1. Spirit Fanfics >
  2. Judas >
  3. O Segredo Dos Teus Olhos

História Judas - O Segredo Dos Teus Olhos


Escrita por: Gabizuuu

Notas do Autor


Olaaaaaa, hoje o capítulo atrasou bastante, mas é aquele ditado né: Antes tarde do que nunca.
Agora chega de papo, vamos ao cap de hoje XD ♡

Capítulo 2 - O Segredo Dos Teus Olhos


O dia amanheceu azul, sim, azul.
Eu costumava usar essa palavra para definir um dia triste e frio. Eu queria me envolver mais ainda em meus cobertores, e não sair dali nunca mais. Ao meu ver dias chuvosos foram feitos para se ficar em casa.

Mas, ao que parece, o resto do mundo não tem o mesmo ponto de vista que eu, então só me resta me arrastar até o banheiro, e me arrumar para a faculdade. Fiz minha higiene matinal, e vesti várias camadas de roupa, tudo em um tom escuro, para mostrar para todos o meu estado de espírito nesse frio maldito.

- Bom dia, flor do dia. - Disse Jaebum, ao me ver surgir na cozinha.

- Mal dia. - Respondi seca.

- Ops, está frio, me esqueci que quando está frio você deseja que todos ao seu redor morram. - Disse Jae, gargallhando.

- Como você consegue sorrir de manhã cedo? - Indaguei, irritada.

- É porque eu sou um cara legal, e você parece uma velha rabugenta. - Disse ele, depositando um beijo em minha bochecha.

- Esse beijo na bochecha foi para que eu não te desse um chute na sua bunda seca? - Brinquei.

- Depende do ponto de vista. - Disse Jae, com a boca cheia de pão.

- Vai comer em pé Jae? Senta. - Disse eu, apontando para a cadeira vazia que estava a minha frente.

- Eu não posso, estou atrasado.

Dei de ombros, em seguida dando um gole em meu chocolate quente.

- Ah, ia esquecendo, hoje a tarde é a sua primeira visita do Instituto, eu vou te mostrar a lista dos internos e te ajudar a decidir quem você deve entrevistar. - Disse Jaebum, pegando suas chaves que estavam em cima do balcão da cozinha, se despedindo e saindo.

Bom, pelo menos uma boa notícia. Na verdade eu estava mais empolgada do que demonstrava, estava tão animada que podia sentir minhas bochechas esquentando, mesmo com todo aquele frio.

Agora era a minha vez de sair, peguei meu cachecol vermelho de sempre, e enrolei em meu pescoço. Devia tomar muito cuidado com frio, não poderia ficar resfriada logo agora.



                                     ~~.~~




No metrô, enquanto folheva uma revista idiota, que falava sobre dietas idiotas, uma senhora um tanto quanto peculiar sentou-se ao meu lado. Ela vestia uma espécie de roupa de cigana, ou sei lá o quê. O fato é que suas vestes não a protegiam em nada do frio, e como uma curiosa futura jornalista, quis puxar assunto.

- A senhora não está com frio? - Questionei, incrédula.

- Minha jovem, por que eu estaria com frio? - Respondeu-me com a voz doce.

- Suas roupas, elas não são de frio, e está muito frio. - Justifiquei-me, passando as mãos sobre os braços para indicar a baixa temperatura. 

- Eu não sinto frio a muito tempo. - Disse ela, com o olhar distante.

- Meu Deus, que história é essa? - Disse, sem conseguir controlar o riso.

A senhora finalmente olhou para mim, e suas mãos viajaram até o meu rosto, acariciando o mesmo.

- Hoje alguém vai se apaixonar pelo o seu sorriso, é uma pena que essa paixão só traga sofrimento e dor. - Disse ela, sem tirar as mãos de meu rosto.

- Como assim? - Indaguei, assustada com o olhar que a mulher lançava sobre mim.

- Não sei, só sei que será assim.  - Disse ela, voltando a fitar o vazio.

- Não, não será.

- Você não pode controlar o destino minha jovem, e quando o destino é traçado, nada pode impedi-lo.

- Quanto mais a senhora fala, mais eu me confundo. - Disse, olhando para a frágil senhora com os olhos cerrados.

- Essa é a minha estação. - Disse ela, se levantando com dificuldade.

- Espera aí, você não pode ir embora assim. - Protestei, me agarrando á uma de suas mãos.

- Não tenha medo de se envolver nos laços daquele rapaz, você não conseguirá fugir de qualquer forma. Ele precisa de você. - Disse ela, em seguida saindo tão rápido quando um tufão.

- O quê? - Susurrei, me recostando ao assento novamente.

                                    ~~.~~

Na faculdade, eu tentava me ocupar com as matérias passadas, mas não importava o quanto eu tentasse as palavras daquela misteriosa senhora não saíam de minha cabeça.

- O destino não quer que eu estude, Deus o que você tem contra mim? - Protestei, ganhando em troca o olhar atravessado de minha amiga, Lucy.

- Sério isso? - Disse ela.

- Lucy, isso é porque você não viu como ela me encarava.

- Com olhos de águia, você já repetiu essa história mais de mil vezes. - Disse Lucy, impaciente.

Desisti de tentar afetar Lucy com minha história de horror, ela era cética demais, prática demais, estudiosa demais, sinceramente não sei por que sou amiga dessa coisa. Fiquei me mexendo na cadeira, de forma impaciente, irritando Lucy, que com toda certeza se tivesse uma arma, já teria acertado minha testa.

- S/n pelo amor de Deus, essa velha é só uma lunática qualquer, quer parar com isso? - Disse Lucy, com a voz alterada.

- Shihhhh.

Nosso amado professor Heisenberg protestava de sua mesa com um claro e clássico aviso de: Calem a boca.

- Tá vendo? A culpa é sua. O professor Heisenberg odeia somente você, não quero que ele me odeie também. - Disse Lucy, em meu ouvido.

Fechei a cara e assim permaneci o resto da manhã e metade da tarde. Só me animei novamente quando recebi uma mensagem de Jaebum, me avisando que já me esperava no Instituto.

Deixei Lucy na biblioteca, e me encaminhei alegremente á frente da universidade, onde peguei um táxi.


                                       ~~.~~

Uma hora depois, já era capaz de avistar Jaebum, parado em frente ao Instituto me esperando obedientemente.

- De táxi? A senhora já ficou rica? - Disse ele, abrindo a porta para  que eu saísse do automóvel.

- Rica eu? Claro que não, é você que vai pagar. - Disse eu, sorridente.

- Típico... - Falou Jaebum, abrindo a carteira e pagando a corrida.

- Instituto Hebert Snowden. - Disse, observando a faixada do lugar.

- Sempre me perguntei porque se chama Instituto, é um presídio para pessoas com problemas mentais. - Disse Jaebum.

- É para não parecer perigoso, talvez? - Disse.

- Talvez, tem certeza que quer entrar aí dentro?  - Questionou Jaebum, como um último aviso.

- Eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. - Menti, na verdade tudo dentro de mim tremia.

Jaebum então sorriu docemente e estendeu sua mão para mim. Eu me agarrei nela, apertando-a com toda minha força.

Nos apresentamos na portaria e nossa entrada foi liberada.

Me surpreendi com o que se escondia por trás daquele muro, a estrutura do local se assemelhava muito à um hospital? Sanatório? Eu não sei ao certo, mas com certeza não parecia um presídio  de segurança máxima.

Tudo era em um tom branco, clean, todo o local era cercado por uma grande e densa área verde. Consequentemente o ar era puro e agradável.

- Não esperava por isso não é? - Perguntou Jae.

- Não mesmo. - Afirmei, eufórica.

- Não parece tão assustador assim Jae. - Disse eu, dando um tapinha no ombro dele.

- Esse é o problema com esse lugar, nada é o que parece ser. - Disse ele, com o olhar no horizonte.

Suas palavras causaram um frio em minha espinha, e a calma que a havia tomado conta de mim ao ver as instalações do Instituto, fora embora rapidamente.

- Vamos entrar, está frio. - Disse Jaebum, andando rapidamente a minha frente.

Eu o segui, sentindo minhas pernas tremendo, me lembrara do que aquela senhora me falou hoje mais cedo. Com aquelas palavras em minha cabeça, acabei entrando no modo automático, e quando fico assim não sou capaz de enxergar mais nada em minha frente.

De repente senti meu corpo ir de encontro a outro, e eu sorri atrapalhada, me desculpando, olhando somente para o rosto do rapaz. Quando olhei para baixo e vi as algemas em seu pulso, em seguida encarei dois caras grandes e fortes cada um segurando um dos ombros do homem, congelei no mesmo instante. 

Aquele cara me olhava tão profundamente, senti minha pele queimando, era como se ele pudesse ver através de minha alma, era como se ele soubesse todos os meus pecados.

- Por que tão séria? - Disse ele, sorrindo ironicamente. 


- Se-se-séria? - Disse eu, com os olhos arregalados.

- Sim, você sorriu para mim de forma solar ao se desculpar por ter esbarrado em mim, e quando viu as algemas em meu pulso o rosto sorridente desapareceu. - Disse ele, falando de forma tão baixa que tive de me esforçar para ouvi-lo.

Era como se aquele cara tivesse criado um universo particular somente para ele e eu, ninguém podia penetrar ali, ninguém podia impedir meu olhar de ir de encontro ao dele em um pertencimento sem igual. Aquele olhar tão terno e profundo, e ao mesmo tempo tempestuoso e misterioso, um olhar que parecia estar louco para despejar mil palavras.

- Jackson, como vai? - Disse Jaebum, colocando as mãos pesadas sobre os meus ombros e me puxando para trás, com o claro intuito de me distanciar de Jackson.

- Estou bem, eu acho... - Disse Jackson, após uma longa pausa, ao perceber a ação de Jaebum.

- Mais tarde temos uma conversa para ter, certo? - Disse Jaebum, com um sorriso aberto, mas eu, como sua amiga de longa data, sabia o quanto aquele sorriso era falso.

- Sim temos, sempre temos. - Disse Jackson, fechando a cara.

Jaebum comprimentou Jackson e os agentes penitenciários, e me puxou pela mão. Mas antes de nos ditanciarmos Jackson fez outra pergunta.

- Quem é essa, sua esposa?

- Não, ela é, minha noiva. - Disse Jaebum.

Quase engasguei com o ar quando ouvi a palavra "noiva" saindo da boca do Jaebum. Minha surpresa foi contida pela visão de Jackson se virando e saindo, com os passos pesados.

- Jackson? - Disse eu para Jaebum, assim que ele saiu.

- Sim, Jackson Wang. Eu não preciso nem dizer parar você ficar bem longe dele, não é seguro ter contato com ele.

- Por que disse que eu era sua noiva? - Indaguei.

- É bom ele pensar que você é mais íntima que uma amiga, assim ele se mantém longe de você.

- O que ele fez? - Disse eu, com medo da resposta que ouviria.

- É melhor nem saber. - Disse Jaebum, com uma expressão séria, que escondia um singelo desdém. 

Eu respirei fundo três vezes, contei até 10, 20, 1000, mas nada conseguia me acalmar, me enconstei na parede e sentir meu estômago se corroer, isso sempre acontecia quando estava nervosa, ou envolvida com situações estressantes.

- Vamos até a minha sala, temos que começar o trabalho. - Disse Jaebum, pegando em minha mão e me puxando.

~~••~~

Jackson On

Como conseguia sobreviver a tudo aquilo? Era isso em que eu pensava assim que abria os olhos, e antes de dormir. Tinha consciência que esse lugar testava a sanidade de qualquer um, entretanto ainda me mantia no controle de minhas faculdades mentais - na medida do possível.

Todos os dias a rotina era a mesma.

Acordar às 7 da manhã para o banho, em seguida refeitório para tomar o café da manhã, logo depois banho de sol. Durante a tarde existiam aquelas consultas entediantes com o psicólogo, o que é um martírio porque eu, Jackson Wang, não tenho nenhum tipo de problema mental. Mas valia a pena aguentar tudo aquilo, afinal era graças a isso que Jackson não estava em um presídio comum, tendo que passar por situações muito piores.

Assim que voltei para a cela, após o almoço e um encontro no mínimo estranho com uma desconhecida, ou melhor, noiva de meu psicólogo entediante, sentei-me sobre minha cama.

É aqui que vou ficar, imóvel, fitando a parede cinza e lisa como uma folha de papel em branco, pelas próximas duas horas e dez mimutos, era o tempo que me distanciava de minha consulta semanal com o psicólogo.

Lembrei-me dos primeiros dias em que cheguei aqui. Era infernal, um garoto de 21 anos, com os hormônios fervendo, que vivia em festas bebendo e beijando bocas alheias, mas agora se via preso como um pássaro que tivera as asas cortadas, por um tempo não poderia mais voar.

Mas estar preso não era o pior, o pior eram as lembranças que me atormentavam, as noites em claro, em que passava me culpando por todos os meu erros, os pesadelos que não me permitiam dormir, a sensação da presença dela ao meu redor... por um tempo cheguei a acreditar que eu realmente estava louco.

Muitos dizem que o tempo cura tudo, mas eu sei que essa afirmativa nunca será verdadeira. O tempo não é como uma cura milagrosa, ou como uma fonte da vida, ele apenas ameniza a dor ao tornar as lembranças menos nítidas em sua memória, os erros do passado jamais poderão ser apagados, e nem mesmo o tempo tem esse poder.

~~••~~

- Pode entrar, fica a vontade. - Disse Jaebum, ao abrir a porta que consigo carregava o nome Im-Jaebum, em uma espécie de plaquinha dourada.

- Você parece ser importante aqui, tem até o seu nome da porta escrito em uma placa de ouro. - Brinquei, me jogando em um pequeno sofá azul que ficava no canto da sala.

- Ouro? sonhar é de graça e não dói. - Disse ele, afrouxando um pouco a expressão séria que havia invadido o seu rosto desde o encontro com o tal Jackson Wang.

Jaebum vasculhava vários arquivos em seu armário, jogando alguns em cima da mesa, outros devolvendo para o seu devido lugar. Após essa espécie de seleção ele organizou os arquivos impecavelmente sobre a mesa.

- Senta aqui, vamos selecionar os entrevistados para o documentário. - Disse Jae, puxando a cadeira que ficava atrás da mesa.

Caminhei até a mesa joguei-me sobre a cadeira que Jae me oferecia, fazendo um barulho que denunciava que a cadeira não era das mais novas.

- Essa cadeira tem quantos séculos? - Disse, arqueando uma de minhas sobrancelhas.

- Não fala assim dela, essa cadeira sempre foi o melhor refúgio para minha bunda durante as horas que passei sentado nela. - Disse Jaebum.

- Aí meu Deus, agora penso seriamente em não continuar sentada aqui. - Disse, em tom brincalhão.

Jaebum sorriu e usou dois de seus dedos para puxar a ponta do meu nariz, ele sempre fazia isso antigamente.

- Certo, chega de conversa. O primeiro santo que tenho para te apresentar é Varg Vikernes, está aqui há 10 anos, foi preso por matar o amigo com 16 golpes dados com uma garrafa de vidro quebrada. - Disse Jaebum, enquanto me mostrava a foto e a ficha do homem em questão.

- Por que ele está aqui? Pensei que aqui abrigasse somente criminosos com algum tipo de problema mental. - Indaguei.

- Ele tem esquizofrenia, e é seguro entrevista-lo porquê é uma cara bem calmo quando está sobre efeito de remédios.

- Tudo bem, separe a ficha dele, vou entrevista-lo. - Disse, sentindo um frio na barriga ao selecionar meu primeiro candidatado.

- Certo, o próximo é Joshua Smith, esquartejou a esposa e os três filhos, está aqui há 12 anos, e tem mais 30 anos de pena para puxar. - Disse Jaebum, com uma expressão triste.

- Como ele foi capaz? - Disse eu, sentindo um ódio quase que automático do cara.

- Bom ele está aqui, então você já deve imaginar como ele foi capaz de fazer uma coisa dessas.

- Tudo bem, eu posso fazer isso. Separa, vou entrevista-lo. - Disse eu, sentindo as mãos tremendo.

- Tem certeza que pode fazer isso? - Disse Jaebum, acariciando meu ombro direito.

- Sim, eu posso. - Disse, tentando demonstrar firmeza.

Jae fitou-me por um tempo, com um olhar que eu sinceramente não consegui decifrar o que queria dizer. Em seguida continuou a mostrar-me os possíveis candidatos à participarem do meu documentário. Após um tempo, percebi que nunca iria parar de me surpreender com a barbaridade dos crimes cometidos por aqueles que ali cumpriam pena.

- Você selecionou dezenove perfis dos trinta que te mostrei. Acha suficiente? - Questionou Jaebum, após uma contagem rápida dos perfis selecionados sobre a mesa.

- Eu queria fechar mais um perfil, vinte entrevistados seria perfeito. - Disse.

- Espera um pouco, vou dá uma olhada nos arquivos. - Disse ele, se levantando e indo em direção à grande estante que ficava em frente sua mesa.

- Não precisa, essa vaga já está ocupada por Jackson Wang. - Disse.

Enquanto via todas aquelas histórias, só conseguia pensar no que havia colocado Jackson atrás das grades. Um rapaz com um belo rosto asiático e um bom porte físico, com certeza acima de qualquer suspeita, eu definitivamente gostaria de contar a história daquele cara.

- O quê? - Disse o mais alto, encarando-me com os olhos arregalados.

- Você não disse que as aparências enganam? Eu quero saber por que. - Disse, levantando-me da cadeira em que estava sentada.

- Eu duvido muito que ele concorde em participar disso tudo. - Disse Jaebum, gesticulando nervosamemte.

- Posso convencê-lo.

- Isso é sério? - Disse ele, após soltar uma risada de escárnio.

- Im Jaebum eu nunca falei tão sério em toda minha vida. O documentário é meu, me deixe trabalhar por favor. - Disse eu.

- Chega, eu estou cansada o suficiente para saber que não adianta o quanto eu fale, você não irá desistir dessa ideia maluca. - Disse ele, caminhando até a porta e a abrindo de forma brusca. - Você não quer falar com Jackson? Então vamos.

Me encaminhei até a saída, e ao passar próximo de Jae senti o quanto sua respiração estava pesada, Im Jaebum por que está tão nervoso? Por que Jackson Wang te deixa nesse estado?

~~••~~

Após subirmos cinco andares de elevador, chegamos ao bloco em que a cela de Jackson ficava. Ao caminhar por aquela corredores que pareciam sempre iguais, percebi o quão limpo e organizado era o lugar, não havia muito luxo, mas perto de outros presídios eu poderia dizer que os internos do instituto levavam uma vida um tanto quanto confortável.

A combinação das paredes cinzas acompanhadas de um piso branco como neve, a luz fria e dura vinda do teto, estavam me deixando demasiadamente tonta, mas eu não poderia demonstrar isso, afinal Jaebum estava ao um passo de jogar tudo para o ar.

Passamos por várias celas, cada uma continha dois ou três internos, todos me contemplavam com curiosidade nos olhos, ao me verem passando, e eu só conseguia me perguntar o quão triste deve ser viver em um lugar como esse, e quantas histórias se escondiam por trás daqueles olhares curiosos.

Após toda essa sabatina, chegamos a cela de Jackson, onde o mesmo se encontrava sentado na posição de lótus sobre sua cama. Com a respiração quase que imperceptível e os olhos fechados, Jackson parecia terno e doce como uma flor de algodão, que com uma rajada de vento é arrastada pelo ar, por conta de sua leveza.

- Jackson? - Chamou Jaebum.

- Sim? - Respondeu-lhe, sem abrir os olhos.

- Tem alguém aqui comigo que gostaria de falar com você.

- Pode falar, eu estou ouvindo. - Disse Jackson, permanecendo imóvel.

Jaebum fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse e falasse com ele, e assim eu o fiz.

- Olá Jackson, sou eu, a moça do corredor. - Disse, soltando um sorriso singelo.

Ao ouvir minha voz Jackson levantou- se de sua cama de imediato, se agarrando as grades de ferro cinzas que nos separavam.

- Eu posso... saber o seu nome? - Disse-me, olhando fixamente em meus olhos.

~ Co











Notas Finais


Por hoje é isso, espero que gostem.

Até mais ♡♡♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...