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História Julia. - 11


Escrita por: kazlee

Notas do Autor


oiiii. 💛

Capítulo 11 - 11


 O silêncio no caminho até o escritório deixavam ambos cada vez mais constrangidos. Paola entrou no escritório sendo seguida por Henrique, ela se sentou em sua cadeira e ele se sentou do outro lado da mesa de frente para ela. Ficaram alguns minutos em silêncio Fogaça a encarava já Paola olhava para suas mãos que estavam apoiadas em cima da mesa sem conseguir encara-lo.

— Então... — Fogaça começou a falar na expectativa que ela também começasse a falar.

— Eu... Só... — Paola suspirou. — Obrigada por... Me levar para casa.

— Só quis te ajudar. — Henrique disse a encarando, porém ela ainda olhava as mãos. — Paola...

— Chef. — Paola levantou o olhar e com certa seriedade terminou: — Sou sua chef. E é só isso mesmo pode voltar a trabalhar. 

— Mas...

— Apenas isso Henrique. Gracias. — Paola o interrompeu.

Fogaça revirou os olhos irritado e se levantou para se retirar, porém assim que se virou em direção a porta percebeu que não dava para ignorar. Não de novo. 

— Olha Paola... — Henrique se virou de novo para ela.

— Tchau, Fogaça. — Paola o interrompeu.

— Tchau nada! Cê é louco a gente se pega aqui nessa mesa... — Fogaça apontou para a mesa dela. — E você vem me dizer que não temos nada para conversar? Cê não cansa de ser egoísta não?

— Egoísta? — Paola se levantou. — Desde quando é egoísmo não querer se envolver com cara que no passa de um mero estagiário?

— Mas o que? Mero estagiário? Cê parecia bem animada quando seu “mero estagiário” — Fogaça fez o sinal de aspas com a mão. — Estava te chupando bem gostoso e...

Paola se aproximou rapidamente dele e tampou a boca dele com a mão o fuzilando com o olhar.

— Você nunca mais fala essa frase de novo! Me respeita. — Paola sussurrou e sentiu Fogaça dar uma leve mordida em sua mão fazendo ela tirar a mão da boca dele.

— Olha nos meus olhos Carosella e diz que não quer mais... — Fogaça sussurrou com o rosto a centímetros dos dela.

— Eu no quero mais você na minha sala saia antes que eu te demita. — Paola disse com a voz trêmula por conta do nervosismo. 

— Seu gosto é tão viciante argentina tem ideia disso? Do quanto você tem me deixado louco? 

— Use sua mão sem moderação agora saia. 

Fogaça riu e a encarou. Ele foi andando em direção a ela e ela foi dando passos para trás até esbarrar na parede. Fogaça colocou as duas mãos na parede em volta dos ombros dela a mantendo presa ali.

— Ontem eu vi cada parte do seu corpo... — Fogaça começou a falar enquanto passava o nariz levemente pelo pescoço dela. — Eu tive vontade de perder a razão com você, de te fazer gemer pedindo por mais...

— Pare... — Paola sussurrou completamente arrepiada.

— Eu cuidei de você sem te tocar do jeito que eu queria por alguma razão que eu não sei qual, mas... — Fogaça deu um chupão no pescoço dela a fazendo soltar um gemido baixo. — Quero que se lembre do quanto eu posso te dar prazer.

— Você no entende... 

— Só dizer não. — Fogaça disse e se afastou dela saindo do escritório logo em seguida. 

Paola respirou fundo varias vezes para tentar acalmar seus hormônios. Ficou no escritório mais alguns minutos somente antes de sair e voltar para cozinha era hora de trabalhar. 

 

O serviço da janta estava a todo vapor. Paola se sentia orgulhosa de sua equipe, pois juntos eles davam conta de tudo perfeitamente. 

 Era por volta de 21:00 da noite quando o garçom foi até a cozinha em busca de Paola. 

— Chef. — o garçom chamou. Paola que estava explicando para Henrique como fazer perfeitamente um aligot que era o principal componente do prato olhou para o garçom. 

— Si... — Paola respondeu alternando o olhar entre o garçom e o estagiário. — No pare de mexer Fogaça. 

— Sim, chef. 

— Chef... — o garçom voltou a falar. — o Sr. Garcia está aqui.

Paola paralisou e encarou o garçom. Tudo o que ela menos precisava era a presença do sócio ali naquele momento.

— O que ele faz aqui? — Paola perguntou. 

— Não sei chef. 

— Tudo bem! Diga que já vou... — Paola disse para o garçom que fez um sinal com a cabeça concordando e saiu dali. 

Paola colocou a mão na testa e respirou fundo. Henrique continuava mexendo o aligot e de vez em quando puxava a colher para cima. 

— Tudo bem? — Fogaça perguntou. 

— Si, Roberta irá te ajudar. — Paola disse tirando o avental e pedindo para a subchefe ajudar o estagiário. 

 Carosella saiu da cozinha e logo viu Garcia sentado em uma das mesas com uma taça de champanhe que levantou para o alto assim que a viu. A chef revirou os olhos e seguiu em direção ao escritório, Garcia a seguiu logo em seguida, mas parou na cozinha antes.

— Boa noite, pessoal! — Garcia disse cumprimentando a todos com um sorriso no rosto. Todos se entreolharam antes de subir um coro:

— Boa noite, Sr. Garcia! 

Garcia encarou Henrique por alguns segundos antes de sair dali e seguir em direção ao escritório. Paola já estava no cômodo esperando o sócio. 

— No me lembro de termos marcado nada para hoje. —  Paola disse assim que Garcia entrou.

— Realmente não marcamos, mas de acordo com alguns contratos eu também sou dono do Julia e venho quando quiser. — Garcia disse se sentando no sofá e cruzando as pernas.

— Garcia...

— Paola você achou mesmo que conseguiria fugir de mim? Precisamos conversar sobre esse restaurante...

— O Julia está ótimo como está. — Paola interrompeu.

— Tem certeza? — Garcia se levantou. — Julia realmente está em um bom momento, possui diversos prêmios e é um dos melhores restaurantes de São Paulo...

— E você não está satisfeito com isso?

— Entendo que você ajuda o Julia a ser o que ele é...

— Ajuda? — Paola o interrompeu aumentando o tom de voz. — Eu sou a alma desse lugar todos os pratos, a decoração tudo foi escolha minha.

— Eu sei, Carosella! — Garcia revirou os olhos. — Veja bem estou cansado de colocar meu nome num lugar que podia ser mais... Os preços do Julia não são justos temos que aumentar... Temos que fazer do Julia um grande e fino restaurante.

— O Julia não precisa mudar nada! Comida para ser boa não precisa custar um absurdo...

— Paola eu te ajudei a abrir esse negócio sem mim você nunca conseguiria! Principalmente aqui no Brasil onde ninguém suporta um argentino... 

— Você me respeita! — Paola apontou o dedo na direção dele. — Sou argentina sim, mas o Brasil también es mi casa.

— Faça me o favor você mal sabe falar o português...

— Yo estoy aprendendo cada “bez” mais... 

— Estou vendo. — Garcia ri irônico. — O negócio é o seguinte aqui no Brasil o que vale é o lucro então ou você muda o Julia para o jeito que eu quero ou cai fora.

— No me provoque, Garcia! — Paola sussurrou ficando frente a frente com ele. — Quero ver conseguir manter o Julia aberto sem mim.

— Acredite, eu conseguiria e muito bem. Você é uma excelente chef Paola, mas nasceu para algo pequeno não conseguirá ter um sucesso grandioso com esse seu jeito estranho. 

— Veremos. — Paola disse e foi até a porta. — Agora saia daqui.

— Não vou embora até você dizer que aceita mudar o estilo do Julia e aumentar esses preços. 

— O Julia é um restaurante simples ele foi feito para ser assim aconchegante, com a cozinha aberta para o salão onde conseguimos ver cada cliente degustar e ficar feliz com o sabor e tudo isso com um preço justo, legal! Já disse que com os meus pratos você não irá assaltar o bolso de ninguém. 

— Acho lindo essa tua teoria de que nem tudo o dinheiro compra... É bonito de se ver, mas lembre-se Paola... — Garcia se aproximou dela e sussurrou em seu ouvido: — Você está no Brasil.

— Ainda tenho esperança para esse país. — Paola disse o fuzilando com o olhar. 

— Não deveria você irá se decepcionar muito ainda Paola... — Garcia foi até a porta e antes de sair disse: — Solo no diga que no te avise. 

Paola ficou encarando a porta sem reação. As vezes ela sentia que seus dias dentro do Julia estavam contados. Garcia era um dos piores sócios que ela poderia ter ele só via dinheiro e ela via pessoas. Paola só queria poder trazer felicidade para as pessoas por meio da comida, já Garcia não estava nem aí se a comida era boa ou ruim o que importava mesmo era a conta bancária dele gorda todo mês. Paola chegava a dar risada dessas teorias dele como se ficar rico com um restaurante fosse tão fácil. Quando escolheu a profissão de cozinheira ela sabia que não lhe daria tanto dinheiro, mas o amor pela cozinha fez com que ela continuasse a lutar pelo seu sonho, pois ela acreditava que estar feliz numa profissão era o que importava porque bem sucedido você pode ser em qualquer área. 

 

 Depois de mais uma pequena briga com o sócio Paola voltou para cozinha e terminou o serviço. Já estava fechando o restaurante quando viu Fogaça pegando sua moto. 

— Henrique... — Paola chamou indo até ele. 

— Chef. — Fogaça sorriu travesso. 

— Queria te pedir uma carona... — Paola disse e o estagiário a olhou surpresa. — Estoy sem carro. 

— Aliás o que houve com seu carro? 

— Levei para revisão pego amanhã. 

— Quer mesmo uma carona na minha moto? Por que eu achei que...

— Eu quero. — Paola disse o olhando mostrando claramente que ela não estava falando somente da carona. 

— Não quero que se arrependa chef...

— Nesse momento eu só quero subir na sua garupa mesmo... — Paola deu de ombros fazendo Fogaça rir e balançar a cabeça negativamente.

 Ele saiu da moto e subiu o banco retirando de lá um outro capacete, ele desceu o banco de novo e sorriu para Paola colocando o capacete na cabeça dela.

— Melhor usar apesar de que eu não seria julgado por matar uma argentina no Brasil... — Fogaça sorriu e Paola deu um tapa em seu braço. 

— Sorte a sua ter uma argentina colada em você essa hora da noite. — Paola piscou para ele.

Os dois subiram na moto e Henrique sorriu ao sentir os braços da mulher ao redor de sua cintura. 

— Vou ganhar alguma recompensa? — Fogaça disse ligando a moto. 

— Talvez. 

Fogaça riu e saiu em disparada arrancando um grito abafado por parte da chef ele riu e acelerou um pouco mais. 

— Devagar! — Paola disse em seu ouvido agarrada a ele. 

— Não seja careta, Carosella. — Fogaça respondeu sentindo ela se agarrar cada vez mais nele.

Andavam pela Paulista calma e serena sem a agitação do dia a dia. Fogaça diminuiu a velocidade e Paola sorriu observando tudo ao redor e sentindo a maravilhosa brisa da noite em sua pele. Ela não estava com frio e nem medo, pois agarrada a ele sentia que todas as coisas ruins iam embora. 

 Fogaça agora estava estacionando a moto em frente ao prédio de Paola. 

— Obrigada! — Paola disse assim que desceu da moto e entregou o capacete a ele. Henrique tirou o capacete dele e deixou ambos no guidão da moto. Ele se apoiou na moto e a puxou pela cintura colando o corpo dela no dele.

— De nada. — sussurrou. 

— Foi divertido. — Paola sorriu e passou o dedo indicador levemente pelos lábios dele. 

— Podemos fazer isso quando quiser. — Fogaça disse dando uma leve mordida no dedo dela.

— Sem cobranças e com calma. — Paola sussurrou colando a testa na dele. 

— Topo. 

Ambos sorriram e se beijaram. Paola levou a mão para a nuca dele enquanto as mãos dele seguravam a cintura dela quase encostando no bumbum. As línguas se encontraram e como sempre rapidamente encontraram um ritmo perfeito... O ritmo deles. Sem pressa, sem desespero apenas apreciando o gosto um do outro. Fogaça apertou a cintura da Paola a fazendo soltar um gemido abafado entre o beijo. A chef mordeu o lábio inferior dele antes de voltar a beija-lo. 

— Me deixa subir... — Fogaça sussurrou entre o beijo. Paola terminou o beijo com um selinho. 

— Gabi está lá em cima. — Paola disse.

— Eu posso até gostar de uma música alta, mas também sei ser silencioso... — Fogaça sorriu arrancando uma risada por parte da chef.

— Guarda a moto lá dentro vou te apresentar meu quarto como se deve. — Paola disse e riu ao ver Henrique levantar as mãos para o céu.


Notas Finais


ate segunda monas


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