História [JUNHAO] Um Cupido - Conversa

Após tais palavras do Sr. Xu houve um silêncio, Minghao olhava aquele homem a quem admirava e se sentiu quebrar por dentro.

- Isso, você é adotado, ela que insistiu com isso, apenas cede a um capricho dela. - Falou o homem sem se importar com quer que fosse, o que Minghao sentia.

Sem dizer nada, Minghao passou pelos dois e seguiu para seu quarto, Jun logo atrás empurrando o braço do Sr. Xu que tentava impedir sua passagem.

Já dentro do quarto Minghao trancou a porta após Jun entrar e ficou olhando sua mão ainda segurando a chave, sem ao menos piscar.

Jun ficou olhando suas costas sem saber o que fazer nem o que dizer, mas ao ver o menos começar a tremer, se aproximou sem hesitar e o abraçou, logo ouvindo um soluço escapar dele.

- Eu sou um capricho. - tentou falar Minghao falar sorrindo, mas sua voz saiu tremula, pela tentativa de não chorar, o que levou ao resultado oposto do esperado.

- Vem cá. - Jun falou o virando para se e abraçando forte. - Você não foi um capricho, amor. - Sussurrou tentando tranquilizar acariciando seus cabelos.

Minghao o apertou como se dependesse do mesmo para viver, encostando o rosto no pescoço do outro, sentindo suas lágrimas escorrerem e soluços nada silêncios escaparam de se.

- Vem. - Jun falou o levando até a cama fazendo ele se sentar, e logo se sentado a sua frente. - Não dê ouvidos aquele velho, primeiro fale com sua omma.  - Falou segurando seu rosto com ambas mãos.

- Ela não é minha omma... - Falou Minghao deixando a frase morrer, olhando para baixo mesmo Jun tendo erguido seu rosto.

- Ela é sua omma de qualquer forma, ela quem cuidou de você esse tempo todo, quando mais você precisou... - Jun falou secando as lágrimas que ainda escorria por suas bochechas.  - Estou certo?

Não houve uma reposta, apenas abraçou Jun novamente pressionando seu rosto no peito dele.

- Você vai ver que estou certo. - Jun falou alisando seus cabelos e apoiando o queixo em sua cabeça.

Ficando assim por um bom tempo,  quando Minghao já tinha cessado seu choro, seus soluços não saiam mais, e, estava quase caindo no sono, sobressaltou ao ouvir alguém bater na porta.

- Minghao. - Era a sua omma. - Abra querido. - Falou calmamente. Minghao ficou apenas fitando a porta.

- Abre, Mingie.  - Jun sussurrou para ele, o fazendo ir até a porta sem pensar muito, a destrancando e voltando para a cama.

- Por quê está chorando? - Perguntou assim que viu os olhos vermelhos e inchados do filho.

- Por quê não falou antes que eu era adotado? - Minghao foi direto, sem nem olhar sua omma e poder ver o quanto aquilo a machucava. 

- Porquê... como soube? - Perguntou gaguejando.  - Desculpe, mas poderia nós da licença, Jun? - Pediu gentilmente. 

- Claro, Sra... - Jun ia falando quando foi interrompido por Minghao que segurou sua mão.

- Não, ele fica. - A voz de Minghao se elevou a um tom que fez a senhora o olhar assustada, por nunca o ouvir falar assim.

- Sua omma precisa conversar com você, Mingie. - Falou o fazendo segurar sua mão mais forte.

- Você fica, Jun. - Minghao falou firme.

- Está bem querido. - Falou sua omma se aproximando da cama.

- Então...? - Minghao falou ainda sem a olhar.  - Por quê não me contou?

-  Não sabia bem como, sempre o tive como meu filho. - Fez uma pausa. - Não tive coragem suficiente.

- Eu não merecia saber a verdade? - Falou entrando naquele estado automático que Jun já reconhecia. - Fui apenas um capricho seu?

- N-Não, nunca, filho...

- Eu não sou seu filho. - A interrompeu Minghao e aquelas palavras, machucaram a senhora, a fazendo fica muda.

- Minghao. - Jun o chamou fazendo seu olhar se erguer. - Olhe o que está fazendo, vamos saia desse estado de que não se importa.

- E-Eu posso n-não... ser sua omma de sangue. - Gaguejou fazendo pausa por causa do choro. - Mas.. eu tentei, Minghao... - Ele a olhou vendo suas lágrimas caírem, sentiu seu coração apertar. - ... eu não podia ter filhos e você não foi um capricho, foi a realização de um sonho... você quem me deu a chance de ser omma... - a essa altura Minghao já estava chorando novamente. - ...sua omma. - Falou em um choro nenhum pouco silencioso.

A gota d'água para Minghao se levantar e ir até a senhora, a abraçando forte, a fazendo chorar mais alto.

- Você é o filho que sempre sonhei ter. - Falou entre o choro.

- Está tudo bem, Omma, fica calma. - Sussurrou a tranquilizando fazendo gestos com as mãos em suas costas.

- Você é meu filho.

- Sim, omma, eu sou, me desculpa.