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História Jogo das Paixões - Capítulo XVIII - Baile de Inverno


Escrita por: UnicornSilver

Notas do Autor


Tia UnicornSilver indo madrugada adentro com mais um novo capítulo. E ela promete responder com carinho todos os reviews depois de ir ali descansar um pouquinho =))

Boa leitura!

Capítulo 19 - Capítulo XVIII - Baile de Inverno


Snape conduziu Karkaroff para o seu depósito e ficou esperando o diretor de Durmstrang iniciar a conversa.

— A Marca está voltando, Severo – Karkaroff falou asperamente.

— Bem, sabemos o que significa, não é mesmo? – Snape disse com aparente indiferença se virando para mexer nas suas vidrarias e notando falta de algo que ele ainda não conseguia identificar.

— E o que você pretende fazer? – Karkaroff falou mais alto obrigando Snape a prestar atenção nele.

— Não há o que fazer... – Snape respondeu sem emoção e se virou novamente para suas vidrarias

— Vocês são loucos... – Karkaroff bufou aborrecido – você e Luísa...

Snape parou de mexer nas suas vidrarias e se voltou para Karkaroff com certa dúvida em sua expressão: — “Luísa?” – ele perguntou em pensamento, e ao mesmo tempo, foram interrompidos por batidas tímidas na porta. Ele se adiantou e abriu uma pequena fresta.

— Por favor, procuro o Prof. Karkaroff, me disseram que ele estava aqui... – pediu um rapaz com forte sotaque para Snape que logo em seguida escancarou a porta revelando Karkaroff logo atrás dele.

— O que houve Dimitri? – Karkaroff perguntou austero.

— Vítor precisa falar com o senhor... – o rapaz respondeu e Karkaroff o acompanhou rapidamente deixando Snape sozinho e intrigado.

Snape fechou a porta sem entender nada. Afinal, o que tinha Luísa com o assunto de Karkaroff querer fugir se a Marca queimar? E então se lembrou da discussão que tiveram em que ela ficou furiosa se recusando a mostrar o braço esquerdo também. Era verdade que Snape não conhecia todos os Comensais da Morte mais próximos de Voldemort, mas não queria imaginar que Luísa fosse uma, apesar de ser declaradamente praticante de Artes das Trevas, afinal não era qualquer bruxo comum que podia se comunicar muito bem com os dementadores, até melhor que Dumbledore e para isso era necessário muito conhecimento em magia negra, por mais que ela fosse uma especialista nessas criaturas. Porém, não era só isso: Ela também era professora de Artes das Trevas em Durmstrang, além da Aritmância. Entretanto, ainda assim, Snape não queria acreditar que ela fosse seguidora de Voldemort.

 Snape ficou um tempo parado pensando nessas questões. E assim que se saía do seu depósito, foi interpelado por ninguém menos que Alastor Moody.

— Severo, quero ver o que guarda aí, sabendo o quê você já foi um dia... E que nunca deixou de ser – começou Moody asperamente.

— Posso lhe assegurar que tudo que tem neste depósito é de uso acadêmico, Moody. – Snape respondeu no mesmo tom se colocando na frente da porta fazendo Moody grunhir em resposta – Tudo tem autorização expressa do Ministério, se quiser verificar...

Snape saiu andando deixando Moody para trás, não estava com paciência nenhuma para as loucuras dele.

Voltando para os seus afazeres, Snape parecia ter entendido qual a intenção de Dumbledore em relação à ele ter que vigiar Luísa. E agora mais do que nunca estava empenhado em espioná-la. De colega de trabalho em Hogwarts, Luísa passou a ser uma potencial inimiga. E ele só precisava tirar a prova.

* * * * 

Os dias corriam, Snape não via mais Luísa com Karkaroff, porque todos não tinham tanto tempo livre assim. As aulas continuavam normalmente e Karkaroff passava muito tempo com seus alunos, ao passo que Luísa só descia para o andar térreo durante as refeições. Havia muita tensão e expectativa no ar por conta da primeira tarefa do torneio, que e veio e passou com Harry Potter ileso e Snape e Dumbledore suspirando de alívio pelo menino ter escapado do dragão.

À medida que se aproximava do fim do trimestre, o castelo ficava cada vez mais animado com o Baile de Inverno que iria ocorrer no Natal. Dumbledore estava mais agitado do que nunca com os preparativos. Com ajuda da Profª. Minerva, ele contratou músicos e organizou o cardápio do jantar. A valsa de abertura já tinha seus pares determinados no quadro docente, mas Snape não participaria, pois preferia a segurança da mesa de jantar e um copo cheio de uísque de fogo, porém ficou curioso se Luísa também dançaria.

Para não perder o “fio da meada”, Snape não foi nada generoso com os alunos no último dia de aula antes do baile. Ele aplicou um teste dificílimo para todas as turmas que iriam à festa.

Nem Luísa também facilitou muito para os seus poucos alunos e apesar de ser diferente de Snape por não aplicar uma prova, ela fez com que os alunos fizessem extensas tarefas. Apesar de ser festeiro, Dumbledore não admitia que a qualidade das aulas caísse por mera distração e quase todos os professores levaram isso muito à sério.

Quando o dia do Baile de Inverno chegou, Luísa ficou praticamente o tempo todo em seu quarto. Havia mandado cartas e presentes para Dayse e Madame Bonnet, e a menina enviou em resposta um lindo cartão de Natal expressando o quanto estava sentindo sua falta. Madame Bonnet também lhe enviou um cartão e um relatório da rotina de Dayse que por alguma sorte, seu Obscurus estava controlado. 

Quando a noite chegou, Luísa desceu ao Salão Principal que estava lindamente decorado e com gente animada e bem vestida. Ela entrou e logo tomou seu lugar numa mesa redonda que para variar, ela se sentaria ao lado de Snape que apenas a olhou de soslaio.

Então a voz da Profª. Minerva McGonagall chamou os campeões que entraram no Salão com seus pares e todas as atenções foram direcionadas para eles quando se atravessaram o salão e chegaram na mesa principal.

Dumbledore deu início ao luxuoso jantar pedindo em voz alta um item do menu, que surgiu logo em seguida sobre o prato de ouro. Todos copiaram seu gesto e pediram seus pratos. Luísa e Snape comiam quietos e os demais professores conversavam animadamente.

Quando toda a comida fora consumida, Dumbledore se levantou e pediu aos estudantes que fizessem o mesmo. Então, a um aceno de sua varinha, as mesas se encostaram às paredes, deixando o salão vazio, em seguida ele conjurou uma plataforma ao longo da parede direita, formando um palco e logo a banda As Esquisitonas subiu e uma explosão de palmas encheu o recinto. Imediatamente, surgiu Karkaroff ao lado de Luísa lhe estendendo a mão com muita mesura arrancando um olhar espantado de Snape que passou a prestar mais atenção no inusitado casal que seguia para o centro do salão junto com outros pares.

Aos primeiros acordes de música, Dumbledore iniciou a valsa com a Profª. Minerva, e assim todos os outros copiaram. Snape estava se sentindo estranho ao assistir Karkaroff e Luísa valsarem juntos parecendo muito animados. Snape notou que Karkaroff não desgrudava os olhos dela, que estava deslumbrante aquela noite, num lindo vestido dourado todo fechado com algumas pedras preciosas costuradas de forma harmoniosa no corpete colante que realçava as formas perfeitas dela. Entretanto, Luísa parecia um pouco constrangida com o olhar acintoso do diretor de Durmstrang e desviava o olhar frequentemente, até que ela se deparou na mesa onde estava Snape e assim passou a olhar para ele sem deixar de rodopiar pelo salão sendo conduzida por Karkaroff. E Snape também não conseguia tirar os olhos dela.

As Esquisitonas pararam de tocar, os aplausos encheram mais uma vez o Salão e Snape não deixava de observar Luísa que parecia ter pedido à Karkaroff para parar, a qual foi atendida e ele lhe levou de volta à mesa.

— Vou buscar uma bebida – Karkaroff disse e se retirou deixando Luísa ao lado de Snape que não parava de fitá-la.

— Confesso que havia ficado curiosa com quem iria dançar – Luísa disse sorrindo para Snape que se mantinha sério. — E não sei por que não fiquei surpresa que você não dançou com ninguém...

— Eu não gosto de nada disso – respondeu Snape com indiferença, cortando qualquer assunto.

Karkaroff chegou com uma taça de ponche de frutas mágicas e se sentou ao lado de Luísa e começou a conversar com ela. Aquilo foi demais para Snape, que sem pedir licença, se retirou da mesa e foi fazer a ronda. Estava se sentindo enciumado e não conseguia mais negar. Toda aquela cena de Karkaroff tirando Luísa para dançar e logo em seguida lhe trazendo bebidas, o fazia se lembrar de Lilian e Tiago Potter. Porém, não era de Lilian que ele estava sentindo ciúme naquele exato momento, mesmo sabendo que Luísa e Karkaroff não tinham nada juntos, contudo, percebeu que o diretor de Durmstrang gostaria de ter algum relacionamento com ela sim e, ter certeza disso, consumia Snape.

Ele saiu para fora no tempo gelado sentindo o frio e tentando aspirar o ar gélido o mais profundo possível para tentar aplacar o fogo que lhe queimava por dentro. Enquanto caminhava estava se sentindo um tolo. Ele, Severo Snape, sempre impassível, que não se deixava dominar por sentimentos, estava sendo dominado naquele momento. O que aquela mulher estrangeira, exótica e misteriosa tinha feito para lhe tirar do centro? Não se recordava de nada relevante. A noite inesperada de sexo que tiveram, foi algo que não era novidade para ele, pois outras mulheres haviam passado pelos seus braços, mesmo que tivessem sido poucas. Ele nunca quis envolvimentos longos ou frequentes, porque ficava melhor sozinho. Não queria ligação com ninguém. Não queria dar satisfação da sua vida para ninguém. Pois, a única pessoa a quem ele tinha reservado tal intimidade estava morta e nunca dera atenção para ele neste sentido. Todavia, ele precisava se libertar dessa obsessão.

Ao entrar por um roseiral alto no jardim, foi interrompido por ninguém menos que Karkaroff que o chamava com urgência.

— Severo! Precisamos conversar! – Karkaroff era imperativo fazendo Snape parar e revirar os olhos em aborrecimento.

— O que é agora, Igor? – Snape se virou para ele, aborrecido.

— A Marca, Severo! – Karkaroff estava assustado demais.

– Sobre a Marca, não vejo com o que tem de se preocupar, Igor – Snape respondeu sem dar importância.

– Severo, você não pode fingir que isto não está acontecendo! – a voz de Karkaroff era baixa e ansiosa como se cuidasse para ninguém os ouvir. – Tem se tornado cada vez mais nítida nos últimos meses. Estou começando a me preocupar seriamente, não posso negar...

– Então, fuja – disse a voz de Snape secamente. – Fuja, eu apresentarei suas desculpas. Eu,no entanto, vou permanecer em Hogwarts.

Os dois professores contornaram um canto. Snape levava a varinha na mão e ia estourando roseiras, com a expressão mal-humoradíssima. Ouviam-se gritinhos em muitos arbustos e vultos escuros saíam correndo para fora deles.

– Dez pontos a menos para Lufa-Lufa, Fawcett! – rosnou Snape, quando uma garota passou correndo por ele. – E dez para Corvinal, também, Stebbins! – quando um garoto passou no encalço dela. – E que é que vocês dois estão fazendo? – acrescentou ele, avistando Harry e Rony mais adiante no caminho.

Karkaroff, percebeu Harry e ficou ligeiramente desconfortável ao vê-los parados ali. Levou a mão nervosamente à barbicha e começou a enrolá-la com o dedo.

– Estamos passeando – respondeu Rony secamente. – Não é contra a lei, é?

– Então continuem passeando! – rosnou Snape, e passou roçando por eles, sua longa capa negra se abrindo como uma vela enfunada às suas costas. Karkaroff apressou-se em alcançar o colega e os dois garotos continuaram a descer pelo caminho.

Snape parou a certa distância do castelo com Karkaroff no seu encalço.

— Está acontecendo de novo como antes! – continuou Karkaroff muito nervoso – Em breve nem você e nem ninguém será capaz de negar...

— Já falei antes, Igor! Não vejo motivo para discutir isso! – Snape se afastou de Karkaroff e deu por encerrado o assunto.

Snape não voltou mais para o Salão, e procurou fazer a ronda até perto da meia-noite quando enfim procurou por Dumbledore que tomava um ar perto da entrada, enquanto os retardatários do baile de Natal passavam a caminho do dormitório.

– Então? – murmurou Dumbledore assim que Snape se juntou a ele.

– A Marca de Karkaroff está escurecendo também. Ele está em pânico, ele teme represálias. Você sabe o quanto ele ajudou o Ministério depois da queda do Lorde das Trevas – Snape olhou de esguelha para o perfil de Dumbledore. – Karkaroff pretende fugir se a Marca arder.

– Pretende?! – exclamou Dumbledore em voz baixa, no momento em que Fleur Delacour e Rogério Davies saíam do jardim às risadinhas. – E você está tentado a se juntar a ele?

– Não – disse Snape, seus olhos negros acompanhando os dois alunos que se retiravam. – Não sou tão covarde.

– Não – concordou Dumbledore. – Você é um homem bem mais corajoso do que Karkaroff. Sabe, às vezes penso que fazemos a Seleção cedo demais...

Dumbledore se afastou, deixando Snape com um ar espantado e desconfortável pensando em como sua vida seria diferente se tivesse sido selecionado para outra Casa.


Notas Finais


N. A.: Contem trechos adaptados da obra de J K Rowling, 2000 / 2007

;))


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