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História Jóia rara - CAMREN - To see her suffering


Escrita por: desativadah

Notas do Autor


Domingo é dia de quê? Isso mesmo! Jóia rara!

Erros serão concertados em breve! ;)

Capítulo 27 - To see her suffering


POV'S CAMILA



Ir, eu só precisava ir. Onde? Eu também não sei, más cheguei em um lugar sem nem mesmo saber como. O lago. Ele parecia tenebroso e escuro, não era mais o lago, o nosso lago. 


Nem me dei o trabalho de amarrar Trovão em algum canto, eu já não tinha cabeça para isso. Lágrimas tornaram a minha visão turva e embaçada, não sei em que coisa eu havia pisado, só sei que me ralei feio quando caí de joelhos. Más isso já não me importava mais. Sentei em uma pedra pequena e encostei a minha cabeça em alguma árvore, fechei os olhos e por segundos fantasiei que nada disso estava acontecendo. Eu não ousei abrir os olhos, a fantasia, a mentira, a invenção... Tudo que não era a minha realidade, é melhor.


Ter o meu coração despedaçado, machucado e esquecido não me importava, más ter despedaçado, machucado e esquecido o coração de quem eu jurei cuidar era algo que eu não me perdoaria nunca. Fui egoísta, más eu não poderia simplesmente deixar a fazenda. Também pelo o fato de que aqui é o meu lugar, más também tem ela. dela eu não poderia ficar longe, mesmo com o mandado do seu pai. 



Funguei, sentindo uma dor de cabeça terrível. Nem lembro a última vez que chorei tanto assim, quer dizer, quando perdi a mulher da minha vida a alguns anos atrás e que ironicamente é quase que o mesmo motivo do meu choro de hoje.



Quando eu finalmente consegui cessar um pouco de tudo isso, vi que os nós dos meus dedos haviam voltado a sangrar. Tinha sangue por quase toda a pedra. Pressionei tanto ela contra a pedra que nem me dei conta. 



Fui até a beira do lago, afundei a minha mão e vi o sangue misturando-se com a água cristalina e sumindo devido a fraca correnteza. Trazendo a água limpa de volta. Fiquei de joelho à beira do lago e fiquei observando o meu reflexo, sem muito o que pensar, soquei a água fazendo-a estremecer e a terra subir, e o meu reflexo desaparecer. Eu estava sozinha no nosso lago, Eu o batizei como "nosso" porque é nele que ficamos mais próximas e intimas uma da outra, ficávamos...



Foi pouco o tempo em que ficamos juntas, más o suficiente para me sentir viva outra vez. 



 

POV'S LAUREN



Resolvi que chorar e lamentar não iria fazer diferença alguma.


"Não me procure."


Essa frase havia ficado na minha cabeça, com a sua voz estúpida repetindo-a. Dizer que eu estava bem com tudo isso era uma bela de uma mentira.


Eu querendo ou não, havia me afetado com tudo isso. Talvez a ficha ainda não houvesse caido, más eu havia perdido Camila, junto a ela também perdi a minha paz e a minha segurança. Os braços seguros e o sorrisos reconfortante já não me faria companhia quando eu acordasse de manhã.



Foram horas após tudo aquilo ter acontecido que eu estava tentando provar a mim mesma que isso era irrelevante, casos acabam, certo? Errado. Camila não era só uma diversão com qual eu me divertia, Camila não era um caso de uma noite, foram várias. E foi nessas horas tentando provar algo inexistente que eu cheguei em uma conclusão a qual eu não queria chegar, Eu havia nutrido algo a mais por Camila. 



Eu estava na sacada, vestindo apenas uma camisa branca e uma calcinha da mesma cor. Eu encarava fixamente o nada a minha frente. Minha mão segurava firme a barra de ferro, firme ao ponto de fazer os meus dedos perderem a cor. Eu só queria ver Camila, visualizar a pessoa que me machucou internamente e ver com os meus olhos como ela havia ficado, eu queria ver em seu rosto a culpa e o arrependimento por ter feito aquilo. Eu só queria vê-la sofrendo.



[...]



Verônica quando recebeu a minha mensagem largou tudo em Angra. Em meio tempo ela estava cruzando a porta do meu quarto.



— Recebi a sua mensagem, tudo bem? – irei relevar essa pergunta estúpida porque ela não sabe de nada. Neguei com a cabeça e virei para o outro lado da cama, me cobrindo com o lençol. — Ei, me diz o que aconteceu. 



Ela sussurrou em meu ouvido, deitando-se com o corpo colado ao meu. Ela me envolveu com os seus braços e me aninhou neles.



— Eu odeio a Camila... – respondi e funguei, com o choro entalado em minha garganta. —... Droga!



Me repreendi quando não pude evitar o choro baixo sair de mim.



— Lauren, você está chorando? – perguntou surpresa, dei-lhe uma cotovelada nas costelas irritada com a lerdeza da minha amiga.


— É claro que eu estou chorando, idiota! 


— Calma, eu só não estava preparada para isso... Shit! Você nunca chorou e eu não sei o que fazer! – ela respondeu desesperada. — Quer me contar o que aconteceu? 



Assenti e comecei a contar tudo e não ousei me virar, seria ridículo o bastante chorar em frente dela e ainda mais por quem não merece.


(...)



— Sinto muito... – ela murmurou depois de um tempo. Virei-me e fiquei esperando alguma reação de sua parte. —... Eu realmente não esperava isso do tio Mike. 



Suspirei e assenti, eu também não esperava isso.



— O que não entra na minha cabeça é o porquê de você está sofrendo a ponto de odiar aquela caipira. Esquece isso, tem muita boceta por aí!


Respirei fundo já irritada com Verônica. Será que eu não poderia ter amigos mais adultos e responsáveis?



— Você não está ajudando e eu gostava daquela estúpida. Não é questão de boceta, Verônica! – censurei irritada. Verônica me olhou desconfiada.



— Espera um pouco, você gostava daquela caipira metida a besta? – Verônica perguntou e cruzou os braços, era nítido que ela não havia ido com a cara de Camila desde o começo. — E como assim não é questão de boceta? Ela tem um pênis por acaso? Não seja cínica, Lauren!



Ela completou, desviei o olhar e fiquei sem saber o que fazer/falar. Ela arregalou os olhos.



— Fuck! Ela tem um pênis? – ela perguntou em desespero com a mão na cabeça, assenti vagarosamente e mordi a ponta do meu dedão. 



— Você poderia por gentileza, baixar o tom de voz?



— Sim, desculpa, é muita coisa para processar... Ela tem um pênis – ela murmurou ainda desacreditada. 



— Só não conta pra ninguém, ela é bem reservada quanto a esse assunto.


— Claro. Você sabe o que vai fazer agora? – ela perguntou, assenti e sentei com as pernas cruzadas. Verô fez o mesmo.


— Eu tenho uma casa em Angra, eu estive pensando em passar um tempo lá. O clima certamente irá ficar pesado nessa casa e Camila ainda perambulará por estas terras, seria um martírio – suspirei e baixei o olhar para as minhas mãos.


— Estou com você para o que decidir. Eu já vou indo, desculpa não ficar mais, más a casa que alugamos precisa ser limpa antes das quatorze horas – ela disse e sorriu culpada.



— Obrigada por ficar aqui. – sorri em deleite à ela.


— Se você estiver pensando em voltar para NY não exite em nos avisar, Zayn e eu estamos do seu lado. – foi o que ela disse ao despedir-se de mim. 



Terapia com a sua própria melhor amiga é uma das coisas mais reconfortantes que tem. Verônica por alguns minutos me fez esquecer todo esse tormento que é a minha vida.


Minha barriga roncou e eu lembrei que não comi nada durante tudo isso. Desci as escadas, Shawn estava na sala com um copo de uísque em mãos. Fitava o nada, com o olhar perdido.


Eu nunca desejei a morte de nenhum ser vivo, más eu queria muito que nesse momento ele caísse duro, estirado no chão dessa sala. Não me faria falta.


Ignorei a sua existência e desci as escadas em silêncio.


— Ainda por aqui? – ele perguntou, parei no exato momento. — Pensei que teria ao menos a decência de ir embora.


Joguei o meu cabelo para o lado, respirei fundo.


— Bom, não sei você, más a minha mãe me deixou com metade dessa fazenda, incluindo essa casa onde você mora. Então, não espere que eu saia dela, porque eu não vou. – respondi seriamente, ele apertou o copo e me lançou um olhar cortante antes de deixar a sala.


Eu não saio dessa casa tão cedo!


(...)


Estava anoitecendo, fazia algumas horas que eu estava sentada na porta de casa, vendo o movimento como de costume. Alejandro passou mais cedo, junto do pequeno Gabriel. Abracei o pequeno e sorri de verdade enquanto acenava vendo ele ir embora.

Depois disso nada mais aconteceu. Michael não havia dado as caras o dia inteiro e nem a fracassada da Camila. 



E como se Deus já gostasse de mim o bastante ele resolveu colocar a bendita em meu campo de visão. Levantei a fim de sair dali, más ela já havia me visto. Ela estava com algumas cordas no ombro, senti o meu estômago embrulhar. Ela me encarou e eu fiz o mesmo. Não estava tão iluminado, más tinha luz o suficiente para mim ver o quão para baixo ela estava. Ela estava vindo em minha direção. Acordei do meu transe, lancei um último olhar a ela, que estava parada a poucos metros de mim e entrei. O meu coração palpitando em meu peito, não! 



Eu só precisava vê-la e ter a certeza de que ela estava sofrendo com tudo isso, se não, vou fazer questão para que isso aconteça.


Notas Finais


"Just stop crying..."

Oi, gente! Fiquem calmos porque eu também não curto muito drama, então, até a próxima!


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