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História Judas - Sobre Amar Você


Escrita por: Gabizuuu

Notas do Autor


Oe amores, sentiram minha falta?

Eu demorei eu sei, mas isso foi por conta do Enem que quase me assassinou
mas a partir de agora prometo que
atualizarei a fanfic
mais frequentemente ♡♡♡♡


(Obrigada pelos 50 favoritos coralho, vocês são fodas ♡)

Capítulo 3 - Sobre Amar Você


"Com seus lindos lábios vermelhos
Por favor se apresse, me mate e vá"

                                     ~~•~~


Jackson Wang me roubava o ar. Olhar para o seu rosto feito de uma pele fina e delicada que guardava uma expressão taciturna; em contraste com aquelas paredes cinzas e mortas era como fitar um ponto branco em meio a escuridão. Nosso corpos estavam tão próximos que eu podia sentir a respiração de Jackson soprando sobre o meu rosto, suas mãos agarradas á aquela grade pareciam suar e seu olhar ansiava por uma resposta minha. 

- Meu nome? É ... (S/N). - Disse eu, hesitante.

- S/N. - Repetiu Jackson, como se quisesse guarda-lo em algum lugar dentro de sua memória.

- Bom, eu tenho um assunto para tratar com você. - Disse eu, agarrando-me também á aquela fatídica grade.

- Jaebum já disse isso. - Afirmou Jackson, soltando-se da grade e passando suas mãos impacientemente por sobre os cabelos. - Vá direto ao ponto, estou minimamente curioso.

- Tudo bem. - Disse eu, com a voz trêmula. - Eu sou quase uma jornalista, e preciso de sua ajuda para concluir a faculdade.

- Jornalista? Não gosto de jornalistas. - Disse Jackson, largando sua expressão calma, e se afastando de mim.

- Viu, eu falei que ele não gostaria de participar, vamos embora. - Disse Jaebum, me puxando pelo braço. 

- Quer deixar a moça terminar de falar, eu não estou expulsando ninguém, tão pouco dei uma opinião definitiva á cerca do assunto. - Disse Jackson, dirigindo-se á Jaebum de forma agressiva.

- Tudo bem. - Disse Jaebum, erguendo os braços em rendição. - Quando terminar, espero que consiga achar o caminho de volta sozinha.

Jaebum se retirou do local com a cara emburrada e os passos pesados indicando sua irritação. Senti um calor inexplicável invadir o meu corpo ao notar que estava sozinha na presença de Jackson. Ele, por sua vez, continuava absorvendo tudo a distância, e não parecia pretender se aproximar de mim novamente.

- Esse seu noivo está tão bravinho hoje. Logo ele, que é sempre um depósito infindável de paciência. - Inferiu Jackson.

- Ele só está preocupado comigo, consequentemente está tenso. - Defendi Jaebum.

- Jaebum sabe muito bem que esse não é um bom lugar para moças como você. - Disse Jackson, guiando seu olhar por toda a extensão de meu corpo.

- Moças como eu?

- Sim. Frágeis e indefesas. - Disse Jackson, queimando minha pele com o olhar.

- Eu não sou frágil, tão pouco indefesa.

Jackson sorriu de lado, e se aproximou lentamente de mim, agarrando-se a grade novamente. Ao contrário do que parecia, aquele cara não me intimidava; seu olhar, seu sorriso debochado, e todo o seu jogo de expressão corporal apenas me instigavam a saber mais sobre o misterioso Jackson Wang.

- Continua o teu serviço, o que você quer de mim jornalista? - Disse Jackson, falando em um susurro pesado.

- Trata-se de um documentário. Irei revelar a vida dos internos para o mundo, além de colher depoimentos sobre como e por que estão aqui. Claro que não revelarei a identidade de nenhum dos meus entrevistados, tudo será mantido no mais absoluto sigilo. - Disse eu, finalmente concluindo minha proposta.

- E desde quando jornalista sabe guardar segredo?

- Eu sei guardar segredo, pode confiar.

Aprenda uma coisa sobre mim jornalista. - Disse Jackson após soltar uma risada em completo escárnio. - Eu não confio em absolutamente ninguém.

- Jackson Wang, eu te dou a minha palavra, ninguém vai saber tua identidade, eu só... eu realmente quero você. - Disse eu, percebendo tarde demais que havia me expressão mal, muito mal.

- Me quer? - Disse Jackson arqueando uma de suas sobrancelhas.

- No documentário. - Disse eu rapidamente.

Jackson soltou uma gargalhada, e Deus, que sorriso era àquele? Como ele podia ser tão bonito? O que ele estava fazendo aqui? Jackson me deixava tão curiosa sobre ele que minhas mãos coçavam e minha língua frenética se esforçava para não enche-lo de perguntas ali mesmo.

- Não posso negar que no mínimo será divertido participar desse seu documentário, jornalista. - Disse Jackson, pelo visto ignorando de vez que eu tenho um nome.

- Então você aceita participar? - Disse eu sorridente.

- Aceito, mas com uma condição. - Disse Jackson após ponderar por um tempo.

- E qual é?  - Disse eu, claramente afetada por essa imposição da qual eu não fazia ideia do que seria.

- Jaebum não pode estar por perto enquanto você estiver me entrevistado, eu quero estar em uma sala somente com você. - Disse Jackson com a expressão séria.

Engoli em seco. Eu e Jackson sozinhos em uma sala? Eu não poderia ver combinação mais errada e perigosa. Minha vontade era de sair correndo pelos corredores da instituição gritando "FOGO", mas agora que estava à um passo de ter Jackson em meu documentário eu não iria simplesmente entrar em pânico. Então respirei fundo, ergui a cabeça e olhei nos olhos de Jackson, tentando passar o máximo de confiança e o mínimo de nervosismo.

- Eu aceito tua condição, sendo assim nos vemos amanhã para a primeira sessão. Certo? - Disse eu.

- Certo, senhorita jornalista.

Me virei para ir embora já me arrependo do trato feito, Jaebum iria me engolir viva ao saber do trato e daria um trabalhão faze-lo concordar com o mesmo. Tudo isso porque Jaebum tinha uma mania irritante de agir como minha mãe as vezes, ele sentia uma obrigação sobrenatural de me proteger como se eu fosse uma menininha de cinco anos. No início eu achava fofo esse jeito cuidadoso que ele tem comigo,entretanto o tempo foi passando e a coleira de Jaebum ao redor do meu pescoço foi ficando cada vez mais apertada.






                                      ~~•~~





Após me perder inúmeras vezes naquele enorme presídio, tentando achar a sala de Jaebum, finalmente consegui chegar ao meu destino. Dei três leves batidas em sua porta, porém o silêncio me indicava que não havia ninguém ali.
Abri a porta lentamente, e me apressei em pegar meu celular que eu havia esquecido em cima da mesa, ao lado dele, notei um pequeno bilhete deixado por Jaebum.

"Tive que realizar uma consulta de emergência, pode ser que eu demore, ou não.
Você decide se quer me esperar ou apenas ir embora, tanto faz.

                             JB"

Ele estava chateado, e queria me avisar de forma implícita através do "tanto faz" escrito naquele pequeno bilhete, mas eu já esperava por isso pelo fato de que Jaebum na maioria das vezes é uma pessoa difícil de se lidar, principalmente quando se tratava de contrariar os seus desejos.
Eu estava o contrariando com essa história de colocar Jacskon em meio documentário, e isso o estava deixando-o claramente irritado.

Pensei por um período se deveria ficar e esperar por ele, ou simplesmente ir embora; decidi ficar, tive medo de Jaebum ficar ainda mais chateado se eu liga-se o foda- se e fosse embora como se não estivesse acontecendo nada. Assim sendo me aninhei em sua cadeira, preparando-me para espera-lo o tempo que fosse necessário. 









Jackson On     


Eu tentava meditar mas não conseguia, tentava ler, tentava me exercitar, mas desde de que aquela jornalista atrevida dona de uma dos sorrisos mais lindos que eu já vi em minha vida, havia passado por aqui com essa história de documentário a concentração tinha esvaido-se de mim.

Em outros tempos eu jamais teria aceitado essa oferta explícita de exposição clara de minha pessoa, veja bem, eu sou um condenado, vim parar aqui por ter feito coisas que nem o próprio diabo faria, eu com certeza não quero sair por aí expondo o meu passado.
Mas aquela garota me dobra, me quebra no meio, e tudo isso por que ela se assemelha tanto com uma pessoa que ficou no passado. Pessoa essa que me jogou aqui, que deixou um buraco em meu coração, que destruiu a minha vida, a pessoa que eu mais amei, a pessoa que eu jamais deixei de amar.

Tudo, absolutamente tudo naquela jornalista me lembrava ela. O sorriso, o cabelo, o tom de sua pele, o jeito de andar, o atrevimento explícito em sua voz, a teimosia que eu tenho certeza que aquela garota carregava consigo com grande afinco. Consequentemente aceitei participar desse documentário por querer mais dela, por querer me lembrar de cada detalhe de minha amada, aqueles mínimos detalhes que haviam se perdido em minha memória.

Por que quando se tratava do amor que eu sentia por aquela mulher, eu sempre estava disposto a amarrar a corda em meu próprio pescoço, eu estava disposto á me atirar de um precipício, eu estava disposto a expor o meu passado, estava disposto a tudo.









S/N On



Eu estava quase dormindo debrussada sobre a mesa de Jaebum, quando o mesmo entrou na sala, com aquele cabelo bagunçado de sempre, e os óculos apoiados de forma desajeitada sobre o seu rosto.

- Você ainda está aqui? Pensei que havia ido embora. - Disse Jaebum, ajeitando alguns documentos em sua pasta.

- Não posso negar que já estava quase desistindo de te esperar, são 8 da noite. - Disse eu, conferindo o horário em meu relógio de pulso.

- Eu avisei que talvez eu demorasse. - Disse Jaebum, dando de ombros.

- Tudo bem, eu esperei porque preciso te falar algo. - Disse eu.

- Fala então.

- Jackson aceitou praticar do documentário. - Disse eu, sem alterar minha expressão séria.

- Parabéns. - Disse Jaebum, com puro sarcasmos imprimido em sua voz.

- Jae qual é... por você está agindo assim? - Disse eu.

- Vamos embora. - Disse ele, abrindo a porta e esperando eu passar para trancar a porta.

Bati o pé para expressar o quanto toda aquela situação estava me deixando irritada, passando por Jaebum bufando, enquanto o mesmo me ignorava.
Não conseguia entender por que ele estava agindo daquela maneira, não conseguia entender o por que de toda aquela rejeição em relação ao Jackson. Não é possível que ele tenha feito algo mais terrível do que aqueles que o próprio Jaebum concordou que eu entrevistasse.
Eu preciso descobrir urgentemente o que acontece entre esses dois.





                                    ~~•~~



O único problema com os metrôs é que eles não nos deixam na porta de nossa casa, e apesar de a última parada ser bem próxima do lugar onde vivíamos ainda tínhamos que andar uns vinte minutos para chegar até lá e depois daquele dia tenso andar ao lado de um Jaebum emburrado que se recusava a falar comigo, era com certeza um martírio. O frio também não ajudava, já podia sentir as pontas de meus dedos congeladas, e o meu nariz todo ressacado por dentro por estar respirando aquele ar frio.

- Jaebum por favor fale comigo, está frio me abrace, faça qualquer coisa menos me ignorar. - Disse eu, tentando mais uma vez chamar sua atenção.

Ele continuou sem falar comigo, mas como uma boa mãe envolveu minha cintura com um de seus braços para me esquentar, e caminhou ao meu lado lentamente.
Eu sabia que ele ainda estava com raiva, mas eu precisava contar pra ele a proposta que Jackson havia me feito, caso contrário explodiria.

- Jaebum, eu tenho mais uma coisa pra te contar. - Disse eu.

- O que foi dessa vez? - Disse Jaebum, parando de caminhar e revirando os olhos.

- Jackson aceitou participar do documentário porque concordei com suas condições. - Disparei de uma vez.

- Que condições? - Questionou Jaebum, me largando ao frio novamente.

- Ele não quer que você esteja presente nas sessões de entrevista. - Disse eu, mordendo os lábios em seguida por puro nervosismo.

- O quê?  Você enlouqueceu? Eu nunca vou deixar você ficar sozinha em uma sala com aquele criminoso, você ouviu bem? Nunca! - Disse Jaebum, com grande prepotência.
Não preciso nem dizer que o jeito como Jaebum falou comigo deixou-me profundamente irritada.

- Você pensa que é quem Jaebum? Minha mãe? você não manda em mim, então presta bem atenção no jeito que você fala comigo. - Disse eu, apontando o dedo indicador em sua cara.

- Eu posso não ser o seu pai ou a sua mãe, mas eu sou o único idiota que se preocupa com você, e que te ama muito também. - Disse Jaebum, com os olhos cheios de lágrimas.

- O quê? - Disse eu, com a voz embargada.

- Isso mesmo que você ouviu, eu amo você menina, eu estupidamente amo você. - Disse ele.

Eu não tive tempo de dar qualquer resposta a tudo aquilo, os lábios de Jaebum que agora se encontravam colados aos meus me impediam de falar.
Jaebum me beijava de forma ávida e apressada, como se já esperasse por aquilo a muito tempo, e eu, era incapaz de não corresponder ao seu beijo quente, aoa seus braços que me pressionavam contra o seu corpo, ao quase inaudível gemido que Jaebum deixou escapar durante o beijo. Eu estava completamente envolvida por tudo que Jaebum fazia comigo, e se quer a verdade, eu estava adorando tudo aquilo.



















~~ Continua. 


Notas Finais


Por hoje é isso, espero que gostem.

Até mais ❤


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