A vida te dar chances atrás de chances, você só não ver. Quando você esta alí na beira da miséria raramente uma alma boa te ajuda o que foi o meu caso.
Michael Jauregui, o homem à quem devo a vida!
Não é exagero não.
Quando eu estava sozinha e a ponto morrer de fome foi ele quem estendeu a mão para mim, ele quem me ajudou a me tornar a pessoa que sou hoje.
ele foi o meu anjo da guarda.
Mas também vi muita gente se fodendo na mão dele, não gente trabalhadora e sim gente sem vergonha, salafrárias. Gente que tentou por o Sr.Jauregui para trás.
gente mal agradecida!
No mundo há muito gente perversa. Gente ruim!
Eu era muito jovem ainda na época... Quando Ele estendeu sua mão para mim e me deu um emprego na sua fazenda em troca de um prato de comida. Comecei ajuntando folhas secas e fui aprendendo aos poucos. Aprendi desde cedo a me virar sozinha e para ser o que sou hoje eu suei muito. Trabalhei muito mesmo, mas eu consegui! Cada suor derramado enquanto eu ajuntava folha debaixo do sol quente valeu a pena, valeu ouro. Eu mostrei para ele que eu fui e sou capaz, mostrei também que eu sou de confiança, tanto que Eu sou hoje o que as pessoas chamam de “braço direito”.
Hoje eu sou a sombra de Michael Jauregui.
Michael é um homem que tem minha admiração e meu respeito é a pessoa que hoje eu posso considerar um pai.
Por isso tenho orgulho de ser capataza de sua fazenda, da sua joia rara como o mesmo gosta de chamar, Mas sua pedra valiosa mesmo é sua filha que chega dentro de algumas horas.
Nessa fazenda eu conheci muita gente, gente boa e feliz. A vida aqui é bem simples e eu nunca tive luxo e não é agora que eu vou ter. Não é o fato de que agora faço as refeições com ele e seu filho, Shawn, Na mesa que eu vou ficar me achando.
Mas como sou a capataza tenho que cumprir com minhas obrigações.
[...]
Me entreti penteando o meu cavalo, trovão.
Ah, esse cavalo é o meu xodó!
— Olha só quem resolveu da as caras hoje. – nem precisei tirar meu chapéu pra saber que se tratava de Dinah, dei mas três escovadas no pelo do trovão e deixei a escova de lado.
Tirei a franela do meu bolso esquerdo da calça jeans e passei na testa tirando o suor que se formou naquela região.
— Não tem nada pra tu fazer, não? – perguntei e fiquei escorada no cavalo ao meu lado.
— Ah, você sabe Karla, acabei de comer então não posso trabalhar agora – ela disse passando a mão na barriga. Revirei os olhos. — A dona Rosa e a Mani fizeram um ensopado delicioso.
Normani é a companheira de cozinha da dona rosa, apesar de ser bem desastrada faz uma comida gostosa demais da conta. Arregacei as mangas da minha camisa quadrícula e peguei a minha sela, presente de Mike, devo ressaltar. Colocando em seguida em trovão.
— Não pode esperar a hora da janta, não? Fica comendo na hora de serviço... Sei não hein – repreendi Dinah como faço todos os dias, mas como ela é teimosa ela insiste em dar uma escapadinha para ir ate a cozinha da casa todo o santo dia.
arrumei a sela em trovão.
— Onde você deixou o moleque? – perguntei. Olhei a sela para ver se estava firme e peguei o meu chicote montando em seguida
— Eu deixei ele com a dona Duci, tem problema?
— Não. Más lembra de dar comida para ele mais tarde. Agora vou dar uma olhada no estabulo. – peguei as rédeas do trovão e montei.
— Ah, antes que me esqueça... O patrão pediu para você dar uma passada por lá. – Dinah disse. Assenti e sai rumo ao estábulo.
[...]
POV NARRADOR
No aeroporto de NY a morena dos olhos verdes já embarcava no avião com destino ao Brasil.
O vôo foi tranquilo e com nenhuma turbulência, um alivio.
[...]
POV CAMILA
Bati na porta a minha frente do escritório de Mike e escutei um “entre"
— senhor. – tirei meu chapéu e o cumprimentei.
— Karla, que bom que veio. – me comprimentou com um aceno de cabeça. — preciso que vá na cidade pegar alguns papeis importantes, minha filha está voltando e não quero ficar nem um minuto a mais sem ela.
— Claro. – coloquei o chapéu de volta na cabeça. — Vai ser preciso buscar a senhorita? – perguntei.
— Não, eu vou me encarregar disso, aliás, já estou de saída. – ele responde sorridente. — Coloque Dinah no comando enquanto estamos fora – fiz uma careta — Vamos lá, não vai ser tão ruim assim.
Ele gargalhou.
— Eu vou avisar à ela – paro ao lado da porta. — Me espere, eu levo o senhor e mando um dos peões ir com o carro buscar vocês. – ele concorda com a cabeça, saio e vou andando ate a cozinha.
— De novo, Dinah? – Dinah já tinha uma colher pronta para levar ate a boca. Neguei com a cabeça. — Eu e o patrão vamos sair e você vai ficar no comando, mande a Rita arrumar bem a casa, tem que ficar brilhando para quando a filha do patrão chegar. – abracei a dona Rosa e roubei um pão antes de sair da cozinha, passei pela enorme sala de estar e cumprimentei Rita que arrumava algo.
[...]
— O Senhor tem certeza? – perguntei mais uma vez se era preciso buscar eles no aeroporto, ele negou.
— Chegue à tempo, quero que conheça a minha filha e amanhã leve ela para dar um passeio aos arredores. – foi tudo o que ele disse antes de sair e bater a porta da caminhonete.
[...]
Peguei o papéis que Mike me disse e passei na igreja para falar com o padre.
Acabei encontrando Ally, ela é uma menina que ajuda o padre aqui na igreja do povoado.
— Oi, Mila. – Ally me cumprimentou sorridente.
— Oi, pequena. – apertei aquelas bochechas fofas dela. — Como anda as coisas por aqui?
[...]
conversamos mais algumas coisas e resolvi me despedi.
Antes que eu entrasse na caminhonete sinto alguns respingos de água, entrei depressa.
Assim que eu entrei meu celular toca, vi que era Dinah.
— Olha Dinah, espero que não tenha acontecido nada. – falei sem dar chances dela falar algo, ouvi ela bufar do outro lado da linha.
— vai à merda, ta descendo um toró dágua aqui e para completar tem um cavalo doente. Tu que mexe com esses bichos e então vem logo. – gelei na hora — Ei, ta na linha ainda?
— Tô, liga pro troy agora. Tô chegando aí. – encerrei a chamada e pisei no acelerador. — desculpa, mas os meus cavalos primeiro.
[...]
Assim que eu cheguei na fazenda desci da caminhonete as pressas, não estava ligando se eu iria ficar toda molhada.
Fui correndo para o estabulo, levei alguns escorregões mas nada que me parasse. Avistei Dinah e troy ao redor do animal.
— Como é que ele ta? – perguntei apreensiva, fiquei mais nervosa ainda quando eu vi aquela égua branca, Raio. Essa égua estava na fazenda desde que eu cheguei e ela ainda era muito pequena.
— Ela vai melhorar logo. – suspirei aliviada e abracei ele (o troy) — Argh, Karla, você está toda molhada. – ele fez uma careta engraçada tentando me soltar dele.
— Você ta parecendo um pinto molhado – Dinah disse e gargalhou em seguida. — Vai desse jeito para a casa grande?
soltei o loiro de imediato e arregalei os olhos.
Esqueci que ainda tinha que ir lá dar as boa vindas para a filha do patrão.
— Minha nossa, senhora. – saí correndo e fui direto para a minha casa que ficava não muito longe dalí trocar de roupa.
POV'S LAUREN
Meu pai foi me buscar no aeroporto e acabei chorando muito, depois de tanto tempo separados finalmente vou morar com ele. Estou Precisando de um tempo longe do transtorno que é a cidade grande, e nada melhor que uma fazenda para relaxar!
Agora estamos indo a caminho da fazenda, seguimos uma estrada de terra e mais na frente a velha placa com o nome “Jauregui" encontrava-se já velha e enferrujada.
Lembrava ainda do tempo em que eu corria por aquelas redondeza com o meu irmão, bons tempos.
por Falar em irmão, já fico entusiasmada só em pensar de reencontrar o meu irmão, o meu melhor amigo e herói.
Assim que entramos na fazenda pude ver a grande mudança que fizeram. A casa estava deslumbrante!
— Incrível – a casa está realmente incrível, nem parece aquela velha casa de quando eu morava aqui.
— Demos uma melhoradinha por aqui, outra ali. Nada de mais. – meu pai disse descontraído.
— Nada de mais?! Pai! Isso aqui está incrível. – falei extasiada e ele sorriu.
Saímos de dentro do carro e Ele me abraçou de lado.
— Agora isso tudo também é seu, filha.
Sorri alegre e beijei seu rosto.
Engatamos em uma conversa enquanto andávamos ate a casa que agora parecia uma mansão de tão linda e grande.
— Maninha! Que saudades – escutei aquela voz que eu tanto amo, logo ele me encaixou em um abraço apertado.
— Também estava com saudades. – segurei o choro que insistia em sair e o abracei forte.
— Eu nem acredito nisso! Você, Lauren, aqui na fazenda! – ele disse brincalhão, limpei o canto dos olhos para não borrar a maquiagem, já que eu estava com os olhos marejados.
[...]
— Essa aqui é a Normani. – sorri para a garota na minha frente. — Ela é a cozinheira e uma grande amiga. – meu pai disse orgulhoso, vi que ele tem laços com quase todos os empregados e isso é ótimo.
— Olá, Normani. – comprimentei ela com um sorriso que a mesma retribuiu — Depois irei experimentar sua comida, quero ver se é gostosa como meu pai tanto fala. – ela gargalhou.
[...]
Depois de conhecer alguns empregados do meu pai resolvi guardar as minhas coisas, para completar a capataza saiu e ainda não voltou, já vi que é uma irresponsável.
Uma coisa que eu não suporto é gente irresponsável.
Guardei algumas roupas e ajeitei a cama, uma chuva forte já caia lá fora.
Resolvi ir até a sacada do quarto, fiquei debruçada vendo a chuva.
Onde a louca da Verónica deve estar agora?
Será que o zayn conse...
Saio dos meus pensamentos quando uma caminhonete preta chega na fazenda e é estacionada de qualquer jeito.
Logo uma mulher sai correndo tão desesperada que escorrega umas duas vezes.
Fiquei curiosa em relação à essa mulher, quem será?
POV'S CAMILA
Tô lascada!
Pra completar a desgraça, lá as minhas calças estão todas sujas e a ultima molhada.
Lembrei que ganhei uma calça de Dinah quando ela foi na cidade.
— São Longuinho, são Longuinho, me achas essa calça que eu te dou três pulinhos. – só resta apelar pros santos! comecei a pular para são Longuinho, procurei por cima e em baixo do meu guarda roupas e nada. — Merda!
Depois de um tempo procurando eu achei a infeliz.
Peguei uma das muitas camisas quadriculadas que eu tenho, uma vermelha, a calça com rasgos que é só o que tem mesmo e minha bota preta.
Como o meu chapéu molhou todinho tenho que ir sem mesmo.
Resolvi entrar pela porta de trás da casa.
— Aí está ela. – Mike disse quando me viu chegando na sala.
— Teve um imprevisto, senhor. Um dos cavalos estava muito mal mas agora ta tudo bem. – Mike me olhou como quem procura mentira.
— Tudo bem. Rita, vá chamar a minha filha. – Rita assentiu de imediato e subiu as escadas.
— Karla, você sabe que estou ficando velho e que eu já não vou poder cuidar disso tudo, não é? – ele perguntou, neguei com a cabeça.
— Que é isso, olhe para o senhor vai chegar aos cem com muita saúde. – falei brincalhona.
— Assim espero.
Uma voz nunca ouvida por mim antes se fez presente na sala me deixando em estado de alerta, olhei pro alto da escada e quase que eu caio no chão.
Meu deus, que mulher é essa?
Ela veio descendo a escada como uma modelo daquelas de comercial, sabe? Nunca em toda a minha vida vi coisa igual.
— Karla, essa é a minha filha Lauren e Lauren essa é a capataza da fazenda: Karla Camila. – cumprimentei ela normalmente, tirando a parte da tremedeira.
— Prazer em conhece-la, Camila. – ela me chamou pelo segundo nome? Ta né, todos me chamam só de karla mesmo.
— O prazer é meu, senhorita. – ela fez uma careta.
Meu deus o que é que eu fiz?
— Por favor, só Lauren. – suspirei aliviada por não ter feito nada de errado.
Tô é com medo de falar/fazer algo errado perto dela.
Tudo estava indo bem, exceto...
— Karla, não vi você o dia todo! – Aquele ser insuportável, vulgo Jauregui mais velho chegou na sala com aquele jeito dele,
ô homizin chato!
— pois é... Muito trabalho, sabe? – claro que não, né! Ele não da um murro numa barra de sabão.
Como sempre ele me abraçou e me beijou, sempre sem eu deixar!
[...]
Depois de conhecer a Lauren, olha até o nome da pessoa é lindo e aguentar toda puxação de saco da parte do Shawn. Voltei para casa pra dormir.
Muito trabalho amanhã.
[...]
Acordei já cedo como todos os dias e fui ajudar Dinah à levar umas sacas de milho para o paiol.
— Ô Dinah, tu tem que ver a mulher. – falei meio desesperada.
— Calma, falando assim parece até que a mulher é gente famosa. – ela deixou um saco de milho no chão.
quando tu ver ela, ah, minha filha...
— Eu não duvido nada se for – fiquei divagando nas lembranças para ver se já não vi aquela deusa na televisão. — ela é tão branca mais tão branca que parece uma mandioca! Não tô brincando.
— Para de falar besteira, não pode ver mulher que já fica toda animada, né?! –ela falou e eu bufei.
— Vai se foder, olha! Olha alí!
Amostrei pra Dinah quando eu vi a Lauren andando em frente da casa.
— Puta merda! – foi só o que saiu da boca dela.
Eu bem que falei, não quer acreditar...
POV'S LAUREN
Sinceramente, quando Rita veio me chamar e pedir para que eu descesse eu esparava ver uma pessoa qualquer, largada, más eu fui surpreendida e não era o fato de estarmos em uma fazenda, e sim aquela mulher que estava ao lado do meu pai.
Quando eu à cumprimentei formalmente com um abraço eu pude sentir o cheiro de erva doce exalando de sua pele, ela parecia muito delicada para uma capataza de fazenda.
Logo depois presenciei a interação dela com o meu irmão, será que eles tem algo? Ah, quem se importa?!
O jantar ocorreu tranquilo e agradável, como meu pai havia dito a comida de Normani era realmente gostosa, divina!
Quando Camila foi embora eu resolvi subir e tentar dormir um pouco.
[...]
— Bom dia, Rosa. – falei com a senhora que preparava algo.
— Boa dia, menina. Quer alguma coisa? – neguei, sentei em uma das cadeiras que tinha na mesa de jantar e relaxei.
— Para onde o meu pai e o Shawn foram? – perguntei, a casa estava silenciosa.
— Ah, o seu pai e o menino Shawn saíram cedo.
— Ótimo, eu vou aproveitar e conhecer um pouco melhor a fazenda. – sorri para a senhora e resolvi ir para a frente da casa
É bem estranho dizer que vou conhecer a fazenda, quando minha mãe faleceu foi um choque para mim e para meu irmão. Resolvi partir para o estados unidos, Shawn optou por ficar no Brasil com o meu pai.
Essa fazenda me lembra muito ela, cada cantinho desse lugar. Sinto um aperto no coração só de lembrar nos bons momentos que tivemos juntas
Flashback on:
— Abra os olhos...SURPRESA! – abri os olhos e nem acreditei no que vi.
— Mãe! É um unicórnio? – quando vi aquele cavalo branco bem pequeno na minha frente me senti a criança mais feliz do mundo.
— Mais ou menos. Vamos dê um nome à ela, querida. – ela bateu palminhas e eu abracei o animal.
— Deixa eu vê...– coloquei a mão no queixo pensando em um nome. — Já sei, ela Vai se chamar, raio! — o nome era o de menos agora, eu já amo esse animal!
— Lo, é uma menina. Ela não pode ter nome de garoto. – dei de ombros.
— Não ligo, eu te amo, Raio. Eu tambem te amo, mãe! Muitão!
Flashback off
— a senhora ta bem? – um peão me perguntou já que nessas alturas eu já estava em prantos, sempre é assim quando eu penso nela.
— Sim. – limpei meu rosto. — a propósito, onde fica o estábulo? – perguntei, prontamente ele informou o lugar e caminhei até lá.
[...]
— Meu deus. Raio!? – quando eu avistei aquela égua branca eu não me contive. Corri ao encontro dela. — Eu não acredito, é você mesmo! – como se ela tivesse entendido ela relinchou.
Pedi os matérias necessários à um peão para poder finalmente depois de anos montar em raio, rapidamente ele me entregou.
Lembrei que o tempo passou e não sei ao certo como selar um cavalo, e agora? O pior é que ninguém está por perto.
Ótimo!
Iria tentar pôr a sela quando uma voz que eu já conhecia me fez estremecer.
— Precisa de ajuda, dona? – ela sorria de lado.
Ela segurava um chicote que acredito que seja para quando estivesse cavalgando, e ela estava com um chapéu, camisa xadrez e cabelos soltos.
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