27/06/1996 Miami, Flórida, EUA
Em nosso cenário, na cidade de Miami, nesse grande dia nasceu a segunda dona do grande Império Jauregui, a segunda filha do casal Michael e Clara, a irmã mais nova de Chris Jauregui, dono de toda a riqueza já gerada pela empresarial Jauregui.
Bem vista por muitos, desejada por muitos, mas seu único desejo era apenas um amor, todavia seu pai não aceitava esse seu pensamento, e a pequena cresceu ouvindo a seguinte frase
"A vida é um jogo por dinheiro, ou você joga para ganhá-lo, ou você perde ao amá-lo"
Ou até mesmo
"Viver é para fracos, vença!"
"Amor é perda de tempo, filha!"
E assim cresceu, aos poucos, a pura, e bela mulher, duas íris como a lua, que ilumina onde passa, entretando, íris estas verdes, cor de folha, e seu olhar inteiramente profundo onde a quem olhasse enfeitiçado estaria. Penetra e arde a alma, não, nega o amor, assim como não permite o amor de qualquer um. Nega a razão da vida, amar.
03/03/1997, Cojimar, Cuba
Num cenário que logo mudaria, Cuba, bem vista e falada pelos seus esplêndidos centros turísticos. Lugar este belo, tão belo que ali nasceu os mais belos olhos cubanos, os mais belos olhos latinos, nasce a filha do Império Cabello, filha de Alejandro e Sinuhe, donos da quase maior empresa multinacional, só não é por conta da empresa dos Jauregui's que entra em uma disputa acirrada.
Verdadeiro ódio no coração dos proprietários. Motivo? Dinheiro, poder, ambição.
O casal já não queria ter mais filhos, mas após a chegada da pequena Sofia, as suas vidas mudaram.
Para eles daria mais trabalho
Para a Camila Cabello era apenas mais uma concorrente para o trono, pensava dessa forma, pois crescera dessa forma.
Dinheiro, poder, ambição.
Essas são as palavras que para Camila define a felicidade.
Mas ela acredita no amor. Sim, o amor existe, mas segundo a sua mãe
"No mundo dos ricos, Camila, não há amor, há interesse"
"Não se deixe levar por sorrisos, o amor nesse mundo não existe"
E a dúvida disparava no coração da própria, se não existe amor neste mundo, serei eu o fruto de um interesse?
Após o nascimento de Sofia, A empresarial Cabello abriu uma franquia em Miami, só que os lucros foram acima do normal, ninguém esperava tantas vendas de ações, e tiveram que abandonar a vida que não viviam em Cuba, para uma nova vida para não ser vivida em Miami, e para o azar da família, ou não, a casa disponível para venda que todos gostaram tinha um único problema para eles, assim que se mudaram avistaram o problema de longe, acenando para Alejandro Cabello.
-Sujas o nome de minha família, e o ar que respiras, petulante, o que fazes aqui?
Michael observava-o já de perto com seu paletó preto e gravata azul, deixando-o com um ar de mais austero. Seria o destino tramando uma guerra de espírito entre os dois?
Vizinhos. Essa era uma das últimas coisas querida pelo Jauregui, ser vizinho de um Cabello, e para piorar da família completa.
-Afirmas o medo que tens de perder no mundo dos negócios por conta das minhas ações, caro Jauregui?
Alejandro falava, calmo, também com seu paletó por conta do frio e sem perder a classe, era mais alto que o Jauregui, não tinha que temer, mas ainda que ganhando muito dinheiro agora, sabia que a empresa rival ganhava o mesmo lucro.
-Medo? - riu sarcasticamente
A casa do novo vizinho havia sido decorada por designers de decoração, estava tudo do jeito que queriam, e enquanto a briga a fora desabava por tanto rancor em vão acumulado, Camila Cabello já completara dezenove anos e amanhã seria o seu vigésimo aniversário, seus pais fazem questão de pagar pelos seus estudos, e é apenas isso que Camila faz, estuda para conseguir administrar da melhor maneira possível a empresa do seu pai
Sofia para ela já não era mais um incômodo, e sim a sua irmã, com o tempo aprendeu a amá-la, ainda que proibido pela sua família. O amor é irreal.
Camila passaria a trabalhar na empresa da família agora, e aqui, em Miami.
Cresceu só, e sem amigos, mas não porque era antisocial, mas se alguém ousasse em chamá-la, seu pai já estaria na coordenação reclamando por conta da interrupção do estudo de sua filha, então ela assim cresceu, com a ambição a flor da pele.
-Vem, Sofia! Seu quarto já está pronto. - Disse colocando as mãos no joelho, por ter corrido as escadas com a irmã na curiosidade de ver o quarto, seu corpo subia e descia por conta da respiração ofegante de ambas, suas mãos apoiavam em seus joelhos com o objetivo de descanso
-Vocês não cansam de brincar? - Sinuhe falou rígida sem lembrar que ninguém nessa casa se diverte ou brinca - Temos aqui uma quase adulta de dezenove anos brincando de pique com a irmã de oito
-Mãe, só queríamos ver meu quarto.
- Já viram certo? - 'Sim', pensaram em responder mas a mãe sem olhar na cara das duas apontou para fora do quarto, mas ainda desafiando sua mãe, Sofia deu um beijo em sua irmã mais velha.
-Eu volto mais tarde para brincar com você - Nem tão só assim crescera Camila, ela tinha Sofia, ainda que da família era a única que realmente poderia confiar, seria ela a sua confidente.
Sofia, abertamente sorriu com os seus lábios estirados, sorriso este que iluminou o quarto, como uma luz no fim do túnel, mas era ela a luz do fim do túnel para Camila, o amor, uma perda de tempo e o que mais forte e realmente sente é por sua irmã, que ainda desperta a vida de Camila.
Sua mãe olhava furiosa para as duas, Camila na faculdade e Sofia na escola elas não deveriam ter tempo da diversão, apenas estudos, obrigações e metas a serem cumpridos.
Saiu do quarto chamando a mãe que ainda a olhava em reprovação
-Ela é uma criança!
-Ela tem obrigações, e quem você acha que é para irritar-se comigo, que sinal de petulância! Camila Cabello! Já para o seu quarto.
Sem ouvir sua mãe, respirando fundo procurando a paciência do poço mais fundo.
-Ela é uma criança, e tem o direito de se divertir, e se eu posso diverti-la, nada me impede de fazer.
Srta Cabello a olhava em reprovação enquanto sua mente vagava na seguinte questão ' O que fiz de errado para ter uma filha tão estúpida? '
-Eu te impeço. Já para o quarto - Respondeu com frieza, apontando para a porta mais diferente da mansão.
E Camila obedeceu como sempre fazia, se alterava e logo voltava ao normal, sem mais um piu.
Mas não perdeu a oportunidade de bater a porta com toda a força que o universo já te deu. Fazendo Sinuhe recuar de susto, e fuzilar aquela porta. Mas logo se irritou e saiu indo atrás do marido para reclamar com a filha, todavia, o que a nobre poderia fazer? Sua filha é a sua cópia mais jovem, antes de conhecer Alejandro, construíram o império juntos, enquanto o dinheiro crescia, o amor se ía.
"O seu olhar, perdeu o brilho,
substituído pelo vazio,
que gelam a alma de quem te ama.
Não se sente a chama que outrora irradiavas,
no amor que nutrias por aquele servo
que te prestava vassalagem.
[...]
O amor irradiou vida e felicidade,
mas agora é uma sombra do nada.
Um efeito de dor,
uma lança cortante,
que dilacera o coração
de quem foi um louco sonhador ."
Pensava a própria descendo as escadas e sentindo a amargura do que já foi o amor em sua vida, e sabes que hoje vive a infelicidade, e passa a sua tristeza para suas crianças.
Desceu as escadas atrás do marido que fechou a porta com completa privação de raciocínio lógico, a raiva.
-Pegue suas coisas, não vamos ficar nessa casa.
De longe, era possível ver a fúria em seus olhos, sim, era possível ver as chamas de imundo ímpeto.
-Mas acabamos de chegar
Responde com voz fraca ao marido, por conta das lágrimas contidas ao não receber algo recíproco em troca de todo o amor já dado.
-Não me responda, mulher! Não fico mais nessa casa com esses vizinhos!
-Mas quem há de ser esse alguém tão ruim?
-Os Jauregui's! Quero que mantenham distância da nossa família.
Entrou em sua enorme sala, sentando-se no sofá, com suas mãos na coxa, ar de preocupado, e todo o rancor e raiva saindo pela boca ao mencionar qualquer coisa vinda da familia Jauregui.
-Nossa casa é enorme, e linda, além do mais o mundo é enorme - sentou-se ao lado do marido, dando apoio ao colocar suas mãos em seu ombro. - Nós temos filhas boas, e somos casados, vai deixar que seu único problema seja uma outra família? Querido, temos tudo.
-Você não entende mesmo, não é Sinuhe? Eles querem pegar tudo o que temos, eles querem tirar tudo o que temos. E eu estou farto disso. - Levantou-se num arrebatamento
-Mas, Alejandro! - Fez o mesmo que o marido.
-Quer saber, Sinuhe! Se é guerra que eles querem, guerra eles terão, e meus pés nessa casa ficarão até não restar um centavo daquela família imunda.
Em seu quarto, Camila ouvia uma boa canção, que soava bem com o momento, seu quarto era do jeito que queria, o melhor, era a sua vista para a vizinhança. Saiu dele entrando na pequena varanda, observando os belos pássaros que pairavam, ilustrando o cenário, observava os carros, e até mesmo a mansão à sua frente, diferente das outras casas, apenas a de Camila e a da frente eram enormes de exagero.
Para ela, ter a uma casa enorme e um coração pequeno de nada valia, observava um movimento na varanda da mansão à disposição, mas apenas uma sombra. Fixou a imagem em mente, pegando cada detalhe, e voltando para o quarto puxou seu caderno de desenhos que já estava em sua estante decorando-a assim como todos os móveis do seu quarto.
E desenhou, linha por linha, uma nova vida iniciara ali, naquele novo espaço, e Camila sabe que não será fácil aguentar as birras de seus pais, e muito menos esconder a sua irmandade com Sofia.
*TOC TOC TOC*
-Me deixem em paz! - respondeu escondendo rapidamente o caderninho, sabia que qualquer pessoa poderia entrar ali, é crucial na casa saber sobre a proibição de trancar a porta. Não se pode invadir sem ser permitido a licença, logo também não há necessidade de trancá-la.
-não é a mama! - Sussurrou Sofia, e prontamente a mais velha dá um salto na cama para abrir a porta - Não tô conseguindo estudar como a mamãe quer
Muitas expectativas, e pressão sobre uma menina de oito anos não tem cabimento, pensou Camila a convidando para entrar em seu quarto, que por sua preferência era igual ao da sua antiga casa.
-Ela tem que entender que as coisas nem sempre são dessa forma, nem tudo é dinheiro - sentaram na cama e a mais velha ligou a tevê, para entreter sua irmã.
-Eu estava saindo do quarto e ouvi o papai falar da sua festa com a mama. Amanhã já fará 20 anos, Kaki!
É, vinte anos, e a infelicidade já martela o meu peito a pedido de entrar em meu corpo, mas a pequena nem sabe que é ainda o único motivo por eu não ser tão grossa.
Dinheiro, poder e ambição.
Cresci com isso.
Mas graças a Sofia vi que nem tudo é isso, minha mãe não me permite passar muito tempo com ela pois sabe que não quero que a educação da Sofia seja como a minha, então sempre nos encontramos as escondidas para conversar.
O que me prende a essa casa é minha irmã, o que me prende a essa vida, é minha irmã, não posso deixá-la aqui com esses humanos sem amor. Sem uma única flor no peito.
-Vinte anos, e você ainda com oito!
-Mas logo faço nove - disse dando língua, fazendo Camila rir. - Eles falavam sobre algo a mais, Kaki, algo como um casamento, para você, com aquele menino, Austin.
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