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História Judas - Festa Dos Monstros


Escrita por: Gabizuuu

Notas do Autor


Oe belíssimos.
Primeiramente gostaria de pedir desculpas pela falta de capítulo este fim de semana, eu tinha una prova na segunda e um resumo chato pra entregar no mesmo dia. Enfim, vai ter momentos em que a facul vai cobrar de mim, então vai acontecer de eu sumir kkk.
Sobre os comentários, eu juro que vou responder todo mundo, eu demoro a dar esse feedback pq sou péssima interagindo com vocês e também pq eu prefiro responder vocês utilizando o notebook pra poder surtar melhor.
No mais, desculpa pelos capítulos sem revisão, eu não tenho beta reader D: (ALGUÉM QUER SER MINHA BETA PELO AMOR DE DEUS, SE HABILITEM)

ok, chega de falar, Boa leitura s2

Capítulo 13 - Festa Dos Monstros


Estou bem, estou bem, estou ótimo
Sei que faz um tempo, agora eu estou misturando as bebidas
Eu só preciso de uma garota que vai realmente entender
Eu só preciso de uma garota que vai realmente entender
Estou bem, estou bem, estou ótimo
Sei que faz um tempo, agora eu estou misturando as bebidas
The Weeknd - Party Monster


 

XXX

 

Tudo que ela queria fazer era concluir o seu curso de jornalismo com um trabalho de conclusão brilhante, não parece muito e não é mesmo. O que mais uma jovem de vinte e um anos pode querer afinal? S\n poderia ser teimosa, inconstante e um tanto quanto indecisa às vezes, inconsequente sempre; mas não era ambiciosa, não almejava grandes coisas; sucesso profissional, beber até cair nos fins de semana, um gato gordo para acarinhar e um cara com uma foda boa para encontrar em casa após um longo e cansativo dia de trabalho já era suficiente para si.

 

Só que naquela noite fria enquanto observava o céu escuro pela janela de seu quarto, ela pôde fazer o que não conseguira nas duas últimas semanas: refletir; refletir sobre como sua vida tinha virado de cabeça para baixo de uma hora para outra e sobre como os seus objetivos haviam mudado. Antes tudo que queria se resumia aos seus estudos a as suas diversões pessoais, nunca envolveu ninguém em seus planos porque não sentia a necessidade disso, agora tudo que conseguia pensar era em como queria um tal de Jackson Wang ali consigo, fazendo parte de sua vida diária, fazendo parte de tudo seu, como se fossem uma única alma compartilhando uma vida.

 

Mas ele se foi, lhe disse adeus sem dizer uma palavra e isso doía como o inferno. Era doloroso saber que pelo visto ela havia se envolvido sozinha em um pesadelo prazeroso disfarçado de sonho inocente, ela fez tudo sozinha, Wang parecia não ter feito nada e aquela altura parecia sequer ter existido no plano real das coisas tamanho o vazio que sentia no peito. Tudo isso era tão ridiculamente cruel, mais ridículo ainda é que fora ela mesma que correu em direção a essa crueldade descabida pois no fundo, bem no fundo ela sabia que isso ia terminar assim, só não sabia que iria terminar antes mesmo de ter começado.

 

Passava das oito da noite quando Lucy brotou no pequeno apartamento de S\n portando uma maleta de maquiagem, roupas de festa em uma mochila e muita, muita disposição e animação, coisa que não era comum a garota que dizia odiar festas e tudo que envolvesse calor humano.

 

– Onde está Jaebum? – Perguntou Lucy, assim que largou suas coisas no sofá da sala.

 

– Não faço a minima ideia, ultimamente parece que moro sozinha nessa casa. – Respondeu s\n, sentando-se no sofá com a cara emburrada.

 

Jaebum continuava com o seu plano de fazer com que a garota subisse pelas paredes e sucumbisse em sua total falta de conhecimento acerca das coisas, e bem, ele estava conseguindo.

 

– Ele continua te evitando?

 

– O quê? Lucy ele fez isso tão bem que estou a ponto de acreditar que morri e ainda não fiz a passagem, ele parece não me enxergar.

 

– Aposto que isso é só jogo. Pensa bem, ele disse que te amava, vocês transaram e então você começou a deixar ele de lado. Agora que você o quer novamente ele está se aproveitando da situação para se vingar.

 

– Lucy, isso é coisa de garotinhas adolescentes virgens que não sabem nada da vida, Jaebum é um homem e está muito longe de ser inocente.

 

– Que seja, eu não vim até aqui para falar sobre o Jaebum que te ignora ou sobre o tal psicopata que te abandonou.

 

– LUCY! – Grunhiu s\n, é, Lucy costumava ser insuportável às vezes.  

 

– Tudo bem, tudo bem, vamos guardar todo esse mal humor para as segundas feiras, hoje é sábado e nós vamos passar a noite enchendo a cara em uma das boates mais caras de Nova York, O Clube Dos Onze.

 

– Uhum, e eu posso saber com que dinheiro compraremos os ingressos? Você está pirada, aí coitada de você.

 

– Lembra daquele cara chato que me levou pra sair semana passada?

 

– Sei lá, pra você todos os caras são chatos.

 

– Enfim, ele não tinha dinheiro para entrar no clube dos onze, mas tinha algum para beber no barzinho que pertence ao clube, você sabe aquela que fica bem em frente e aquele prédio maravilhoso.

 

– Desembucha Lucy.

 

– Certo, nesse dia rolou um sorteio de ingressos com direito a open bar, camarote e mais um monte de porras de gente rica, e olha só, eu ganhei. – Lucy então abriu o bolso lateral de sua mochila e tirou de lá dois ingressos para a tal boate.

 

– Isso é sério?

 

– Muito sério.

 

S\n viu ali uma oportunidade perfeita para encher a cara e esquecer dos problemas e ela com certeza iria agarrá-la com todo afinco que ainda restava dentro de si.

 

XXX


 

Era madrugada, 2 da manhã,  5° graus, o vento ricocheteava poderoso abalando as folhas das poucas árvores ao redor. A rua fervia enquanto animais disfarçados de seres humanos caminhavam de um lado para o outro em busca de uma casa noturna que satisfizesse seus desejos; seja por bebida, seja por sexo.

 

A noite talvez seja um dos fenômenos que Jaebum mais gostava de apreciar, era gostoso para si ver seus irmãos de raça externarem toda a força animalesca existente dentro de si, a busca desenfreada por prazer inerente a qualquer ser humano enchia os olhos de Jaebum, talvez por gostar de assistir as pessoas sucumbirem à suas fraquezas, talvez por se sentir mais confortável ao ver que não era apenas ele que não era bem um exemplo de boa conduta. Ele é um fodido que irá pro inferno – caso exista um – e pelo visto não será o único que fará companhia a seres desgraçados no submundo.  

 

Enquanto Jaebum, parado feito um poste em frente a uma casa noturna, observava o movimento, Jackson trafegava lentamente com o seu carro de luxo por entre a rua movimentada, tinha destino certo e não via a hora de chegar até lá, porém fazia tanto tempo que não se encontrava em um ambiente festivo que, assim como Jaebum, se deixara levar pela noite que se estabelecia redentora de todos os presentes. Apesar do fascínio que fizera com que um sorriso lascivo bordasse seus lábios, Jackson logo chegou ao seu destino, O Clube dos Onze.

 

Antes de sair do carro, Jackson fitou o grande prédio através dos vidros escuros de seu automóvel de luxo. Quem diria, dez anos atrás os membros da organização se reuniam em um muquifo caindo ao pedaços em um subúrbio indigno demais para ter sequer um nome. Agora o que via era um prédio que refletia as luzes da cidade através de seus vidros espelhados, o que via era uma fila infindável de pessoas que esperavam sua vez para comprar seu ingresso de 1 milhão de dólares e finalmente entrar na casa noturna dos sonhos, o que via era uma organização criminosa muito bem articulada que mantinha uma casa de festas no térreo, um cascino no subsolo, e tudo que restava para cima era escritório da organização. Um belo disfarce não? Se estas pessoas soubessem que enquanto festejavam monstros articulavam crimes bem acima de suas cabeças; mas elas não sabem… não sabem do que Wang sabe.

 

Jackson então saiu do carro e o primeiro olhar que mirou assim que sentira o vento frio abatendo sua pele e bagunçando seus cabelos fora o de Jaebum. Diferentemente de Jackson que já imaginava encontrar seu ex psicólogo e ex muitas coisas ali, Jaebum se surpreendeu com a figura de Wang no local, não era apenas pela audácia do outro em aparecer no prédio dos onze, mas também por sua aparência que estava completamente repaginada. Jaebum amaldiçoou-se por sentir suas pernas bambas e seu coração batendo cada vez mais forte conforme Jackson se aproximava de si; ele estava irresistivelmente bonito coberto por aquele sobretudo negro e o cachecol vermelho sangue devidamente enlaçado em seu pescoço e mesmo que Jaebum achasse que o odiasse adimitia a beleza de seu inimigo.

 

Jackson caminhou confiante até Jaebum, sem vacilar ou hesitar; não era uma falsa confiança ou força que tentava a todo custo demonstrar, era algo seu, totalmente pertinente a si, e por mais que às vezes estivesse por baixo nunca abaixava a cabeça para ninguém pois acreditava que um rei jamais perde a majestade, não importa a circunstância. Enquanto isso Jaebum se remoía por dentro, de todas as coisas que mais odiava em Jackson aquela confiança excessiva que exalava de si e o atingia em cheio era o que mais detestava no outro; logo suas mãos fecharam-se em um punho e o seu cenho franzido denunciava a Wang que Jaebum não estava nada feliz com sua presença ali.  

 

– O que faz aqui, Wang? Eu me lembro de ter mandado você sumir.

 

– Que eu saiba você não manda em mim. – Jackson repousou suas mãos no bolso de seu sobretudo enquanto aspirava e soltava tranquilamente o ar frio natural do inverno.

 

– Que eu saiba nós temos um acordo. – Jaebum achava injusto o fato de Wang aparentar mansidão enquanto que dentro de si algo que havia morrido a muito tempo dava sinais de vida revirando-se de um lado para o outro o causando sensações inexplicáveis, e de qualquer forma, Jaebum não queria saber a explicação pois tinha medo das respostas.

 

– Tudo bem, Jaebum, você tem razão, nós temos um acordo e eu irei cumpri-lo, eu apenas vim  até aqui para me despedir de meus velhos amigos. – Mentiu Jackson olhando fundo nos olhos de Jaebum, e o outro por sua vez, sabia que Wang mentia, afinal por mais estranho que seja Jaebum conhece Jackson mais do que a si mesmo.

 

– Se veio fazer uma visita inofensiva minha companhia com certeza não será problema, além do mais você jamais conseguiria entrar aí dentro sem mim. – Inferiu Jaebum sorrindo vitorioso.

 

– Eu não teria conseguido muitas coisas sem você, Jaebum, você me deu as melhores coisas da minha vida, me deu as piores também. A faca de dois gumes mais afiada do mundo tem o seu nome.

 

– Você anda muito nostálgico ultimamente, Wang, está na hora de parar. – Disse Jaebum, após pigarrear ao lembrar-se de seu passado com Jackson.

 

– Por que parar? O passado te incomoda?

 

– Tudo que envolve você me incomoda. Agora chega de papo e vamos entrar, quero me livrar de você o mais rápido possível. – Jackson apenas sorriu ladino e começou a caminhar ao lado de Jaebum para dentro do clube.

 

Jaebum ainda não havia entrado na casa noturna aquela noite, havia passado boa parte dela no bar em frente a boate na companhia de Youngjae - uma ótima companhia por sinal - até que o mesmo fora chamado por Jinyoung para cumprir um certa tarefa urgente. Jaebum então resolveu ficar parado em frente ao clube observando o movimento; uma ótima maneira de estar a pá de todos os negócios da organização, mesmo daqueles que Jinyoung - o grande líder - não queria que os outros soubessem ainda.

 

Assim que invadira o lugar ao lado de Wang seus olhos automaticamente se estreitaram por conta da luminosidade altamente transitiva, mesmo que seus óculos servissem para lhe possibilitar a visão os mesmos não o protegiam daquela inconstância maldita que tanto irritava sua vista falha.

 

Wang, por sua vez, arregalou bem os olhos quando adentrou o lugar, era imenso, luxuoso, vibrante, lotado de gente em cada canto, todas dançando e bebendo como se suas vidas dependessem daquilo. Seus olhos escanearam o lugar com uma precisão de dar inveja a qualquer um, cuidado herdado da época em que era totalmente envolvido com o submundo, não que esse cuidado não fosse mais necessário, talvez ele fosse mais necessário do que nunca a partir de agora.

Logo Jackson localizou seu alvo da noite, Park Jinyoung o grande líder do clube dos onze. O mesmo estava sentado em um sofá de couro postado sobre um “queijo” que em seu centro detinha uma barra de pole dance, barra esta que não estava vazia, uma garota muito bonita a utilizava para complementar sua dança extremamente erótica. De longe Wang podia enxergar o desejo exalando através dos olhares de Jinyoung direcionados à “dançarina”, Park sempre fora um grande apreciador da beleza feminina afinal.

 

– O que o líder está fazendo na área comum? O camarote com certeza seria um lugar mais seguro para si, não acha? – Disse Jackson, no ouvido de Jaebum para que o outro o ouvisse com clareza, já que a música alta impedia uma conversação a uma distância segura.

 

– Isso aqui tem mais seguranças do que pessoas que vieram festar, pode ter certeza, Wang.  

 

– Entendi, vamos logo até lá então, afinal você quer se livrar logo de mim, certo?

 

– Espera. – Disse Jaebum ao notar umas pessoas mais aglomeradas que o comum ao redor de algo. Jackson encarou o alvo de Jaebum e depois buscou com os olhos Jinyoung, este que também olhava curioso em direção ao aglomerado.

 

Ao mesmo tempo que Park abandonara sua dançarina particular para trás e caminhava até o local que chamava atenção de todos nas festa, Jaebum também andava apressado em direção ao mesmo lugar, acompanhado por Wang, que não tirava os olhos de Jinyoung. O “grande líder” chegou primeiro ao lugar e conseguiu visualizar o quê ou quem estava a roubar a atenção de todos na festa, graças ao seus seguranças que intimidavam e tiravam qualquer do meio do caminho de Jinyoung.  

 

Toda a agitação estava sendo causada por uma garota que dançava sensualmente em cima de uma cadeira, não era uma dança qualquer, era tão erótica que fora capaz de chamar a atenção até mesmo das profissionais da casa; acontece que havia alguém nada feliz com aquela atuação e esse alguém era uma frustrada Lucy que a essa altura já havia desistido de fazer a amiga parar, o álcool já havia tomado conta dela a muito tempo e não havia mais nada a se fazer.

 

As luzes que dançavam junto a música impediam que Jaebum conseguisse enxergar com clareza quem era a tal garota, e Jackson, bem, a essa altura já surtava internamente pois conseguia enxergar bem quem estava ali; o seu pequeno surto virou desespero quando viu Jinyoung - aquele a qual nenhuma garota bonita passava despercebida - trazer s\n até si e começar a dançar com ela, e não era qualquer dança digasse de passagem, observação esta que estava deixando Jackson enciumado.

 

Queria pegar sua jornalista nos braços e arrastá-la para longe de Jinyoung, dizer a ela que aquele era um dos caras mais perigosos de toda a américa, mas não podia, não podia colocar todo o seu plano a perder, doía engolir o ciúmes e cuidado, mas tudo que fazia era por si e por ela também, afinal se tudo der certo, Jackson será livre para declarar seu amor por ela da forma mais escandalosa e piegas possível.

 

Fora por isso que Jackson nem se moveu quando viu Jinyoung levando sua jornalista para longe da vista de todos, a única coisa que poderia fazer era pedir ao deuses para que Jinyoung fosse no mínimo sútil com ela e claro, alertar a Jaebum sobre tudo, pois ele era o único que poderia fazer alguma coisa caso fosse necessário.

 

Naquelas circunstâncias, Wang odiou um pouco mais toda aquela gente pois foram eles o transformaram em alguém impotente, mas isso iria durar muito pouco tempo. 






   


Notas Finais


Bom, é isso. Qualquer coisa é só me gritar aí nos coments ou por menssagem, não sei.
Link com a música citada no início do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=diW6jXhLE0E

Espero que gostem. Até mais ❤


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