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História Jogos Vorazes Edição 25 - Interativa - Colheita Parte 2


Escrita por: TributoHG

Notas do Autor


Eu não sei nem com que cara eu tô postando esse cap depois de 2 semanas. MIL DESCULPAS gente é sério, não tenho razão nenhuma de fazer vcs esperarem isso tudo e prometo me organizar. Espero que me perdoem e gostem do cap :3 essa parte da colheita se passa no dia seguinte da anterior.

Capítulo 5 - Colheita Parte 2


Fanfic / Fanfiction Jogos Vorazes Edição 25 - Interativa - Colheita Parte 2

Pov Margot Clarke

Distrito 8

05:00 horas

- Bom dia!- exclamo com um sorriso estampado no rosto. Eu tinha acabado de chegar na minha bancada de trabalho onde costuro desde... Bom, já faz muito tempo.

- Bom dia Gottie, estou impressionada! Uma menina de 13 anos chegar tão feliz assim para trabalhar! Se fosse eu estaria tão mal-humorada... -diz uma colega minha, que já deve ter seus 40 anos. Porém ela tem um pouco de razão, não gosto de trabalhar aqui, é tão chato... De vez em quando eu dou uma escapada para brincar mas mesmo assim tenho que voltar logo, então para minhas colegas eu não teria motivo nenhum para ficar feliz.

- Ah, eu gosto de conversar com vocês enquanto costuramos.- digo e acabo arracando alguns sorrisos delas. Costurar. Será que minha vida se resume a isso? Costurar para a Capital para sempre? Triste, mas é a realidade, finjo gostar disso, mas todos sabem o quanto é humilhante ser submetido a servidão. Toda vez que começo a trabalhar é assim, meus pensamentos rebeldes afloram, e eu não consigo costurar nada. Por isso me estresso e levanto:

- Meninas, preciso ir, sabem onde está minha irmã Lysa? Precisamos nos preparar para a Colheita.- digo, mas nem precisei de resposta, ela acabara de chegar no nosso compartimento de costura. - Olha ela ali! Com licença, vejo vocês mais tarde.- sorrio e vou embora.

Lysa não é daquelas pessoas que compreende as coisas rápido, pelo contrário, ela é bem lerdinha, porém não é besta, já a vi se fazendo de lenta só para ver até aonde as pessoas iriam com mentiras e enrolações.

Quando chegamos em casa nos arrumamos e partimos para a praça. Meu cabelo está solto e penteado que nem o de Lysa, nada especial. A caminhada até lá é longa e sinuosa, a estrada serpenteava entre casas e pedaços de floresta, quando finalmente chegamos, suor escorre da nuca, nos obrigando a prender o cabelo num rabo de cavalo.

No cercado feminino avisto as crianças meninas com que brinco as vezes. Muitas delas estão aqui pela primeira vez, isso deve explicar o olhar perdido e o nervosismo. Acho que eu estava bem assim no ano passado, ano em que minha irmã teve seu nome anunciado, porém foi um erro da mulher da Capital e a coitada foi morta. Foi horrível.

Nos aproximamos delas e tentei passar o máximo de segurança possível em meus abraços.

- Não vamos ser sorteadas- disse, mas ninguem falou nada, nada até a nova mulher aparecer e estragar minha confiança, anunciado o nome de Lysa. Foi até um pouco engraçado pois a mulher gaguejou e tremeu para falar, obviamente disseram pra ela o que aconteceu ano passado. Assim que Lysa escutou, nem deu bola, apenas me segurou e disse "não" num sussurro tão baixo que nem sei como escutei.

- Lysa, escute. Se cuida tá bem? Não vou deixar você ir, você sabe que não pode ir!- falei e subi no palco, me oferecendo, de queixo erguido, lágrimas rolavam dos meus olhos. Não só dos meus mas boa parte das pessoas do meu distrito choravam também. Dei um tchauzinho com a mão direita para tentar amenizar a dor, mas pareceu só piorar. Lysa estava acabada. Não consigo mais olhar para as pessoas, então fixei meu olhar para o horizonte e esperei até ter de entrar no trem.

Pov Narrador

Distrito 6

08:00 horas

Distrito 6, uma neblina espessa paira sobre as casas dos moradores, estes, que não saíram para trabalhar hoje. Não há motivos para trabalhar com transportes no dia da Colheita. No 6 os transportes são automáticos por ordem da Capital, para evitar fugas em massa, por isso não precisam de motoristas. Os trabalhadores só precisam criar e fábrica-los, fabricam com ajudas de máquinas e forjas. E é nas forjas que Jennie Kress trabalha, uma menina de 16 anos, que forja armas secretamente, alegando que um dia elas servirão para derrubar a Capital de uma vez por todas. Ela não dormiu nada pois na noite anterior os tiros dos pacificadores ecoavam em seus ouvidos a todo instante. O 6 é um dos que mais tem problemas com rebeldia, ninguém suporta ter de ver os jovens morrerem na arena e trabalhar de graça para a Capital. Sorrisos nesse distrito não são muito comuns.

Por mais triste que seja, as pessoas se ajudam, e muito. Dylan Watson e seu pai são um bom exemplo, eles sempre tentam passar força para todo mundo, Dylan já foi chicoteado no meio da praça por interromper outro castigo e por isso tem cicatrizes nas costas. Ele trabalha carregando ferro e metais usados nas ferrovias, por isso tem ombros e braços fortes. Agora mesmo Dylan está caminhando com os vizinhos em direção a praça da Colheita no meio da colina, de modo que a neblina dissipa na medida que sobem. Eles não necessariamente tem que ir andando, já que transporte no 6 é o que não falta mas Dylan insiste:

- Além de fazer contato com a natureza, mantemos a boa forma- diz ele, simpático. Assim eles continuam, um pouco devagar, mas não há pressa, não é muito longe.

Enquanto isso Jennie Kress não estava nem um pouco preocupada com a Colheita, pelo contrário, ela aproveitou que as forjas estavam vazias e tentou fazer uma espada. Mas no meio do processo um pacificador, que deve estar checando se algum morador deixou de ir, a avistou.

- Ei você, não deveria estar aqui...e... O que significa isso?!- ele disse apontando para o molde da espada em ferro, dando tempo suficiente para Jennie partir a mil e entrar no primeiro bonde que passava.

-Há! Isso sim que é pegar um bonde andando- ela disse, sem se preocupar se o pacificador a deduraria. Foi um ato grave, chama muita atenção fabricar armas, ainda mais sozinha e sendo menina. Talvez ela tenha que dar um jeito nele mais tarde...

Ao chegar na praça, todos já estavam lá é Jennie, pra variar, nem se importou, fez o exame de sangue e entrou no cercado feminino. Imediatamente a mulher da Capital apareceu.

- Mandaram uma nova? Ano passado era outra! O que será que aconteceu?- Dylan perguntou ao pai que estava ao seu lado.

- Não sei. Ninguém sabe. Provavelmente está morta, a Capital não admite erros.- disse o pai, sério. Após isso Dylan se calou, na verdade todos se calaram e encararam a mulher. Esta que acabou de anunciar a mais nova tributa do 6. Jennie Kress...

- É... Parece que um certo pacificador já deu com a língua nos dentes- ela disse, revirou os olhos e subiu ao palco, assustada por dentro, serena por fora.

Depois da tributa é a vez do garoto ser sorteado, onde Dylan teve seu nome ecoado pela colina, bem assustador, porém ele, generoso, apenas disse ao pai:

- Melhor eu do que qualquer outro, não é mesmo?- disse e abraçou o pai. Depois subiu no palco, cabisbaixo... Longe do filho, o pai responde sozinho:

- Não... - E eles entraram no trem.

Pov Lana Storffes

Distrito 4

13:00 horas

Essa história do meu irmão já esta me enjoando. Se não fosse  meu parente, já teria o matado. Não para de falar dessa edição desde que Snow anunciou a surpresa do Massacre. Ele diz que é uma ótima oportunidade para mim, e que se não tivesse ganhado antes, queria ter se oferecido nessa edição. Ele tem 18 anos, já ganhou uma edição dos Jogos há 2 anos, traiu os carreiristas matando boa parte do grupo de 6 pessoas contando com ele. Tinham restado apenas 3 tributos além deles, e Jonas já estava de saco cheio, por isso resolveu matar os outros na sua vez de vigia pela noite. Porém, após matar o garoto do 1, o maior deles, o canhão disparou e acordou os demais, só deu tempo dele enfiar uma adaga na barriga da menina do 2, que morreu pouco depois, e sair correndo com apenas 1 arpão nas mãos. Depois de correr a noite toda Jonas acabou se encontrando com o outro grupo. O garoto e a garota do 7 mais um do 11. E bolou um plano tão maligno que a traição foi pouco, atraiu os dois grupos, que começaram a se matar. Foi um show para a Capital, o final perfeito. A garota do 1 com um machado na cabeça. O do 7 com uma flecha cravada no olho. A parceira de Jonas tentou alcança-lo mas ele a matou com o arpão. O garoto do 2 estava sem armas, lutando com o do 11 rolando no chão, este, que perdia feio. Vendo que a garota do 7 iria salvar o aliado do 11, meu irmão denovo entrou em ação, porém não saiu ileso, ele se jogou na garota, que sacou uma faca e lhe fez um corte feio na lateral da barriga, sangrou bastante, mas ele a matou. No final ele nem precisou fazer muita coisa, todos estavam exaustos, o do 11 estava quase morrendo, o rosto inchado de tantos socos que levou, só conseguia segurar os braços do garoto do 2, que já estava esgotado. Jonas pegou uma pedra enorme e esmagou os 2. Se demorasse mais um pouco ele teria morrido por conta da hemorragia. Após sua vitória ele sempre me pergunta, quando vou me oferecer, e que eu tenho grandes chances já que ele também treinou com Mags, uma vitoriosa de uns 12 anos atrás.

- Ok, tanto faz, não quero mais saber Jonas! - E saio da mesa de jantar, na verdade nós acabamos de almoçar salmão com batatas. Ficaria mais gostoso se Jonas calasse a boca. Decido sair de casa, pra respirar um pouco de maresia do mar, que fica na frente de casa.

A água está tão convidativa que não resisto ao mergulho, tiro a roupa, jogo em cima de uma rocha, e entro. Já estou tão acostumada com o mar e os peixei que parece que faço parte deles, por isso pintei as pontas do meu cabelo de lilás, para parecer uma sereia. E pelo que já ouvi, está dando certo.

Debaixo dagua avisto algo brilhante, parece uma bolinha de gude. Mergulho e desço em direção a areia, meu fôlego não é problema, posso ficar até 3 minutos debaixo dagua, o maior problema é a pressão da água, que faz doer os ouvidos. Lembro meu pai dizendo que pra evitar isso basta tampar o nariz e forçar a saída de ar dos pulmões ate o ouvido estalar. Assim que fiz isso a dor melhorou e eu peguei a bolinha. Era uma pérola, daquelas prateadas, bonitinhas. Volto para a superfície e resolvo ficar com a pérola.

Volto para casa, ponho qualquer camisa branca e uma saia da mesma cor, que me faz parecer inocente, e parto para a praça, e adivinha quem foi escolhida? Eu. Acho bom meu irmão calar a boca quando eu voltar, senão...


Notas Finais


Gente, créditos para ~lovecabello_ essa pessoa maravilhosa que tá fazendo as capas dos caps 😘

E... Eu tô interpretando a sua personagem direito? Me avisem se eu tiver fazendo algo de errado ou faltando algo importante.


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