POV'S LAUREN
Está tarde, o clima ótimo, o céu maravilhoso. Observar os peões trabalhando e perambulando pela a fazenda é quase o meu passatempo principal quando estou no tédio. Verônica e Zayn certamente estão na casa de alguns dos nossos amigos em Angra, eu até poderia ter ido junto, más escolhi ficar por aqui mesmo. Fico na ponta do pé e me seguro na barra de ferro da sacada e olho melhor em direção ao estábulo, nada de Camila. Bufo mais uma vez e volto a saga tediosa que é olhar o mínimo movimento dessa fazenda. Eu poderia ir ao lago e talvez tomar um banho ou apenas colher maçã nas poucas macieiras que tinha na fazenda, más eu achei melhor ficar por aqui mesmo. O meu pai e Shawn não sairiam hoje, então era melhor dar o maximo de atenção para ambos. Não que eu queira dar de cara com o meu irmão, só acho que eles mereçam mais de mim!
Olho para o lado e acabo vendo uma linda borboleta azul, Sorrio e tento ficar imóvel para não espanta-la. Vou de fininho para dentro do quarto e procuro a minha polaroid, quando acho vou caminhando o mais de vagar possível e encontro-a no mesmo lugar. Pego o ângulo perfeito e o momento certo e capturo a fotografia, quando tenho a fotografia em minhas mãos sorrio mais que satisfeita, vejo a borboleta voar para longe e volto para o meu quarto com a fotografia ainda em mãos. Coloco a minha polaroid no lugar que antes estava e deixo a fotografia na minha escrivaninha. Alguem bate na porta, aviso que está aberta e Shawn surge em minha porta, ele entra e senta em minha cama como de costume e me chama. Caminho a contragosto e sento ao seu lado.
— Você me parece bem aérea, está tudo bem? – ele pergunta com o rosto sereno, preocupado. Acabo juntando mais o seu corpo ao meu e nego com a cabeça.
Shawn sempre me demonstrou esse seu lado preocupado e carinhoso e não é atoa que damos super certo, bem, quando éramos crianças... Mas é como se nada tivesse mudado, ele continua sendo o meu irmão mais velho super protetor e carinhoso, então não faz o menor sentido me revoltar contra ele.
— Lauren, você é e sempre vai ser a minha irmãzinha, pirralha! – ele brinca e eu acabo rindo junto a ele. Shawn me faz tão bem. — Uou, foi você quem tirou essa foto?
Ele levanta com cuidado e caminha até a minha escrivaninha e pega a foto tirada a minutos atrás.
— Eu estava no tédio e acabei tirando essa foto. – dei de ombros e caminhei até o meu closet, Shawn falava algo que eu não escutei direito. Continuei procurando a minha câmera favorita no meio de tantas roupas, quando encontrei não pude evitar de sorrir. Foi a minha primeira câmera que comprei e foi com ela que capturei a minha primeira imagem que me ajudou bastante. Shawn analisava a foto ainda bobo como se ele estivesse vendo a coisa mais legal do mundo, revirei os olhos, Sempre exagerado...
— Desde quando você é fotógrafa? – pergunta ele sorrindo surpreso quando ver a minha super câmera em meu pescoço.
— Fiz alguns cursos e acabei me "especializado" gosto de capturar momentos – pisco em sua direção e clico no botão tirando uma foto sua de surpresa. Ele estava sorrindo e era espontâneo, gosto de espontaneidade.
— Oh, eu não sabia... Más sem dúvidas você é ótima no que faz. – tiro a minha câmera e entrego a ele, tinha várias fotos que eu acabava tirando em certos momentos e ele parecia se divertir com elas.
— É irmão, tem muita coisa que você não sabe – divago. Ele está entretido em minha câmera e eu acabo sorrindo sem querer. Até que ele para em uma e intercala o seu olhar entre a foto e a mim. Quado vou perguntar o que houve ele é mais rápido:
— É Camila? – ele pergunta e me mostra a imagem que eu havia tirado de Camila quando ela estava no lago. Fico sem saber o que falar e apenas pisco diversas vezes em sua direção.
— É ela sim – murmuro e caminho até ele puxando a câmera de sua mão. Ele faz sinal de rendição e volta para a cama, coloco-a de volta no pescoço. — Se não se importar, eu preciso tirar algumas fotografias.
— Tudo bem, depois converso com você – ele se despediu e foi embora. Respirei fundo e voltei para a sacada, nada de mensagem ou sinal de fumaça da parte de Camila.
(...)
Sorri satisfeita após capturar outra linda imagem do lago. Subi em algumas pedras e respirei o ar puro, agradeço Camila eternamente por me mostrar esse cantinho mágico.
— Sabe, se eu não conhecesse você diria que era uma sereia que estava no meu lago – olhei para trás e sorri ao ver Camila. Revirei os olhos para a sua cantada barata e me virei em sua direção.
— Idiota – cantarolei aquela pequena palavra e caminhei até ela. Camisa rasgada, cabelos soltos, brilhantes. Tudo perfeito, a sua altura. Até que um pequeno machucado estragasse tudo aquilo. Peguei a sua mão e vi os nós dos seus dedos avermelhados e com resquícios de sangue, estava muito feio. — O que houve com a sua mão?
Ela puxou a sua mão de volta e negou com a cabeça.
— Não foi nada, só um acidente – sorriu e de lado, e desviou o olhar fitando o pequeno lago.
— Você precisa cuidar disso – comentei preocupada.
— Não é nada grave, confia em mim. – os castanhos dos seus olhos estavam agora escuros, Camila estava diferente, eu poderia sentir. — Posso ficar aqui e ver você? Prometo que não faço barulho, palavra de escoteiro!
Acabei rindo da bobagem de Camila e não aguentei e selei os nosso lábios, ela segurou a minha cintura e me trouxe para mais perto, sorrindo durante o beijo. Camila afastou-se e sorriu calorosamente, olhando diretamente em meus olhos. Fiquei envergonhada e desviei o olhar, agarrei-me ao seu corpo e repousei a minha cabeça em seu peito.
— Acho que isso foi um sim... – ela murmurou, beijou os meu cabelos e riu baixinho. — Sabe de uma coisa, a água me parece maravilhosa... Quer tomar banho?
Pensei por um momento e aceitei o seu convite, o dia não deixou de ser ensolarado, então a água estava maravilhosa.
Camila foi até a pedra próxima a beira do lago e tirou a sua bota e restante das roupas, ficando de calça jeans e a parte de cima do seu sutiã. Não poupei nada e tirei tudo - não exatamente tudo - antes deixando a minha câmera em um lugar seguro. Entrei e esperei Camila, ela entrou e nadou para bem longe. Arqueei a sobrancelha e vi Camila se afastando cada vez mais, não entendendo o que ela faria a segui.
Nadar sempre foi uma das minhas coisas preferidas na vida, me sentia leve e em liberdade.
Camila havia parado do outro lado do lago, em uma pedra rasa que lá estava. Quando me viu mergulhou mais uma vez, bufei irritada e fiquei pronta para voltar, hoje eu estava com a minha paciência já nas últimas. Más ela surgiu em minha frente, sorrindo feito uma boba. Joguei água em sua direção.
— Ei! Por que você fez isso? – tapou os olhos com o intuito de seca-los.
— Você me fez de boba sua estúpida! – deixei ela para trás e nadei até a pedra que ela estava a minutos antes.
— Eu poderia dar um caldo em você, sabia?
— Não sei o que é um "Caldo" – lhe lancei um olhar sugestivo quando ela surgiu a centímetros a minha frente, me prendendo contra a pedra. Beijou, lambeu e maltratou o meu pescoço, arrepiei-me com a sua respiração quente na altura do meu seio esquerdo. A água nos cobria até a cintura, Camila parecia não ligar para esse fato. Envolvi o seu pescoço em meus braços e me deixei levar em um beijo sedento.
— Senti saudades do seu corpo, do seu cheiro, de você inteira! – murmurou próxima a minha orelha, me remexi incomodada com o calor insuportável em meu sexo. Voltei a beija-la a fim de tentar aliviar, sem sucesso. Senti Camila afastar a minha calcinha para o lado e massagear lentamente o meu clitóris, gemi contra a sua boca e nem mesmo a água que nos cobria esfriava a chama que estava em meu corpo. Camila me penetrou de uma vez, desgrudei nossas bocas e gemi. Camila fazia movimentos lentos e torturantes em meu interior, Protestei quando ela parou, más logo ela me invadiu com dois dedos.
— Camila... – gemi alto quando senti que estava perto, Camila acelerou as sua estocadas e migrou os lábios para o meu pescoço. Já não conseguindo segurar o orgasmo, mordi o seu ombro e me desmanchei em seus dedos, sentindo o liquido quente escorrendo e me melando.
Camila segurou em meu queixo e beijou os meus lábios com carinho. Passou o nariz em minha pele e afastou-se, sumindo na água. Virei-me de costa e tentei acalmar a minha respiração e os meus batimentos cardíacos, sinceramente, Camila é alguém que me levaria a querer isso todos os dias.
Senti uma movimentação na água e logo uma trilha de beijos em meu ombros direito. Camila me envolveu com os seus braços fortes.
— Temos que ir... – Murmurou. Gemi em frustração e Camila gargalhou, dei-lhe uma cotovelada na costela e afundei. Nadei depressa para onde estava nossas coisas e me vesti rapidamente, peguei a minha câmera e esperei Camila que veio logo atrás com um bico enorme nos lábios. Quando ela saiu, vestiu a camisa e pegou as suas botas. Ofereceu a sua mão e eu logo a peguei, entrelaçando os nossos dedos.
Iríamos caminhar um pouco, nem uma havia trazido cavalos. Relevei pelo fato de Camila está ao meu lado. Quando chegamos perto do estábulo, Camila desfez o contato entre as mãos e me abraçou.
— Talvez eu apareça na sua janela – disse e gargalhou. — Vejo você depois?
— Vejo você depois. – respondi com certeza e deixei um selinho demorado em seus lábios. Camila se direcionou para o estabulo e eu segui em frente para casa.
— Filha! – Mike me abordou quando pisei na sala de está. Ele estava sorridente e me envolveu em um abraço não ligando para o meu estado. — Deixe que Rita cuide disso, Me acompanhe até o escritório.
Deixei a minha câmera com rita e segui o meu pai. Ele estava visivelmente animado.
— Então...?
— Oh, sim, lembra que irá ter uma festa de comemoração na fazenda González? – assenti. — Pois então, você pode ir, más não precisa ser acompanhante do seu amigo, Carlos Montenegro também estará presente – olhei confusa para o homem a minha frente, não entendendo o porquê dessa convocação.
— Eu não estou entendendo... O que eu tenho com isso? – Não fui rude, más também nem um pouco dócil, se Mike tiver pensando o mesmo que eu, não vai ser nada bom.
— Bem, Carlos Montenegro vai está com a sua família e o filho mais novo, Leonardo. Talvez vocês devessem conversar e até mesmo quem sabe, sair algum dia.
Dei uma risada amarga, meu pai sentou em sua cadeira e respirou fundo. Me pus de pé e neguei com a cabeça.
— De jeito nenhum! O que você acha que eu sou? Nem conheço esse homem – sabe a minha cota? Acaba de extrapolar.
— Filha, não é isso, o seu irmão Shawn que deu a ideia e pensei que você poderia ao menos pensar sobre.
— Shawn deu essa ideia estúpida? E o senhor ainda deu ouvidos, más ele vai ouvir umas poucas e boas! – deixei a sala do meu pai e nem me dei o trabalho de fechar a merda daquela porta. Eu não estava querendo brigar com o meu irmão, más essa eu não vou deixar barato.
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