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História Just Believe It - Nova Experiência


Escrita por: hermionemendes_

Notas do Autor


Oiiii tudoo bem?? Quero agradecer muito pelos favoritos, sério gente, isso me deixa muito feliz, mas vou deixar de falar disso um pouquinho.
Sobre o capítulo, bom, esse ainda vai ser um em que a Ally está no tour com o Shawn, espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 31 - Nova Experiência


Fanfic / Fanfiction Just Believe It - Nova Experiência

- Não fique nervosa. Vai dar tudo certo. – Shawn me encoraja.

Falta menos de uma hora para o show de Detroit começar e Shawn já fez a soundcheck e o Meet and Greet e agora está apenas esperando James entrar, para entrar depois. Eu vou entrar assim como o resto da banda, mas Shawn disse que dará alguma prioridade para mim. Não acho isso necessário, mas nem teria como eu fazer muito de diferente. Algumas das meninas me reconheceram de longe na soundcheck, mas apenas olharam sérias, e poucas sorriram. Imagino motivo.

Quando falei com James pela primeira vez, fiquei louca também. Acho ele incrivelmente talentoso e amo as músicas dele. Agora, ele já está no palco e estou pegando um violão e pendurando em meu ombro. É o violão preto com marrom escuro de Shawn, o qual tenho um parecido, e me sinto mais segura pois é algo com o que estou familiarizada. Decido tocar sem palheta para não acabar deixando cair no chão e para ser mais rápido de começar a fazer os solos.

Fico repetindo para mim mesma que vai dar tudo certo, mas continuo nervosa. Se eu estivesse patinando para o mesmo número de pessoas, teria ficado bem. Isso não é porque tenho medo de errar em si, mas sim de errar e estragar uma apresentação que nem sequer é minha.

Quando James sai do palco, é passado um pequeno vídeo de introdução e então Shawn entra no palco, que está iluminado apenas na frente por luzes azuis. Sou introduzida a entrar no palco também, em uma parte mais atrás, onde a luz não me atinge. Shawn começa tocando Something Big, e depois, na música seguinte, todas as luzes são acesas e sinto minha visão ofuscar, mas não preciso ver para saber o que tenho de fazer. Começo a seguir a música, acompanhando os outros e ficando atenta à alguma mudança de ritmo. A música tocada é Kid In Love, que não exige muitos instrumentos atrás para ser tocada. Meu coração bate forte, mas me concentro apenas no violão em minhas mãos, lembrando das tardes em que eu sentava e pegava as cifras destas músicas e treinava pelo tempo que pudesse, tocando apenas para mim mesma, sem imaginar que algum dia faria isso na frente da quantidade de pessoas que estão aqui agora.

Me atrevo a olhar para a frente por alguns momentos e vejo o tamanho do lugar. Aqui é enorme e consigo ver várias pessoas se mexendo e pulando, chacoalhando as mãos e gritando as letras das músicas.

Quando perco o nervosismo, o show se torna algo completamente divertido. Noto que algumas pessoas mais na frente me reconhecem e, diferentemente de algumas outras, elas gritam para mim e acenam. Dou um sorriso para os que fazem isso e uma piscada, porque não posso fazer mais nada além disso.

Tocamos mais algumas músicas até uma hora em que Shawn para, olha diretamente para mim e diz:

- Vamos tocar a nossa música agora.

Não entendo à princípio a qual música ele se refere, mas logo vou entender. Ele faz um aceno com a cabeça, indicando que devo ir para a frente e depois começa a tocar.

Reconheço imediatamente as notas de I Don’t Even Know Your Name.

Dou um sorriso para mim mesma e vou me aproximando muito lentamente da frente do palco. Percebo que os outros membros da banda saíram. Só eu e Shawn tocamos agora.

- ...and then you were gone – Shawn dá um grito no vocal e deixa as fãs loucas, e chega no refrão. Também cheguei na frente do palco e a vergonha ameaça me consumir por inteiro. – And I don’t even know your name... All I remember is that smile on your face – Shawn literalmente se vira para mim e canta olhando para mim, mas sem tirar a boca do microfone. Ele sorri, depois se vira de volta para o público.

Assim, todas as minhas dúvidas de quase um ano atrás desaparecem. Ele me viu no Brasil. Me notou e me reconheceu tento tempo depois no rinque. Isso me enche de uma energia diferente do que qualquer outro sentimento que já tive. Então canto junto.

Fecho os olhos e grito a letra da música o mais alto que posso. Agora eu também sou uma das fãs que veio aqui para assistir Shawn se apresentar. Sou apenas uma fã apaixonada.

Quando a música acaba, Shawn olha novamente para mim, sem se importar com o que isso irá parecer para as pessoas e eu sorrio para ele, soltando logo depois uma gargalhada.

As luzes se apagam e sei que devo me retirar do palco. Sim, até eu, porque sei respeitar o momento de agora. Me acomodo na coxia para assistir o que vai acontecer agora e me preparo para chorar.

Shawn começa a tocar os simples acordes, apenas quatro na música inteira e todas as pessoas reconhecem instantaneamente.

- I love it when you just dont care... – Todos gritam, inclusive eu. Aqui, Shawn toca a música no violão mesmo, e não no piano, como fez em algumas cidades até agora.

Enquanto a música se desenrola, penso em como o modo de cantar dele mudou, mas como sua voz permaneceu a mesma. Em quanto seu público aumentou, em quantas coisas ele conquistou em apenas dois anos, em como seu mundo mudou, mas ele permaneceu o mesmo desde Life Of The Party, e, ainda antes, dos Vines. Penso em como estou incrivelmente orgulhosa dele, e em como todos aqui estão pensando o mesmo.

Chegando no refrão, já estou com o rosto molhado e a voz esganiçada, mas não paro.

- We don’t have to be ordinary, make your best mistakes. Cause we don’t have the time to be sorry, so baby be the life of the party... - Um dos guitarristas de aproxima e coloca a mão em meu ombro, preocupado com meus soluços, mas digo a ele que está tudo bem e volto a prestar atenção em Shawn, que parece ser uma das pessoas mais felizes no mundo agora. Eu não me surpreenderia se ele fosse, realmente, a pessoa mais feliz do mundo.

Quando Shawn termina de tocar Life Of The Party, volto para o palco e paro onde estava antes, meio atrás. Reconheço Shawn começar a tocar Never Be Alone e acompanho na base, tocando bem baixinho pois o solo principal é ele que toca na guitarra.

Agradeço silenciosamente por meu rímel e maquiagem serem a prova d’água, porque se não fossem, meu rosto estaria todo borrado agora.

Um dos meus sonhos era algum dia assistir Shawn cantar e tocar essa música ao vivo, em um show, e não acredito que agora finalmente está acontecendo. Adoro a energia que Shawn passa para o público em suas músicas; ele é ótimo em fazer-nos realmente sentir a música e o que ela quer dizer.

Conforme ele cata a letra, vou me dando conta do quanto essa música se identifica com a minha relação com ele. Shawn se vez em quando faz sinais com a cabeça, indicando para eu me aproximar novamente, e enquanto isso vou pensando... Nos primeiros versos, não há muita relação com nossa amizade, mas depois... And I can’t stay, just let me hold you for a little longer now... Shawn me conheceu quando já tinha fama, e muitas vezes teve de deixar de ficar comigo devido à coisas relacionadas à sua carreira, porque precisava viajar ou estar em um lugar importante, mas nem por isso me esqueceu. (...) When you miss me, close your eyes, I may be far, but never gone. And when you fall asleep tonight, just remember that we lay under the same stars. And hey, I know there are some things we need to talk about… E depois a letra repete para o verso em que pensei antes. A esse ponto, já estou mais ao lado de Shawn, apenas um pouco atrás, e ele percebe o meu estado, por mais que meu choro já tenha diminuído.

Chegando no refrão, percebo como tudo se encaixa, por mais que ele não tenha escrito essa música para mim. Take a piece of my heart and make it all your own so when we are appart, you’ll never be alone, you’ll never be alone. O pequeno pedaço do coração dele que ele me deu poderia ser interpretado como o colar que ganhei de presente, porque percebo o tanto de amor e carinho que ele colocou naquilo, e além disso, ele vivia dizendo que eu nunca mais estaria sozinha depois daquilo.

Quando me dou conta de tudo isso, começo a chorar, muito, e o pior é que essa música já me deixa emocionada quando eu a escuto. Shawn claramente percebe isso e, para minha surpresa, estica o braço e me puxa para um abraço, na frente de todo mundo mesmo. Ajeito o violão atrás do braço da guitarra dele e continuo tocando, pois a música não deve parar. Shawn canta enquanto me abraça e tenta me acalmar, mas continua sorrindo. Sabe o que estou sentindo e não dá a mínima sobre o que os fãs irão pensar sobre isso, mas ele continua me abraçando. Quando ele me puxou para a luz mais forte, ouvi alguns gritos que se elevaram da multidão e estou me sentindo bem. Parece que algumas pessoas realmente gostam de mim, ou é só por Shawn mesmo.

Continuo ali, pagando o maior mico da minha vida, soluçando no palco de um show, enquanto a música se aproxima do fim. Onde seria a ponte da música, Shawn retoma sua guitarra e faz uma junção com Hey There Delilah, mas me mantêm perto dele. Quando a música realmente acaba, ele apoia uma mão em meu ombro, dizendo que está tudo bem, e me afasto um pouco. Sei qual música vamos tocar agora, e uma ideia louca se passa por minha cabeça. Mas Shawn disse que eu poderia fazer isso se eu quisesse, então eu faço.

Puxo o violão até a borda do palco e me sento com as pernas penduradas com o instrumento sobre a coxa. Algumas pessoas se esticam e dou a mão para elas por alguns segundos, mas depois já tenho de me concentrar em realmente tocar a música.

Sentada no palco, me sinto mais relaxada. Já consegui me acalmar, então consigo ficar quieta enquanto Shawn fala.       

Ele comenta sobre como ele dedica a música de agora para os fãs, sobre como a relação que temos não é apenas de cantor para fã, e sim de amigo para amigo, sobre como ele quer nos conhecer e ser nosso amigo, também sobre como essa música, que ele escreveu há mais de dois anos, no quarto dele pôde mudar a vida de tantas pessoas de um jeito incrível.

Após isso, ele começa a tocar as notas, as primeiras notas que eu pedi para ele me ensinar pois eu não achava em nenhum outro lugar, e a música que me ajudou a superar coisas duras e difíceis soa alta em meus ouvidos.

A Little Too Much.

Acompanho com a base apenas depois do refrão pois a primeira parte é apenas o solo, então apenas canto junto com as outras pessoas. Ao contrário das outras vezes eu escuto essa música, não choro, apenas consigo ter mais força para parar de chorar e não deixo de sorrir por um segundo.

O resto de show se passa em uma onda de emoção. As performances de Treat You Better e Ruin principalmente são bem emotivas também. No final do show, já estou quase tão suada quanto Shawn por tocar, mas não chego a estar no nível dele porque não fico gritando no microfone por mais de uma hora. A música final é Stitches e é tocada com vários solos atrás nas guitarras e o cara da bateria detonando tudo com a rapidez que bate nas caixas. Vou andando lentamente para trás e me aproximando das coxias enquanto Shawn agradece a Detroit e se retira do palco.

- Uhul! Mais um! – Geoff nos espera ali e dá as saudações. – Como foi Ally?

- Foi... – Mas sou interrompida por Shawn, que chega correndo devagar do palco enquanto as luzes se apagam.

- E aí? O que achou? – Ele me pergunta com expectativa, o suor escorrendo pelo rosto.

- INCRÍVEL!

- Hahaaaaa eu falei que você ia gostar! – Ele gira o violão para as costas e me abraça por trás, só para irritar.

- Que nojo, você ta suado! – Grito tentando me libertar dele.

- Eu seeeeeiii! – Ele faz questão de esfregar a bochecha em meu rosto e eu o afasto com um tapa de leve.

- CHEGA!

- Vamos, vocês dois! – Brian chama e vamos lentamente para a parte de trás do palco para sair do local do show.

O ônibus está estacionado do lado de fora, ao ar livre, e quando estamos nos encaminhando para lá, vejo que iremos passar por uma área cheia de fãs. Olho envolta enquanto passamos correndo pelas grades protegidas por seguranças e entramos pelas portas, os gritos ainda audíveis.

- Que louco... – Comento observando algumas pessoas correndo para acompanhar o automóvel que se locomove ganhando velocidade.

- É assim mesmo. – Geoff comenta e ficamos todos em silêncio.

Em algum ponto, fazemos uma parada onde posso tomar uma ducha bem rápida para tirar todo o suor do corpo e me lavar. Depois, voltamos para o ônibus e, após comemorar com a equipe mais um show passado, me aconchego, sozinha, para a longa viagem até Baltimore. 


Notas Finais


Gente vcs não tem ideia do quato eu queria ser a Ally nesse capítulo. Mais ainda se ela tivesse sido a guitarrista auxiliar de alguém tipo... Os Rolling Stones, sei lá (estou viajando seriamente, eu sei).
Boooooomm espero que vocês tenham gostado, me digam o que acharam e é isso! Semana que vem volto com um capítulo novo, até lá!


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