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História Jogos Vorazes Edição 25 - Interativa - Colheita Parte 1


Escrita por: TributoHG

Notas do Autor


GENTE QUE CAPITULO ENORME, passei um tempão escrevendo, e espero que gostem( pelo menos aqui no cel tá gigante). A colheita será decrescente ( ou seja do 12 pro 1) dividida em 3 cap, e os tributos ficarão no mesmo trem, olha só que maravilha, terão de comer sempre juntos e... Nada! Depois vcs vão ver. E desculpa pela demora é que eu tava fazendo o meu melhor para escrever bem nas horas livres, aproveitem! 😘

Capítulo 4 - Colheita Parte 1


Fanfic / Fanfiction Jogos Vorazes Edição 25 - Interativa - Colheita Parte 1

Distrito 12

Pov Angel Collins Bower

05:00 horas

Acabo de acordar, mas não levanto da cama, ela está tão quentinha devido ao calor do meu corpo, que até esqueço que hoje é o dia da colheita. A colheita...

- COLHEITA, É HOJE, AGORA!!- Grito assustada. Não posso me atrasar e muito menos perder, senão, não sei o que pode acontecer comigo, ou ao meu pai e meu irmão. Me levanto rapidamente e corro para o banheiro para fazer a minha higiene como todos os dias dessa vida ridícula, fala sério, a única parte boa do meu dia é quando eu vejo minha vizinha Samy, eu adoro ela, amo como se fosse minha irmãzinha que nunca tive, sempre que a vejo e vice-versa soltamos um sorriso. Hoje eu temo por ela, vai ser sua primeira Colheita, sei que as chances são minúsculas mas mesmo assim não dá pra controlar os sentimentos, há várias outras garotas, seria muita conhecidência ela ser sorteada.

- Ela não vai ser sorteada- digo a mim mesma, tentando afastar aquela idéia da cabeça, agora com a água do banho me despertando por completa. Saio e me seco, ponho um vestido branco, uma sapatilha da mesma cor, prendo meu cabelo preto com uma fita azul, pego uma maçã e me dirijo a casa de Samy. Meu pai e meu irmão Jake provavelmente já partiram para a praça, onde vai ocorrer a Colheita. Paro na frente da casa dela e a grito:

-SAMY!!- Ninguém responde. Acho que ela já foi com a mãe, o jeito é ter de ir sozinha. As ruas estão vazias, será que eu demorei demais pra levantar? Caminho mais rápido, não me importo em suar, não me arrumei para ninguém. Chego na praça e ainda não tinha começado, Ufa! Jogo o resto da maçã fora e me encaixo na fila para o coletarem meu sangue, como fazem todo ano... Feito isso, vou para a cerca das meninas candidatas a tributa, um quadrado perfeito, e do lado, o quadrado dos meninos, procuro por meu irmão mas esqueci que ele já passou dos 18, ele está "livre" dessa desgraça, me viro em direção ao palco onde atrás tem o edifício da Justiça e a estação, onde espera o trem, e na frente tem dois globos cheios de papéis dobrados, em cada um deles tem um nome, tento imaginar onde o meu está.

- Angel!- Me assusto ao ouvir meu nome, virando imediatamente na direção da voz.

- Samy!- Digo sorrindo e indo abraça-la - passei na sua casa mas você já tinha saído...-

- Minha mãe me trouxe logo cedo, porque, você sabe...- ela disse, olhando pro chão, claramente com medo e eu realmente sabia o porque, também fiquei assim na minha primeira Colheita, eu a entendo perfeitamente.

- Eu sei, não deixarei nada acontecer, você sabe.- disse abraçando-a novamente, como uma forma de consolo.

- Oh Angel, muito obrigada!- Samy realmente me adorava.

Eu ia responder mas a mulher da capital, com o visual estranho me interrompeu:

- Bem vindos, a 25 edição dos Jogos Vorazes, o primeiro Massacre Quaternário!! E que a sorte esteja sempre a seu favor!!- disse ela com um tom de voz animado, animado só para ela... Palhaça, xingo-a em meu pensamento. - Bom, meu nome é Janett, e vamos ao sorteio, como vocês sabem, primeiro as damas!- ela fala e anda calmamente em direção do globo da direita, em frente ao meu cercado. Quando ela põe a mão lá dentro Samy aperta a minha, mas muito forte mesmo.

-Samy, tá doendo...- digo, e ao mesmo tempo...

- Samy Evans!!, onde está você queridinha?- a partir dai foi uma confusão, todos se voltaram para nós duas, que nos entreolhamos,  Samy empalideceu, expressava pavor no rosto, num rosto de 12 anos que acabara de ser marcada para a morte, me fazendo abraça-la pela terceira vez.

- Eu falei que não iria deixar nada acontecer.- digo e me solto dela gritando: - EU ME OFEREÇO, EU ME OFEREÇO- e corri para dentro do trem, com os pensamentos bagunçados na minha mente, só deu tempo de achar Jake, que me olhava com tanta tristeza, foi tudo tão rápido que quando cheguei no vagão do meu distrito, mostrei o dedo do meio para as câmeras e desabei no sofá.

Jogos... Samy... Pai... Jake...

Distrito 11

Pov Tyler Liphes Harding

08:00 horas

Estou acordado ha um tempão, enrolando, para não ter que sair da cama da minha ficante, se eu não me engano seu nome é Ashley, ou alguma coisa parecida, só sei que sua boca faz maravilhas, valeu um pouco a pena ter vindo dormir aqui. Bom, tudo parece ser melhor do que aquele beco sujo e escuro em que moro. Se eu quiser posso dormir na casa de qualquer uma aqui do Distrito 11, todas me querem... Todas menos uma, Nayla Grant Meralay! No começo eu achei que ela só estava se fazendo de difícil para me provocar, mas a verdade é que ela não liga para mim, qual o problema dela? Até mesmo alguns garotos me cobiçam! Será que ela é lésbica? Tomara que não, seria um desperdício uma menina tão linda namorando outra, mas descobrirei logo, ela não vai conseguir me evitar por muito tempo, uma hora ela cederá e eu, atacarei.

- Vamos Tyler! Já já começa a Colheita, não podemos perder.- Ashley me chama, sua voz é fina e irritante, ela até que é bonitinha, é alta e magra, tem cabelos castanhos curtos no tamanho do ombro, seios fartos e olhos negros.

- Tá, tá, já vai, mas antes vamos comer alguma coisa.- digo levantando, apenas de cueca, pegando minhas roupas do chão e vestindo, quando eu termino, me viro para ela, e a pego olhando para mim.- Então... Vamos?- falo pensando somente na comida.

- Sim, só estava olhando como você é bonito.- ela diz e sai do quarto.

- Eu sei- digo e também saio, ajeitando meu topete. Chego na cozinha faminto, não tem muita opção do que comer já que a maioria de nós é pobre, mas me contento com um pão dormido e me mando, sem nem falar com a garota.

As ruas estão cheias de gente, todos indo em direção a praça, para a Colheita, com uma expressão neutra no rosto como uma forma de luto antecipado, tenho pena deles, tem que assitir seus filhos matarem e morrerem na arena, comigo não é assim, eu não tenho ninguém com quem me preocupar, sou só eu mesmo, o tempo todo. Começo a andar também, sem pressa nenhuma, sei que não serei sorteado, não por medo da Colheita, mas por gostar de passear pelo meu distrito. Daqui a pouco começa, já deve ser umas 08:40. Chego na praça, todos estão reunidos, meninos e meninas, cada um em seu respectivo quadrado. Feito o mini exame de sangue, sigo para o meu lugar com os garotos. Não demorou muito para que uma mulher toda empiriquitada da capital aparecesse, eu realmente não dormiria com ela, e começou a falar as mesmas baboseiras de todos os anos.

- Agora, como todos sabem, primeiro as damas!- e ela caminha para o globo transparente da direita, onde tem vários papéis com os nomes de todas as garotas do 11, todas aquelas que me desejam, até que...

- Nayla Meralay!- Não acredito! Logo ela! A garota que me desafiou ao me ignorar! Não posso deixar que ela vá.

Assim que Nayla sobe no palco e a mulher caminha para o globo dos garotos eu grito:

- EU ME OFEREÇO COMO TRIBUTO!- Daí eu subi no palco, todos me olhando fixamente, algumas garotas até começaram a chorar, dou um tchauzinho com a mão, sorrio e saio em direção ao trem que acabara de chegar do 12.

Pov Nayla Grant Meralay

Simultaneamente

Mesmo Distrito

Droga, droga... Acordei tarde demais! Bem que meus pais puxa-sacos poderiam ter me acordado, mês passado quando eles assistiram o sorteio do Massacre Quaternário foi a maior babação de ovo que eu já vi, mas ok! Bola pra frente. Hoje é a Colheita e ninguém pode faltar. Me levanto já tirando o pijama, pondo uma camisa branca com estampa de gatinho, e uma calça leggings preta, a Capital sempre obriga a gente a usar branco nas colheitas mas hoje serei banco e preto, não sou que nem meus pais, não engulo sapo.

Desci as escadas e parti a milhão, sem nem mesmo tomar banho, tomar café ou escovar os dentes, a casa estava vazia, nem liguei na verdade, só estava a procura do meu avô um senhorzinho de 74 anos grisalho e de olhos azuis, a única pessoa que se importa de verdade comigo e vice-versa. Ele estava na varanda, em sua cadeira de balanço, observando as pessoas passarem.

- Vô?- chamo, observando as pessoas também, felizmente não estava tão atrasada assim.

- Hã? Ah! Olá! bom dia Nay querida.- Meu avô fala com um tom triste. Sei porque ele está assim, na verdade ele sempre foi assim tristonho e calado, também né, ele viu todo o levante acontecer, as mortes, a guerra, as perdas, ele foi um dos poucos que sobreviveu a rebelião contra a capital, e não acabou, ele viu todos os jogos começando, acontecendo, eu o acho muito forte por não ter enlouquecido, mas mesmo assim meu pai disse que ele nunca mais foi o mesmo depois dos ocorridos, realmente ninguém fica totalmente recuperado depois que acontece uma desgraça. Seguro a mão dele e o chamo:

- Vamos?- digo pacientemente, sem pressa nenhuma.

- Sim, vamos.- Eu ajudo ele a se levantar e partimos lentamente em direção a praça que não ficava muito distante dali. Gosto de sua companhia, por mais calado que seja, é sempre bom ficar com as pessoas que ama.

Chegando a praça me despeço dele com um abraço e um beijo na bochecha.

- Até logo vô - digo dando um meio sorriso, e ingressando na fila do sangue.

- Até, Nayla querida- e ele parte para trás do quadrado feminino. Ao registrar meu sangue, ando até o meu respectivo cercado, os pacificadores olhando para minhas calças e fazendo cara feia, encaro-os de volta com uma cara mais feia ainda. Estava tão entretida com a minha brincadeira de encarar com o pacificador que nem percebi a mulher estranha da capital chegar e dar as boas-vindas ao Massacre.

-... primeiro as damas- Já não sinto medo, se eu for sorteada ou não, tanto faz, ninguém gosta de mim mesmo, ninguém menos meu avô, acho que só vivo por causa dele.

-Nayla Meralay!- a mulher me chama e eu estremeço. Meu deus! E agora? Ninguém, irá me substituir! Meu avô, não posso deixa-lo...

Subo no palco e aguardo o tributo masculino somente para ter a chance de olhar nos olhos do meu avô pela última vez, ele, que deixou as lágrimas rolarem em seu rosto, a aparência evoluiu de triste para um depressivo horrível... Desviou  o olhar de meu avô, não aguento vê-lo assim. A mulher tinha acabado de chegar no globo masculino quando Tyler Liphes aparece no meio dos cercados gritando que queria ser voluntário. Mas que merda! Além de ter de ir aos Jogos, tenho que ir com esse imbecil galanteador, o garoto bonito e rodado do 11. Não gosto nem um pouco dele, nas poucas vezes que ele falou comigo fui curta e grossa, faço isso porque ele é o único que vem falar comigo mas mesmo assim me faz mostrar meus sentimentos, o que me deixa fraca, me expõe, além disso ele só faz isso para dormir e comer de graça na casa dos meus pais que são uns dos mais ricos dos distritos. Mas, agora vou ter que lidar com ele até os Jogos onde eu ou outro tributo daremos um fim para ele.

Ele passa sorrindo e acenando para as garotas do distrito que se acabam, como se ele fosse algum famoso, por fim ele entra no vagão do nosso distrito, na frente do 12, e eu fico lá no palco com a mulher da capital, que está toda desengonçada, sem saber o que fazer.

- Bom... Esses são os tributos do Distrito 11! Nayla Meralay e, bem, aquele menino.- Assim que ela terminou olhei uma última vez para meu avô e falei um " Adeus" sem som, e entrei no meu vagão, sem saber o que me aguarda.

Distrito 10

Pov Peter Karin Reymond

11:00 horas

Meu dia até agora não está nada bom, acordei assustado lá pelo começo da manhã, tive pesadelos com a Colheita, esse será meu último ano como candidato a tributo pois já tenho 18, só preciso ter sorte o suficiente para não ser sorteado e pronto estarei "livre" para ter minha vida na lanchonete dos meus pais. Fora isso, quando levantei vi um menino dormindo na porta da lanchonete, aparentava ter uns 12 anos e estava bem maltrapilho, resolvi dar um café da manhã para ele, nada demais, apenas alguns biscoitos, só que eu acho que fiz barulho demais e minha mãe acordou, me dando a maior bronca, sempre com aquele papo de não acostuma-los a comida de graça, além disso ela espantou o coitado do menino. Depois disso, me vesti, me arrumei e coloquei a mesa do café da manhã como uma forma de pedido de desculpas à minha mãe, comi e saí, em direção a lanchonete, que fica do outro lado da rua, onde sempre trabalhei com os meus pais, bom pelo menos desde os 12 anos eu fico atendendo os clientes. Já que sou filho único, herdarei toda a lanchonete, daí poderei doar minha comida a quem eu quiser sem me preocupar com minha mãe. Tirando as poucas pessoas ricas do 10 quase ninguém compra aqui, no máximo vem conversa um pouco e sai, hoje mesmo desde que abri até agora ninguem chegou, já estou quase fechando para a Colheita, ninguém irá aparecer mesmo. Até que eu avisto aquele mesmo menino que vi pela manhã, verifico se minha mãe está por perto, ela deve estar nos fundos da lanchonete, revisando o estoque, então pego um sanduíche de queijo quente e corro para entregar ao menino.

- Toma garoto, agora vai, rápido!- entrego, e ele sorriu, correndo imediatamente ao escutar minha mãe me chamando. Droga ela descobriu, melhor preparar os ouvidos.

- O que está fazendo aí? Venha fechar logo a lanchonete, a Colheita vai começar!- ela diz e some, provavelmente indo se arrumar também, eu estava aliviado por ela não ter descoberto e ao mesmo tempo nervoso em relação a Colheita.

- Calma, não vai acontecer nada, será sua última colheita e você não será sorteado.- digo a mim mesmo, tentando me acalmar.

Depois de fechar a lanchonete, vou até a praça onde todos já estão lá, faço o "exame de sangue" obrigatório e entro no cercado masculino pela 6 e última vez. "Não vai acontecer nada" repito em minha mente.

Pouco antes da mulher da capital começar a falar eu avisto aquele menino pela 3 vez no dia, sua bochecha estava cheia de migalhas de pão haha. Eu tentaria falar com ele mas a mulher da capital que se não me engano se chama Janett, já tinha falado e acabara de pegar um papel no globo feminino.

- Sophia Vanderwood!- anuncia Janett calmamente, e logo uma menina bem maior aparece dizendo que queria se voluntariar no lugar da menina que parecia ser sua irmã. Coitada delas, não sei se teria coragem suficiente para me voluntariar no lugar de meu irmão, se eu tivesse um, é claro.

- Muito bem! Como é seu nome querida?- Janett fala com um tom acolhedor na voz, parecia até que ficou tocada com o ato da menina maior.

- Katherine Sabrin Vandeword.- responde a garota firmemente, não me lembro dela, na verdade não estou conseguindo pensar direito, o nervosismo e o medo tomam conta da minha mente a medida que se aproxima o sorteio do tributo masculino.

- Um bonito nome! Seja bem-vinda Katherine! Agora vamos aos cavalheiros.- Janett fala numa naturalidade que até chega a me irritar um pouco.

Assim que ela chega na frente do globo masculino, a batedeira de sentimentos na minha cabeça dispara em potência máxima, daí por um instante estranho, me acalmo e escuto ela falar o nome. O MEU NOME.

- Peter Reymond!- Não é possível, parece ironia da vida, ou alguma sacanagem da capital, logo no meu último ano!

Subo no palco e fico ao lado de Katherine, que me examina de cima a baixo, a minha futura inimiga mortal. Agora que posso vê-la melhor reconheço seu rosto, já dei comida para ela uma vez, se não me engano ela perdeu os pais há um tempo, e desde então tem que cuidar de suas irmãs, agora entendo por que não hesitou em se voluntariar no lugar da irmã, e eu não me arrependo de ter dado comida de graça a ela, só queria ter dado mais se eu soubesse que isso tudo iria acontecer.

Janett acaba de falar e nós entramos no nosso respectivo vagão do trem, sabendo que temos os dias contados a partir de agora.

Pov Katherine Sabrin Vanderwood

Simultaneamente

Mesmo Distrito

Lá estava eu, preparando minhas irmãs para mais uma colheita, me esforçando ao máximo para ao menos parecer com a nossa mãe, o que não é fácil, depois que nossos pais morreram ficou muito difícil alimenta-las, tive que aprender a caçar muito rápido e muito cedo, sempre estamos com fome, mas também sempre arranjamos um jeito de sair do sufoco, e quando a situação realmente aperta sempre aparece alguém para nos ajudar.

De manhã eu sai cedo para caçar como faço todos os dias, acabei caçando um coelho e um esquilo. Como nossa casa fica perto da floresta ninguém estranha que eu apareça com animais mortos nas mãos, eu apenas digo que eles acabam entrando na minha casa e eu aproveito, é uma desculpa esfarrapada eu sei, mas ela funciona, e eu vou continuar usando-a. Quando chego em casa minha irmã Marie de 15 anos estava tomando conta de Nancy de 1 ano a irmãzinha caçula, guardo a minha caça num freezer improvisado para não apodrecer, mais tarde eu tentarei vender o coelho, quanto ao esquilo, vamos come-lo. Minha outra irmã Sophia, de 12 anos, havia colhido algumas frutas diversas, isso deve servir de café da manhã. Divido as frutinhas igualmente entre nós 4, havia amoras, morangos, entre outros que não me lembro o nome. Dei de comer a Nancy, e em seguida devorei lentamente a minha parte, minha mãe sempre dizia que comer devagar engana o estômago dando uma falsa sensação de satisfação por mais tempo. Depois de comer descansamos e agora estamos aqui, nos preparando para mais uma colheita. Primeiro eu cuido de Nancy, dando banho e a vestindo como uma bonequinha, com um vestido branco e sapatilha branca também. Em seguida, a entrego para Marie, que já estava pronta, e começo a me arrumar também. Não consigo afastar as palavras de minha mãe, que reverberam  em minha mente desde que acordei " Proteja suas irmãs a qualquer custo, e nunca as deixe ir para os jogos ". Essa vai ser a primeira Colheita da Sophia, e também permitirei que ela assista aos Jogos desse ano, numa tentativa de que ela amadureça e saiba a nossa real situação no distrito, eu não queria, mas preciso, é uma questão de necessidade, por mais cruel que seja.

Acabo de me arrumar, deixo os meus longos cabelos lisos e castanhos caídos na frente dos ombros, não tenho maquiagens, e se eu tivesse não usaria. Todas nós estávamos de branco, na verdade todos do ditrito estavam de branco, não por escolha, por obrigação, a Capital obriga a gente a usar essa cor no dia da colheita, não sei o porque mas ela chega até a dar algumas peças de roupa para quem realmente n tem condições de comprar uma, a minha e a de Marie foram compradas, já a da Sophia e de Nancy vieram da capital.

Saímos de casa assim que começamos a ouvir as pessoas passando, todas se dirigindo a caminho da praça. No caminho ninguém fala nada, nem mesmo Nancy, que está aninhada em meu colo, parece que a pequena bebezinha sente o clima tenso e pesado que paira no ar. Assim que chegamos fizemos o procedimento do sangue, menos Nancy, já que não tem idade, feito isso fomos para o nosso cercado e aguardamos.

Sophia não estava com medo nem preocupada, o que seria normal numa primeira Colheita. Ela estava neutra, observando as expressões aflitas das outras garotas do distrito, acho que subestimei minha irmã quando pensei no seu amadurecimento.

- Bem-vindos, a 25 edição dos Jogos Vorazes, o primeiro Massacre Quaternario!! Como todo ano, começaremos pelos damas!- diz ela sorrindo e caminhando em direção ao globo de vidro na frente do cercado feminino.

Ela põe a mão lá dentro e anuncia um nome, eu realmente não escutei, não sei porque, mas a Sophia me olhou de olhos arregalados, será que fui eu? Não, ninguém olha para mim. Todos olham para a... Sophia! Entrego Nancy para Marie, com as palavras da minha mãe na minha cabeça, como um lema de vida.

- Marie, agora a tarefa de cuidar delas é sua, eu amo vocês. - Beijo todas na testa e me dirijo ao palco - Eu me ofereço!- digo calmamente.

- Muito bem! Como é seu nome querida?- ela replica num tom acolhedor, eu a repreendo com um olhar agressivo, ela não sabe o que nos passamos já que sempre viveu na Capital.

- Katherine Sabrin Vanderwood.- respondo firmemente, tentando mostrar que não preciso do seu acolhimento.

- Um bonito nome! Seja bem-vinda Katherine! Agora vamos aos cavalheiros.- Ela diz e vai em direção ao globo enquanto eu reviro os olhos.

Meus pensamentos passam a priorizar minhas irmãs, Marie terá de aprender a caçar animais agora, senão elas morrerão de fome em poucos dias. Sophia poderá continuar a buscar suas frutinhas seja lá onde ela achou, o problema será Nancy, quem ficará com ela? Tomara que algum vizinho generoso tome conta dela.

Olho uma última vez nos seus rostos, todas preocupadas comigo, com olhares apreensivos, até mesmo Nancy. Mas o que mais me surpreendeu foi a ausência das lágrimas, talvez não agora mas depois elas apareçam, o que só mostra como somos tão parecidas, ficamos firmes na hora, desabamos depois.

Nem percebi o tributo masculino que acabara de chegar ao meu lado, se eu não me engano seu nome é Peter, um garoto forte e alto de cabelos castanhos da mesma cor dos seus olhos, era até bonito. Uma vez ele me deu comida de sua lanchonete, não imaginava que ele seria sorteado. Será difícil mata-lo na arena depois desse ato generoso, preciso ao menos quitar essa dívida antes de um de nós morrer.

A mulher da capital terminou de falar e nós guiou para o vagão do distrito 10. A partir de agora tudo o que eu fizer decidirá o meu futuro nos jogos.


Notas Finais


Galeraaa, espero ter representado bem os seus personagens, nesse cap eu n detalhei o cenário pq eu foquei mais na historia e personalidade dos tributos, mas vai ter partes sim deles lembrando de como o distrito era e tal. Obg ( n sei pelo q, só sei q deu vontade de agradecer kklk) e até o prox cap!! 😜


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