Já fazia vários dias que estávamos refugiados no Texas e eu e Axl estávamos realmente a divertir-nos.
O tempo estava radiante, era Verão e o muito sol e calor faz com que ninguém queira estar em outro lugar que não seja numa piscina, a olhar as verdes paisagens que somos capazes de encontrar por aqui. Poderia passar toda a minha vida no Texas, a calmaria que podemos encontrar aqui, não tem nada haver com a correria e poluição que existe em Manhattan.
-No que está a pensar? –Axl interrompe os meus pensamentos, chegando montado em um cavalo branco.
-No quanto é bom estar aqui… -Ele sorriu
-Quer vir andar de cavalo?
-Acho que não, estou com muito calor. Não aguentaria.
-É Verão, querida… -Ele saiu do cavalo, os prendendo ao mastro e sentando na espreguiçadeira, que estava ao meu lado.
-Por isso mesmo… Está muito calor para andar de cavalo.
Ele voltou a sorrir, se deitando.
-Não sei o que gosto mais, se da tranquilidade do Texas, ou da euforia de Manhattan. –Ele falou
-As duas coisas, para momentos diferentes. –Eu concluí.
Nesse momento, o meu celular toca…
-BOA TARDE VADIA! –Era Emily, que havia me telefonado
-Como você está?
-Bem. Vinha fazer-lhe uma proposta…
-FALA! –gritei
-Eu estou na Austrália e conheci aqui um grupo bem maneiro, o que acha de me fazer uma visita? Vão ser as melhores semanas de toda a sua vida.
-Para quando? –perguntei
-AGORA!
-Não posso, estou no Texas com o Axl…
-Como assim? Com o Axl?
-Bom, nós meio que estamos… namorando?!
-Isso é ótimo, parabéns.
-É, é mesmo!
-Bom, já que não aceitou… Tenho de ir. –Ela desliga, mas eu continuo a pensar na proposta. Não seria assim tão mau se eu aceita-se, seria?!
Enquanto isso, Axl adormeceu ao meu lado, decidi ligar para Ethan. Ele tinha a Adriana presa em cativeiro desde que eu e os outros fomos presos. Ela tentou fugir do país e como combinado, ele apanhou-a. Alguém atende do outro lado da linha:
-Sim? –Um homem fala
-Gostaria de falar com Ethan.
-Com certeza. –Algumas trocas de palavras e a chamada é passada para ele.
-Como está a nossa menina?
-Pior não poderia estar. –Ele ri
-Está morta?
-Ainda não!
-Sabe se ela tem algo haver sobre ter sido presa?
-Torturei-a para ela me falar essas informações e ela jura que não fez nada.
-Mas ela fez! Continue…
Algum tempo de conversa e desligámos, eles estão em Nova Iorque, era para eu participar do plano de tortura. Mas não tive qualquer hipótese com tudo o que aconteceu…
Levantei-me e mergulhei na piscina, sentia o meu corpo ferver por causa do sol.
Talvez eu ficasse um pouco mais morena…
Enquanto eu nadava, a mãe do Axl chega perto da piscina.
-Está gostando das suas férias? –Ela perguntou
-Claro, você é sempre tão acolhedora…
-Ainda me lembro de vocês mais pequenos… -Ela choramingou. –Agora estão adultos e fazem as suas próprias decisões.
-A vida passa e as pessoas crescem…
-É verdade, mas a menina não entende porque ainda não é mãe. Quando for, você vai perceber…
Ela sentou na cadeira perto da piscina e choramingou, olhando para o Axl, que dormia.
Decidi colocar um pouco de conversa…
-Porque decidiu se isolar aqui no Texas?
-Bom, minha carreira terminou e eu não estava mais com cabeça para ficar em Manhattan. Chega a uma certa idade que a correria da cidade a deixa estasiada.
-Entendo… Mas a casa é muito bonita. Tem uma bela propriedade.
-Eu sei, tenho tudo o que alguém de qualquer idade gostaria de ter.
-É verdade. –Concluí, concordando.
-Você e o Axl estão a pensar ter filhos? –Nesse momento engasguei-me com a minha própria saliva.
-Acho que não, é muito cedo.
-Vocês já têm 24 anos e se gostam desde crianças…
-Eu sei, mas como a senhora sabe, nós nunca nos demos muito bem.
-Eu lembro-me, vocês se debatiam mesmo quando ainda tinham uns 5 ou 6 anos, era hilariante.
-Imagino… -Rimos
Algum tempo depois e ela retirou-se para descansar, ela estava fraca, tinha tido um ataque cardíaco à cerca de dois meses. Axl acorda e vem até mim, entrando na piscina.
-Você sabe o quanto é abençoada por estar namorando comigo? –Ele pergunta
-Não. Deveria saber?
-Sim, eu escolhi você e isso a torna especial. Você é minha, só e apenas minha! –Ele falou, mordendo o meu lábio.
-E você é meu! –Ele fez uma careta de desaprovação e beijou-me o nariz.
-Já não está tanto calor, vamos andar de cavalo? –Assenti e ele puxou-me para fora da piscina. Montámos nos cavalos e galopámos pela encosta abaixo.
-Já me tinha esquecido do que é andar de cavalo… -Falei-lhe
-Normal, em Manhattan não pudemos.
-Acho que isso está muito mal feito!
-É uma cidade, é normal…
-Acho que vou voltar para cima, quero ir jantar a algum restaurante hoje.
-Não estou muito afim…
-Tudo bem, então eu vou sozinha. –Falei, galopando de volta para casa. Logo ele veio atrás de mim.
-Não, eu vou com você. Acha que vou deixar você sozinha, enquanto tem esses crocodilos lá fora? –Eu ri, parando o cavalo perto do celeiro.
-Leva-os para dentro? –Perguntei e ele assentiu.
Voltei para casa, tomei um demorado duche e escolhi minha roupa. A casa era enorme, além de todo o espaço verde que tem em volta, só a casa é bastante grande. Cerca de seis quartos, sete banheiros, um escritório, uma sala de jantar e outra para descansar, uma cozinha enorme, um salão onde só habita um grande piano, um pequeno ginásio e uma cave. Todo decorado em estilo antigo, também com algumas coisas modernas, dá à um certo luxo e um design surpreendente.
Passei os meus cremes e vesti-me, estava a acabar de me maquilhar quando o Axl bate à porta do quarto.
-Está pronta?
-Não, mas você está…
-Vim buscar as minhas coisas enquanto você tomava duche.
-Porque não tomou comigo?
-Você demora muito tempo. –Ele riu
Terminei de me maquilhar enquanto ele foi dizer à mãe que iriamos sair para jantar.
Encontrámo-nos na saída da propriedade.
-Acho que você deveria ir com algo mais comprido… -Ele reclamou já no carro.
-Mas a minha saia vai até ao joelho…
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