História Jogo do pecado - Torneio escolar

Um mês já se passara desde a chegada de Emi no colégio. Sua estadia nesse ambiente não estava sendo ruim para a jovem, de início, já se acostumou com os serviços que os rapazes lhe cobrava e que se fizesse tudo e do jeito que mandassem, no final das contas é recompensada. Mesmo estando bastante ocupada, a garota consegue administrar sua vida e ainda manter suas notas acima da média, tendo o máximo de orgulho de si.

...

6:45 a.m

Ashford Academy começa a dar seus passos nesta manhã, fazendo questão de lembrar para os alunos que a semana de provas e festividades do colégio já estavam próximos. Dependendo de todos se responsabilizarem com os eventos. Emi nesta hora da manhã, já se encontra de pé. Não demonstrando estar atrasada como os dias anteriores, a jovem toma o seu banho matinal em plena tranquilidade, fazendo em seguida outras higiênes pessoais. Ao terminar, Emi começa a arrumar sua mochila ficando um pouco triste quando pega sua carteira lembrando que devido a crise ficanceira de sua mãe, não tem dinheiro para o almoço durante esta semana. Sabendo que não pode ficar sem a refeição, a estudante segue para sua sala articulando algo para que possa comer. Um dos defeitos que a jovem enxerga no colégio, é que a cantina por ser filiada a instituição, as refeições são pagas, sem contar que os valores são absurdos para Emi.

Ao chegar em sua sala, a estudante fica assustada quando observa cartazes, placas e entre outros enfeites, estirados no chão. Sem dar seu comentário, Emi passa com maior cuidado para não esbarrar nas convecções, seguindo para sua banca. Ao sentar, a jovem percebe que Toma não havia chegado, temendo que o rapaz falte a aula esta manhã, já que é um dos primeiros a chegar. De alguns dias pra cá, Emi e Toma ficaram mais próximos, criando uma relação de afetividade entre os dois. Nas vezes que o rapaz tenta avançar o sinal para beijar a garota, Emi sempre recua. Pois mesmo sendo amigos, a estudante ainda acha que não é tempo para querer ter algum tipo relação séria com Toma.

Sem ter muito o que fazer, Emi retira seu celular da bolsa, junto com o fone de ouvido.Um presente que ganhou dos rapazes, por ter feito os serviços de forma graciosa. Calada como na maioria das vezes, a estudante direçiona seu olhar para um ninho de passáros que pode enxergar da janela que está sentada ao lado, se perdendo em seus pensamentos. Emi como estava completamente com o pensamento longe, só percebeu que estava sendo chamada, quando sentiu uma batida em sua cadeira. Se assustando.

-Ei! Além de ser pobre, ainda não tem educação...bem que falam que quando a ralé começa a frequentar lugares de nível, se sentem ricos! -crítica Ambre, cruzando os braços com olhar de nojo para o rosto de Emi. A jovem, tem o maior nível de popularidade do colégio, devido a sua beleza. Sempre gostou de ficar acima dos ooutros, principalmente se a questão for financeira. Desde a primeira semana de aula, fica importunando Emi por não gostar da relação que a garota está tendo com Toma, se sentindo ofendida.

-O que você quer? -pergunta friamente Emi, olhando de relançe para o rosto da loira, virando o olhar em seguida.

-Hum... -põe um leve riso malicioso Ambre, antes de responder. -Acredito que já saiba do torneio escolar, não é?

-Torneio? -repete Emi, tentando se lembrar do que se relaciona, mas nada vem à sua mente. -Não sei do que está falando. -responde a jovem, notando a cara de humilhação de Ambre.

-Realmente...vou direto ao assunto, não quero perder muito tempo com uma pessoa que não vale minutos de minha presença. -fala a loira, sentando no encosto da banca de Emi, olhando-a de forma intrigante. -Sempre fiz questão de que saiba que não gosto de você junto com o Toma, e ainda não gostarei se vocês foram do mesmo time.

-Não sei onde você quer chegar com essa conversa, mas se pensa que eu e... -começa a retrucar Emi, sendo intecepcionada por Ambre.

-Não acabei de falar, raposa! -fala Ambre, em um tom um pouco alto, chamando atenção dos que estavam próximos das duas. -Não quero saber o que há entre os dois, vindo de você. Só quero que que fique ciente, que se você e Toma ficarem no mesmo time, vou transformar sua vida em um inferno.

-Por que não fala isso para ele, assim não correrá risco de perder seu tempo me importunando. -responde Emi, olhando-a do mesmo nível, mostrando-a que não se sente ofendida e muito menos submissa aos seus ataques. -Não faço questão em participar.

-Hum. -se levanta Ambre dando um leve sorriso, saindo da banca de Emi e indo para o seu grupo sem dar uma só palavra.

...

Mesmo se mostrando forte contra ofenças, Emi não sabe até quando vai ter que aguentar essa garota infernizando seu juízo. A falta de Toma esta manhã, foi sentida pela jovem. As aulas da manhã, passaram muito rápido. Emi sem querer que os outras percebam que não tem como almoçar, a jovem decide ir para o seu quarto e voltar próximo ao início da primeira aula da tarde. Andando pelos corredores, a estudante olha seu celular para ver se há alguma ordem dos rapazes de cima, mas recebe nenhuma. Soltando um ar de alívio por sentir  que terá um dia de paz. Ao chegar em seu quarto, joga sua mochila na cama, sentando em sua cadeira. Tentando se recompor para aguentar a patricinha da Ambre mais tarde.

Sem perceber, Emi pega no sono, perdendo o início de suas aulas. Horas se passaram, e a jovem continua dormindo. Até que batidas frenéticas são escutadas em sua porta, e a jovem levanta sua cabeçe um pouco zonza para querer saber quam estava querendo lhe tirar do sério. Ao abrir a porta, Okyou se joga em seu corpo, abraçando-a. Como se tivesse lhe visto há anos.

-Graças a Desus, você está viva! -fala o cabeludo, apertando a jovem, começando a sufocá-la. Percebendo que o rapaz está passando dos limites, Emi bate em suas costas, fazendo sinal de que está sem ar. O jovem concede o seu pedido. -Pensei que algo de ruim tivesse aconteçido... -fala Okyou olhando-a fixamente, percebendo que o rosto da jovem se encontra um pouco pálido. -Você está bem?

-Sim. -responde Emi, sem muito gosto. -Só quero que saia do meu quarto, estou esperando o início da minha aula. -diz a jovem, sem noção de tempo.

-Se for por isso, não precisamos sair daqui, Já que são 18:30 e você perdeu todas as aulas da tarde. -reponde Ikki, apareçendo na porta do quarto da jovem, ficando ao lado do cabeludo. 

Emi ao ouvir, fica envergonhada por ter perdido aula por ter dormido. Sua intenção era só de dar um rápido cochilo no intervalo.

-Saiba que esse tipo de ato, tem consequência. -fala Ikki, vendo que Emi não gostou de ouvir. -Não se deve gazear aula para dormir.

-Eu não queria gazear, só queria descançar minha mente. Se isso te pertubou, me desculpe. -responde Emi com um pouco de dor de cabeça. 

-Você não apareçeu no refeitóri hoje... você almoçou? -pergunta Okyou começando a achar que o mau humor, o sono e a palidez possa ter sido provocado pela fome da jovem. -Por que não em conosco? Vamos ter um jantar, e você pode alimentar sua fome. -sugere o cabeludo, vendo que a jovem vira o rosto para não ver o seu olhar de desejo.

-Não, obrigada. Já se que terei que trabalhar lá. -resmunga Emi, sentando em sua cama, com bastante fome.

-Estamos sabendo que sua mãe está passando por uma situação delicada e por isso não pôde enviar o dinheiro de suas refeições da semana. -comenta Ikki, vendo que a jovem lhe olhou de forma supresa, porque não imaginava que o rapaz já estava a par da situação. -Mandamos um auxilio, para que possa melhorar.

-Vocês tinham nada que fazer isso!! -questiona Emi, se levantando da cama inconformada. 

-Não reclame de uma ajuda. Sua mãe agradeçeu, devia fazer o mesmo. -fala Ikki, notando que a jovem está começando a se acalmar. -Precisamos de você, Okyou vai te mostrar a sua veste. Daqui a uma hora, nos encontramos no salão. -diz o rapaz, se retirando em seguida, parando os passos por um momento. -Emi, não quero que fique com essa cara quando estiver ao meu lado, você fica mais bonita quando está sorrindo. -se retirando.

Sem muita demora, Okyou puxa a garota levando-a para seu ateliêr. Mostrando-a os looks que preparou para o evento.

...

19:15

 Emi junto com Okyou ficam esperando  Ikki na frente do parque, na hora marcada. A jovem se encontra bastante envergonhada, pois nunca usou um tipo de veste que está usando no momento, o cabeludo demosntra ter um bom gosto, quando o assunto se trata de roupa. O longo vestido com uma leve e ousada abertura na perna, torna o corpo da jovem torneado e atraente. O coque baixo, junto com os fios embaraçados, torna sua presença descontraída. O caminho delicado e delineado de seus olhos, junto com a cor malte vibrante de seu batom, faz qualquer um se ajoelhar aos seus pés. Aquela jovem que os rapazes estão acostumados de ver durante o serviço, não existe nesta nooite.

-Já está na hora? -pergunta angustiada Emi, se sentindo desconfortável com os olhares dos homnes que lançavam em si.

-Ainda faltam cinco minutos...não precisa ficar envergonhada minha linda, se quiser sair para esse tipo de evento com o Ikki, tem que se acostumar com isso. -comenta Okyou, que veste um terno branco bastante alinhado.

-O que? -fica sem entender a jovem. -Eu não pedi pra sair com vocês... e que assunto é esse de sair com o Ikki? -questiona Emi, notando que Okyou não está prestando atenção no seu chilique, olhando também  para a mesma direção.

Estando um pouco constragida com a situação, Emi não pôde negar em seu olhar, que ficou surpresa com a presença de Toma e Shin. Na sua opinião, sempre achou os dois rapazes os mais bonitos do grupo, mas essa noite algo estava lhe deixando mais atraida por eles, soltando um riso de felicidades.

-De longe dava pra ouvir vocês dois berrando. -resmunga Shin assim que chegou perto dos dois. O rapaz veste um valioso terno francês, feito pelo seu estilista Richard Jewels. O rapaz, ao ver a presença de Emi, faz questão de não disfarçar a beleza da -garota. - Até que está bonitinha.

-Qual é Shin? Deixe de ser cabeça dura, Emi está linda! -comenta Toma, se aproximando da jovem, beijando seu rosto. A garota fica atônita com a situação. Não é a primeira vez que Toma beija o seu rosto, mas nunca se sentiu tão envergonhada como se sente agora, ao sentir o lábio do loiro em seu rosto.

-OOOHHH!!! -faz cara de surpreso Okyou ao ver a aproximidade dos amigos. -Desde quando vocês estão... estão assim?

-O que você esperava? Eles são colegas de classe, passam mais tempos juntos. -responde Shin.

-Não é nada, apenas gostamos de nos cumprimentar. -responde Toma, ficando ao lado de Shin esperando a chegada de Ikki. -Como foi a aula hoje, Emi?

-Ah, foi boa... -responde a jovem, se lembrando da ameaça feita por Ambre. -Está sabendo dos torneios?

-Sim, meus colegas me passaram a lista do grupo que fiquei. Senti a falta de seu nome. -comenta Toma com um olhar lamentável. -Mas eu peço pra te trasnferirem.

-Não precisa!! -fica acenando frenéticamente Emi, pensando no tormento que irá sofrer se os dois ficassem no mesmo grupo. -Está tudo bem. Aliás, vou gostar muito de te ter como adversário.

Os quatros ficam jogando conversa fora, enquanto esperam a chegada de Ikki. O líder se encontra dez minutos atrasado, entretanto por felicidade, acaba de chegar no local marcado.

-Já estava criando raízes. -fala Shin ao ver o motorista de Ikki abrir a porta para entrarem no belo e elegante carro.

Os jovens entram no automóvel, se aconchegando na almovadas dos bancos traseiros. Emi fica surpresa com o tamanho luxo do carro, sempre soube que Ikki tem uma vida muito boa, mas nunca imaginou desse tipo.

-Você demorou Ikki, pensei que tinha esqueçido de nós. -comenta Okyou, fazendo cara de drama.

-Se contenha. -retruca o amigo, Ikki. -Você ficou muito bonita com esse vestido, está apresentável para ser meu par esta noite. -comenta o rapaz, beijando a mão da jovem. -Espero que tenha noção de etiqueta.

-Seu par? -pergunta Emi, sem entender o porque de ter que ser a parceira do galante.

-O evento que vamos hoje, é da abertura do Torneio escolar. Entretanto, esta é para aqueles que são os mais ricos da instituição. Os líderes de cada grupo, tem que compareçer acompanhado pelas suas esposas, noivas, namoradas ou algo do tipo... então hoje você vai ser  minha noiva.

Ao ouvir, Emi faz cara de espanto. Não está concordando em ter que ser noiva de Ikki por uma noite, no momento está preferindo fazer qualquer trabalho braçal do que estar passando por isso.

-E vocês? Vão sozinhos? -pergunta a jovem querendo saber se isso é só com o Ikki.

-Nós temos nossas noivas esperando na entrada. - reponde Toma, vendo a cara de desaprovação da jovem.

-Isso realmente é ridículo. -resmunga Emi, cruzando os braços.

- Se lembra que eu te disse que você é mais bonita sorrindo? Pois será práticamente isso que fará durante toda a cerimônia, e só irá falar quando eu permitir.

-Se eu me negar? -pergunta Emi querendo ver outra solução.

-Ele irá contar o porque que você gazeou aula. E saiba que a punição será bastante severa. -responde Shin olhando-a com seu olhos vorazes, deixando-a um pouco trêmula.

Enquanto os grupo fica conversando no carro, finalmente o motorista chega no ponto indacado. Todos descem do automóvel, seguindo seus rumos no evento. Restando para Emi, ficar de braços dados com Ikki, mostrando o falso anel que usa dizendo que é a mais nova noiva do galante rapaz. Sentindo um leve frio na barriga, desejando que seja só isso que tenha de fazer.

Continua...