História [JUNHAO] Um Cupido - Será um sonho, Mingie?

Na manhã seguinte Minghao acordou e ficou o olhando,  imaginava que seria mais um dia dentro da rotina que havia se criado entre aqueles dias, após a entrada da Sra. Wen na UTI. 

Já Jun era bem ao contrário. Não havia conseguido dormir bem, e estava em cima de Minghao fingindo ainda dormir. Em algum quanto de sua mente gritava para não levantar, não sair daquele quarto.

Após um tempo imóvel, Minghao decidiu se levando quando ouviu passos no corredor. Só que foi impedido pelos braços de Jun que o segurava.

- Ha ha, espertinho, sabia que estava acordado... mas tenho que ir.

- Ming, vamos comigo hoje? - Murmurou abrindo os olhos e o fitando. 

- Você não preferia ir sozinho... - Minghao ia perguntar, mas parou e concordou.  Após a afirmação, Minghao se levantou e seguiu para o banheiro.

Minghao terminou e começou a arrumar a cama rápido, enquanto Jun tomava banho.

Quando finalmente terminaram seguiram para a sala, onde encontraram Yoon sentado no sofá comendo uma maçã.

- Já? - Perguntou ao terminar de mastigar e engolir. Jun se manteve calado o olhando.

- Sim, vou com Jun, depois vou direto para a loja.  - Minghao falou já seguindo para a porta, puxando Jun pela mão.

- Okay. Bom dia. - Yoon falou alto para que ouvissem. 

- Pronto? - Minghao parou na frente da porta do elevador enquanto apertando o botão. Jun não respondeu, só passou o braço sobre o ombro de Minghao, o abraçando.

O silêncio de Jun era incômodo, no início ele não era tão calado... Ele ficou pensando quando Jun começou a o 'enxer' e imaginou não tá fazendo muito efeito, como a omma de Jun tinha o falado.

O caminho para o hospital foi silencioso, Minghao não pensou em nada para falar... na verdade pensar, pansava, porém ficava só nisso mesmo.

Ao chegarem no hospital, encontraram DyuKi e sua avó sentadas lado a lado, com as  cabeças baixas. Jun parou em frente a DyuKi e estendeu a mão esquerda para tocar o ombro da avó, a assustando e erguendo a sua cabeça rápido.

Jun travou ao ver a face da senhora coberto por lágrimas. O seu pesadelo infelizmente se concretizou? Por mais que tenha sonhado tantas e tantas vezes, ele nunca, nunca se acostumaria com isso... a dor que ele já conhecia bem começou a se espalhar por seu corpo, se quebrando por dentro.

- ISSO É TUDO SUA CULPA, SE FOSSE SUA ESPOSA, SEU INTERESSE SERIA MELHOR, QUE DROGA DE MÉDICO É VOCÊ? O JURAMENTO DE SUA PROFISSÃO É EM VÃO? - Jun foi saindo aos pouco do mundo em seus pensamentos sem ao menos ter notado entrar, com os gritos.  Lentamente virou o rosto e viu seu appa ao gritos enfrente ao médico baixinho que apenas escutava de cabeça baixa.

Jun foi automaticamente até seu appa e sem dizer nada o puxou, mesmo contra a vontade do Sr. Wen. O puxou até o banco ao lado de DyuKi.

- Jun? - O Sr. Wen exclamou ao olha o seu rosto e o reconhecer.  Tenso, ele ficou olhando o filho.

- Então? - Falou baixo olhando seu appa, que hesitou em fala como as outras vezes, só que dessa vez não tinha saída, não tinha como ocultar.

- O corpo dela... ela... não aguentou.  - Respondeu baixo. Jun não ousou querer saber mais.

"Eu quero respirar, eu odeio essa noite"

Minghao ficou apenas observando aquilo tudo e se viu triste por Jun perder sua omma... também.

"Eu quero acordar, eu odeio esse sonho"

Ele ficou olhando Jun, esperando uma reação desesperadora, o que não foi diferente com ele, mas não veio, o que só afirmou que o que ele pensava sobre Jun ser forte, ele quem foi falar com o médico, ele quem ligou para os seus tios, ele quem cuidou de tudo.

Minghao se manteve longe, temendo que sua reação vinhesse a tona e... ele não parecia pronto para ver Jun em tal estado, o que não vai poder evitar.

"Eu estou preso dentro de mim e estou morto"

- Yoon, ela morreu. - Minghao sussurrou quando Yoon atendeu a ligação. O mundo é tão injusto, por quê de uma coisa, você pode ter a certeza: Quem mais parece justo viver, menos ela viverá.

- ... - Yoon não falou de imediato e Minghao conferiu o aparelho pouco antes de o ouviu. - O mundo não tem culpa de nada, Xu, vocês só precisam de um culpado nessas horas para alivia a própria dor.

- Am...!? - Minghao murmurou confuso ainda olhando Jun falando com alguém no celular.

- Nada... Pense pelo lado dela, sim? Viver sofrendo, em uma cama de hospital, e nem acordada estava. 

"Não quero ficar sozinho"

- Não é mesmo mais um sonho, Mingie? - Minghao ouviu Jun pergunta enquanto se sentava ao seu lado e o olhou. Estava sério, olhando o chão. - Você nunca estavam neles... acho que realmente não é.

"Só quero ser seu"