História Jogo do pecado - Noite sobre espadas

Horas já se passaram desde o início do baile, e sua cerimônia chega ao fim. Mesmo não tendo aula no dia seguinte, muitos dos que estavam presentes, possuem outros tipos de compromisso, tendo assim ter que sair no horário marcado. Os responsáveis pelo evento, são os últimos a deixarem o barco, pois organizão dos gastos, das perdas e dos lucros acarretados são de suas autorias. Os rapazes: Toma, Shin e Okyou, já se encontram na entrada do salão, a espera de Ikki, pois o líder do bando chamou todos para continuar a festa na casa de seu irmão. Emi no momento, ainda não se encontra no local marcado. Seu par foi obrigatoriamente forçado por Lissandre a dar um entrevista, assim sendo deixada em espera sozinha na mesa. 

Percebendo que o retorno de Ikki será um pouco demorado, Emi aproveita a situação para saciar sua fome. Pela festa ter acabado a poucos minutos, alguns garçons percorriam pelo salão recolhendo os utensílios das mesas. Assim, a jovem pôde chamar alguns dos rapazes para dar-lhe as guloseimas que foram servida na noite. Ao colocar o primeiro pedaço do Fresier de morango em sua boca, o jovem garçon pôde notar a face de satisfição que surgiu em Emi. Sem querer demorar muito com o seu apetite, a jovem pede para que trouxesse alguma bebida que reaçe com o fino doce. De preferência, que não seja alcoólica.

Se sentindo mais feliz por ter finalmente preenchido o espaço vazio de sua barriga, Emi fica esperando a volta de Ikki para se retirar do local. Longos minutos se passam, e nada de seu par apareçer. Sem muita paciência, a jovem decide esperá-lo na entrada do salão, junto com os rapazes. Assim, tirando seus tamancos apertados, sentindo o alívio de sentir seus pés nus ao chão. Chegando no local desejado, a garota toma um belo susto ao ver infelizmente Ambre no meio da roda dos rapazes. Antes de prosseguir com a aproximação, Emi dá inúmeros suspiros por ter que aguentar os importunos novamente da loira, sabendo que não tem outra escolha a fazer no momento. Okyou por ser o primeiro a notar sua presença antes de chegar literalmente, o rapaz faz questão de escandalizar sua imagem, deixando-a envergonada.

-Minha pintaroxo!!! -grita o cabeludo, indo em direção à jovem, abraçando-a.

-Não precisa fazer tudo isso Okyou... -sussurra Emi. O rapaz se afasta, puxando-a pelo braço para entrar na roda dos rapazes. Okyou não percebeu que a garota está descalça, fazendo-a pisar em um pequeno caco de vidro. -AI! -exclama a jovem ao sentir a pontada em seu pé. O cabeludo entra em desepero por não ter visto o acidente que tinha provocado, e sem muita demora, pega Emi em seus braços, deixando-a desnorteada.

-Porque está fazendo isso? Eu só pisei em um vidro, não vou morrer por causa disso! Me ponha no chão por favor! -berra a garota por estar sendo segurada em público, por um louco cabeludo.

-Não deveria ter ficado descalça, uma mullher de classe supera qualquer tipo de dor. -comenta Okyou com um semblante sério. Por um momento, Emi sentiu um leve medo por ter visto o cabeludo agitado, mas depois se convençe de que passa de uma simples loucura.

O restante do grupo quando enxerga Okyou se aproximando com Emi em seus braços, ficam supresos, principalmente Toma. No caso de Ambre, por nunca gostar da jovem desde o primeiro dia que a viu, aproveita a ocasião para jogar seus jarros de veneno. O cabeludo põe Emi em um banco, deixando-a sentada, pedindo para que levantasse o pé machucado, notando que se passa de um simples arranhão, percebendo que exageou um pouco.

-Tavendo, eu disse que foi nada. -fala Emi sorrindo para Okyou. -Mas agradeço por ter me ajudado no pequeno caminho. 

O cabeludo fica contante pela educação rara que a jovem possui, se sentindo feliz por ter uma pessoa deste nível em seu ciclo de amizade. O contrário de Ambre.

-Pelo jeito, a festa foi para todos heim... -comenta Ambre, cruzando os braços, virando o olhar para Emi. 

A jovem ao notar que passa de uma provocação da loira, decide não dar atenção. Não quer que Ikki apareça a qualquer momento e lhe pegue em um barraco com a outra.

-Deixe de ser importuna. -repreende Shin, fazendo cara feia para a fala de Ambre. -Saiba que se ela está aqui, é porque é importante como todos nós. Deixe suas mesquinhagens quando estiver em sua sala de aula.

-Me desculpa amor. -fala envergonhada Ambre, por ter recebido um puxão de orelha de seu namorado na frente de seus amigos. Emi no momento ao escutar sua fala, demorou um pouco para raciocinar e acreditar que a insuportável colega de classe é namorada de Shin. Achando a revelação surreal, a garota não consegue contêr o riso que inssitiu em sair. Deixando a loira irritada.

-Do que está rindo? -questiona Ambre.

-Me lembrei de uma cena que vi durante a festa, foi bastante engraçada. -responde Emi.

Toma como foi se despedir da jovem que arranjou para ser sua noiva no evento, acaba de chegar na rodinha de amigos e Ambre. O loiro não pôde contêr a alegria em ver sua "amiga" novamente, tendo uma rápida inveja por não ter estado no lugar de Ikki para ser seu par. Ambre não gosta de ver o olhar dos dois, infelizmente por Shin estar presente, se sente impotente em reagir na situação, restando ter que engolir sua raiva pela jovem e querida plebéia.

-Mas me diga, o que você comeu na mesa de Ikki? -pergunta curioso Okyou por saber que os pratos servidos para os responsáveis são diferentes dos que são servidos para os convidados.

-Eu não tive muito tempo para degustar de tudo...mas a pouco tempo, experimentei um doce... o garçon disse que era Francoi, Francei...não lembro bem o nome, mas era de morango! -fala com entusiasmo Emi, lembrando do delicioso sabor do doce em sua boca.

-Fresier. Esse é o nome do doce que você comeu. -corrige Toma, vendo a afirmação da jovem com a movimentação de sua cabeça. -É um doce francês. Dizem que possui um ingrediente afrodisíaco, acredito que só passa de história.

-Mas é bastante delicioso! Nunca comi algo do tipo antes, se minha mãe estivesse aqui, com certeza diria a mesma coisa. -fala Emi, ficando um pouco triste ao lembrar da imagem de sua mãe, sabendo que se encontra em um estado crítico de saúde. 

-Podemos fazer qualquer dia. -sugere Shin em tom sério. Ambre ao notar que a fala pertençeu ao seu namorado, olha-o surpreso sem acreditar. 

-E podiamos visitar sua mãe nas férias. -dar mais idéias Okyou.

Emi notando que não será uma boa coisa todos esses rapazes conheçendo sua mãe ao mesmo tempo, fica se lamentando se algo do tipo aconteçesse. Após alguns minutos, Ikki apareçe para seus amigos, tendo sua visão direçionada para o estado que sua "noiva" se encontra. Sem muito papo, os rapazes entram no carro. Por Ambre estar junto, e pelo espaço ter reduzido, Ikki manda Emi ir com Heroína no carro de seu irmão.

-O que foi isso em seu pé? -pergunta o rapaz em tom de preocupação, Emi sente algo diferente dentro de si por notar que Ikki demonstrou um olhar verdadeiro para si. Coisa que não viu durante o evento. -Heroína lhe dará algo para comer quando chegarem.

-Foi um arranhão...ai. -faz cara de dor Emi, ao pôr seu pé ao chão novamente, sentindo o caco de vidro entrar na ferida. Sentando novamente.

-Não deveria ter tirado as sandálias. Ou deveria ter me informado, que eu te daria outra confortável. -comenta Ikki, retirando um lenço fino de seu terno, puxando em seguida o vidro preso no pé da jovem. Por ter sido um leve ferimento, a quantidade de sangue que sai é a mínima. 

-Me desculpa...mas eu não queria te importunar com essas coisas. -se justifica envergonhada, Emi.

-O que está relacionada a você, não é importuno para mim. -responde Ikki. 

A jovem ao ouvir a resposta do rapaz, fica sem ação para agir. Não sabe dizer se é fruto da conversa em que  tiveram com Lissandre na mesa, ou se foi da entrevista que tanto demorou.

-Agora voce tem que ir, estão te esperando. Mais tarde a gente se vê. -se despede Ikki, dando um beijo em sua bochecha. Para não deixá-lo na mão, Emi retribui o ato da mesma maneira. O rapaz ao sentir a primeira vez a boca de Emi em seu rosto, fica um pouco desconcentrado no momento, gostando do que sente.

...

O caminho para a mansão do jovem casal, não demorou muito. Emi se sente bem na companhia de Heroina, mesmo tendo lhe conheçido a poucas horas. Assim que o motorista estaciona o carro na garagem principal, as dua jovens saem do automóvel em direção a entrada. Heroína por querer conheçer melhor sua nova amiga, lhe direçiona para a entrada dos fundos, podendo subir para seus aposentos sem serem notadas pelos convidados que estão no salão principal.

A cada cômodo que Heroína direçiona Emi, a jovem fica admirada. Percebendo que é um imenso lugar para duas pessoas.

-Está com fome? -pergunta Heroína ao chegar na cozinha.

-Não. Obrigada. -responde um pouco tímida Emi. 

-Mesmo assim vou mandar preparar algo delicioso para você! -fala Heroína. -Bernadete, quero que faça uma sopa de aspargos com um suco de pessêgo e laranja para minha convidada. Quando estiver pronto, pode levar para meu quarto. -ordena a jovem, saindo da cozinha em seguida.

Ao chegarem nas escadas, Emi pôde notar a presença de pessoas na sala principal atrás de uma fina parede. Percebendo que a festa não tinha hora para acabar. Chegando finalmente no aposento de Heroína, a garota fica pasma com o tamanho de espaço do cômodo. A simplicidade e sofisticação do local, dar um ar de superioridade. Realmente, a jovem demonstra ter um bom gosto.

-Chegamos! -fala Heroína, rindo um pouco, fechando a porta em seguida, rodando a tranca. -Pelo menos aqui, temos privacidade.

-Seu quarto é muito bonito. -elogia Emi, admirando o papel de parede em formate de cerejeiras desbotando. -Você que fez tudo isto?

-Quase tudo. -responde Heroína, sentando ao lado de Emi. -Mas eu não te trouxe pra cá, para que fique admirando os papéis de parede. Vai participar de outra festa daqui a pouco e quero que tire esta roupa. 

-Tirar a roupa?Mas, porque? Não está boa? -questiona Emi, constrangida com a situação. -Foi o vestido que Okyou mandou fazer para mim.

-Esse é problema! -exclama Heroína, retirando uma caixa dentro de seu armário. -Aquele doidinho as vezes tem bom gosto, mas as vezes ele acha que o que ele escolhe é o certo e bom... -comenta a jovem, pôndo o objeto em sua cama, chamando atenção de Emi. -Como aqui vai ser diferente, eu quero que vista esta roupa.

Ao retirar o vestido, modelado por um corpete, de alça curta franzida e arreada. Emi só não csai para trás, porque está sentada.

-Você quer que vista isso? -aponta a jovem, ao notar o tamanho curto da veste.

-Isso mesmo. Não se preocupe com o tamanho, tem um short por baixo. Vai ficar linda como rainha de copas. -fala Heroína, imaginando a garota produzida no look. Emi sem saber do que se trata direito, imagina que o tema da festa seja cabaré.

-Porque tenho que vestir essa roupa? É alguma festa a fantasia? -questiona Emi, segurando o vestido. Mesmo achando vergonhoso vesti-lo, não pode negar que achou a fantasia linda.

-Na hora você vai saber... agora é melhor começar a se arrumar. -comenta Heroína, levando-a para o closet. -Assim que se vestir, vou maquiá-la.

Emi não demora muito a pôr o vestido, junto com as longas meias. Antes de puxar a cortina, a jovem se olha no espelho para saber como ficou em seu corpo. De início fica chocada em ver a ousadia do decote da veste em mostrar um parte de seus seios, mas impressão que foi rápidamente encoberta pela beleza. Torçendo para que independente do que esteja previsto para noite, seja bastante proveitoso. Pensando como será a reação de Ikki ao vê-la desse jeito. Percebendo em um instante, uma preocupação que não tinha pelo rapaz antes desta noite, sabendo que algo está mexendo com sua cabeça e seus sentimentos.

Continua...