas que depois criamos uma grande amizade, porém ela acabou indo morar em Londres e abandonando os negócios aqui; e agora voltou e inaugurou um bar; convidou a mim e bem... A você.

- Eu não gosto dela. O que faz você pensar que vou ir nessa “coisa”?

- Temos quatro semanas pra eu tentar lhe convencer, Mills; é no centro da cidade, em um lugar que ela mesma gerenciou o projeto “arquitetônico”, disse que ficou divino!

- Bom, tente! Se conseguir, o que acho difícil, parabéns; caso contrário, você terá que me pagar uma rodada de Uísque! Agora vá dormir, srta. Rebecca”

- Boa noite, Mills! Apostado! Beijo”

~~ ligação off ~~

            Eu não gostava nem um pouquinho de comparecer na inauguração desse bar, Ruby era cliente do escritório, e já havia ganhado um processo junto com minha irmã, – mesmo estando errada na situação – Rebecca era incrível na argumentação, seria um ótimo negócio pra mim esse processo se eu não estivesse do outro lado, defendendo a vítima do processo, e não fiquei nada contente em ter perdido a causa; e peguei um ódio tenebroso da Srta. Ruby tratava-a bem, por pura educação.

            Levantei-me arrastando-me pela casa, e fui em direção ao banheiro, tomei um longo e relaxante banho; o dia havia sido tenso e eu precisava descansar; me atirei na cama nua e não tardei a adormecer.

POV EMMA

            Cheguei à casa confusa, um misto de sentimentos me perturbava; meu coração parecia querer sair de dentro do meu peito; batia forte e rápido, como jamais sentido antes; Regina Mills estava me desconcertando e com toda força, estava fudendo com a minha vida.

            Fiquei ali, jogada em cima da cama, olhando para o teto, pensando, refletindo; mas acabei adormecendo, o dia havia me cansado em todos os sentidos possíveis; clientes, Regina, sentimentos novos surgindo. Precisava de um descanso.

~~ Na manhã seguinte ~~

            Levantei com certa folga de tempo para poder tomar um café carregado de frutas e iogurte – que era o que tinha predominante em minha pequena geladeira; tomei o café de forma sossegada, com calma, quando de repente ouço o telefone residencial tocar

            - Alô?

            - Swan?



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