-Miya eu tive muitas saudades suas! Você mudou muito.
-Você também, mas continua a ser o fofo de sempre. – disse sorrindo. – Que bom que encontrei você, assim já tenho pelo menos um amigo aqui.
-Amigo?... – perguntou confuso.
-Sim.. Nós somos amigos certo?
Depois que Lysandre se foi embora nós perdemos o contacto e nunca mais falámos. É estranho vê-lo agora como um amigo, mas sei que não podemos ser nada mais.
-Acho que sim... – respondeu confuso.
-Bom, até logo Lys, vou conhecer melhor a escola e os alunos.
-Se precisar de algo saiba que vou estar sempre aqui. – disse, baixando-se e beijando a minha testa.
-Obrigada. – sorri
Estava a andar pelos corredores quando um garoto veio até mim.
-Oi! Você por acaso viu um PSP por aí?
-Não vi não, quer ajuda a procurar?
-Claro! Vem comigo. – ele agarrou na minha mão e me levou para várias salas, nós prócuramos em todas mas não encontrámos nada.
Quando estávamos para desistir, um garoto reparou que estávamos procurando algo e veio ao nosso encontro.
-É isto que está procurando Armin? – o garoto começou a rir.
-Eu vou partir a sua cara Alexy! – ele foi até ao outro garoto e arrancou-lhe o PSP das mãos.
-Quem é essa diva aí? – o garoto de cabelos azuis disse, apontando para mim.
-Eu me chamo Miya. Eu sou a novata e estava a ajudá-lo a procurar o PSP.
-Eu me chamo Armin e este retardado aqui é o meu irmão Alexy. Obrigado pela ajuda. – disse o de cabelos pretos.
Está explicado porquê que eles eram tão parecidos.
-O retardado aqui é você! Não sou eu que fico o sábado todo em casa jogando invés de ir ao Shopping! – falou o Alexy
-Você gosta de ir ao Shopping? Deve ser o primeiro garoto que conheço que gosta! – falei, surpreendida.
-Sabe Miya, meu irmão é bixa, é por isso. – disse o Armin rindo.
-Pois sou! E com muito prazer! – o garoto mostrou a língua ao seu irmão.
Eu ri da situação. Fiquei conversando com eles por um bocado e eles me convidaram para ir ao Shopping. O Alexy se matou para convencer o Armin a ir com a gente, mas prometeu-lhe um novo jogo em troca de ele ir.
-Foi muito legal conhecer vocês, vejo-vos amanhã no Shopping então?
Os dois concordaram. Despedimo-nos e eu continuei o meu caminho.
Cheguei ao pátio e sentei-me num banco a ouvir música. Passado uns minutos, um garoto alto e de cabelos vermelhos se sentou do meu lado e tirou um dos meus fones.
-Ei! Quem você pensa que é para roubar meu fone?!
-Calma garota, eu não te estou assaltando ou algo do tipo.
Eu tirei-lhe o fone e coloquei-o. Continuei a ouvir música mas o garoto não saia dali.
-Porquê que você não vai embora?
-Estou incomodando a tábua? – disse com um sorriso malvado no rosto.
-“Tábua”? Sério, que idade você tem?
-Não te interessa.
-Não falei com intenção de você responder. Agora se me dá licença tenho mais que fazer, idiota.
Se há uma coisa que eu não gosto é quando me interrompem quando estou a ouvir música. Ouvi-la é a única coisa que me acalma neste mundo, o meu único momento de paz é quando a ouço. E é pior quando um idiota vem e me interrompe.
Estava quase na hora da minha próxima aula. Sentei-me no corredor enquanto esperava. Até que reparei que estava um anel muito bonito no chão. Peguei-o e quando estava a me levantar uma garota com uns lindos cabelos apareceu.
-Oi! Por acaso você não viu um anel?
-É este? – mostrei-lhe o anel.
-Sim! Obrigada por o encontrar, não sabe o quão importante ele é para mim. Valeu mesmo.
-De nada!
A garota foi-se embora correndo.
Deu a hora da aula e sentei-me sozinha. O Lysandre estava a entrar e reparou que estava sozinha então veio até mim.
-Posso me sentar com você?
-Claro. – disse sorrindo para ele.
Durante a aula notei muitas vezes que o Lysandre me olhava. Isso estava-me incomodando um pouco, mas preferi não falar nada.
-Sabe, estive a pensar se você não quer vir a minha casa um dia destes. Até podemos cantar os dois como faziamos antigamente. – ele sussurrou no meu ouvido.
Quando namorávamos eu e o Lysandre escreviamos e cantávamos músicas juntos. Isso também era uma desculpa para eu ir para casa dele sem que os meus pais e os meus amigos pensassem besteira.
-Seria legal.
-Assim até posso te mostrar algumas músicas novas que escrevi e você pode me dar a sua opinião.
Eu concordei com a cabeça e continuei a prestar atenção à aula.
A aula acabou e combinei com o Lysandre de ir a casa dele daqui a dois dias.
Estava para ir embora quando alguém me puxou pelo braço.
Era o Armin.
-Oi, já que você me ajudou a procurar o meu PSP posso acompanhar-te até casa como recompensa? – ele deu um grande sorriso.
-Claro!
No percurso para minha casa falámos sobre jogos e cantores/bandas que gostávamos. Eu e ele tínhamos gostos parecidos.
Armin me deixou em casa. Despediu-se abraçando-me e foi-se embora, jogando PSP como sempre.
Já estava preparada para ouvir as perguntas que os meus pais sempre me fazem no primeiro dia de aulas. Entrei em casa e pousei as minhas coisas no sofá.
Fui até à cozinha onde os meus pais estavam e lá começaram as perguntas chatas.
-Então? Como foi seu primeiro dia de aulas? – disse o meu pai.
-Fez amigos? Há garotos bonitos lá? – perguntou a minha mãe.
-Calma! – suspirei.
-Conta-nos tudo!
Eu contei-lhes sobre os amigos que fiz e o sobre tudo o resto que aconteceu durante o dia.
-Sério que o Lysandre está cá a viver! E que tal chamá-lo para cá vir jantar?
-Já é tarde mãe, ele provavelmente já jantou.
Minha mãe me encheu o saco para chamar o Lysandre então liguei para ele, na esperança que o número ainda fosse o mesmo.
E ele atendeu.
-Oi Lysandre.
-Miya? Oi!
-Eu contei aos meus pais sobre você cá viver e eles queriam muito que você viesse cá jantar. Você aceita?
-Claro! Estarei aí daqui a pouco. Beijos! – disse e desligou a chamada.
Passado uns minutos o Lysandre chegou. O jantar foi agradável, os meus pais sempre gostaram muito dele então foi como nos velhos tempos como quando Lysandre vinha em minha casa.
-Já é tarde. Acho que vou andando, obrigada pelo convite e pelo jantar, estava muito bom! – Lysandre disse.
Os meus pais despediram-se dele e eu acompanhei-o até à porta.
-Então... Até amanhã. – falei.
-Até. – Lysandre se aproximou de mim e me beijou na bochecha. Depois começou a ir embora.
-Lys! Espere! – falei.
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