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História Judas - O Deus de Onze e mais Alguns


Escrita por: Gabizuuu

Notas do Autor


Olaaaaaaaaaaaaaa.
Primeiro de tudo: Eu estou com sérios problemas para dar nomes aos capítulos, meu deos.
Segundo: Peço desculpas por não ter atualizado a fanfic sábado passado como eu havia prometido, eu tive de fazer uma viagem para relaxar um pouquinho, né :v
Agora chega de falar besteiras e vamos ao cap de hojeeeee.

Capítulo 16 - O Deus de Onze e mais Alguns


Jinyoung gritava em puro ódio por dentro, odiava ser o último a saber das coisas, principalmente quando se tratava dos assuntos dos integrantes do Clube dos Onze; veja bem, Park Jinyoung não era o líder mais politicamente correto que existe, aliás no submundo do tráfico de drogas noções de ética trabalhistas você certamente não encontrará em lugar nenhum. Desta forma, para Jinyoung era extremamente natural exigir que seus subordinados o deixasse a par de absolutamente tudo de suas vidas, tudo que fosse relevante, óbvio. 

Todavia, Jinyoung não fora sempre assim, houve um tempo, logo no início do clube, em que Jinyoung se importava apenas com boas vendas, bons rendimentos, lucros e é claro, um bom comportamento. No entanto, esses tempos de “verão do amor”* acabaram quando dois de seus mais necessários e adorados integrantes se envolveram em uma briga de proporções extremas.

O engraçado é que de alguma forma Park sabia que isso uma hora ou outra iria acontecer, Im Jaebum mostrava-se cada vez mais apaixonado por Jackson Wang e bem, Jinyoung podia ver o brilho nos olhos de Wang esmorecer a cada dia; quanto mais Jaebum se enrolava nas amarras de Jackson mais Jackson se afastava, era uma via de mão dupla.

Quando tudo explodiu o Park apenas deixou que brigassem, decidiu internamente que não iria se meter. Péssima escolha, pena que só pode descobrir isso no final. O seu clube quase fora para o brejo graças a um maldito traidor que eclodira a partir dessa briga que teve por motivação o amor.

“Olhe para você, agora se encontra sem sua liberdade, a coisa mais preciosa para um homem, porque se deixou levar por sentimentos tão inúteis ao ser humano, a paixão e o ódio. Meu pai sempre dizia que o amor poderia levar o mais vil dos homens à ruína, e bem, olha só o que aconteceu contigo. Eu poderia esperar qualquer coisa de você, Jackson, sempre achei que uma hora ou outra você iria aparecer na minha sala para dizer-me que iria embora, que iria ganhar o mundo inteiro, como revelara ser seu sonho durante nossas madrugadas de vodca, céu estrelado e um vento frio que deixava nossas narinas avermelhadas, mas agora o seu mundo inteiro se resumi às quatro paredes deste lugar imundo. A decepção brada em meu peito de forma cruel, e apesar de saber que você me enxerga como um dos culpados por tudo que aconteceu com você, saiba que não foi com satisfação no peito que eu fiz o que fiz, mas infelizmente a vida exige que façamos escolhas ao longo dela, você fez as suas e eu fiz as minhas. Boa sorte, senhor Wang.

Estas foram as últimas palavras que Park disse para Wang, não, Jinyoung nunca fora visitar Jackson na prisão, mas sentia que precisava dizer algo ao homem que costumava ser seu braço direito e, acima de tudo, costumava ser seu amigo. Sendo assim escreveu estas palavras em um papel amassado que achou em um canto qualquer de sua casa e pediu que um de seus homens entregasse a Wang durante uma visita; sentia-se mal e decepcionado, realmente adorava o Wang, queria ir com ele ao seu lado até o fim, mas veio o sentimento mais piegas do mundo e quase botara tudo a perder. É, o amor pode fazer estragos profundos e dolorosos até mesmo na vida daqueles que não estão enlaçados ao relacionamento amoroso.  

Agora estava em suas mãos uma importante escolha, contar à adorável moça a sua frente absolutamente tudo que estava acontecendo, pois algo dentro de si algo o dizia que aqueles olhos desafiadores desconheciam a verdade, ou apenas manda-la ir embora e deixar que as coisas simplesmente acontecessem como da última vez.

Contudo, na concepção de Jinyoung cometer erros como os que cometera no passado seria um tiro mortal contra o pulmão do Clube dos Onze, consequentemente um tiro contra si mesmo já que o Park respirava tudo aquilo que aquela organização criminosa era.

Devido a presente situação, Park decidiu que precisava de um tempo para pensar, precisava averiguar cada âmbito daquela história, passar um pente fino e descobrir como todo aquele enredo se desenrolou; e acima de tudo, precisava conversar com Jaebum pois tinha certeza que era o próprio que estava a armar outro circo dos horrores. Era necessário parar a locomotiva de emoções que Im Jaebum era, e Jinyoung estava disposto a fazê-lo, nem que para isso tivesse de cometer grandes sacrifícios.

Mas ali, naquele exato momento precisava decifrar aquela moça, por mais que Youngjae já tivesse lhe passados as informações cruciais da vida da garota Jinyoung precisava de mais, precisa de horários, lugares mais frequentados, nome dos amigos, familiares, cachorro, gato, papagaio; queria ter cada detalhe de mais uma vidinha medíocre em suas mãos. O Park sempre fora muito perspicaz e perfeccionista, quando tinha um problema em mãos tratava de resolvê-lo o mais rápido possível; por isso saiu do canto do quarto onde se alojara para ter com Youngjae, e se aproximou sorrateiramente de S\n, a garota que estava prestes a sentir da forma mais gostosa que existia – em sua concepção – antes de receber um telefonema revelador.

S\n observou toda a romaria de Jinyoung enquanto um sentimento estranho se instalava em si, era o seu instinto lhe avisando que algo estava muito errado pois não precisava ser nenhum analista premiado para ler as expressões raivosas que se alojaram na face de Jinyoung depois que atendera aquele telefone. Passou uns bons minutos encarando as orbes negras de Jinyoung que a encaravam de volta, mas não pareciam vê-la necessariamente, elas visualizavam outra coisa, algo muito distante daquele cenário, daquele quarto que ainda fervia como antes, só que agora por outros motivos.

Desta forma, era natural para a jovem que suas pernas tremessem afoitas para fugir dali quando Jinyoung começara a se aproximar de si a passos lentos e leves, parecia quase flutuar. O que estava quase a enlouquecendo era o fato de que apesar de toda a atmosfera pesada Jinyoung continuava irresistivelmente sexy, o ar sedutor não o abandonara em minuto algum.

O Park começou a andar em sua volta, a circulava completamente, colocando os olhos em cada cantinho de seu corpo, e quando S\n percebeu isso comemorou mentalmente por ter lembrado de vestir o roupão de seda negra abandonado por Jinyoung assim que ele a deitou na cama durante aqueles momentos de luxúria.

Ele inclinava a cabeça e parecia ponderar sobre algo, na verdade a todo momento Jinyoung parecia gravar pequenas observações, fatos em sua cabeça, para depois fazer uma análise completa, e bem, ele estava a fazer exatamente isso. Jinyoung pode não ter estudado psicologia e todas essas outras coisas ligadas ao comportamento humano, mas sabia bem ler alguém, sempre soube, havia nascido com aquilo, o dom de desvendar mistérios escondidos debaixo da pele de seus alvos; porque no fim era a isso que o ser humano se resumia, camadas e mais camadas de pele, cada uma escondendo um fato sobre tal pessoa, às vezes detalhes comuns, bobos; no entanto, quanto mais profundo se explora, as peculiaridades bobas vão desaparecendo, e o Babadook* que cada um de nós carrega consigo vai se revelando.

Não satisfeito com o contato visual, Jinyoung resolveu expor a pele do ombro de S\n abaixando cuidadosamente o tecido macio que cobria a derme de igual textura. Aproximou suas narinas do local ao ponto de roçá-las no ombro da moça, inspirou todo o cheiro agradável que se desprendia dali enquanto sentia S\n estremecer com o toque.

Park Jinyoung não podia negar, a atração que sentia por aquela garota ainda estava ali, ele ainda tinha o desejo intenso de bebê-la como um vinho caro, de saboreá-la como uma especiaria indiana, e o fato de ela ser uma jornalista em formação – o que a tornava extremamente perigosa para os negócios de Jinyoung – o deixava ainda mais excitado, Park adorava correr riscos quando estes valiam a pena, adorava ver a floresta queimando em fogo intenso, vibrante.

S\n viu Jinyoung parar de fronte a si, viu sua destra ir de encontro ao seu queixo, viu seu polegar acarinhar seu lábio inferior e em seguida puxá-lo levemente para baixo apenas por capricho, ele queria brincar um pouquinho ali. Ela jurava que ele iria beijá-la novamente, e de certo a jornalista ansiava por aquele contato, aquele toque; no entanto, Park fez totalmente o contrário do que a mesma esperava.

– Suas roupas estão em cima daquela poltrona. – Disse Park apontando para o lugar em que as roupas mencionadas estavam. – Vista-se e avise-me quando estiver pronta, pedirei ao meu motorista que te leve até em casa.

– É-o quê? – Indagou S\n, completamente confusa. A primeiro momento parecia que iriam transar como loucos, em seguida Jinyoung parecia ferver em ódio, logo depois agiu de forma que a fez pensar que terminariam o que começaram, todavia, Park a mandara embora.

– Sem perguntas, apenas faça o que eu pedi, sim? – Disse Jinyoung, sorrindo simpaticamente antes de sair do quarto.

Se antes não era capaz de compreender que circunstâncias a levaram à aquela situação, depois que Jinyoung sorriu docemente para si ignorando tudo que vivenciaram até ali, agora que S\n não era capaz mesmo de entender nada, a garota sentia seus neurônios fervendo dentro de sua cabeça, trabalhando em sua capacidade máxima, no entanto, por mais que esforçasse não conseguia achar explicações para todo o cenário embaraçoso em que se encontrava.

Sendo assim, tudo que lhe restava era atender o pedido de Jinyoung e se deixar ser levada para casa carregando a única certeza que tinha: Estava completamente perdida em relação à absolutamente tudo em sua vida. Bem, talvez fosse melhor repensar seu talento para o jornalismo.

 

XXX

A chuva já havia cessado quando Jackson pegou seu carro e fizera o caminho até sua nada modesta casa. No caminho só conseguia pensar em uma pessoa: A jornalista atrevida que surgira com um rosto lindo e sorriso encantador pendurada a grande de sua cela um dia desses.

– Os problemas parecem me perseguir. – Sussurrou Jackson para si mesmo, aceitando e engolindo de bom grado sua própria desgraça; ainda mais uma desgraça daquelas, teimosa, bonitinha e teimosa mais uma vez.

A garota não saia mesmo de sua mente, estava preocupado com ela, afinal apesar de esperar juntamente a Jaebum por notícias por mais de duas horas, não obteve resposta alguma.

Mas mesmo com tantos problemas pairando sobre sua cabeça, Wang ainda tinha tempo para sonhar, sonho este desencadeado por um parque verde e cheio de vida pelo qual passara em frente; a velocidade em que o carro estava não lhe permitia observar com preciosismo o lugar, mas mesmo assim conseguiu visualizar bem sua linda jornalista no local, sentada de frente para si e lhe sorrindo, aquele sorriso lindo que o fez renascer para a vida.

– Arg, eu tenho tantas saudades de você. – Sussurrou sua frustração, mais uma vez para ninguém.

Jackson chegou em casa após uma longa peregrinação que misturava pensamentos bobos, preocupações que lhe apertavam o peito e cheiro de asfalto molhado por conta da chuva.

        Assim que abrira a porta de sua fortaleza, uma outra preocupação pairou sobre seus pensamentos: Seus pais.

Logo quando saíra da cadeia ele fora até a casa de seus pais, estava louco para vê-los, no entanto, tudo que encontrou fora um lugar abandonado e sem vida, parecia que ninguém vivia ali há anos. Teve a ideia de arrombar a porta de trás da casa já fragilizada pelo tempo, queria não ter feito isso pois entrar ali e não ver seus pais fora uma das experiencias mais dolorosa que já vivenciara.

Mas Jackson precisava ser forte, certo? Precisava organizar sua vida, resolver pendências, vingar sua alma, e então estaria livre, livre para amar seus pais, sua jornalista teimosa e quem sabe um cachorro babão. Fora exatamente isso, essa ideia de felicidade pintada em um quadro bonito dentro de sua cabeça, que o fizera enxugar as lágrimas e tratar de reaver o dinheiro que havia deixado escondido em um fundo falso em seu antigo e saudoso quarto.

Acontece que, naquele finzinho de manhã, um incêndio atingira o quadro que Jackson havia pintado com tanto amor e carinho, um incêndio o atingira e o queimara parcialmente.

Jackson havia pedido para que um antigo parceiro de negócios descobrisse o paradeiro de seus pais, e bem, ele teve seu pedido atendido, através de uma ligação recebida descobriu o onde seus pais estavam, só que... as notícias não eram nada boas.

Wang pode visualizar com clareza seus pais desaparecendo de sua obra de arte, cada pedacinho deles sendo consumido pelo fogo quando fora informado sobre o endereço de seus pais, um cemitério não muito longe dali.

Jackson desejou desparecer, ser fragmentado lentamente e simplesmente se misturar ao ar virando um completo nada. Lágrimas caiam pesadas de seus olhos, parecia que não era capaz de sequer respirar, que não era capaz de sentir o chão sobre seus pés. Ele passava as mãos sobre seus cabelos e girava em seu próprio eixo enquanto chorava e se perguntava que diabos havia acontecido.

Ele sabia bem quem poderia lhe dar respostas e movido pela terrível dor que lhe abatia o peito não fora nem capaz de ponderar sobre seus atos, apenas retornou a seu carro e dirigiu o mais rápido que seu nervosismo e sua visão muitas vezes nublados pelas lágrimas permitia. Agradeceu-se mentalmente por ter tido a ideia de descobrir onde Jaebum morava dois ou três dias atrás, pois agora esta informação era realmente muito útil.

Entrou na recepção do prédio claramente abalado, e pediu ao porteiro que, por favor, lhe indicasse o andar e o número do apartamento de Im Jaebum, pois precisava urgentemente falar com ele. Em seu estado desesperado não fora difícil comover e convencer o senhor que cuidava dali, que era realmente um caso de vida ou morte.

Com o número do apartamento e o andar em mente, Jackson nem sabia ao certo como conseguira chegar na porta de Jaebum, estava completamente devastado. Apertou a campainha inúmeras vezes, queria que a maldita porta fosse aberta o mais rápido possível, porém quando a mesma fora finalmente aberta, Jackson desejou que ela tivesse se mantido fechada, apesar de sentir seu coração frio e desesperado de aquecer um pouquinho ao ver aquele rosto e ouvir aquela voz.

– Jackson? 


Notas Finais


Eitaaaaaaa, acho que vocês sabem bem quem abriu a porta e deixou o Jackson todo bobinho da vida.

XXXX

Links para entender as referências:

*Verão do Amor: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ver%C3%A3o_do_Amor
*Babadook: http://bibliotecasdealexandria.blogspot.com.br/2016/04/a-teoria-de-babadook.html

XXXXX

Então, perdoem os erros, por hoje é isso, eu realmente espero que estejam gostando.

Até sábado, obrigada por lerem, amoressss.


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