“Me chame de obcecada
Me chame de louca
Algo está rastejando por minhas veias
Os olhos não podem ver
O que se passa em meu interior
Eu não posso parar e você não me pode parar”
-Pyromania, Cascada.
23:54min, 18/09/2012
Paris-França.
A jovem olhava a cidade através de uma grande janela de vidro que havia em seu escritório. Via carros, pessoas, animais passarem e tudo parecia terrivelmente entediante para si.
Estava à espera de seu informante, Henri. Ele traria informações muito valiosas para ela dentro de alguns minutos e ela sentia o sangue borbulhar em suas veias ao pensar que seu plano podia ter dado certo ou não.
A porta de sua sala fora aberta com um ranger irritante. Ela virou-se para trás, vendo Henri sentar-se em uma das poltronas à sua frente.
-E então? – a moça indagou curiosa.
-Tudo ocorreu exatamente como o planejado. – Henri sorriu.
-Ótimo. Agora só precisamos esperar até amanhã para vermos o espetáculo acontecer. – lambeu os lábios, deliciando-se com a notícia de logo o seu maior inimigo estaria morto.
[...]
-Tomaram banho de mar em pleno inverno? – Kentin indagou ao amigo, vendo este assentir – É por isso que você está doente agora! –exclamou.
-Não é como se eu pudesse impedi-lo! Ele é mais forte do que eu! – Nathaniel argumentou, lembrando-se de que fora arrastado por Castiel até o mar e em seguida espirrou – E é só uma gripe, nada demais.
-“Nada demais”? Essa gripe está te impedindo de sair de casa. – o pisciano retrucou, estendendo uma xícara de chá quente para o amigo.
-Obrigado. – o aquariano agradeceu, em um murmúrio.
Nathaniel encontrava-se em sua casa, sentado no sofá, enrolado em cinco cobertores e agora com uma bebida quente em suas mãos. À essa hora, era para ele estar no trabalho, mas segundo Kentin, o loiro estava espirrando e tossindo demais para ir trabalhar.
-E sua noite com Alexy? Como foi? – indagou ao moreno, que corou imediatamente.
-Foi... – ele levou um tempo para continuar, como se estivesse escolhendo as palavras certas – Foi maravilhosa. – confessou, sorrindo tímido.
-Acho que posso imaginar o que vocês fizeram. – o mais velho comentou em um tom malicioso.
-Não fale como se você e aquele ruivo metido não tivessem feito o mesmo há alguns dias atrás. – Ken retrucou e foi a vez de Nathaniel corar.
-Calado! Estamos falando de você e não de mim! – chutou o mais novo de leve.
Kentin riu do loiro e voltou a prestar atenção em um programa qualquer que passava na televisão.
-Foi boa mesmo? – o ex representante de turma insistiu.
-Sim, eu já disse que foi maravilhosa. – o pisciano encarou o outro – Sabe quando você conhece alguém e esse “alguém” parece ser perfeito para você? Como se te completasse, como se fosse a sua verdadeira alma gêmea? – sorriu encabulado.
Sim. Nathaniel sabia como era, porque ele se sentia exatamente assim com Castiel. Mesmo que fossem completamente opostos, o aquariano sentia que o leonino o completava de alguma forma. E como dizem: os opostos se atraem, não é mesmo?
-Você está mesmo apaixonado por ele, não é? – o mais velho quis saber.
-Sim... – Ken voltou a ruborizar.
O loiro riu e em seguida sentiu seu celular vibrar em seu bolso. Retirou-o de seu casaco e viu que havia uma nova mensagem. Clicou no ícone do envelope, lendo a mensagem um tanto surpreendente que receberá:
“E aí, loirinho? Está tudo bem?
Você não compareceu ao trabalho hoje...
Queria saber se você está com algum problema. E se estiver, não hesite em me contar ;)
Castiel.”
Desde quando o ruivo se preocupava com ele?
-Quem era? – Kentin indagou.
-C-Castiel... – murmurou o aquariano.
-E o que ele queria?
-Queria saber porque eu não fui ao trabalho hoje e se estou bem...
Nathaniel estava abobalhado demais com o fato de Castiel ter se preocupado com ele, que mal raciocinava direito, tanto que nem notou quando a campainha de sua casa tocou e Ken foi atender.
Segundos depois, um leonino abusado estava sentado ao seu lado no sofá, com um dos braços por cima de seus ombros.
-Sabia que é falta de educação não responder a mensagem de outras pessoas? - Castiel indagou, em um sussurro na orelha do loiro.
O aquariano deu um pulo no sofá ao perceber que seu amante estava na sua casa, no seu sofá e o abraçando.
-O que você está fazendo aqui? – foi tudo o que ele conseguiu perguntar.
-Vim conferir se você ainda está inteiro. – deu de ombros – E pelo jeito eu fiz bem em vir. Está doente, não está?
-Como você sabe? – Nathaniel espantou-se
-Não é muito difícil de adivinhar com você estando enrolado em vários cobertores e com o nariz vermelho.
O loiro corou. Ele devia estar horrível. Com aquela aparência de pessoa doente, mais pálido do que o normal, cansado e cheio de olheiras... Ok. Como ele próprio havia dito, era apenas uma gripe.
-Você já pode ir embora. – Castiel apontou para Kentin – Eu vou cuidar dele. – apontou para o aquariano.
Ken decidiu não relutar. Despediu-se do amigo, indo diretamente para a casa de Alexy.
-O que acha de darmos uma volta? – o ruivo indagou – Tem um filme que acabou de estrear nos cinemas e parece ser bom.
-Certo... Eu preciso fazer algo antes. Pode ir indo na frente, eu vou depois. – disse o loiro, lembrando-se de que seu carro finalmente retornara da oficina.
-Tudo bem. Cuidado e não se esqueça de colocar pelo menos uns quatro casacos. – riu.
Ambos beijaram-se antes do leonino retirar-se. Nathaniel tomou um banho quente e encheu-se de agasalhos até parecer um pinguim. Foi até a garagem, de onde deu a partida até o cinema.
[...]
-Nathaniel está doente? – Alexy indagou, acariciando os cabelos do namorado.
-Sim. Ele e o ruivo tomaram banho de mar ontem à noite e hoje de manhã eu fui até a casa do loiro e ele estava gripado. – Kentin informou, fechando os olhos e apreciando o carinho que recebia de seu amado.
-Então ele teve um bom motivo para ficar doente... – o geminiano sorriu maliciosamente.
-Se eu te chamasse para ir à praia de noite e depois você ficasse doente, você iria mesmo assim? – o pisciano encarou o mais novo.
-Mas é claro! – riu.
Os dois selaram seus lábios, dando início a um beijo lento. Kentin ainda estava se acostumando as sensações boas que o tomavam quando ele beijava Alexy. O geminiano parecia ser algum tipo de vício, do qual Ken não conseguia, e não queria, se livrar.
O ósculo aprofundou-se e o mais novo puxou os cabelos castanhos do outro. E eles teriam continuado aquele delicioso momento, se não fosse pelo celular de Kentin tocando insistentemente.
Alexy observou o namorado trocar algumas palavras com a pessoa do outro lado da linha e depois desligar o celular, com os olhos arregalados e a respiração pesada.
-O que aconteceu? – indagou o geminiano.
-É o Nathaniel... – pausou – Ele sofreu um acidente há alguns minutos...
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