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História Jornada das letras - Olhos obsidiana


Escrita por: magnalock

Notas do Autor


Oiiii! espero que gostem!
Obs.: quando aparecerá os irmãos? Em breve.... Vamos por parte como o Jason.
Boa leitura!

Capítulo 4 - Olhos obsidiana


Entre cidades, hotéis e consultoria sobrenatural, Leonor chegou a Delawere, parou num posto em Dover para abastecer. A loja de conveniência estava praticamente vazia e com uma janela quebrada, Lou achou suspeito e resolveu terminar o que tinha para fazer, no momento em que pagou uma mulher apareceu.

— Está perdida?— disse mostrando os olhos totalmente negro sem contraste com a pele bronzeada da frentista.

     Um alarme soou na cabeça de Lou e sua mão foi direto na faca dos curdos na cintura, uma das relíquias de sua família, mas ela não queria usar sem necessidade. Afinal se matasse o demônio também matava a casca.

— Não parece assustada, vamos melhorar isso.— disse a demônio com um canivete na mão se aproximando de Lou.

     Leonor, sem pensar duas vezes, começou a falar o exorcismo o mais rápido que pôde enquanto o demônio se debatia. Possivelmente era um demônio novo demais. A fumaça densa e negra começou a sair de sua boca indo em direção ao chão. O demônio havia sido exorcizado, mas a pessoa que ele possuiu estava desacordada. Lou sentou a garota no chão apoiando-a em uma das bombas de gasolina, tirou seu colar anti-possessão e colocou na moça que devia ter sua idade mais ou menos. Leonor foi até o carro, pegou uma caneta e escreveu um bilhete. “ Nunca tire esse colar, estará protegida com ele, caso faça ele voltará” Feito isso deus partida para Georgetown.

      Já na estrada observou que estava sem um colar para protegê-la. Tateou a mochila no banco do passageiro em busca de um de seus vários colares anti-possessão, colocou um em seu pescoço. Naquele instante lembrou-se de seu avô sempre dizia “Não tire um colar como esse Lilo, ele a protegerá”, lembrou de como era divertido ele contando as velhas histórias de trancoso quando era criança, lembrou das férias em Pasadena tempo depois que perdeu a mãe e em todos os bons momentos e do apoio que recebeu dele nos dias ruins. Sem perceber uma solitária lágrima riscava seu rosto, não uma de tê-lo perdido, mas uma de saudade, essas são as mais pesadas.

— Ah vô... O senhor deve estar descansando pra caramba não é? Se o senhor estiver me ouvindo é bom que ai no céu seja excelente.— disse sorrindo. — Eu vou encontrar esse esconderijo perdido, tão seguro que me falava. —falava enquanto limpava a lágrima com as costas da mão.

 

 Horas depois

 

Após descansar em um motel de beira de estrada, Lou finalmente chegou a Georgetown, foi direto ao endereço que Miller havia dado. Se deparou com uma loja “Antiguidades & especiarias” deduziu que talvez Marvin fosse um caçador aposentado, mal sabia ela que estava enganada e que Marvin poderia ajudar muito com seus produtos.

***

Era quase onze da manhã e Marvin estava tendo um dia comum em sua loja. Estava apoiado de costas no balcão olhando se tinha organizado corretamente as mercadorias. Escutou o sino de a porta anunciar a entrada de mais um possível cliente.

— Com licença, Marvin Willkins está?—perguntou uma voz segura e feminina atrás de si.

     Marvin virou para ver quem o procurava e se deparou com uma mulher jovem, na casa dos 25 no máximo, de cabelos castanhos claro levemente onduladose semblante sério que se suaviza por causa das poucas sardasno nariz.

—Sou eu. Em que posso ajudar a senhorita? Procura alguma antiguidade ou produtos específicos ou livros?— disse simpático.

— Não, não. Venho atrás de informação soube que você sabe um pouco sobre anjos e outras também, possessões de anjos...—jogou verde a última para saber se os murmúrios que ouviu eram verdade.

— O que eu sei não passa de disse e me disse. Nada de certeza.

— Eu aceito boas informações. —disse dando um pequeno sorriso ao lojista.

— Certo, sobre anjos eu sei pouco, não verdade não me interesso muito, mas dizem que eles podem fazer essas possessões divinas e que não podem ser mortos. Não costumo escutar falarem bem sobre anjos. Algo mais?

— Você tem algum livro que fale sobre símbolos antigos, muito antigos de preferência.

—Quem te falou sobre mim?Porque quer saber sobre símbolos?— se interessou.

— Andrews Miller me falou sobre você. Sou consultora e meio historiadora.

     Não era mentira total, ela tinha feito faculdade de história, até trabalhou como professora por alguns anos.

— Certo. Os livros mais antigos que tenho são esses. — disse se abaixando e pegando uma pilha de livros poeirentos embaixo do balcão.— Esses são os que nunca procuram para comprar, uns até acho que não mentirosos. Você caça com Miller?

— Na verdade não , sou mais vendedora de artigos.— falou enquanto abria alguns dos volumes cheios de poeira.

Interessou-se por dois e os separou, quando chegou no ultimo da pilha de seis livros se deparou com um exemplar ele era negro com capa de couro comida nas bordas pelo tempo e pelas traças. Era fino e tinha fivela prateada que o fechava numa tira de couro marcado e preto. Marvin observava a atenta Leonor.

     Ao abrir o volume quase seus olhos saem da orbita, havia uma estrela de aquário na primeira folha; estava escrito a mão.

— Levar esses 3!— disse animadamente a Willkins,

  Mesmo achando o preço salgado, pagou pelos livros. Valeriam à pena.— Obrigada. —agradeceu ao rapaz.

— Que nada. A propósito, como se chama senhorita?

— Lou, prazer.— falou estendendo a mão para cumprimentá-lo.Ele a pegou e beijou o dorso.

— Prazer em conhecer. Foi bom negociar com você.

— Igualmente. Até mais— disse saindo da loja.

— Até mais. —Espero que logo, completou mentalmente.

      Lou saiu da loja satisfeita pelas compras e pelas informações dadas por Willkins, que ela particularmente achou bastante agradável aos olhos, era um louro atraente com olhos obsidiana, devia ter uns 30 anos no máximo. Fazia quase três semanas que ela estava viajando sem parar, decidiu que era hora de voltar para casa e de lá fazer suas pesquisas. Entrou no carro e se colocou rumo a oeste.


Notas Finais


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