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História Jogo das Paixões - Capítulo XVII - À Espreita


Escrita por: UnicornSilver

Notas do Autor


Tia UnicornSilver cansadona, mas passa aqui antes!

Boa leitura! =))

Capítulo 18 - Capítulo XVII - À Espreita


No dia seguinte à Festa das Bruxas, Snape estava no Salão Principal tomando seu café da manhã tranquilamente e lendo o jornal, cujas notícias correram feito um rastilho de pólvora. Sua leitura só foi interrompida pelo estardalhaço repentino dos alunos na porta do Salão saudando Harry Potter que acabava de passar pelo local. Jogando o guardanapo sobre a mesa com raiva, Snape saiu do salão e foi direto para o gabinete de Dumbledore com a esperança de encontrá-lo sozinho já sabendo que poderia ser difícil.

— Diretor, eu gostaria de ter uma palavra com o senhor em particular – Snape disse firme ao ver que Dumbledore estava com Ludo Bagman em sua sala. Ludo entendeu e fez uma reverência exagerada ao sair.

— Bem, Severo? – Dumbledore se voltou para Snape suspirando de cansaço.

— Fiquei sabendo que você vai manter Potter no torneio – Snape disse seriamente.

— Não podemos fazer nada, são as regras – Dumbledore falou calmamente e se sentou na sua cadeira.

— O garoto deu um jeito... – Snape se calou ao ver que Dumbledore estendeu a mão em riste.

— Ele está inocente nesta história – Dumbledore retrucou convicto.

— Mas você não acha estranho... – Snape queria insistir.

— Acho. – Dumbledore interrompeu Snape mais uma vez – E precisamos descobrir quem e o quê levou alguém a colocar o nome de Harry no Cálice.

Snape desanuviou e olhou longamente Dumbledore que continuava com uma expressão muito séria, não admitindo ser contrariado.

— E você desconfia de alguém? – Snape perguntou dando um passo em direção à mesa de Dumbledore.

Por um segundo Dumbledore pensou em Luísa, mas logo afastou o pensamento, não conseguia enxergar algum interesse da parte dela em querer prejudicar Harry Potter, até que se lembrou de um fato.

— Como está sua Marca, Severo?

Snape foi tomado de surpresa pela pergunta de Dumbledore e fechou a cara em resposta.

— Não pense que desconfio de você meu amigo – disse Dumbledore suavemente, fazendo Snape se acalmar.

— A Marca está voltando – Snape disse simplesmente.

Dumbledore ficou em silêncio diante da resposta de Snape. Ainda estava incerto sobre relatar o que realmente desconfiava e de quem desconfiava.

* * * * 

Filch avisou Luísa que Dumbledore a chamava e logo após o almoço ela foi até o gabinete dele.

— Me chamou, diretor? – Luísa se aproximou da mesa de Dumbledore que a olhava muito sério.

— Sente-se, Luísa – Dumbledore apontou a cadeira em frente e ela obedeceu – Sabe? Eu tenho curiosidade com uma coisa a seu respeito, mas não precisa me responder se achar inconveniente.

Luísa balançou os ombros com curiosidade: — Pode perguntar...

— Desde antes do ataque de Comensais no final da Copa Mundial, Dayse já dizia que Voldemort estava voltando. – Dumbledore fez uma pausa e Luísa estava muito atenta – Você nunca sentiu nada?

— Não... – Luísa respondeu sem entender.

— Você não tem uma Marca? – Dumbledore franziu o cenho.

— Não – ela respondeu firmemente. – Eu nunca fiz parte do círculo dele. Ele nunca se comunicou comigo por uma Marca.

Dumbledore se inclinou na sua cadeira encorajando Luísa contar mais. Ela entendeu e continuou.

— Mesmo com o sumiço dele, eu sempre soube que não estava morto. Ele sempre quis ser imortal e deve ter feito algo...

— Se você nunca o sentiu, então por que diz isso? – Dumbledore perguntou com muita curiosidade.

 — Eu sonho com ele – Luísa disse com seriedade. – São sonhos lúcidos. Consigo me comunicar com ele, se quiser.

Dumbledore fitou Luísa em silêncio longamente porque queria saber mais, mas resolveu mudar o assunto:

— Tem conversado com Igor Karkaroff?

— Ele ainda não me procurou – Luísa deu de ombros.

— Gostaria que ficasse de olho nele – pediu Dumbledore seriamente. — O nome de Harry Potter no cálice há de levantar muitas suspeitas...

— Entendi... – Luísa acenou afirmativamente com a cabeça, entendendo a intenção do diretor.

— Você é a única pessoa neste castelo que tem mais proximidade com ele – Dumbledore observou vendo Luísa acenar novamente.

Dumbledore se levantou e Luísa entendeu que a conversa estava terminada. Ela se despediu e saiu do gabinete dele, disposta a procurar Karkaroff e colocar a conversa em dia e dali tentar extrair algo.

Dumbledore esperou Luísa sair da sua sala para só assim chamar Snape pela rede de Flu no qual ele veio rapidamente.

— Severo, preciso que você fique de olho em Luísa e Igor Karkaroff – Dumbledore já foi logo dizendo assim que Snape pisou em sua sala.

— Posso saber o motivo? – Snape não gostou muito da nova tarefa.

— Algo a ver com lealdade – Dumbledore disse entrelaçando os dedos e olhando para cima e Snape ergueu as sobrancelhas – Luísa trabalhou muito tempo em Durmstrang. Fique sabendo que ela foi a responsável por colocar Karkaroff na direção da escola.

— É mesmo? – Snape ficou surpreso e imaginando que tipo de relação os dois teriam ou tiveram.

— Conto com você – Dumbledore foi enfático e Snape apenas acenou e saiu rapidamente da sala.

Ao sair para o corredor, Snape ficou remoendo a possibilidade de Luísa e Karkaroff terem sido amantes e sentiu uma ponta esquisita no peito, algo que sentiu somente quando soube que Lilian Evans havia aceitado um convite para sair, de Tiago Potter. Porém, o mais intrigante de tudo era que não havia dado tempo de ter estabelecido um contato mais profundo com Luísa, algo que ele sempre tivera com Lilian. 

Luísa saiu do castelo e seguiu em direção ao Lago Negro, onde o navio de Durmstrang se encontrava atracado, mas por sorte acabou encontrando Karkaroff no jardim e assim foi rapidamente junto dele quando a avistou e sorriu mostrando seus dentes amarelados.

— Luísa! – ele a saudou – Ainda não tive tempo de parar para te procurar, me desculpe.

— Não se preocupe, Igor!  Sei que deve estar muito atarefado... – Luísa foi logo falando.

—Eu queria conversar com você.  Tem tempo agora? – ele perguntou ansioso.

— Claro que tenho! Vamos para minha sala – Luísa convidou já andando de volta para o castelo e Karkaroff a acompanhou.

Quando chegaram no saguão de entrada, Luísa e Karkaroff deram de cara com Snape que apenas cumprimentou o diretor de Durmstrang.

Snape, que estava de passagem, parou e ficou observando Luísa e Karkaroff subindo pelas escadas movediças em direção ao corredor que dava acesso ao sétimo andar. Ele se deteve por um momento esperando Luísa e Karkaroff entrarem no corredor, para subir no encalço deles.

À uma distância segura, Snape seguia Luísa e Karkaroff que caminhavam lado a lado de forma respeitosa tirando qualquer dúvida sobre eles terem um relacionamento amoroso, dando certo alívio a ele.

Luísa e Karkaroff andavam rápidos e Snape continuava numa a certa distância e parou à espreita quando eles chegaram na porta do escritório dela e entraram depressa. Snape saiu do seu esconderijo e chegou na porta de Luísa, com o objetivo de ouvir a conversa e com um rápido movimento de varinha, ele amplificou o som abafado que vinha pela porta.

“E então? O que quer falar?” – Snape ouviu a voz de Luísa e logo em seguida um tilintar de copos.

“Ficou sabendo do sorteio do quarto competidor do torneio, não ficou?” – a voz de Karkaroff alterada pela irritação era mais forte que de Luísa e assim Snape apurou mais o ouvido.

“Sim, fiquei e acho loucura, o garoto...” – Luísa disse mais calma.

“Estou imensamente desgostoso com isso, Luísa!” – Karkaroff interrompeu Luísa e um breve silêncio se fez com apenas algum tilintar de um copo.

“Fiquei com vontade de me retirar do torneio, mas não posso por causa do contrato mágico! Estou me sentindo lesado! Um quarto competidor de uma mesma escola coloca em desvantagem as outras!” – Karkaroff continuou bravo.

Snape se afastou um pouco da porta, pois já estava ouvindo bem.

— Dumbledore achou estranho... – Luísa disse vagamente.

Karkaroff andava nervoso de um lado para o outro com um copo de vodka na mão e não desanuviava.

— Talvez alguém queira prejudicar o garoto... – Luísa soltou e Karkaroff estacou e se voltou para ela.

— Para quê? – ele perguntou ainda muito zangado.

— Ora... Você sabe quem o garoto é... – Luísa se levantou da poltrona e foi se servir de mais vinho – Mais vodka?

— Aceito, obrigado – Karkaroff estendeu o seu copo para ela encher.

Luísa se aproximou de Karkaroff e lhe entregou o copo novamente cheio.

— Como está sua Marca? – Luísa perguntou e viu Karkaroff levar seu braço imediatamente para trás, nas costas, a fim de escondê-lo como Snape fez quando foi interpelado por ela.

Snape que ainda estava do lado de fora, ouviu e se aproximou mais querendo ouvir claramente a resposta.

— Está voltando... – Karkaroff disse mais baixo vendo Luísa sorrir.

— Você sabe o que isso significa, não sabe? – ela perguntou com um sorriso malicioso.

Karkaroff se afastou de Luísa, bebeu a vodka de um gole só e passou a mão nos cabelos prateados, visivelmente nervoso.

— Claro que sei! – Karkaroff largou o copo na mesinha e se voltou para Luísa mais pálido do que um fantasma – Se a Marca queimar terei que fugir!

Snape fez uma careta de espanto, embora não esperasse outra atitude de Karkaroff. Satisfeito por achar que já tinha ouvido o suficiente, ele voltou para o gabinete de Dumbledore e relatou o que conseguiu ouvir.

— Bem... Podemos deduzir que não foi Karkaroff quem depositou o nome de Harry no Cálice.

Snape e Dumbledore ficaram em silêncio se olhando intrigados com tudo o que estava acontecendo.

* * * * 

Luísa continuava conversando com Karkaroff que ainda estava muito nervoso e mostrando a cicatriz da sua Marca para ela.

— O que você vai fazer, Luísa? – Karkaroff perguntou gravemente.

— Ficar aqui, não vou fugir – Luísa não se abalou – Não tenho nada com o Lord das Trevas.

— Não mesmo? – Karkaroff riu em deboche – Vocês viveram um romance...

—... O qual acabou antes do sumiço dele! – Luísa foi enfática.

— E que não deve ter terminado muito bem! Ele não se conformava porque você conseguiu fugir. – Karkaroff continuou, agora sério – Se me lembro bem, ele colocou Avery no seu encalço. Se eu fosse você também aproveitaria para fugir de novo.

 — Não tenho o que temer, afinal já se passaram muitos anos. Página virada. – Luísa se levantou e encarou Karkaroff, altiva. – Agora, quanto a você Igor, já não pode dizer o mesmo. Você entregou muita gente em troca de liberdade.

— Não foi bem assim... – Karkaroff se esquivou de Luísa balançando a cabeça.

— Não? Se não me falha a memória, foste tua delação que te colocou em liberdade e após o sumiço dele, retomei meu cargo em Durmstrang e você veio me procurar, se lembra? Você precisava de um emprego, pois perdeste tudo e ninguém confiava mais em você. – Luísa deu um passo em direção à Karkaroff totalmente intimidadora – Fui a única que lhe estendeu a mão.

— E que o fato de você ter me ajudado tem a ver com minha Marca queimar e eu precisar fugir de novo? – Karkaroff não havia entendido e estava dando sinais de temor.

— Tem tudo! Se ele estiver voltando mesmo, à esta altura da vida, ele já sabe que você é o diretor de Durmstrang! – Luísa voltou a se sentar – Não vai adiantar voltar com o rabo entre as pernas para lá. Vai ser o primeiro lugar que ele vai te procurar.

Karkaroff se agitou. Realmente não tinha segurança em lugar nenhum.

— Eu preciso de um lugar... – Karkaroff sentiu a garganta seca e tomou a liberdade de ir pegar mais bebida no armário de Luísa sendo observado por ela que se divertia no íntimo.

— Quando for a hora, eu te ajudo... Novamente... – ela disse sorrindo vendo Karkaroff tomar um longo gole de bebida mortalmente lívido.

Meia hora depois, Snape já havia saído do gabinete de Dumbledore e encontrou Karkaroff andando rapidamente em sua direção e parecia nervoso.

— Severo, preciso falar com você! – Karkaroff impediu de Snape continuar andando.

— O que você quer, Igor? – perguntou Snape, impassível.

Karkaroff olhou em volta percebendo que o corredor estava repleto de alunos: — Aqui não. Não teria outro lugar para conversar?

Snape revirou os olhos, pois já imaginava o que o diretor de Durmstrang queria. Fazendo uma careta de desagrado, ele fez um sinal para Karkaroff segui-lo e assim saíram das vistas dos alunos rapidamente.


Notas Finais


;))


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