Paola abriu os olhos sentindo uma pontada na cabeça terrível. Se sentou na cama e olhou para o relógio que marcava 11:30 da manhã.
— Dios como mi cabeza duele. — sussurrou levando a mão até a testa e dando uma pressionada.
Paola ficou um tempo sentada na cama sem ter força para levantar, sua cabeça doía, seu corpo doía, seu estômago revirava e ainda estava com uma vontade de tomar dez litros de água seguidos. Pegou seu celular para ver se tinha alguma mensagem quando viu a porta se abrir e Gabi entrar com uma bandeja em mãos.
— Buenos días guapa! — Gabi riu colocando a bandeja em cima da cama. Paola passou os olhos pela bandeja e nela tinha uma salada de frutas, um suco de laranja, um copo de água, pão integral, torrada e requeijão.
— Bom dia! — Paola disse pegando o copo de água da bandeja. — Obrigada por isso.
— Magina, eu imaginei que você não iria acordar bem hoje... — Gabi sorriu. — E ai?
— Parece que um caminhão passou por cima de mim, mas fora isso... — Paola bebeu um gole de água. — Estou bem.
— Entendo... Eu liguei no restaurante e disse que você chegaria mais tarde...
— Obrigada! — Paola sorriu e pegou a bandeja colocando em seu colo e passando o requeijão na torrada.
— Está enjoada?
— Até que no Gabi! Graças ao bom Deus.
Paola observou a amiga que mexia a perna sem parar num claro movimento de nervosismo.
— Pode começar. — Paola sussurrou dando uma mordida na torrada.
— Que bom. — Gabi se levantou e começou a falar rapidamente: — Entendo que quis sair para beber e se divertir, mas a regra clara da diversão é pelo menos conseguir voltar para casa... Paola ontem você nem isso conseguia fazer eu sai e quando voltei encontrei um homem aqui com você e...
— Homem? Que homem Gabriela? — Paola perguntou assustada.
— Ai eu fiquei assustada né porque você não estava em condições... — Gabi disse ignorando a pergunta de Paola. — Mas, para o seu bem até que ele não era uma pessoa ruim imagina eu chego e tem um cara abusando de você bêbada? Sério olha...
— Cállate! — Paola gritou e Gabi parou de falar de repente. — Não sei do que está falando.
— Ah Paola pelo amor até parece que uns copinhos virados te da amnésia agora... — Gabi revirou os olhos.
— Me lembro de algumas coisas, mas não me lembro de ter trazido un hombre para mi casa.
— Henrique Fogaça, ele disse que trabalha com você foi ele que te trouxe. — Gabi disse se sentando na cama novamente.
Paola paralisou ao ouvir aquele nome. Realmente não se lembrava de como chegou em casa, mas se lembrava perfeitamente dos dois se agarrando no escritório antes dela cair em cima da bebida e perder a noção de tudo.
Paola encarou Gabi por longos minutos sem conseguir dizer uma palavra.
— Eu e ele... — Paola sussurrou deixando com que a ideia caísse no ar.
— Sexo? — Gabi perguntou e Paola confirmou balançando a cabeça. — Ah não! Até onde eu sei vocês não transaram ontem.
— Como así até onde você sabe?
— Olha do jeito que ele falou de você eu acho que já rolou algo que você não me contou e outra o cara cuidou de você diretinho te deu banho sem te agarrar, porque ele sabia que você não tinha condições.
— Banho? — Paola arregalou os olhos. — Fogaça me viu nua?
— Ele nunca tinha visto?
— Não completamente. — Paola disse, mas se arrependeu no minuto em que surgiu um sorriso malicioso no rosto de Gabi fazendo a chef revirar os olhos.
— Então... Conte-me mais...
— No tem muito o que falar Gabi, yo nem sei o que aconteceu... Simplesmente quando eu vi ele estava com a cabeça no meio das minhas pernas.
— Quer dizer que só rolou oral mesmo mais nada? — Gabi fez uma cara de desapontada.
— No porque fomos interrompidos.
— Cê gozou?
— Gabriela! — Paola ficou com as bochechas vermelhas e tampou o rosto com as mãos.
— O que? Olha eu já recebi oral e tem uns que dá vontade de pedir para o cara parar pra gente poder ver um desenho na tv ou sei lá de tão ruim que é. — Gabi deu de ombros. Paola olhou para ela por entre seus dedos e riu balançando a cabeça positivamente.
— Ahhhhh então ele é bom. — Gabi sorriu animadamente.
— Com a língua si, no provei o resto para saber... — Paola disse e voltou a comer sua torrada.
— Então por que não vai descobrir?
— Porque ele é meu estagiário Gabi um bebê.
— Da mama para ele então... — Gabi disse e Paola riu. — E dai que ele é seu estagiário? Ele ainda é homem e você mulher, ou seja, um casal... E eu acho que vocês formariam um belo casal.
— Ai ai Gabriela... — Paola balançou a cabeça negativamente.
— Qual é Paola você nunca dá uma chance para o amor... Tenta pelo menos uma vez, mas tenta de verdade.
— Vou pensar até lá me deixe comer em paz. — Paola disse encerrando o assunto.
Depois de comer Paola foi tomar um banho na expectativa que a água lhe desse uma despertada para ir trabalhar. Ligou o chuveiro e deixou que a água caísse em sua cabeça como se estivesse lavando sua alma, fechou os olhos e se deixou levar pelas lembranças da noite anterior. Os beijos de Henrique, as mãos dele passando por seu corpo era como se Paola sentisse todo aquele desejo novamente. Enquanto as lembranças passavam pela sua mente, Paola passou a mão pelo seu corpo apertando os próprios seios e depois descendo uma das mãos para sua intimidade onde começou a estimular seu clitóris. Era como sentisse que ele estava fazendo aquilo, que ele estava lhe dando prazer novamente. Paola movimentava os dedos cada vez mais de pressa soltando gemidos baixos e abafados. Com os olhos ainda fechados ela chegou em seu clímax. Abriu os olhos ofegante encarando o box do banheiro embaçado onde escreveu: Henrique. Encarou o nome por alguns segundos antes de passar a mão e apagá-lo. Respirou fundo varias vezes antes de voltar a tomar seu banho.
Paola chegou no restaurante por volta das 15:30 da tarde quando o horário de almoço já havia terminado. Foi para seu escritório onde deixou sua bolsa e voltou para a cozinha.
— Mas será legal gente vocês vão ver. — Veronica disse. Paola parou na porta assim que ouviu a frase da cozinheira; todos estavam limpando suas praças enquanto conversavam animadamente.
— E você Fogaça vai? — Roberta perguntou. Paola continuava atrás da porta ouvindo tudo sem que eles percebessem.
— Vou ver... — Fogaça disse.
— Lógico que você vai... Poxa... — Veronica disse e o abraçou por trás. Paola observava a cena com uma expressão séria no rosto sentindo um incomodo ao ver a cozinheira abraçando o estagiário.
— Se você não for a Veronica vai entrar em luto. — Carlos que também era cozinheiro disse rindo e arrancando risada por parte de todos.
— Eu acho que todas as mulheres. — Sofia disse rindo. — Menos eu claro, sou casada gente.
Risadas e mais risadas eram ouvidas até uma chef argentina entrar na cozinha.
— Vejo que o trabalho está rendendo bem. — Paola disse fuzilando Veronica com o olhar que ainda estava agarrada a Fogaça. Henrique se soltou rapidamente de Veronica.
— Boa tarde chef. — todos falaram ao mesmo tempo.
— Posso saber o motivo de tanta animação? — Paola perguntou colocando seus óculos acima da cabeça. Ao contrário do costume Paola não estava usando lenço naquele momento.
— Bom chef... — Roberta se pronunciou. — Como o Julia vai ficar fechado durante três dias para pintura e tal a gente estava combinando de ir para o sítio do meu pai é bem legal lá... Tem um rio enorme próximo e cachoeiras também.
— Que legal! — Paola sorriu amigável.
— Vamos chef? — Sofia perguntou animada.
Paola desviou o olhar para Veronica que ainda estava perto de Fogaça por alguns míseros segundos antes de voltar sua atenção para Sofia.
— Claro! Vamos sim... Posso levar a Gabi?
— Claro! — Roberta sorriu animada.
— Então está bem eu vou. — Paola sorriu e olhou para Henrique: — Fogaça te espero no meu escritório quero falar com você.
— Sim chef. — Fogaça concordou.
Todos voltaram a limpar e conversar animadamente sobre os dias que teriam no sítio enquanto Paola e Fogaça seguiam para o famoso escritório do Julia.
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