História Just a Chance - Epílogo

“Eu preciso de você, garoto

Por que eu me apaixono e

digo adeus sozinho?

Eu preciso de você, garoto

Por que eu preciso de você mesmo sabendo que vou me machucar?”

-I Need U, BTS.

Na manhã do dia seguinte, Nathaniel fora acordado pela luz do Sol adentrando o quarto pela janela. Ele coçou os olhos, tentando deixar sua visão nítida, enquanto sentava sobre o colchão. Ao olhar ao redor e lembrar-se da noite anterior, automaticamente, sorriu.

Levou uma de suas mãos até os próprios lábios, alisando o local com a ponta do dedo indicador, relembrando todos os beijos que recebeu. Um arrepio gostoso atravessou seu corpo e o loiro deixou uma risadinha boba escapar. Estava realmente parecendo um bobo apaixonado. E ele era.

O aquariano decidiu ir tomar um banho, percebendo que se ficasse mais tempo ali naquela cama, acabaria dormindo de novo. Ergueu-se com uma certa dificuldade devido as dores em sua lombar, causadas pela noite anterior. Caminhou a passos lentos até o banheiro e ao chegar no mesmo, encarou-se no grande espelho que havia ali, notando várias marcas pelo seu corpo.

Um roxão no pescoço, outro no ombro, marcas de mordidas em suas coxas e de dedos em sua cintura. Até mesmo seus mamilos estavam avermelhados e um tanto doloridos. Normalmente, qualquer pessoa em sã consciência acharia aquilo horrível e Nathaniel estava achando horrível, porém, isso não significava que ele se arrependia das marcas e do que havia feito ontem.

– Finalmente a Bela Adormecida acordou. – a voz sarcástica de Castiel fez-se presente e logo o ruivo estava no banheiro também.

O loiro encarou-o pelo espelho, sentindo-se corar imediatamente, lembrando-se de que estava nu. Alcançou um dos roupões brancos que haviam ali, cobrindo-se em seguida, enquanto o leonino aproximava-se perigosamente do mais novo.

– Não é como se eu nunca tivesse te visto nu antes. – Castiel debochou.

O aquariano apenas balançou a cabeça negativamente, o ruivo nunca mudaria. Sempre teria aquele sarcasmo e deboche presente na maioria de suas falas.

– Dói? – o mais velho perguntou assim que tocou em dos roxões que haviam no pescoço do loiro.

Nathaniel contentou-se em apenas negar com a cabeça.

– Ótimo. – Castiel depositou um rápido selinho sobre a marca – Tome um banho e vista-se. Vamos tomar café da manhã aqui mesmo e eu não gosto de atrasos. – sorriu ladino antes de retirar-se do banheiro, deixando o mais novo sozinho com os seus próprios pensamentos.

O aquariano ainda ficou um tempo parado em frente ao espelho, antes de finalmente tomar banho. Mesmo tendo dormindo bastante, ele ainda se sentia cansado e um tanto mole e isso resultava em um Nathaniel preguiçoso.

Depois de vestir uma roupa confortável, dirigiu-se até a cozinha, vendo Castiel parado em frente ao fogão, preparando panquecas em uma frigideira pequena, enquanto comia um pirulito. O loiro nunca deixaria de se surpreender com os “dotes culinários” do mais velho, por isso, sentou-se na bancada sem fazer barulho e apenas observou.

– Está com fome? – o ruivo indagou ainda de costas.

Nathaniel deu um pulinho sobre a cadeira devido ao susto. Ele podia jurar que havia sido silencioso o bastante para que Castiel não notasse sua presença.

– Um pouco... – murmurou.

Alguns minutos depois, o leonino serviu a si e ao loiro, derramando calda de chocolate sobre as panquecas. Ambos comeram tranquilamente enquanto Nathaniel elogiava o café da manhã que o ruivo havia feito e este gabava-se.

Quando terminaram, Castiel estendeu a mão para o mais novo e o mesmo segurou-a. O mais velho levou-os até a sacada que tinha ali no quarto, onde pararam para admirar a beleza do mar à sua frente.

– Nathaniel... Há algo que eu preciso lhe dizer. – o ruivo começou e o aquariano estranhou o fato dele não ter lhe chamado de “loirinho” como sempre fazia – Eu não sou bom com esse tipo de coisa, então serei direto. – respirou fundo – Eu gosto de você.

O mais novo franziu o cenho.

– Como assim? – perguntou.

– Ah, sei lá! – Castiel exclamou e Nathaniel podia jurar que o viu corar – Meu coração acelera quando vejo você, minhas mãos suam e minhas pernas ficam bambas. Sei que pode não parecer porque sou um ótimo ator e sei disfarçar isso... – deu um sorriso convencido – Mas já faz algum tempo que venho sentindo essas coisas e... Arrisco dizer que estou apaixonado por você.

O loiro precisou de alguns bons minutos para digerir o que o ruivo havia dito. Assim que voltou a raciocinar, sorriu para o leonino.

– Então você me ama? – Nathaniel provocou.

– Não abuse, loirinho. – riu – Mas, é. Pode-se dizer que sim.

No segundo seguinte, o aquariano não poupou esforços ao jogar-se no colo de Castiel, sendo segurado pelo mesmo enquanto grudava seus lábios. Ambos soltavam sorrisos entre o beijo e o mais novo podia jurar que seu coração iria explodir de tão acelerado.

Enquanto as línguas acariciavam uma a outra, o ruivo apertava o corpo de Nathaniel fortemente contra si. Ele não era bom com sentimentos e ficava feliz em saber que o loiro lhe compreendia. Qualquer um teria rido da forma como se “confessou”, porém, o aquariano sempre mostrava-se ser diferente.

– Você ainda não disse que me ama também. – Castiel sorriu quando desgrudaram os lábios.

– Eu achei que já tivesse deixado bem claro... – riu – Mas se isso vai te deixar feliz, eu amo você.