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História Jornada nas Estrelas, a série - Episódio-Piloto: O Laboratório da Morte, parte 1


Escrita por: LegendaPirata

Capítulo 1 - Episódio-Piloto: O Laboratório da Morte, parte 1


Fanfic / Fanfiction Jornada nas Estrelas, a série - Episódio-Piloto: O Laboratório da Morte, parte 1



     "O espaço,...a fronteira final. Essas são as viagens da nave estelar Enterprise em sua missão de cinco anos de procurar novos mundos, pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve!"


     — Diário de bordo, data estelar, 2301.7. Em nosso primeiro ano dos cinco, estamos varrendo os setores Foxtrot 1 e 2, regiões menos conhecidas de nossa galáxia, que é uma área muito distante, repleta de estranhos fenômenos cósmicos misteriosos, e estamos espalhando sondas para coletar  informações valiosíssimas pra Frota.


     — "Capitôn", o que é aquele brilho "extranho" à frente? - indaga o jovem Chekov.


     Spock rapidamente para de "auxiliar" Uhura no software do dispositivo de comunicações e senta imediatamente em seu lugar, mergulhando suas vistas no detector de ondas assimétricas, e logo informa:


     — Capitão, creio estarmos em uma armadilha...isto tudo parece ser um gigantesco campo minado que não aparecem nos sensores.


     — Alerta vermelho, levantar escudos, continue seguindo à frente, velocidade de empuxo, senhor Sulu, não altere a velocidade!


     — Sim, Capitão...


     Spock contrariado, logo se vira questionando energicamente a última ordem do capitão:


     — Capitão, eu recomendo veementemente parar!


     — Sr. Spock, se a área minada coincide por acaso com a mesma área da região que entramos há dez minutos, isso indica que já esbarramos em várias minas que não foram ativadas, mas se pararmos, vamos dar sinal de que queremos fugir, e então o nosso anfitrião poderá acioná-las para nos parar. Vamos morder a isca e ver onde isto vai nos levar. - disse o Capitão James T. Kirk, pensando de seu costumeiro modo estratégico.


     Era uma região ionizada, com excesso de partículas como neutrinos e raios gama, além de diversos detritos e asteróides de 40km de diâmetro cada.


     — Capitão, estamos sendo saudados. - informa Uhura.


     — Na tela, Uhura.


     Uma jovem e bela vulcana surge na tela, aparentando seus 26 anos, com vestimentas ocasionais, não-oficiais.


     — Saudações! Me chamo Raw-har, pesquisadora independnte, iniciativa privada...quem são? - disse em vulcano, com um olhar gélido, totalmente indiferente, enquanto apertava alguns comandos, quase sem olhar pra tela.


     — Saudações! Sou o capitão James Kirk da nave estelar USS Enterprise. Achávamos que não houvessm instalações vulcanas por aqui...


     — Capitão, poderia cooperar comigo em alguns testes? - diz a vulcana, interrompendo a dip!omacia.


     — Como assim? - quase rindo, diante da excentricidade do pedido fora do protocolo da "anfitriã".


     Raw-rar, como vulcana, ficou totalmente contrariada com a resposta emotiva e sem senso lógico do terráqueo:


     — Capitão, eu nao falo sua língua, se não está me entendendo...


     — Não, não... eu estou entendendo perfeitamente, Raw-har...o caso...


     — Então serei direta: se eu apertar este botão, sua nave explode imediatamente. Vocês estão dentro de um gigantesco campo minado. Se me destruirem, automaticamente as minas explodem, se fugirem, explodem. Eu não quero matar todos vocês, pois isto seria infrutífero, quero apenas a cooperação de vocês em alguns testes, depois eu libero aqueles que sobreviverem.
     
     O capitão faz um sinal com a mão direita pra Uhura após um estalo de dedos pra lhe chamar atenção, e ela entende imediatamente o que ele queria dela, e ela começa a sabotar o sinal da transmissão causando ruídos, e fazendo perder a i agem aos poucos.


     — Que isso, Uhura? Ainda não consertou essa coisa?! Quantas vezes eu vou ter que lhe ensinar a fazer seu trabalho direito?! - finge o capitão.


     — De...esculpa...


     — Algum problema? - perguntou a vulcana, curiosa, e sentindo desprezo pela aparente mediocridade que os humanos demonstravam explicitamente pra ela.


     — Não... é um velho problema que temos tido no equipamento de comunicação...modulação, sabe...pode nos dar cinco minutos até...- ele faz um sinal de "corta" pra Uhura, que prontamente corta a comunicação.
     
     
     — Muito bem, Uhura. - disse Kirk. - Spock...conhece?


     — O que diabos está acontecendo com a varredura, Jim? - diz Mccoy, saindo do turbolift, entrando na ponte.


     — Espere, Magro. - disse Kirk, com um olhar grave, e se virou novamente à Spock - Conhece ela, Spock?


     — Muito pouco. Ela é um gênio da exo-tecno-biologia, recebeu expressivo financiamento para realização de pesquisas pioneiras, mas nada do que ela faz é divulgado. Isso é tudo o que sei sobre ela.


     — Conheço esses cientistas, frios, inescrupulosos, arrogantes. - desabafava Mccoy.


     — Não temos tempo para ponderações, Spock, e quanto a essas minas?


     — São minas de hélio 3 protônicas, capitão. Nossos escudos suportariam apenas três delas. Porém, pode haver uma forma de atrasar o comando pra elas explodirem, mas isso consumiria todos os cristais de dilitium da nave, e ficaríamos sem velicidade de dobra, e além do mais, se vai funcionar ou não é só uma suposição.


     — Otimo, Spock, quero voce e Scoth trabalhando nisso agora.


     — Irei à engenharia.


     — O que está acontecendo, Jim? - Mccoy morria de curiosidade.


     — Uma vulcana na TPM, Magro. 


     — Isso deve ser perigoso. - pensa alto, Mccoy, enquanto Sulu e Chekov sorriem.


     —Vou precisar de você aqui, Magro. - disse o capitão - Chekov, consegue identificar aonde a nave ou estação científica dela está localizada?


     — Ella está utilizando as minas para embaralhar e despistar a transmissôn, capitón, mas suspeito que ela pode estar usando um dos asteróides como base. Estou rastreando os sinais.


     — Capitão, estamos sendo saudados novamente.


     — Na tela. - disse o capitão - Raw-har! Que prazer revê-la!

 

— Duvido que esteja sentindo algum prazer, capitão, se nem sequer tivemos nenhum contato físico.

 

— Seria um prazer, então. - insinua-se o capitão, triste por Spok não estar ali pra ter ouvido aquilo.

 

— Dispenso. - responde a vulcana, levantando a sombrancelha, horrorizada com a ideia.
     


     Enquanto Kirk ouvia a vulcana, ele digitava a seguinte mensagem para Uhura:


     "Se parecer que vamos morrer, envie cópias das gravações de todo esses diálogos contidos no diário de bordo imediatamente para a federação."


     E digitou outra mensagem para Chekov:


     "Prepare-se. Se formos atacados duas vezes pelas minas, dispare torpedos e fazers aleatoriamente em todos os asteróides ao redor enquanto não descobrirmos onde ela está escondida". 


      — Capitão, pode girar sua nave 5 graus para "fijo"( um código estelar, indicando coordenadas 3d. "Fijo" está acima e à direita da enterprise)?


     — Posso saber para quê? - indagou o capitão.


     — Para fazer um pequeno teste científico. Isso não causará danos à sua nave. 


     Ainda sem obedecer ao pedido, Kirk enrola a vulcana o máximo que pode, tentando desesperadamente dar mais tempo à Scoth e Spok:


     — Sim, claro, Raw-har. Vamos atender todos seus pedidos sim, não se preocupe conosco - quanto mais longas forem as palavras de Kirk, mais tempo ele ganha pra Spok, e quanto mais obedientes elas parecerem ser, mais elas acalmam a vulcana, e Kirk agia assim de propósito.


     Percebendo que a vulcana é uma cientista sem conhecimento das manhas  protelatórias humanas e das articulações militares, ele tenta tirar vantagem disso.


     Kirk fica olhando pro rosto da vulcana, fingindo ter esquecido o pedido dela, como que esperando novas ordens. Convivendo com Spok, ele percebeu muitos pontos fracos na raça vulcana, e sabendo que eles dificilmente agem com irritação e impaciência, Kirk abusa ao máximo da paciência da jovem vulcana.


     Ele também percebeu que ela demonstra um certo desdém pelos terráqueos, e esse desdém lha faz ser mais paciente e compreensiva com as limitações humanas que o capitão fazia questão de simular possuir. Kirk confia em seus conhecimentos do antigo livro "A Arte da Guerra".


     — E então, capitão? - diz Raw-rar, começando a se sentir contrariada.


     — E então o que? - disse o capitão, fazendo uma expressão de ingenuidade e desconhecimento.


     — Eu pedi pro senhor girar 5 graus "fijo".


     — Ah, sim, Raw-har! - disse Kirk. Ele havia ouvido a vulcana dizendo que mataria alguns da tripulação, então ciente de sua condição de refém ali, não lhe restam muitas alternativas.


     Nisso, surge uma mensagem de Chekov digitada no painel do capitão:


     "Localizamos. A estrutura se encontra dentro do asteroide destacado no seu visor. Já repassei para Sulu as coordenadas. A estrutura está com os escudos levantados. Ela é a única tripulante viva na estrutura. Não possui arsenal bélico, exceto canhões de fazer de baixa potência, sem nenhuma ameaça para a nossa nave, mas tem aquelas malditas minas."


     "Como ela conseguiu camuflar as minas e o laboratório tão bem assim?" - perguntou-se Kirk, surpreso.


     Mas não era uma camuflagem perfeita. Era amadora, porém pioneira para esta época. No Universo paralelo, original, os Klingos ficaram famosos como tendo sido os inventores da camuflagem. Isto porque, sem ninguém saber, ELES é que haviam descoberto esse laboratório secreto primeiro, fizeram a vulcana refém, a torturaram e mataram, roubando todos seus segredos científicos!


     Mas NESTE universo paralelo, houve uma brusca mudança na história, e quem encontrou este laboratório primeiro foram os terráqueos!


         — Capitão, o senhor tem 5 segundos. - disse Raw-har, dando um ultimato.


     Percebendo a gravidade da situação, o capitão não teve escolha:


     — Sr. Sulu, 5 graus "fijo".


     Logo após a Enterprise atingir a localização solicitada, a vulcana aciona um comando, e um feixe de partículas num espectro de luz verde é disparado imediatamente do laboratório para a nave terráquea.


     Nenhum dano é causado à Enterprise. 


     — O que significa isso? O que foi este disparo, Raw-rar?


     A vulcana se surpreende com o efeito nulo, realiza alguns ajustes, e efetua um outro disparo. Novamente não causando nenhum dano à nave, mas desta vez deixando-a satisfeita.


     — Isto, capitão, é só um teste. Não posso explicar seu propósito, muito menos seu funcionamento. 


     — Chekov, relatório da leitura. - disse o capitão.


     — É uma espécie de emissão de partículas biológicas, capitón. Não são partículas energéticas, portanto não podem causar nenhum dano nem aos escudos, e nem ao casco, mas nón sei dizer o que é.


     Maccoy se aproxima do console do alferes Robert para checar as leituras. Ele fica espantado com o que vê:


     — Não pode ser! Jim, isso são irradiações de trátons.


     — Você disse trátons, Mccoy? - indagou o capitão.


     — Isso é apenas teoria, capitão. É algo como um PEM, pulso eletromagnético, com a única diferença de que ao invés de atingir equipamentos eletrônicos, ele atinge somente seres vivos, interrompendo os impulsos elétricos vindos do cérebro, consequentemente causando a morte cerebral instantaneamente.

 A conversa logo é interrompida por Uhura:


     — Capitão, informes de emergência do suporte de vida, tivemos duas baixas na divisão de astrofísica.


     — Raw-har, sua assassina! Você matou dois de nossos tripulantes! É assim que você pede a nossa cooperação?!


     — Não foram perdas sem propósito, capitão. Era necessário que os testes fossem feitos com espécimes inteligentes bípedes minimamente compatíveis com a genética vulcana. Isto é para o bem da ciência, uma vez que não consegui permissão para ter minhas próprias cobaias. Considere estes sacrifícios como que para um propósito maior, capitão. Nós desenvolvemos esta arma, mas não tínhamos cerfeza se passaria pelos escudos de uma nave estelar a ponto de causar fatalidades. Solicitei que movesse sua nave justamente para que o feixe atingisse o mínimo possível de tripulantes. Se não tivesse me obedecido, o número de mortos teria sido certamente muito maior.


     — Sua louca! A Frota sabe a nossa localização, se não nos libertar imediatamente, juro que você será julgada e executada pela Fe...


     — Irrelevante, capitão, - interrompe Raw-har - já que eu já aceito minha execução em troca da colaboração com a ciência e em ter meu nome na história. O proceder mais sábio que lhe recomendo é cooperar ao máximo para reduzir ao mínimo suas perdas. Lembre-se de que, como eu disse antes, não tenho interesse algum em destruir sua nave e nem em matar todos vocês. Estarão livres em breve se continuarem cooperando.


     — Pronto..,você já fez seu teste. Já fizemos nossa parte no acôrdo. Agora liberte minha  nave.


     — O teste ainda não está concluído, capitão. Preciso efetuar mais 42 disparos, alterando a modulação do disparo em função da intensidade e freqüência dos seus escudos. Após isso, vocês estarão livres, têm minha palavra.


     Mccoy segura sua língua louca pra esbravejar, mas sabe que num momento delicado como este, o capitão é a única pessoa indicada para dialogar uma diplomacia.


     E Kirk responde:


     — Mais 42 mortes, você quer dizer?


     — Sua nave possui agora 353 tripulantes vivos, capitão. Se o senhor cooperar, 311 poderão voltar para casa são e salvos com a nave intacta, mas caso contrário, todos vocês poderão correr risco de morrerem aqui hoje. O que me diz? Vai cooperar ou não?


 

     


Notas Finais


Espero que gostem dessa minha primeira aventura de Jornada nas Estrelas!


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