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História Judas - Eu Posso Ser Ela?


Escrita por: Gabizuuu

Notas do Autor


Oi, oi gente.
Eu sei que demorei muitooooooo pra atualizar, mil desculpas por isso; minha vida tá uma bagunça, faculdade, família e amigos me cobrando demais e bem, meu emocional foi pra puta que pariu por causa disso (não que ele já não seja fodido absolutamente todos os dias)
Eu juro que vou tentar não demorar tanto pra atualizar, mas imprevistos acontecem, então não me briguem muito quando eu demorar assim... mais de três meses pra atualizar hihi.

Boa leitura :)

Capítulo 14 - Eu Posso Ser Ela?


“Em todo caso estarei pronto para um funeral

Em todo caso é mais uma vez chamada de funeral

Em todo caso estou pronto para um funeral

Em todo caso, um brilhante dia de funeral”

 

The Funeral - Band of Horses


 

XXX


 

Jaebum conseguia ver o ciúmes correndo enlouquecido de um lado para o outro dentro das orbes de Jackson enquanto o mesmo revelava a ele quem estava a chamar a atenção de toda a festa, ou melhor, revelava a ele quem era a presa da noite de Park Jinyoung.

 

Injusto.

 

Jaebum achava injusto o fato de que  um sentimento tão humano e ridículo estivesse borbulhando em si também, mais injusto ainda era o fato de que Jaebum estava inteiro em chamas, queimando sem parar em ciúmes, enquanto Wang parecia reter o tal sentimento apenas em seus olhos balbuciantes.

 

Verdades.

 

As verdades quase sempre são dolorosas porque o ser humano gosta de abraçar ilusões divertidas e ignorar verdades obscuras, acontece que Im Jaebum já não conseguia mais ignorar a veracidade de fatos que batia em sua porta sem parar; as batidas estavam deixando-o louco, não conseguia mais suportar, tinha que abrir a porta; então ele abriu, ele abriu e viu que naquele momento, ali naquele bar, naquela boate, naquele bairro, cidade, mundo, galáxia, universo; ahh, ele viu que estava perdido, perdidamente louco por Jackson Wang, pois agora ele sabia, sabia bem que tudo que ele queria era ser ela, apenas para ver Jackson falando sobre si com o mesmo carinho.

 

Eu posso ser ela?

 

Jaebum se perguntava enquanto virava um copo de vodca atrás do outro como se a bebida fosse o analgésico que iria curar a tal dor de cabeça chata que não sarava desde de 2007, ah não sarava, e doía, e gritava. Doeu mais ainda quando percebeu que não, que ele nunca poderia ser ela, ou que talvez, não, jamais conseguiria roubar o lugar dela pois sabia que diferentemente de si o amor de Jackson por um tal de Jaebum já havia morrido a muito tempo, talvez morrera no dia que Im desgraçou a vida de Wang, no dia que Im acabou com tudo. Mas o que mais ele poderia fazer? infelizmente não tinha uma máquina de voltar no tempo, talvez se a possuísse poderia voltar atrás e impedir que Jackson saísse de casa aquela noite e conhecesse a tal mulher, a mulher que iniciou o fim.

 

Assopre as velas.

 

Assopre as velas e deixe que a escuridão e toda sua morbidez tome conta de cada canto de sua vida, fora isso que Jaebum decidira fazer ali naquele bar. Se o amor florescendo novamente dentro de si o fazia hesitar, então o mataria mais uma vez em um assassinato justificado com um sucinto “em legítima defesa”. No final Jaebum iria acompanhar o funeral de seu amor solenemente, iria lançar sobre o caixão negro uma rosa vermelha da cor da paixão, tão intensa e vívida quanto o amor que um dia correra solto na campina florida que era a alma de Im Jaebum.  

 

E então seguiria em frente mais uma vez, seguindo com o plano, seguindo com a espécie de desgraça alada que sempre o acompanhava; já havia destruído tudo e todos uma vez, dessa vez não seria diferente, iria acabar com tudo, todos iriam saber o gosto de seu ódio.

 

Sendo assim, acalmou os ânimos, tomou mais uma dose e então convidou Jackson para o terraço, o tal terraço. Jackson desconfiou é claro, mas precisava respirar e pelas descrições de Jaebum o lugar parecia perfeito para ajustar as ideias, as ideias que formulavam um plano de vingança contra o mesmo cara que lhe convidara para tal terraço milagroso, curioso… curioso.


 

XXX


 

Já era quase cinco quando Jaebum empurrou a grande porta de ferro que ficava ao final de uma escadaria, revelando a Jackson um céu que brincava com a luz e a escuridão em um esconde-esconde bonito de ser ver.

 

Caminharam juntos a passos lentos até os limites do lugar, sentaram-se ali e deixaram que suas pernas flutuassem no ar, em uma tentativa de quem sabe, talvez, sentirem-se mais leves. O vento brando e frio farfalhavam os cabelos alheios, enquanto lá embaixo, pessoas aprisionavam seus demônios novamente em sua caixinha de chumbo e seguiam para casa, para a rotina que os faziam querer morrer a cada cinco segundos.

 

– Você tinha razão, é bom aqui. – Disse Wang após acender um cigarro e inspirar e soltar a fumaça lentamente.

 

– Sinto que posso ser frágil aqui. – Disse Jaebum, notando a mudança repentina na coloração do céu, agora ameaçava chover.

 

– Acha que ele tá bem?

 

– Eu conheço aquela garota a mais tempo que você. Park Jinyoung é ardiloso, no entanto ela é mais escorregadia que sabão, vai saber lidar com ele.

 

– Ela é teimosa também. – Inferiu Jackson, soltando um sorrisinho bobo.

 

– Ela é muitas coisas. – Finalizou Jaebum enquanto jogava seu corpo cansado para trás e deitava-se no chão frio.

 

– Senhor Im Jaebum, realmente gosta dela? ou só finge porque me odeia e quer  usá-la para me destruir?

 

Jaebum sorriu ladino com a pergunta, em parte porque sim, ele iria usá-la para destruir Wang mais vez, e em parte porque não sabia ao certo o que sentia por ela, não mais. Tudo bem que a garota fora seu objeto de desejo por muito tempo, e ele até admitia para si mesmo que gostava dela porque a mesma o fazia sentir-se como um cara menos mal; no entanto, no entanto, o Jackson X jornalista aconteceu e enfim, tudo explodiu dentro de si.

 

– Você vai saber, Jackson, você mais do que ninguém saberá de todas coisas, detalhe por detalhe.

 

Jackson tragou o seu cigarro pela última vez enquanto digeria as palavras de Jaebum, ele já sabia que o mesmo estava a aprontar alguma coisa, mas se perdera no momento que Jaebum resolveu deixar as coisas tão claras; afinal Im Jaebum não era direto, adorava rodeios e meias palavras. Contudo respirou fundo e se deitou ao lado de seu inimigo, àquela altura já sentido os primeiros pingos de chuva indo de encontro ao seu rosto.

 

Nem Wang nem Jaebum foram embora quando a chuva começou a cair forte, molhando a cidade de Nova York por completo; ficaram ali, deitados sobre o chão, enquanto a chuva ditava uma silenciosa trégua, que trazia aos corpos o alívio e o descanso que mereciam.

 

XXX

S\n abriu seus olhos, mas nada foi capaz de enxergar, nada além de uma lasciva escuridão que incomodava seus olhos ávidos por luz, por uma resposta acerca de onde seu corpo se encontrava; ela só sabia que era um local macio, uma cama provavelmente, mas nada além disso.

 

Tateei ao seu redor, tendo assim a certeza de que sim, estava em uma cama, e mais, estava sozinha, sozinha em um lugar escuro e desconhecido. Retornou a sua posição inicial deitando-se de peito para cima, concentrando-se na tarefa de tentar recordar-se como eu foi parar ali, desvencilhando-se da forte dor de cabeça que sentia, constatando que sim, havia enchido a cara noite passada.

 

Junto com a chuva torrencial que começara a cair lá fora, as lembranças foram lhe atingindo; a festa, as luzes que dançavam junto a corpos suados e agitados, o álcool lhe subindo a cabeça, a saudades que sentia de Jackson, sentimento este que ela queria matar a qualquer custo àquela noite, por isso fez o que fez; se atracou com um desconhecido e deixou que ele a levasse para onde quer que fosse.  

 

A partir daí tudo fica tão escuro quanto o lugar que estava naquele momento; o desconhecido sempre lhe trouxe mais curiosidade do que medo, mas ela estou assustada agora.

 

Levantou-se da cama, sentindo um tapete quentinho e felpudo abaixo de seus pés assim que os tocou no chão. Passou as mãos pelo seu corpo e pôde perceber que vestia uma espécie de vestido macio e confortável, bem, pelo menos não estava nua, o que a incomodava era porque diabos ela estava com aquela roupa e não com a vestimenta que a cobria quando saira de casa.

 

Tateou ao redor da cama e encontrou um criado mudo, quase pulando de alegria ao encontrar ali o que parecia ser um abajur, acendeu o mesmo logo em seguida, apenas para ficar surpresa com o quarto em que estava. Era grande e luxuoso e bonito e luxuoso; contudo o que mais lhe chamou a atenção foi a grande cortina negra que encobria toda uma parede do lugar, caminhou até ali e tocou no tecido, tão macio quanto a camisola que vestia; é, agora ela sabia que vestia uma bela camisola tão negra quanto as tal cortina.

 

Quando estava se preparando para abrir a cortina, assustou-se com o barulho de uma porta se abrindo e se fechando muito rapidamente, hesitante a garota virou-se para encarar o que quer que lhe aguardava. Bem, o que lhe aguardava não era algo tão ruim, pelo menos não para os olhos da moça, que se arregalaram extasiados com a beleza e jovialidade do homem que se encontrava parado em frente a porta, segurando uma xícara em uma mão e um livro na outra.  

– Bom dia. – Disse simplista após pender levemente sua cabeça para o lado, como se procurasse um novo ângulo para observar s\n.

 

– Érrr, bom dia. – Respondeu-lhe, fitando os próprios pés.

 

– Eu não gosto de pessoas que não me encaram enquanto falam. – Disse o homem, com um tom de voz autoritário que fizera reacender em S\n o espírito teimoso e destemido, é, ela não admitia que ninguém lhe falasse naquele tom de voz.

 

– Eu olho para onde eu quiser. – Rebateu com uma resposta tão infantil que sentiu vontade de bater em si mesma.

 

O outro obviamente riu abertamente pois a tentativa da moça em parecer emburrada era no mínimo fofa e boba para si; fofa, bobinhas e frágeis, certamente o tipo preferido de Park Jinyoung. Caminhou até o criado mudo, abandonando ali sua xícara de chá e seu livro, de uma das gavetas do mesmo tirou um pequeno controle, controle este que usara para abrir as cortinas, revelando a s\n o que se escondia atrás de pano tão delicado.

 

Espantada com a claridade que invadiu o quarto, virou-se rapidamente para as cortinas que agora abertas revelavam uma espécie de parede totalmente de vidro. A visão era tão bonita que ela não conseguia desgrudar seus olhos dali e nem suas mãos, que agora corriam livres pelo vidro frio e um tanto quanto embaçado pela forte chuva que ainda caia.

 

Park Jinyoung era um grande apreciador da beleza feminina, todos que um dia já ouviram falar em seu nome sabiam disso. O líder do Clube do Onze não negava uma boa companhia para um jantar regado a vinhos caros, assim como adorava assistir mulheres com pouca roupa dançando sensualmente para si enquanto o mesmo bebia seu whisky.

 

Naturalmente quando fitou a combinação, mulher bonita+camisola sensual+bela paisagem, apressou-se em se aproximar, não conseguindo impedir suas mãos de envolver a cintura da jovem, não conseguindo impedir a si mesmo de inspirar o cheiro gostoso que se desprendia de seus cabelos.

 

Ao contrário de Jinyoung, que sentia-se extremamente a vontade agarrado a s\n, nossa querida jornalista retesou seu corpo assim que sentiu o toque do homem em sua cintura; afinal ela não se lembrava seu nome tampouco o que tinha feito com o mesmo. Após alguns minutos de confusão interna resolveu engolir o orgulho e admitir que não se lembrava de basicamente nada. Sendo assim, afastou as mãos de Park e virou-se de frente para o mesmo, fitando-o com cenho franzido explicitando sua confusão.

 

– Eu sei que é estranho perguntar isso, já que estou no que parece ser sua casa, mas qual o seu nome e o que nós fizemos juntos?

 

Jinyoung envolveu a cintura de s\n novamente e a puxou para si, colando seus corpos, em seguida empurrou a mesma com sutileza contra o vidro gelado, sorrindo do gemido baixo que s\n soltou por conta da sensação desagradável que sentiu quando sua pele quente foi de encontro ao vidro gélido. Aproximou seus lábios bem devagar e em seguida sussurrou algo que fizera s\n se arrepiar.

 

– Meu nome é Park Jinyoung, e o que fizemos não interessa, mas sim o que ainda vamos fazer.


 


Notas Finais


Então é isso gente, espero que não esteja muito horrível, eu realmente não estou muito bem essas últimas semanas, peço perdão por isso.
Qualquer críticas, reclamações e etc é só deixar nos coments ou vir falar diretamente comigo aqui no ss por menssagem e pelo meu Twitter https://twitter.com/Gabizuuu
Link com a música citada no início do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=yRc3j0P_MZA

Beijo, beijo, tiauuuuu.


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