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História Xeque Mate: Cidade Cinzenta - Inconveniência.


Escrita por: BecHudson

Notas do Autor


Achei que tinha perdido o capitulo 3, fiquei um tempão procurando, por sorte achei no meio do meu bloco de notas, nossa se eu tivesse que reescrever o capitulo 3 ficaria muito deprimido :v

Enfim, aqui estava mais um capitulo para vocês, aproveitem, espero que gostem e tenham uma boa leitura ^^

Capítulo 3 - Inconveniência.


Fanfic / Fanfiction Xeque Mate: Cidade Cinzenta - Inconveniência.

A Lanchonete nunca havia ficado tão cheia como naquele dia, cheia principalmente de crianças, Dennis até havia se espantado, pois não sabia que tinham tantas crianças na cidade, isso talvez porque ele quase não saia e quando saia era para ir a lugares proibido para menores ou para ir até seu serviço que normalmente não recebia tantas crianças pela sua aparência pouco convidativa para os pequenos.

Em dias comuns a construção da lanchonete mantinha seu aspecto tradicional, era uma construção que ficava embaixo de um condomínio de quatro andares, uma construção rustica e de cor opaca, era praticamente um repelente de crianças, um ambiente calmo e silencioso com uma placa de madeira em cima da porta escrita ''Lanchonete do Peter'', combinava exatamente com o clima da cidade.

Enquanto Dennis passava com seu patins de mesa em mesa, vez ou outra acabava esbarrando em crianças que passavam por debaixo de suas pernas correndo de um lado para o outro, e mesmo sendo muito habilidoso segurando uma bandeja, naquele dia já havia quase derrubado a comida dos fregueses umas três vezes, estava se sentindo desconfortável e sentia que o efeito de seu feitiço já estava passando pois começou a sentir um sono enorme, talvez fosse somente o estresse que estivesse influenciando diretamente no efeito do feitiço.

Porém quando achou que nada poderia ficar pior surge na esquina uma figura mediana de corpo robusto, essa figura usava um vestido simples amarelo claro e um chapéu acompanhado de óculos de sol - mesmo que não houvesse nenhum sol - e de longe ele sabia perfeitamente quem era, só existia uma pessoa naquela cidade que se vestia de tal forma tão deslocada para chamar a atenção que achava que merecia, Célia Patel, a esposa recatada e do lar, forma como Dennis a chamava mentalmente e verbalmente.

Ela vinha acompanhada do mesmo ruivo que Dennis havia visto a uma hora atrás com o policial, e embora jogar um de seus jogos preferidos intitulado ''ser sarcástico com Deus'' com a Sra. Patel, fosse um de seus hobbys favoritos, ele não queria deixar o ruivo desconfortável, precisava daquela informação para usar contra o policial não contra a família cristã, pois Célia Patel poderia ser bastante inconveniente, mas não tinha poderes perante a lei para atrapalhar a vida do feiticeiro.

Portanto ele saiu de fininho e foi para dentro da lanchonete, quase atravessando o balcão de atendimento e indo para cozinha, porém foi interrompido pelo Sr. Peter.

- Indo pra algum lugar?

- Tava indo ver se o pessoal ta precisando que eu pegue mais suprimentos. - Mentiu como sempre fazia. - Afinal isso aqui ta tão cheio.

- Não é por causa da Sra. Patel estar chegando não é? - Perguntou de forma risonha enquanto colocava suas mãos sobre a cintura.

- Claro que não, eu sou quem mais gosta de atormentar a vida daquela senhora.

- Então volta a atender as mesas que eu vou ver se eles precisam de mais mantimentos.

Antes mesmo que Dennis pudesse responder o Sr. Peter já havia passado por ele e entrado na cozinha, quando ele voltou a olhar para os vidros da lanchonete para ver como estava o movimento do lado de fora viu a figura impetuosa de Célia Patel, era uma senhora de cabelo branco que estava sempre bem feito, como se toda manhã fosse ao cabeleireiro, também era uma das poucas mulheres da cidade que usava maquiagem, nem mesmo sua mãe costumava usar. O ruivo estava ao seu lado parecendo ansioso olhando de um lado para o outro enquanto a mãe cumprimentava algumas amigas em uma mesa.

- Não tem ninguém pra me atender não? - Perguntou ela em um tom consideravelmente alto, mas não gritado, então ela olhou por cima de seus óculos de sol na direção exata em que Dennis estava.

O feiticeiro bufou baixinho e foi até lá resmungando, mas quando se aproximou parou no mesmo instante, não queria dar este gosto a ela, e com seu sorriso mais teatral pegou o bloquinho de notas e pergunto.

- Seja bem vinda, o que vai querer? - Perguntou enquanto repetia mentalmente tudo que ela dizia, já que seus pedidos eram extremamente monótonos.

- Vou querer uma xícara de café acompanhada com uma fatia de torta de morango. - Disse enquanto conduzia sua mão de um lado para o outro como se estivesse conduzindo uma orquestra.

Dennis mais uma vez lhe lançou um sorriso grande e falso depois voltou seus olhos ao ruivo.

- E o moço o que vai querer? - Seu sorriso de canto tremia um pouco, pois não queria parecer tão sarcástico com ele.

- N-nada... - Respondeu em tom baixo e fitando o chão.

- Tudo bem, uma xícara de café acompanhada de uma torta de morango e um copo de nada, já trago seus pedidos. - Ele então se virou para ir deixar o pedido de Célia no balcão, quando foi interrompido por uma comentário da mesma.

- Soube que sua mãe teve que busca-lo na cadeia hoje de madrugada, imagino o transtorno que a coitada passou. - Seus olhos novamente fitaram Dennis por debaixo de seus óculos enquanto suas sobrancelhas erguiam em sinal de desdém.

Ele por sua vez deu um giro perfeito com seu patins e voltou a olhar para Célia Patel com o grande e falso sorriso ainda intacto.

- Você com certeza deve entender o transtorno dela melhor do que ninguém Sra. Patel. - Disse antes de dar as costas mais uma vez para ela e ir até o balcão, ele se referia ao caso de seu filho mais velho que havia sido preso por dirigir bêbado e causar um acidente, por sorte sem nenhum ferido, e Célia conseguira pagar a fiança no dia seguinte.

Ainda pode escutar as moças ao lado comentando coisas como ''que desrespeitoso'' ''como um garoto pode falar assim com ela?'', mas não se importou, se fosse qualquer outra senhora que acabara de conhecer talvez tivesse pensando em uma resposta mais educada, porém já conhecia Célia a muito tempo, sabia que nenhum comentário dela direcionado a ele vinha com boas intenções.

 

 

Durante a tarde foi quando encheu de clientes, não havia mesas suficientes, e havia chegado ainda mais crianças, tanto que tiveram que fazer fila e deixar cada grupo de crianças brincar 15 minutos nos brinquedos se não nem ao menos teria espaço para todas elas.

Para deixar seu trabalho ainda mais desconfortável a Sra. Patel não saia mais dali, ela havia almoçado ali e continuava ali bebericando seu suco de laranja enquanto tagarelava animada com duas amigas da igreja, uma alta e outra baixa, era como ver um espelho invertido, o que levou Dennis acreditar que as duas possivelmente eram irmãs, e estava certo.

Célia Patel parecia estar mais interessada em sua conversa do que na presença do feiticeiro até que uma figura alta e morena apareceu na lanchonete, Kennedy Walker Lee, mesmo nunca o tendo visto ela conseguia sentir o cheiro que ele exalava de longe, o cheiro de problema, então não foi muito difícil adivinhar que ele era um dos irmãos Walker Lee, que ela conhecia por serem os baderneiros na cidade, e vê-lo indo em direção a Dennis Cooper era um prato cheio.

- Eai. - Cumprimentou enquanto chegava por trás de Dennis que estava concentrado abrindo uma lata de refrigerante.

- Am? Ah! Oi. - Foi tudo que ele conseguiu dizer um pouco atrapalhado pelo refrigerante que respingou para fora da lata. - Vai querer alguma coisa, Kennedy?

Ali perante a varias outras pessoas os dois se tratavam de forma bastante formal, como se fossem colegas que vez ou outra se esbarram, e a parte de que vez ou outra se esbarram era de fato verdade, mas eles não eram colegas, e o corpo de Dennis sabia muito bem daquilo, pois só de ver Kennedy partes de seu corpo se despertavam e ficavam em alerta.

- Sei lá, uma... - Ele olhou para o cardápio que havia na parede atrás de Dennis. - Panqueca.

- E para beber?

- Hum. - Colocou a língua para fora de boca em uma expressão engraçada de descontente. - Não tem nada com álcool, então me serve um energético qualquer ai.

- Só você para beber energético com panqueca. - Comentou vagamente enquanto sorria e anotava o pedido no bloco de notas.

- Queria trocar uma ideia com você depois. - Seu tom soava mais como uma afirmação de que eles iriam conversar do que um convite para conversar.

Dennis o olhou surpreso, mas apenas acenou com a cabeça em sinal de concordância, quando olhou para o lado de fora da janela viu Célia Patel com os olhos bem atentos nos dois, então finalizou dizendo baixinho bem próximo a Kennedy.

- Me encontre na saída lá de trás daqui uma hora quando for meu horário de ir embora. - Então se afastou e com um sorriso convincente disse em um tom alto suficiente para que Célia Patel pudesse ouvir. - Seu pedido já vai ser entregue senhor.

 

 

O resto de seu horário de trabalho foi calmo, a não ser por Célia Batel que insistia em ficar na lanchonete até o ultimo segundo, mesmo que suas amigas já tivessem ido embora, tudo em uma tentativa falha, alucinante e visível de tentar descobrir qual a conexão de Dennis com Kennedy Walker Lee, no entanto com a ida de Kennedy e o visível desinteresse de Dennis ela teve que se dar por vencida, não poderia ficar mais insistindo em estar ali caso o contrario seria percebida - embora já tivesse sido - então por fim decidiu ir embora quando a lanchonete já estava quase fechando.

Já era quase sete horas e quando Dennis teve a visão de Célia Patel indo embora seu corpo todo relaxou, como era um ótimo mentiroso conseguiu manter a pose de desinteressado de sempre, mas estava extremamente estressado por dentro, já que Célia parecia não ir embora até ver Dennis atravessando o portão de sua casa.

- Parece que passou um furacão por aqui. - Dizia o Sr. Peter com a respiração ofegante de tanto andar de um lado para o outro.

- É, teve uma festa infantil com varias crianças, então acho que podemos chamar de furacão sim. - Respondeu prontamente Dennis com seu sarcasmo. - Enfim, já vou indo limpo isso amanhã tchau.

Sua ultima fala foi rápida e sua saída igualmente, não deu nem tempo de Peter se despedir, quando se deu conta Dennis já não estava mais ali, ele havia saído por um lugar pouco convencional, pela cozinha onde havia a porta de trás que era também por onde Amanda e Fred saiam.

As noites em Grayslim pareciam sempre as mesmas, nunca em nenhuma noite chovia, a chuva sempre vinha aos dias, nunca as noites, e naquela não era diferente, pela pouca luminosidade das ruas sempre dava para ver as estrelas no céu, eram praticamente as únicas fontes de luz durante as noites.

Dennis saiu vagarosamente pela porta e a fechou olhando para os lados, não conseguia ver muito bem, mas não parecia ter ninguém por perto, pensou em chamar por Kennedy, mas não seria prudente sendo que Célia ainda poderia estar pelos cantos se escondendo, para uma senhora de mais de sessenta anos ela poderia ser bastante habilidosa.

De repente algo cobriu seus olhos e tudo ficou ainda mais escuro, Dennis tentou se debater, mas sua boca também foi coberta pelo que parecia ser uma mão, sua primeira reação e totalmente instintiva foi a de morder aquela mão, logo em seguida sua boca e olhos ficaram livres e vieram acompanhados de um resmungo que o feiticeiro automaticamente reconheceu.

- Idiota! - Exclamou enquanto dava um soco forte no ombro de Kennedy. - Eu poderia ter quebrado o seu pescoço.

- Poderia é? - Perguntou enquanto ainda resmungava de dor pela mão mordida. - Seus dentes são afiados em, o que você é? Um vampiro?

- Claro que sou, é por isso que dou bola pra você, seu sangue parece uma delicia, é +O né?

De repente Kennedy parou de resmungar e olhou para Dennis com uma falsa surpresa.

- Como adivinhou?

- Porque meu querido... - Ele se aproximou bem do ouvido do alto Kennedy e disse bem baixinho. - Eu sou um vampiro.

Sem nada a responder Kennedy apenas agarrou a cintura do garoto a sua frente e o girou o colocando contra a parede e distribuindo beijos e chupões em seu pescoço, então pressionou seu corpo contra o dele propositalmente para que ele sentisse o volume que já se formava no meio de suas pernas.

- Por que sempre que eu converso com você todo o seu corpo parece grita ''me foda''? - Perguntou já ofegante enquanto chupava o pescoço de Dennis em um lugar bem visível.

- Acho que é porque ele realmente esta gritando isso. - Entretanto ele interrompeu o ato que também o agradava muito. - MAS não foi para isso que você chamou, imagino.

- Talvez... - Insinuou, mas retrocedeu quando viu uma das sobrancelhas de Dennis se erguer para ele. - Não, não foi.

A contragosto os dois se afastaram e olharam um para a cara do outro, Dennis esperando respostas e Kennedy tentando fazer uma pausa dramática e ao mesmo se controlando para não fazer o que queria fazer ali mesmo com o garoto.

- Então... Tava querendo saber se rola da gente sair, você podia passar lá no meu trailer, dou um jeito da gente ficar sozinho e... - Mas foi grosseiramente interrompido por Dennis.

- Me chamou aqui só para me convidar para foder no seu trailer quando podíamos fazer isso aqui e agora? - Perguntou cruzando os braços.

- Não é só isso... Bem... 80% do tempo é só sexo, mas nos outros 20% seria pra gente conversar, se conhecer melhor e tals.

- Isso não é natural vindo de um Walker Lee, será que suguei muito do seu sangue? - Brincou. - Achei que você não curtisse relacionamentos.

Kennedy deu uma gargalhada alta e debochada.

- E quem disse que vai ser um relacionamento, sei lá, se eu fosse ter algo não seria nada monogâmico, você sabe como eu sou, mas eu curto você e quero te conhecer melhor, ainda podemos sair com outras pessoas, é só um lance nosso, e acho que to te devendo isso pelo lance com a policia.

O feiticeiro deu um sorriso de lado, estava gostando daquela proposta.

- Ok, podemos marcar. - Então ele deu um suave beijo nos lábios de Kennedy e disse em tom provocativo. - Eu te ligo quando estiver disponível.

E assim saiu dali deixando Kennedy e sua ereção para trás, ter um encontro - se é que poderia ser chamado assim - com ele seria interessante, e embora sentisse uma forte atração sexual sabia que nenhum dos dois tinha sentimento de paixão um pelo outro, talvez Dennis tivesse mais sentimentos por Kennedy do que Kennedy por ele, mas não via aquilo como um problema.

Enquanto caminhava de volta para casa vinha carregando consigo um sorriso bobo, mas que logo desapareceu de seu rosto quando chegou na frente daquela enorme e nem um pouco convencional construção, ela sempre tinha esse aspecto de casa com vida própria, o que não era somente uma impressão, a casa por si só tinha uma certa energia, mas isso pelos seus morados e não por aprisionar um espirito ou algo do tipo. Entretanto o que havia feito seu sorriso desaparecer não foi a construção, mas sim as pessoas que estavam em frente a ela, sua mãe Minerva que usava um vestido verde musgo e seu cabelo amarrado em um enorme e pomposo coque, seus olhos castanhos estavam destacados pela maquiagem, já seus lábios estavam em um tom rosado discreto, estava estranhamente sedutora naquela noite, seu irmão gêmeo Arthur estava logo atrás dela com sua postura ereta e cordial, como se sempre estivesse segurando livros pesados que relutava admitir estarem pesados, ele usava um terno comum ''tão sem graça quanto ele'' pensou Dennis, mas também havia seu avó ao lado de sua mãe com sua cara sempre fechada e seu corpo corcunda, parecia nunca estar satisfeito com qualquer situação, pois seu rosto estava sempre em um expressão de careta enrugada, também usava um terno comum, mas que nele parecia ficar apertado pois as mangas iam até seus pulsos e canelas, e um pouco mais atrás seus tios que nunca se desgrudavam, pareciam gêmeos siameses, sua tia era mais alta e usava um vestido cumprido vermelho escuro e seu rosto só continha um batom fraco, seu cabelo castanho estava molhado e cheio de creme, já seu tio que era mais baixo e usava um terno igualmente vermelho com uma gravada que parecia ter purpurina, seu cabelo já branco era penteado para trás em um estilo bad boy dos anos 80 e seu dente de ouro reluzia em seu rosto, os dois eram um casal bastante curioso já que sua tia parecer ser bem mais jovem que seu tio, entretendo ela explicava aquilo por ter usado feitiço de rejuvenescimento, que embora a deixasse com aspecto mais vitalício também reduzia seu tempo de vida, mas obviamente para quem via de fora e não sabia sobre os segredos da família Cooper acreditava que ela era somente uma jovem aproveitadora.

- Aonde vão? - Perguntou Dennis a contragosto, enquanto tentava esconder os chupões em seu pescoço esfregando sua mão sobre a mesma como se estivesse aflito com algo.

- Hoje vai ter uma reunião na Igreja, senhora Patel nos convidou. - Respondeu Arthur cordialmente ajeitando sua gravata.

- De jeito nenhum que vou nessa reunião... - Retrucou o feiticeiro já se precavendo.

- E não vai mesmo. - Respondeu sua mãe ríspida. - Você vai ficar aqui tomando conta da sua irmã, ela ficou o dia inteiro de cama.

Dennis nada disse, apenas revirou os olhos e abriu passagem entre eles para entrar, chegou na porta e ouviu o som de um automóvel se aproximando, olhou para o portão e todos os seus parentes estavam entrando em uma van preta, os vidros eram todos escuros então não conseguia ver quem estava dirigindo, mas de repente o vidro do motorista se abaixou e o rosto do policial conhecido como policial Phillips se revelou, ele lançou um sorriso canalha para Dennis que logo em seguida viu sua mãe se sentando no banco ao lado do motorista, aquilo não o trazia boas vibrações.

Quando entrou em casa se deparou com sua irmã sentada na poltrona de seu avó assistindo The Vampire Diaries.

- Sabia que tinha te visto perambulando a lanchonete hoje de tarde. - Comentou Dennis enquanto jogava sua bolsa em qualquer canto e andava vagarosamente até a irmã. - Para quem ficou de cama o dia inteiro você parece ter se recuperado bem rápido.

- Foi só um truque para esquentar o termômetro e um simples feitiço de ilusão de vomito. - Respondeu a garotinha como se não fosse nada demais. - Depois quando o doutor Daniel veio aqui eu só precisei dar umas tossidinhas e fazer cara de cachorro abandonado que ele logo me diagnosticou com gripe simples e me recomendou ficar de repouso.

- Cuidado com a Regina George em pele de cordeiro.

- Acho que nem preciso te ameaçar para você não contar nada pra mãe afinal você já esta encrencado até o ultimo fio de cabelo. - Depois deste comentário Dennis fez uma expressão de desdém erguendo uma de suas sobrancelhas que a garotinha conseguiu ver através do reflexo de seu copo que estava sobre a mesa, e viu quando ele deu as costas e foi em direção as escadas. - Isso que da você se recusar a me trazer sorvete quando eu peço.

- Não abuse da sorte pirralha. - Foi tudo que ele disse antes de sumir do campo de visão dela.

Porém antes de subir as escadas ele parou em frente ao primeiro degrau, era onde ficava um quadro de seu pai, era um quadro consideravelmente grande, onde seu pai estava sentado sobre a mesma poltrona que seu vô senta, mas ela parecia mais nova e estava no que parecia ser uma biblioteca, o estranho é que não havia biblioteca na casa, ele usava uma camiseta branca social e seus olhos por algum motivo estavam fechados, como se estivesse dormindo com um sorriso sereno no rosto, esteticamente ele se parecia mais com Amy do que com Dennis ou Arthur.

 

 

Já passava das onze da noite e Dennis se entretinha lendo uma das enciclopédias de seu irmão que ele havia conseguido pegar novamente, estava lendo sobre Ninfos, mas não eram os mesmos Ninfos descritos em mitologias, aqueles eram diferentes, eram criaturas criadas por feiticeiros para os protegerem contra Vampiros e Lobisomens - criaturas criadas pelos seus maiores rivais, Bruxos - entretanto Feiticeiros eram conhecidos pela sua astúcia e não sabedoria, e acabaram criando criaturas que tinham a forma de homens e eram extremamente atraentes para seus criadores - ou seja, os feiticeiros -, e se alimentavam da vitalidade dos mesmos, por tanto ouve um confronto entre esses dois seres, e os Ninfos acabaram sendo exterminados.

Era uma história fascinante, entretanto sua leitura foi interrompida pelo som que vinha do primeiro andar, Amy parecia continuar assistindo a televisão, ou talvez havia cochilado enquanto dormia.

O garoto se levantou de sua cama e descalço desceu as escadas já preparado para mandar a irmã direto para cama, mas quando chegou na sala ela estava vazia, não havia sinal algum de Amy, a não ser pela porta escancarada de onde vinha um vento forte e gélido, ele então caminhou vagarosamente até o lado de fora e tudo estava escuro, em completo silencio.

- Amy, já pode parar com essa brincadeira! - Disse em um tom consideravelmente alto. - Se a mãe chegar e você não estiver na cama ela mata você e depois me mata!

Nenhuma resposta, ele caminhou mais um pouco em direção ao portão e então viu algo no chão, era a boneca de sua irmã que ele chamava de 'Trapo', era a boneca preferida dela e ela nunca a deixaria jogada no meio da calçada daquele jeito, aquilo foi o suficiente para bater um desespero em Dennis e seu sangue congelar.

- AAAAAMYYYYYYYYYYY!!!!!



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