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História Jogo Sujo - Capítulo Único


Escrita por: Yubaba-chan

Notas do Autor


Aproveiteeem

Capítulo 1 - Capítulo Único


Sasuke soltou uma lufada de ar enquanto concentrava seus olhos — os negros, normais, não o Sharingan — na vasta campina árida e semicircular rodeada por árvores escuras que cobriam quase todas as montanhas que despontavam ao horizonte, mas o sol, que já se deitava, conseguia se esgueirar entre as frestas dos longos troncos, dando-lhe a luz laranja escuro como vantagem para rastrear seu oponente.

Por um segundo fechou as pálpebras, prendeu a respiração, apenas sentindo o vento quente chicoteando minúsculos grãos de areia contra sua pele, ouvindo as batidas de seu coração e o ruído das folhagens, seu pulmão trabalhando, suave e calmo... diferente de uma certa respiração.

Não fez menção alguma de se virar até onde percebeu a movimentação. Tocou, sutilmente, o cabo de Kusanagi, acariciando o metal e o couro de seu punho. Um imperceptível murmúrio escapou por seus lábios cerrados quando ele se concentrou numa folha de bordo caindo lentamente numa espiral ficando fora de seu campo de visão, fixou-se nela, mentalmente, por um segundo e fechou os olhos.

Poof.

A lâmina raspou contra o tronco velho do bordo assim que Sasuke se materializou exatamente onde a folha estava.  Um risco esbranquiçado surgiu na árvore, escapando um líquido amarelado de seu núcleo assim que a espada passou pelo tronco com uma canção metálica. Voltou a guardá-la. E aquilo levara menos que segundos.

— Tch.

Seus dedos se apertaram ao punho da espada com firmeza e sua respiração tornara-se ruidosa por um segundo. A sede da vitória despontara em sua língua. Teve que engolir o fel que se alastrou na boca pela atitude precipitada assim que sentiu uma forte pressão em suas costas que o fez voar de volta para o centro da campina, seu torso encontrou o chão de um jeito nada agradável. Ele havia entregado sua posição. Merda. Inspirou fundo. Percebeu que estivera segurando a respiração por um longo tempo. Ou talvez o golpe lhe arrancara tudo a força.

Quando se sentou, um punho enluvado vinha em sua direção.

Foi instintivo que seus olhos evoluíssem, ganhando a coloração vermelha e lilás que faria qualquer adversário hesitar e pensar duas vezes antes de uma investida, mas não o surpreendeu em nada o que viu e ouviu:

— Trapaceiro!

A indignação de Sakura fora tão inconsciente que ela sequer havia parado a investida quando gritara. Mas, deixando claro que isso era porque aquele Uchiha maldito não tinha uma gota de honra, seu golpe passou ridiculamente longe do alvo. O chão estremeceu com o impacto, mas não fora suficiente para abrir uma fissura, nem um ziguezague colossal. Porque, que merda, ela havia prometido não abusar do chakra.

O desgraçado não tinha palavra.

Não teve tempo para reajustar o corpo e se erguer. Sentiu uma pegada firme em seu tornozelo e então seu peito se chocou no chão com força, fazendo-a arfar quando o ar abandonou seus pulmões. Uma nuvem de poeira se levantou, entrando em seu nariz e boca, grudando-se em sua pele suada.

Sakura rosnou ensandecida e se ergueu pelos cotovelos para se levantar, mas foi impedida pelo corpo de Sasuke que pesou sobre o seu.

— Seu cretino — grunhiu e se desvencilhou dele, o peso só ficou mais intenso.

— Eu ganhei. De novo.

A antiga Haruno empertigou-se.

— De novo?! — berrou. — Estamos empatados!

— Dois a um não é empate.

— Não estou contando com essa rodada, não é óbvio? Sai de cima de mim.

Ele o fez, mesmo que só tenha erguido o tronco, dando o espaço para ela girar ainda entre suas pernas e respirar melhor. Voltou a se sentar sobre a barriga a kunoichi, fingindo não perceber o jeito que ela arfou com o seu peso e tentou mover os braços.

— Você perdeu.

— Não... — gemeu, ficando vermelha. — A-ah... você é pesado...

— Nós temos um acordo.

Sakura moveu o corpo caoticamente abaixo de Sasuke, um ruído sufocado saindo de sua boca, até que ele se erguesse num bufar impaciente e deslizasse sobre suas pernas. Seus braços foram liberados por um instante até que ele levasse os dois calmamente para cima de sua cabeça. Primeiro o esquerdo e depois o direito. Ele sempre fazia isso quando queria que ficasse quieta, mas desta vez ela trouxe os braços de volta para o lugar, cruzando-os sobre o peito.

— Você disse que não usaria Sharingan — protestou ela. Desvencilhou o ombro quando a cabeça de Sasuke deitou ali calmamente, mesmo que a respiração dele em seu maxilar lhe desse um leve calor, desvencilhou-se mais uma vez.

— Eu disse. — Ele suspirou. Segurou-lhe o pulso da mão direita e levou mais uma vez para cima da cabeça rosada.

— E você usou!

— É.

Sakura arfou, indignada. Sasuke afastou sua mão esquerda.

— Por quê?

Ela ergueu os olhos aos dele, perdeu-se por um momento na misticidade dos olhos dele. No vermelho intenso e no lilás hipnótico. Notou a mão dele correndo pelo próprio corpo, descendo até o quadril, mas distraiu-se com a resposta que recebeu e o sorriso que veio junto.

— Eu menti.

O som metálico da espada saindo de sua bainha fez seus músculos inteiros tencionarem. Suas mãos se ergueram por puro reflexo para cobrir o pescoço, mas a Kusanagi sequer chegou perto. Um arrepio gelado reverberou por sua espinha quando sentiu o fio da lâmina passando num sussurro na pele de sua barriga. Viu num milésimo de segundo o volume que a espada fez por baixo de sua blusa, como uma serpente rígida subindo por dentro da roupa, foi por um momento mínimo, e depois o som seco do pano vermelho se rasgando num corte único e rápido.

Só percebeu que havia gritado quando a boca de Sasuke chocou-se na sua de repente. A Uchiha arfou com a língua quente enroscando-se na sua com possessão. Suas mãos seguram o rosto do moreno com hesitação, indecisa entre empurrá-lo e aproximá-lo ainda mais. A segunda opção se fez real até que sentiu a mão dele subir por sua barriga, empurrando a nova abertura de sua blusa para os lados. E, por mais que aquilo lhe trouxesse arrepios, ela afastou-se.

— Estamos em campo aberto — sussurrou, excitada, trêmula e levemente assustada com os lábios macios chupando a pele de seu pescoço sem nenhum indício de que pararia. — Sasuke-kun...

O Uchiha se apertou contra o corpo de sua esposa, numa tentativa de silenciá-la e faze-la entender que ele definitivamente não se importava com o maldito local em que estavam agora.

Abriu a blusa totalmente, ignorando o pequeno grito que ela deu com isso, Sakura tentou puxar o tecido de volta, os olhos verdes muito abertos em surpresa, mas ainda brilhando de tesão.

— Fica quietinha — alertou ao se afastar lentamente dela até estar entre as pernas femininas. Com um gesto fez com que ela as abrisse mais. Puxando sua espada mais uma vez, repetiu: — Quietinha.

Desta vez apenas correu um golpe rápido, o som do tecido mal soando pela força de seu braço. Sakura se retesou, mas permaneceu no lugar, seus braços envolvendo os seios de forma protetora. Sasuke enfiou os dedos pelas fissuras recém-abertas no tecido de lycra, puxando para os lados com força, esgarçando o rasgo até chegar a segunda camada de algodão e, isso é tão Sakura, estampado com florzinhas infantis. Encostou os dedos por um segundo, sentindo a temperatura febril dali. A médica estremeceu quando ele enfiou o indicador pelo pequeno corte no tecido e puxou determinado até que a pele rosa e molhada ficasse totalmente a mostra.

Puxou a respiração entredentes, observando com calma toda ela.

— Sasuke-kun, precisamos voltar — disse a Uchiha, mesmo sendo mais que notável que não queria isso. Deitou sobre ela calmamente, apoiando o braço ao lado dos cabelos rosados.

— Precisamos? — indagou, retórico.

— Sim. Eu estou suja e aqui é... Ai, nossa... — Sasuke mordeu sua orelha. Agarrou uma mecha dos cabelos pretos e puxou. A respiração quente chicoteava em seu pescoço, criando um verdadeiro inferno entre suas pernas.

Como se percebesse sua aflição, o Uchiha mudou o peso para o lado esquerdo, apoiando-se no que restara de seu braço, e levou os dedos da mão direita até sua vulva. Espalhou sua lubrificação com a ponta dos dedos, percorrendo cada área até voltar ao ponto inicial. A rosada soltou um gemido agudo quando o indicador de seu marido puxou devagar o pequeno capuz que envolvia seu nervo mais sensível, e tocando diretamente seu clitóris, circulou devagar, apertou e ousou um leve torção. Cravou as unhas no braço dele, quase chorando. Quando dois dedos entraram, ela não conseguiu não mover os quadris contra a mão dele, não rápido, mas com força, para dentro e fora enquanto o polegar masculino friccionava seu pequeno nervo. A Uchiha gemeu, cedendo, mas um pequeno inseto rastejou próximo ao seu rosto e isso a fez gritar.

— Sasuke-kun, não dá! — retorquiu, se sentando. Apertou a mão contra o rosto suado, sentindo um terrível arrepio quando sentiu a terra grudada em sua pele nua, nas bochechas, na barriga e nuca. — Eu preciso de uma cama pra isso, ou pelo menos de um lugar limpo. E um banho. Agora.

— Você consegue ser irritante mesmo agora — ele rosnou entredentes, mas não fez menção em se erguer. E até mesmo segurou o pulso da kunoichi quando ela tentou. Ela caiu por cima dele, soltando um gemido angustiado. — Eu preciso dizer mais uma vez que temos um acordo? Eu venci, droga.

— Não estou dizendo que não vou cumpri-lo! — Sakura arfou estarrecida quando o viu abrir o botão da calça escura, mas não o impediu. — S-só vamos tomar um banho antes... sim? Sasuke-kun. — Engoliu seco observando o zíper sendo aberto rapidamente. — Anata, por favor...

O ex-nukenin meneou a cabeça, um sorriso de lado apareceu de repente quando ele agarrou o pulso da médica e colocou-o dentro de sua calça. O corpo feminino amoleceu sobre o seu assim que ele sentiu os dedos suaves apertarem sua extensão. Deixou a cabeça pender para trás por um momento, apreciando o movimentar lento da mão dela, da base ao extremo. Soltou o braço dela e puxou-a contra seus lábios, arrastando o nariz pelo pescoço, inspirou. Suor puro e o potente aroma de excitação. Sem perfume doce ou floral, só o cheiro de pele quente e úmida, arfante. Isso o deixou mais duro sob os dedos dela.

— Você poderia, só por um minuto... hmm... — Suspirou quando a língua dele fez contato com sua garganta. Com a mão livre, Sakura afastou os cabelos do rosto, depois pousou-a sobre o ombro dele, ainda coberto pela capa e camiseta. Sentia, em sua outra mão, o pênis se avolumando contra seus dedos, pulsando insistente. Apertou-o mais e ganhou uma mordida em resposta.

— Sem protelar — sentenciou ele, soltando a nuca dela para apoiar o cotovelo no chão. Encolheu os joelhos uma vez, rapidamente, fazendo-a saltar para frente sobre seu colo.

Sakura parou de acaricia-lo e puxou o membro rígido para fora da calça. Arrastou as pernas até pairar sobre o quadril de Sasuke. Esfregou a mão sobre sua coxa, tentando afastar os grãos de areia. Aflita, gemeu quando o suor escorreu de sua nuca para as costas. O Uchiha cerrou os olhos acusatoriamente.

— Não faça essa cara pra mim! — reclamou ela. — Eu nem mesmo devia seguir com minha palavra. Você não cumpriu a sua.

Ignorando isso, ele deitou. Levou a mão à ereção e encostou-se ao início da abertura rosada. Esfregou lentamente a ponta contra o clitóris inchado, fazendo a kunoichi resmungar baixinho.

— Não seja irritante, Sakura — resfolegou, arrastando-se devagar até a entrada dilatada pelo desejo. Encaixou-se ali, deixando um suspiro escapar quando as paredes macias apertaram sua glande, empurrou um pouco mais, mas parou e puxou o quadril de sua esposa, fazendo-a escorregar sobre si de uma vez. Aquilo era o paraíso.

— Isso é... tão sujo... — Sua voz era menos que um sussurro e sumiu por completo quando Sasuke segurou sua cintura, levantando-a e soltando. Arfou com o atrito e repetiu o movimento sem ajuda dele.

— Eu sei. — O shinobi gemeu, um sorriso malicioso se fez. Ela mordeu o lábio inferior e girou a cintura com força. — Merda. Não faz isso.

— Isso? — ela disse, repetindo o gesto.

A mão dele se afundou em sua coxa até que ela sentisse as unhas curtas perfurando o tecido dos shorts e roçando em sua pele. Apoiou as mãos ao lado do rosto dele e riu, mesmo que aquilo doesse. Mais um giro do quadril e Sasuke se ergueu, enlaçando sua cintura com força. Não tentou se desvencilhar dele, mas quando o sentiu sair quase totalmente de seu sexo para depois puxar seu corpo com força para baixo, arrependeu-se. Gritou com a intensidade da investida e seus joelhos amoleceram. Seu corpo foi jogado para o lado e Sakura conseguiu agarrar-se a capa dele antes que caísse totalmente de costas no chão terroso.

— Ponha a perna aqui — disse Sasuke batendo sobre a própria cintura. A rosada o obedeceu prontamente, amassando as mechas escuras entre os dedos. Ansiosa. Arqueou o corpo para frente quando ele mordeu um de seus seios que estava a mostra.

— Anata — arfou, quase entrando em colapso com a língua lambendo seu mamilo e o pênis roçando em sua entrada. O suor escorreu de sua testa, mas já não era um incômodo tão horrível assim. Os dedos dele voltaram a descer para seu clitóris, circulando mais rápido e duro. Sakura gemeu tentando alcançar a ereção dele apenas com o quadril, o Uchiha a beliscou numa clara advertência. — Por favor!

Sabia exatamente o que ele estava fazendo. Movendo os dedos rapidamente sobre seu ponto sensível, instigando-a com a ponta de seu membro enquanto os lábios permaneciam grudados em seus seios, chupando, mordendo um e outro. Sakura não queria ter um orgasmo assim. Na verdade, queria, mas não queria chegar lá sozinha.

Soltou a gola da capa de seu marido e, mesmo que ele tivesse apertado seu clitóris mais uma vez, num pedido mudo para que ficasse parada, ela levou os dedos até a dura ereção e enfiou-o em si. Arrumou a perna sobre a cintura dele, levando-a mais para cima, até as costelas, e moveu o quadril num vai-e-vem errático. A posição favoreceria mais os movimentos dele, mas Sasuke era mau e resolvera não mover um músculo que não fosse os de sua mão que ainda se mexia sobre o ponto mais sensível de Sakura.

— Você vai me dar o que eu quero — disse ele, rouco contra sua orelha. Ela meneou a cabeça, mas sabia que não seguraria isso por muito tempo.

Estava absurdamente perto de explodir em chamas. Mas não implorou uma segunda vez. Só puxou-o pelos cabelos e descansou a boca na dele. O gosto dos lábios era o sal do suor de sua pele, a saliva densa misturando-se a sua quando a língua dele se afundou até onde podia em sua boca. Uma onda de calor fez os dedos de seu pé se retorcerem enquanto aquilo subia cada vez mais intenso, os dedos de Sasuke se agitaram, Sakura tentou leva-lo até o fundo, mas ele foi mais rápido. Investiu por completo para dentro dela e foi o suficiente para que ela gozasse forte. O quadril feminino se ergueu por um curto segundo e seu centro espasmou em volta do pênis rígido, estimulando-o a ter seu orgasmo também, mas não era o suficiente pra ele alcançá-la. A Uchiha grunhiu, frustrada.

Sasuke esperou a kunoichi respirar fundo antes de segurar a perna que descansava sobre seu quadril. Assistiu, ofegando, seu pau escorregar para fora da abertura estreita, cintilando, coberto com o prazer dela.

— Vira de costas.

Sakura engoliu seco. A mão do Uchiha largou sua perna, empurrando-a calmamente para trás, apressando-a a cumprir a ordem. Girou sobre o corpo devagar, gelo se formando em seu estômago quando sentiu os botões da camiseta de Sasuke arrastando-se em suas costas. A mão dele se espalmou em sua barriga, afastando o farrapo que havia se tornado sua blusa, até encontrar um mamilo, o qual ele esmagou entre o polegar e indicador. Ela arfou, entorpecida. Os dedos percorreram sua barriga, descendo até seu sexo mais uma vez, lambuzando-os em sua extrema lubrificação pós-orgasmo, então se afastou, de volta às suas costas. Ela enrijeceu.

— Os vencedores têm direito a um prêmio — lembrou-a, descendo a mão até chegar ao seu objetivo. Sakura não o impediu, mas seu corpo estava tenso de ansiedade.

— Você sabe que não foi uma luta justa.

— Mas você quer isso.

Ela não podia negar.

— Sim. — Sentiu o sorriso dele. Os dedos moveram-se entre suas nádegas e ela arquejou.

— Shh. — O Uchiha enganchou a mão pela fenda do short rasgado e puxou mais, abrindo o tecido atrás, até o limite. Afagou a pele branca à mostra com as costas da mão. Deixou os dedos ainda molhados se afundarem até alcançarem a minúscula abertura. A ponta de seus dedos entrou, mas teve que forçar muito. — Você está tensa demais.

— Dizer isso não vai me fazer relaxar — reclamou, sua voz estava mais rouca pela ansiedade. Sasuke beijou seu ombro lentamente e isso a deixou um pouco mais calma. — Isso, por outro lado...

— Muito engraçada — disse ele, mesmo sem haver humor na voz. Aproximou a mão para frente de Sakura mais uma vez. Puxando o braço dela que estava apertado contra o chão, levou-o para baixo, suas mãos entrelaçadas às dela até chegar ao clitóris. — Você sabe o que fazer.

A tensão estava toda de volta quando Sakura sentiu a ereção deslizar por sua bunda, arrastando-se até estar novamente pairando em sua vagina, ele afundou mais uma vez, estocando uma, duas, três vezes, então saiu. Arfou quando os dedos dele apertaram uma nádega, abrindo-a.

— Sasuke-kun...

Ele encaixou a ponta do pênis ali devagar e a Uchiha gemeu levando o corpo para frente.

— Não se mexe — pediu, a voz controlada, mas ainda grave e rouca. Agarrou o quadril feminino e afundou-se mais uma vez, um pouco mais forte. As pernas de Sakura se moveram bruscamente, mas a mão dele ainda a prendia no lugar. Deslizou mais alguns centímetros para dentro, o aperto era intenso. — Faça o que eu mandei.

Assentindo, ela moveu os dedos contra seu ponto sensível uma vez, feliz em notar que não havia sinal de dormência causada pelo orgasmo anterior. Respirou fundo, ainda tensa pelo membro apertando-se lá atrás, abrindo-a de um jeito estranho, desconhecido. Circulou o dedo contra o clitóris, mas parou e cerrou os punhos quando Sasuke chegou à metade da investida. Gemeu um “ai” angustiado e recebeu um afago leve do nariz dele em seus cabelos.

 — Anata, acho que não consigo... — sussurrou, a voz falhando.

— Consegue. — Sasuke encorajou-a, abraçando a cintura fina e beijando a nuca suada. — É só relaxar.

A kunoichi inspirou, voltando a mover os dedos devagar, trazendo aquele calor gostoso e familiar de volta ao corpo. Sentiu seu marido voltar a se mexer conforme seu corpo ia amolecendo contra o dele, ainda doía, mas não fez uma pausa, talvez fosse melhor ir de uma única vez. Virou o rosto para trás e, chamando a atenção de Sasuke, beijou-o, lentamente, tocando a ponta das unhas no maxilar cerrado, afastando os fios negros para longe dos olhos. Então lançou o corpo para trás com firmeza, mordendo o lábio dele por reflexo quando sentiu a ereção, até a base, dentro de si.

— Porra — ele arfou, alisando a área abaixo de seu umbigo.

Ele fez menção de se mover, mas Sakura arquejou.

— Não! Kami. Espera. Só um pouquinho. Me deixa m—

— Tudo bem — interrompeu-a. A mão ainda apertada contra seu baixo ventre.

A antiga Haruno inspirou fundo, fechando os olhos quando a língua do Uchiha arrastou-se pela tez sensível de sua orelha. O hálito quente chicoteou a área de seu ombro, cada vez mais rapidamente. Ela podia notar a aura irrequieta que emanava dele, a tensão dos dedos, as pernas movendo-se devagar, como se inconsciente. Sentia-o pulsar forte dentro de si. Aquilo era uma tortura. Para ambos.

Então ela mesma moveu o corpo para fora, arrastando os dedos para dentro de sua cavidade, investindo suavemente na frente enquanto Sasuke começava a fazer seus próprios movimentos atrás. Ainda devagar, mas firme e por inteiro. Ela se sentia tão estranhamente cheia que só podia gemer e estremecer. Havia uma sensação desconhecida despontando em seu estômago enquanto Sasuke deslizava, inabalável, sobre sua abertura traseira. Não era a mesmo calor que sentia ao tê-lo dentro de sua vagina, mas havia um querer indescritível, mesmo que queimasse quando ele ia muito brusco — ela, roucamente, pedia-o para suavizar o ritmo quando acontecia —, sabia que aquilo a levaria a alguma coisa, só que não havia um modo de prever em que momento aconteceria.

— Isso é tão... gostoso... — deixou escapar sem querer enquanto o Uchiha arfava como ela nunca ouvira antes. — Sasuke-kun...

— Sakura — gemeu ele, os dedos se afundando cada vez mais na nádega da esposa, mantendo-a aberta para receber cada investida por inteiro.

A Uchiha encolheu as pernas, trazendo os joelhos para a os seios, acreditando que assim facilitaria para o marido. Pelo murmúrio que ele deixou escapar, facilitou. A mão dele largou sua bunda, mas ainda sentia o latejar de onde os dedos estiveram fincados, mas isso era só uma sensação em segundo plano, porque Sasuke empurrou sua mão e enfiou os próprios dedos em sua cavidade, golpeando e puxando com agilidade e fluidez, o polegar áspero friccionou seu clitóris com violência. Ele, talvez sem perceber, voltou a investir feroz, mas a ardência que sentia com as estocadas já não podia ser computada por seu cérebro, seu corpo estava todo quente com os impulsos dos dedos de seu marido, com o atrito intenso. Arranhou o antebraço atravessado em sua barriga e arfou.

Sasuke bateu fundo contra Sakura, esquecendo-se que aquilo provavelmente ainda era doloroso pra ela. O shinobi simplesmente não conseguiu controlar a força, porque seu orgasmo despontou de súbito. Sakura convulsionou ao redor de seus dedos e ele soube que ela o alcançou naquela explosão repentina, fincando as unhas em seu braço, gemeu alto, entredentes, espalhando as pernas, fazendo com que a compressão à sua volta se tornasse tão intensa a ponto de impedir seus movimentos totalmente. A massagem que o centro dela fazia em seus dedos cessou devagar, e ele ainda estava aproveitando de seu próprio ápice, o duro aperto ao redor de seu pênis prolongando a sensação.

Relaxou, extraindo-se languidamente dela, inspirando nos cabelos emaranhados. A rosada se virou enlaçando seu pescoço, entrelaçando-se nele como sempre fazia depois do fim. O moreno beijou-lhe a testa, sobrancelha e cílio, ela riu quando ele chegou ao nariz, bochechas, até, por fim, tocar sua boca. Afagou o ombro coberto do shinobi, agarrando a camiseta quando deslizou as mãos para o peitoral dele.

— Precisamos voltar — disse ele depois de apertar o rosto dela contra seu peito.

— Precisamos? — inquiriu Sakura retoricamente, imitando a voz grave do marido. Ele bufou.

Ela se sentou sobre as pernas, tentou desenrolar a blusa, mas ela havia se tornado uma coisa marrom retorcida agarrada a seus ombros. Então tirou-a. Os shorts ainda estavam intactos na parte do quadril e coxas, mas ela sentia uma brisa indecente bem... lá. Nos dois lás, na verdade.

Sasuke já havia abotoado a calça e agora ele estava apenas sujo, como se tivesse pegado pesado demais num treino. Já ela estava descabelada e suja e seminua. Tá, aquele short já era. Ela estava com tudo de fora.

— Eu não posso voltar assim — suspirou cruzando os braços sobre o peito.

— Por que não? — Sasuke perguntou, a voz ardendo em escárnio apesar da expressão séria. A kunoichi fuzilou-o com o olhar e se ergueu do chão. Os olhos pretos fixados em cada movimento seu.

— Bom, que seja então — sorriu para a confusão de Sasuke. Virou as costas, caminhando calmamente para dentro da floresta. Não levou nem dez segundos até que sentisse a capa dele pesar sobre seus ombros. Riu, apertando o botão no pescoço e se encolheu dentro do tecido. — É tão fácil vencer você, Sasuke-kun.

— É? — Ele soergueu uma sobrancelha e alisou a capa do ombro até a lombar. Os dedos agarraram o pano ali, sugestivamente.

— Não devia se orgulhar tanto disso, eu deixei você ganhar — disse num muxoxo. As bochechas vermelhas.

— Eu consegui o que queria...

— Porque eu deixei — rebateu ela num rosnado, esbofeteando a mão agarrada a capa. — De qualquer forma, eu não vou permitir que trapaceie mais. Também vou exigir coisas tão horríveis quanto as que você exige como prêmio.

Sasuke parou subitamente. Sakura franziu o cenho, mas não pode reagir a isso, pois ele a encurralou contra uma árvore.

— Horrível? — ele repetiu indiferente. A rosada mordeu o lábio baixando os olhos ao chão e corando mais quando a mão dele desceu mais uma vez, desta vez por dentro da capa. — Foi horrível?

Ela fez uma careta, chutando uma pequena planta próxima ao seu pé.

— Bem... Eu... — suspirou, erguendo o rosto. — Não foi totalmente horrível...

— Jura? — investigou ele. Falso entusiasmo cintilando na voz. — Então, mais tarde, quem sab—

Mesmo com o sarcasmo, Sakura arfou. Espaçando os olhos.

— Não! Não mesmo! — Suas mãos se cruzaram nas costas, por reflexo. O Uchiha sorriu cruelmente, voltando a andar. — Na verdade, nunca mais!

— Nunca? Achei que tivesse sido tão gostoso — falou com uma expressão maliciosa.

— E você diz que eu sou irritante! — Quase gritou. Foi pisando duramente ao lado dele. — E, sim, se colocarmos usar um arco com orelhas de neko e sexo anal numa escala, sim, suas exigências são horríveis.

— A culpa não é minha se você pensa pequeno.

Sakura encheu as bochechas de ar e soltou devagar. Entrou na frente dele, fazendo-o parar.

— Numa próxima vez, eu não deixarem que vença, Sasuke-kun. E então eu terei meu prêmio.

Ele sorriu ladino.

— Eu não vou usar aquelas orelhas.

— Esqueça-as, eu já tenho algo melhor em mente.

O Uchiha segurou a gola de sua capa e puxou-a para mais perto.

— E o que seria esse algo, Sakura, huh?

Ela mordeu o lábio e desvencilhou-se da mão dele, voltando a caminhar.

— Numa próxima vez, Sasuke-kun, e então verá que eu posso ser tão má quanto você.


Notas Finais


PORRA, SAKURA, TANTA COISA PRA PEDIR E TU ME VEM COM ORELHA DE NEKO, MERECEU TER PERDIDO O SEGUNDO LACRE
HAUAHUAUA, me ignorem


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