História Juntos Pelo Acaso - 2 - " icola, nhaum"

[Lana]

Segunda-feira, porque esse dia tinha que chegar? O dia em que eu vou começar a passar as tardes longe da minha filha. Esse é um dia que toda a mãe deve temer, o dia em que você leva sua filha para o primeiro dia de aula. A sensação é de que eu estou abandonando ela aos cuidados de qualquer um. Sean e eu avaliamos varias escolas de educação infantil e eu não matriculei ela enquanto não achasse uma que  eu tivesse convicção e a certeza de que ali cuidariam bem dela assim como eu.

- Como você está reagindo com a ideia de que vamos deixar a Bia na escola mais tarde? - Sean vestia uma roupa enquanto eu estava no banheiro escovando os meus dentes. Desde o inicio Sean foi o que melhor lidou com essa situação, mas eu sei que por dentro ele deve estar sentindo o mesmo que eu.

- Tenho a impressão de que quando eu chegar na porta da escola eu vou dar meia volta e voltar para casa com ela! -  Eu sei que não faria, mas o meu instinto parece gritar isso. Falo assim que enxáguo a boca e me olho no espelho. Passo a toalha na boca e fico me encarando com um sorriso bobo no rosto.  

- Não duvido que você faça isso, sei como é apegada a ela. Eu meio que já me acostumei com a ideia já que volto a trabalhar hoje mesmo. Mas você sabe que essa hora iria chegar mais cedo ou mais tarde né? - Ele termina de colocar os seus sapato e vem até a porta do banheiro onde ele se escora no arco e fica e observando.

- Eu sei, só achei que isso não seria tão rápido - tirei a visão do espelho e passei a olhar para o Sean - Desde que tudo aconteceu eu praticamente não passei mais de uma hora longe da Bia e agora passarei as tardes sem ela. Você acha que ela vai se dar bem na escola? - ponho a mão no coque bagunçado que eu fiz e tiro a presilha para que eu possa ajeitar o cabelo. Acho que eu estava sendo um pouco dramática, mas é verdade o fato de eu não saber como será não te-lâ comigo durante uma parte do dia.  

- Olha, amor. Eu estou mais preocupado com o fato de você não se dar bem sem ela do que o contrário - Nos dois acabamos rindo -A Bia apesar de também ser apegada a você também, ela gosta de descobrir coisas novas. Aposto que ela vai adorar! E será bom para  o desenvolvimento. - Sean chega mais perto de mim e passa um dos seus braços pela minha cintura e sua boca vai de encontro a minha selando um beijo bem rápido nela. Suas palavras me deram mais confiança e uma vontade de bater nele ao mesmo tempo!

- Tem razão. Espero que ela realmente goste, porque até agora ela não aceitou bem a ideia de ir – Falei com um pequeno riso entre as palavras. Minha mão estava na cintura dele e nossos olhares estavam conectados.

- Ela nem três anos tem ainda, não assimilou ainda o que significa ir. Mas garanto que quando ela ver tudo o que tem lá é capaz de não querer ir embora – um riso saiu da sua boca. Sean estava com um humor delicioso essa manhã, seria a primeira reunião dele antes de começar a gravar. Acho que a única que não estava muito contente hoje era eu.  

- Nem fala uma coisa dessas! - bato no ombro dele e ele solta um gemido – Quer me deixar mais nervosa do que eu já estou com essa ideia? - tiro as mãos da sua cintura e me viro de costas com os braços cruzados.

- Calma, eu estava brincando! Quando ela te ver na porta vai ir correndo para os seus braços - Sean da risada de mim e me abraça pelas costas. Seus braços envolvem minha cintura e eu ainda não dou o braço a torcer. Agora seu rosto encaixa entre o meu ombro e pescoço, tentando fazer com que eu relaxe.

- Espero que esteja certo – ele assopra meu ouvido me fazendo sentir um arrepio – Se esta tentando me seduzir pode ir parando! Preciso terminar de me arrumar para ir ajeitar a Bia e você vai ir preparar o café da manhã – seguro seus braços e tiro eles da minha cintura para que eu possa me soltar dele. Faço isso como vingança por ele estar me deixando mais louca com tudo que está prestes a acontecer.    

- Quem disse que eu estava tentando? - ele olha para mim todo se fazendo de vitima  assim que eu fico de frente - Não posso mais abraçar você sem ter segundas intenções? - faz cara de coitado

- Hum, então estava só me dando carinho? - arqueio a sobrancelhas e ele faz que sim com a cabeça - Você não me engana, agora da licença que eu preciso ir ver nosso pequeno terremoto – cruzo do lado dele sem mostrar muito os dentes indo em direção ao quarto

- Lana, espera! - sinto ele me segurar pelo braço e eu ir de encontro a ele - Não vai sair assim – Sean rouba um beijo de mim com muita intensidade. Eu perco as forças e cedo. Nossas línguas se cruzam rapidamente quando eu dou passagem. Sem muita enrolação eu me liberto dos seus convidativos lábios e saio com um sorriso no rosto.

Deixo Sean sozinho lá e vou rapidamente para o quarto da Bia. Ela já tinha acordado faz pouco tempo e Sean deixou ela deitada tomando uma mamadeira. Entrei e ela estava com as pernas levemente levantadas e a mão direita segurava a mamadeira na boca. O recipiente já estava seco, mas ela insistia em ficar sugando.  

- Bom dia meu amor! - cheguei perto da cama  e levei a mão ate ela tirando o cabelo que estava no rostinho dela – vamos trocar de roupa? - fiz carinho na testa dela enquanto tirava a mamadeira das suas mãos.

- "piguicha" - falou fingindo que não tinha força para levantar -" aijua" - esticou os dois braços em minha direção com um sorriso muito sapeca

- Preguiça? Vou te ajudar com essa preguiça então - levei as duas mãos até a barriga dela e comecei a fazer cocegas, pois eu sei que aquilo só se tratava de manha. Ela contorce todo o corpo tentando escapar de mim, mas de proposito eu não deixo escapatória para ela.

- "Pala" - fechou bem os olhinhos e deu uma gargalhada enorme para mim - " Pala, mamain" - tentou novamente se livrar de mim virando o corpinho de lado para que eu não alcançasse sua barriga.

- Parei, Maria preguiça - tirei minhas mãos do seu corpo e deixei que ela pudesse respirar depois das cocegas. Assim como eu ela ainda dava risada também. Arrisco em dizer que a parte da manhã é uma das partes do dia em que ela está mais calma e carinhosa – Vamos tomar banho agora e colocar o uniforme mocinha – estiquei meus braços para ela e ela fez o mesmo, acho que ela nem tinha ideia do que significava por o uniforme. Encaixei as mãos embaixo dos seus braços e ergui ela. Assim que tirei ela por completo do berço imediatamente eu coloquei ela de pé no chão - fica aqui que eu vou pegar a sua toalha e sua roupa – me certifiquei que ela não fugiria e fui pegar suas coisas.

  Dei o banho na Bia em tempo recorde a se considerar as travessuras que ela gosta de aprontar quando esta dentro da água. Penteei seus cabelos  e fiz duas colinhas nele. Coloquei o uniforme da escola nela sem dificuldades. A cada hora que passava eu ficava com o coração cada vez mais apertado por saber que em seguida  iriamos deixar ela na escola.  

 Descemos de mãos dadas até a cozinha para encontrar o Sean que estava com o café pronto, exatamente do jeito que eu mandei mais cedo.  

- Mas olha se não é a aluna mais linda do papai! - Sean assim que viu nossa presença ficou encantado em ver a Bia toda arrumada e foi direto pega-la no colo – Quem arrumou o seu cabelo? - passou os dedos pelo cabelo preso dela com um sorriso todo babão

- "mamain" - Bia apontou para mim que estava bem na frente deles e logo pôs o dedo na boca em meio a um sorriso - "belo, munito"

- A "mamain"  está de parabéns! - ele deu um passo para frente e levou seus lábios de encontro ao meu num rápido selinho – próxima vez quem vai fazer um penteado bem bonito sou eu! - falou de modo bem convencido a admirar nós duas

-Essa eu vou pagar pra ver! - assim que ele falou eu não me segurei e acabei rindo, só eu ei como o Sean não leva o menor jeito para essas coisas – Acho melhor tomarmos o café, que esse eu sei que você sabe fazer bem! - dei uma batidinha no seu ombro ainda com um sorriso divertido

- Você vai ver só! - falou em tom divertido – nisso você tem razão! - ajeitou a Bia no seus braços para coloca-lá na cadeirinha. Sentei ao lado da Bia e Sean sentou na nossa frente. Coloquei um babeiro na Bia para que não sujasse sua roupa enquanto comia umas frutas e eu desse sua papinha.

- Sean, você vai poder ir comigo levar ela depois do almoço? -  questionei enquanto nos dois bebericávamos um gole de suco de laranja. Seria importante ele ir comigo para que eu me sentisse melhor.  

- É claro que eu vou com vocês! A reunião só começa depois da uma e meia e eu não perderia o primeiro dia de aula dela por nada nesse mundo! - Sean falou tão empolgado que me fez rir – Bia, está animada para ir para a escola? - chamou a atenção dela com um sorriso no rosto enquanto passava geleia no seu pão

- "icola?" - tombou a cabecinha para o lado meio confusa com a pergunta - "icola nhaum" - de alguma forma ela lembrou do que se tratava e balançou a cabeça em sinal de negação.

-Acho que o único feliz com essa história nessa mesa é você, amor – soltei o garfo na mesa e levei a mão na boca, dando uma leve gargalhada com a resposta da Bia para o Sean.

´- Espera ela chegar lá - ele riu para mim e comeu um pedaço do seu pão - Lana, você sabe que se quiser que ela comesse depois que completar os  três anos não tem problema – voltou a ter um semblante serio e compreensivo ao mesmo tempo

- Sean, eu quero que ela comesse agora, vai ser bom – peguei sua mão por cima da mesa - É apenas o meu instinto protetor que tem medo de deixar ela com outras pessoas – dei um sorriso de canto

- Tudo bem, entendo você - fez carinho com o polegar na parte superior da minha mão - já terminou de comer? - perguntou  

- Já! - falei – quer que eu te ajude? - questionei assim que vi ele levantando para retirar as coisas da mesa  

- Pode deixar que eu limpo tudo por aqui, vai brincar com ela – Sean segurou a minha mão que já estava pronta para pegar os pratos e me olhou com um sorriso divertido –depois eu me encontro com vocês - me soltou, deu um selinho em mim e beijou o topo da cabeça da Bia.

- Está bem! - sorri convencida da sua sugestão - Está animado com a reunião? - deixei ele fazer a limpeza e tirei a Bia da cadeirinha. Limpei suas mãos e a boca com um guardanapo e tirei o babeiro dela.

- Minhas pernas estão tremendo – ele deu risada, levando as coisas para a geladeira - já faz um ano que eu não atuava. É como seu eu estivesse fazendo isso pela primeira vez de novo! - falou meio rápido, era notável que ele estava ansioso pelo seu momento.

- Você vai se dar bem, amor – pisquei para ele – fica tranquilo – mandei um beijo no ar para ele e fez que recebeu.

 Passei o resto da manhã brincando com a Bia e o Sean. Esses momentos de nós quatro juntos era delicioso.  Não tardou muito e nos fomos preparar o almoço. Assim que terminamos eu fui terminar de arrumar as coisas da Bia para levarmos ela para a escola logo no começo da tarde.

- Pronto meu amor! - eu estava agachada na altura dela ajeitando sua roupa e pondo a mochilinha nas suas costas.

- "unifoime" - espalmou as mãos pela sua roupa a analisar os detalhes - " Ia, ta ponta" - deu um sorriso de ratinho que me derreteu toda

-  Isso mesmo! - terminei de verificar se tinha pego todo o necessário e levantei – vamos então? - passei o polegar nas suas bochechas e dei um beijo na sua têmpora, a hora estava chegando.

Peguei na mão dela e fomos encontrar o Sean que já estava pronto esperando por nós. Ele estava bem vestido para o seu compromisso.  

- Podemos ir? - questionou-me assim que nos aproximamos dele que estava na beirada da porta nos esperando. Sean me transmitia confiança e segurança com o olhar.

- Podemos –falei de uma vez só e parei na frente do Sean enquanto ele abria a porta para nós. Fui com a Bia até a porta do carro e esperei por ele para coloca-la no acento  

- "passiar, mamain?” - ela levantou o olhar até mim e questionou com um sorriso sapeca. Fiquei sem saber o que falar na hora, eu não queria mentir e depois ela fazer birra quando visse que era outra coisa.

- Você vai ir passar a tarde num lugar cheio de brinquedos e uma prof bem legal! - olhei para ela e tentei ser convincente. Não foi a melhor explicação, mas pelo menos consegui evitar mencionar a palavra "escola".     
- "binquedo! Ebaaa" - saltitou me fazendo rir  

- Vem cá coelinho – Sean pegou ela de surpresa no colo – Vamos lá - ele riu e colocou ela no assento, fechando o cinto. Fechou a porta do carona e deu a volta para entrar no carro, eu tratei de entrar também. Com todo mundo no seu lugar, a partida foi dada.  

A escola que matriculamos por sorte ficava no mesmo bairro que o nosso e a poucos minutos de distancia da nossa casa, o que foi uma das minhas exigências. Sem muita demora, nós três estávamos na frente da escola. Um bolo pareceu se formar no meu estomago assim que o Sean parou o carro. Nos dois descemos e eu fui tirar a Bia da cadeirinha, ela tinha um olhar curioso assim que pode enxergar a sua volta. Sean pegou uma das mãos dela e eu peguei a outra, sendo assim nos fomos caminhando até o portão com ela no nosso meio e de mão dadas.

- " iscorrega" - Bia soltou a minha mão e apontou para o brinquedo que ficava no pátio ao lado. Tudo aquilo era novidade para ela.

- Isso filha! - sorriu – Lana, está bem? - perguntou percebendo que eu estava quieta enquanto caminhávamos até a sala de aula, em meio a outras crianças que corriam e eram acompanhadas pelos pais.  

- Estou - respondi com um sorriso disfarçado - Acho que a sala fica  direita – desviei o assunto, apontando o corredor certo assim que entramos no prédio. O local era bem colorido, transmitindo muita alegria. Isso me deu um certo conforto, a cada passo que nos deixava mais perto da sala de aula dela.

- Tudo bem – Sean aceitou minha resposta por já saber como eu me sentia – Bia, gostou desse lugar? - perguntou enquanto ainda  andávamos pelo corredor.  

- "gotei,papain" - virou a cabeça para olhar ele. Ela estava completamente maravilhada com o lugar -" mochia vede, papain! " - torceu o corpo para mostrar a sua mochila verde. Eu nem quero comentar sobre a cara que o Sean faz quando eu mostrei a mochila para ele logo que comprei.

- Muito bonita! - falou achando graça dela. Eu por um momento até dei uma leve risada quando vi a cara dele quando a nossa filha lhe mostrou a mochila

- Bem, chegamos –  parei em frente a sala de aula que haviam nos indicado e meu coração se apertou por saber que estávamos a segundo de entregarmos ela as professoras  

- Você deve ser a Bia! - A professora que estava na porta logo a reconheceu e arqueou o corpo para olhar a Bia - Muito prazer, sou a professora Isabela – ela olhou para nós dois com um sorriso simpático e esticou a mão para nos cumprimentar

-" ia maler" - Bia se apresentou a professora com muito carisma. Nós três ficamos encantados com ela

- Prazer, Sean – Ele retribuiu o cumprimento da moça  

- Prazer, Lana – olhei para a moça e repeti o ato. Eu estava olhando para dentro da sala, analisando tudo para ter certeza que tudo estava certo. O fato da Isabela parecer simpática e boa com crianças me tranquilizou.

- Vem Bia, quer conhecer a sua sala? - a moça esticou a mão para a Bia. Nesse momento acho que meu coração perdeu uma batida.

- "quelo" - ela soltou primeiro a minha mão e depois a do Sean. Bia estava impressionada com tudo e rapidamente alcançou a mão para a Isabela. Antes dela entrar ela nos olhou com um sorriso, como se disse que ficaria bem. Meus olhos já estavam ficando marejados, era a primeira vez que a Bia ia sozinha com outra pessoa - "thau mamain,tchau papain" -  abanou para nós

- Não se preocupem, a filha de vocês será bem cuidada por nós. Qualquer coisa nos avisaremos os senhores, podem ficar tranquilos – Isabela de mão dada com a Bia, falou para nós vendo que eu estava preocupada. Eu sei que tudo ficaria bem, mas como mãe sempre ficarei preocupada.

- Obrigado – Sean respondeu por mim e vendo que eu estava abalada me estendeu a mão - tchau meu amor – falamos juntos -  Podemos observara ela por uns instantes? - perguntou

- Podem – Ela respondeu sorrindo. Assim que  respondeu o Sean ela entrou de vez com a Bia na sala. A pequena não ficou desconfiada e foi entrando observando tudo o que era novo. A moça ajudou ela a tirar a mochila e rapidamente a Bia foi correndo observar e pegar alguns brinquedos. As outras crianças que estavam na sala também chamaram a sua atenção .

-Ela se quer olhou para trás - uma lagrima escorria pelas minhas bochechas, eu esperava que ela tivesse medo e fosse correndo para os meus braços. Nesse instante eu senti que ela está crescendo e logo não precisara mais de mim.  

-Vem cá - Sean me abraçou me dando suporte – Lana, não precisa chorar – acariciou meus cabelos - você viu que ela já se deu bem

-Eu sei, mas eu não consegui evitar – apertei ele ainda mais – nossa menina está crescendo – limpei o rosto com os punhos e soltei seus braços  

-Ela está - ele sorriu para mim – acho até que vou registrar esse momento – colocou a mão no bolso para pegar o celular, com um sorriso que me deixou irritada - "Primeiro dia de aula da nossa filha"

-Maguire, não ouse me fotografar chorando! - falei braba e emocionada ainda com a situação  

-Tá bom – ele colocou o aparelho de volta no bolso vendo que eu não gostei da ideia – me desculpe – passou a mão pelo meu rosto compreendendo que eu não estava legal  

-Desculpado – toquei a mão dele que estava sobre meu rosto - só vamos logo antes que você se atrase – olhei para a sala e vi a Bia já enturmada com os coleguinhas e sorri. Voltei meu olhar para o Sean, pedindo que fossemos logo pra casa.

-Ok, vamos indo então - ele passou um braço pela minha cintura e nos fomos nos distanciando da sala de aula. Eu estava feliz por Bia ter gostado e Sean tinha razão quando disse que ela ia se dar bem assim que entrasse. O que estava abalado era meu emocional, não era fácil deixar sua filha com outra pessoa. Acho que por estar gravida qualquer coisa me fazia chorar. Agora tudo o que eu queria era que a hora de vir busca-la chegasse de uma vez, pois eu já estava sentindo saudade dela.