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História Just Believe It - One Last Time


Escrita por: hermionemendes_

Notas do Autor


OI GENTE TUDO BEM COM VOCÊS???? Estou muito feliz de poder voltar, mas não vou falar muito aqui pra vcs poderem ler logo o capítulo, leiam as notas finais que falo lá, boa leitura!

Capítulo 35 - One Last Time


Fanfic / Fanfiction Just Believe It - One Last Time

A viagem até a Rússia é bem pacífica e chegamos direto na cidade do campeonato, Sochi, sem termos que pegar nenhuma conexão em alguma outra cidade do país. Vamos direto para o hotel assim que chegamos, para descansar.

Agora estou deitada no quarto do hotel, no segundo dia aqui. A competição será apenas dia 25, ou seja, em meu quase quarto dia aqui. Shawn me ligou ontem assim que pousamos e liguei meu celular. Ele reclamou sobre eu não ter dado um tchau adequado a ele, o que tirou minha dúvida de se ele teria se lembrado de mim no quarto dele ou não. Aparentemente, ele não se lembrou.

Estou lendo um livro meio velho agora, deitada na cama, sem prestar muito atenção na história porque estou pensando na competição.

Pelo que sei, muito menos pessoas das quais eu havia pensado  terem ido bem se classificaram. Eu sei que Lari, infelizmente, se classificou.

São dez horas da noite agora e resolvi ir dormir. Ainda estou cansada da viagem e preciso me recuperar logo para a competição.

 

                           *   *   *


         Entro no rinque da competição e pela primeira vez me sinto em casa neste país tão diferente do meu. São duas da tarde agora e já almocei, chegando aqui com meus pais para que eu possa me arrumar.

Vamos andando até a sala em que irei me arrumar e escuto vozes através da porta. Quem poderia estar aqui?

Giro a maçaneta e empurro a porta com força, sendo surpreendida por quem vejo lá dentro.

Bea, Auroa e Laís estão dentro da sala e me encaram com sorrisos enormes. Solto um grito e vou abraçar todas elas, que fazem o mesmo.

- Que saudade da minha gorda preferida! – Diz Bea enquanto me abraça.

- Gente... O que vocês estão fazendo aqui? – Me afasto para poder olhar elas melhor.

- Conversamos com seus pais pra podermos te fazer uma surpresa! – Responde Aurora.

- É! Conseguimos tirar uns dias de folga pra te ver. – Completa Laís.

- Nossa. Tá até parecendo o Shawn... – Me dou conta de que elas não estão acostumadas com o fato de eu ser amiga dele e ficar falando sobre ele como se não fosse o Shawn, então cubro minha boca.

- Falando em Shawn... – Começa Aurora.

- Queremos saber tudo, tudo, sobre o que tá rolando com o Shawn. – Diz Laís. – Ou eu vou chamar minha máfia japonesa pra te chantagear e torturar até você falar!

- Tá bom, sem problemas... – Abro a boca para continuar, mas minha mãe me interrompe.

- Meninas, a Ally precisa ficar pronta mesmo assim, só vamos arrumar as coisas e vocês conversam enquanto fazemos tudo.

Sento em uma cadeira e começo a contar tudo para elas, desde os acontecimentos em que nos aproximávamos mais, o rolo com Thiago, nosso primeiro beijo e o resto.

- Ahh, sim, eu vi suas fotos nos shows de Detroit e Baltimore. – Comenta Bea quando eu menciono. – Surtei demais, mas... E ESSE BEIJO ALLYSSA?? SAFADAAA! Na verdade, se eu fosse você, teria passado a mão na barriga dele...

- Quem disse que eu não fiz isso??

- CARAL... – Aurora começa um palavrão mas depois lembra que minha mãe está aqui. – Caraca...

- Eu ainda vou te matar, Sparks. Estou chamando a máfia.

Só consigo rir enquanto sinto meu rosto ficar vermelho com a vergonha. Nunca fui exatamente “safada”, principalmente porque não tinha com quem ser, e ser chamada assim agora é engraçado, principalmente por isso ter acontecido com Shawn.

- Tá... E ele beija bem? – Bea inicia o interrogatório.

- Eu tava só esperando vocês perguntarem isso... – Olho para elas pelo espelho. – Bem... – Faço uma pausa. – O que você espera de Shawn Mendes?

- Você vai queimar no inferno por essa cabeça, Allyssa. – Diz Laís.

- Continuando... Sim, é claro que ele beija bem...

- Você nem tinha deixado claro...

- ...e o momento foi bem especial, sabe? – Finjo que não fui interrompida. – Não foi daqueles do tipo que não significou nada pra nenhum dos dois, por mais que eu não soubesse se ele gostava mesmo de mim na hora...

- Fala sério, Ally. – Aurora me interrompe novamente. – Eu até entendo do seu ponto de vista em ter essa dúvida, de estar indecisa, mas... – Ela lança um olhar indeciso para as outras meninas. – Não sei se você está olhando muito as redes sociais ultimamente...

- Não muito... Por quê?

- Bem... As pessoas já postam as fotos que vocês dois divulgaram juntos, falam sobre você, dão opiniões... – Ela faz uma pausa.

- Encontramos até uma página pra dar hate em você, bem ridícula. – Bea dá risada da situação. – Falando coisas que não têm nada a ver com você, algo assim.

- O ponto é que as pessoas já acham que vocês podem estar juntos. – Laís explica.

- Droga...

As coisas não eram para funcionar dessa forma. Eu não queria que as pessoas começassem a “achar” coisas antes de estas realmente acontecerem. Nem eu sei direito qual é o estado da minha relação com Shawn. Terei que conversar seriamente com ele sobre isso depois.

- Ally, vai ficar tudo bem. – Aurora põe uma mão sobre meu ombro. – Converse com ele que vai dar tudo certo.

- É. Pelo “pouco” barra “muito” que conheço ele pela internet, ele gostaria de deixar os fãs saberem quando ele estivesse namorando, e eu sei que você não tem problemas com isso, então conversem e decidam o que fazer. Mas não façam tudo rápido demais. – Bea aconselha.

- É. Se bem que as pessoas não têm certeza de nada. A maioria dos comentários nas fotos que falam sobre isso são tipo “O Shawn já falou que são só amigos, e que se estivessem namorando mesmo, ele contaria”, então vocês estão “salvos”, é só tomar um pouco de cuidado e os boatos vão sumir. – Completa Laís.

As outras concordam e mudamos de assunto enquanto me arrumo. Algum tempo antes de a competição começar e de eu ficar completamente pronta, elas se retiram e vou vestir meu collant.

- Você está linda. – Minha mãe diz quando fico pronta. Eu a respondo com um sorriso e saímos para esperar a competição começar.

Fora da sala, o rinque está lotado e preenchido com o barulho de centenas, talvez até milhares de pessoas conversando entre si. Vou andando até meu lugar, onde meu pai me espera e sento ao lado dele para aguardar me chamarem.

O campeonato europeu de 2016 já aconteceu, mas esse é um pouco diferente. Esse é como um mundial em que a final acontece como o europeu. Algo assim. Mas o campeonato europeu continua sendo o mais famoso e mais concorrido. Eu daria tudo para fazer parte dele um dia.

Quando o campeonato se inicia, começo a ficar um pouco nervosa, por mais que já tenha passado por situações como essa várias vezes. Sempre dá um pouco de nervosismo, independente da experiência.

Quando chamam meu nome, me levanto e vou andando até a entrada da pista. Tiro os protetores das lâminas e entro no gelo. Nos telões, me vejo vestida com o collant de brilhos e renda, que mais parece um vestido do que um collant. Dou algumas voltas na pista para me aquecer e então paro na posição de início, aguardando a música começar. Quando as primeiras notas começam a soar, me movo dramaticamente de acordo com o ritmo.

A música trilha sonora de Titanic sempre me deixou emocionada, não havia melhor música para se escolher para uma competição importante como essa.

Os poucos minutos de dança de passam tão rapidamente que nem consigo pensar direito no que estou fazendo, só sei que meus Double Flips e Double Maps ficam perfeitos. Assim que a música termina, agradeço ao público e aos jurados dando voltas na pista.

Saio da pista confiante e vou para perto de meus pais para observar o replay em câmera lenta de meus saltos e giros. Eles me parabenizam e agradeço, sorrindo. Foi bem de boa. Espero que eu tenha capacidade de ter uma boa posição no ranking.

Fico realmente sem ar quando descubro que Evgeniya Medvedeva está participando dessa competição, o que significa que sou tão boa quanto ela, ou pelo menos quase.

Assisto ansiosamente as outras competidoras enquanto espero o final da competição. Quando Lari se apresenta, um sentimento de alegria, que eu não deveria sentir, me consome ao perceber que ela não foi muito bem.

Logo após a competição terminar, uma voz fala nos auto-falantes que os resultados serão anunciados em alguns instantes, então fico preparada.

Em alguns minutos, os jurados começam a revelar as posições, da mais baixa até a mais alta.

Minha felicidade vai aumentando minimamente enquanto meu nome vai demorando para aparecer, indicando uma posição mais elevada. Quando começam a aparecer as posições de 15 para cima, meu nome ainda não foi citado e isso me deixa imensamente feliz.

Após mais alguns minutos de espera, meu nome é revelado. Segundo lugar. Internacional. Perdi apenas para Evgeniya. Até perder pra ela já me deixa feliz.

Solto um gritinho de felicidade e levo as mãos ao rosto, deixando as poucas lágrimas de felicidade escorrerem livremente. Sinto meus pais me abraçarem e ouço gritos da enorme plateia enquanto olho envolta e percebo algumas bandeiras do Brasil estendidas. Mais pessoas me abraçam e deduzo serem minhas amigas que chegam para comemorar também.

Eu consegui o segundo lugar no internacional. Não consigo acreditar em mim mesma.

Sou indicada para descer ao pódio e seco meu rosto enquanto ando até lá. Meu coração acelera quando vejo Evgeniya ao longe. Vou precisar tirar uma foto com ela.

Chegando ao pódio, quase não consigo respirar mais, de tão ansiosa que estou. Evgeniya já está parada atrás da indicação de primeiro lugar e sorri quando me vê. Ao parar ao lado dela, ele pede perdão por não saber falar português e me parabeniza em inglês com seu sotaque russo. Eu a agradeço e digo o quanto sou inspirada nela e começamos a conversar animadamente como se fôssemos amigas há anos. Ela diz algo engraçado que faz nós duas rirmos e sinto um flash ser disparado, provavelmente alguma foto tirada para sites e revistas.

A menina que conseguiu o terceiro lugar se aproxima sorrindo e para em seu lugar. Se não me engano, ela é italiana; outra nação bem forte na patinação.

Todos são pedidos para ficarem em silêncio e obedecemos. Anunciam o nome da menina italiana em terceiro lugar e ela sobe o degrau, seguida de aplausos e gritos. Então anunciam meu nome e subo no degrau assim como ela fez, ouvindo os as comemorações de minha vitória como uma música soando em meus ouvidos, e agora Evgeniya está no pódio também, mais alta do que eu. O público aplaude todas nós e membros da equipe técnica trazem um buquê de rosas vermelhas para cada uma de nós como parabenização. Ficamos um tempo para agradecer, acenar e permitir fotos para o encerramento do Campeonato Internacional de Patinação Artística de 2016, um momento que irá para sempre marcar minha vida.

Quando posso me retirar, ainda há muitas pessoas querendo falar comigo. Umas duas repórteres me pedem para dar informação a elas e tenho prazer em responder sobre o que perguntam (principalmente coisas do tipo “Como estou me sentindo agora” e perguntas sobre o Brasil), mas uma mulher chama minha atenção. Ela usa roupas sociais azul-escuras e tem cabelo preto cortado tipo Chanel. Ela tem uma expressão séria, mas sua estrutura facial é acolhedora.

Ela me chama para conversar e descubro que seu nome é Daya e ela trabalha para uma agência de esportes. Temos uma conversa bem animada e importante e ela me dá um cartão com seu número para confirmar umas coisas, se necessário, e volto para perto de minha família, apenas pensando no que ela acabou de me falar.

Ao me aproximar de minha mãe, ela me estende o celular e diz:

- Tem alguém querendo falar com você.

Pego meu celular e acendo a tela. Três ligações perdidas de Shawn.

Ligo para ele por FaceTime e espero ele atender, o que não demora muito.

- OIEEEE! – Vejo e escutou Aaliyah gritar ao lado de Shawn. – Você foi linda!

- Obrigada, fofa!

- Eu tô aqui também tá...

- OI SHAWN!

- Agora eu existo. – Ele sorri. – Você foi muito bem mesmo. Parabéns.

- Obrigada.

- A mamãe até chorou. – Comenta Aaliyah.

- É. Ela fez questão de assistir na televisão com a gente.

- Oi Ally. – Escuto Karen dizer ao fundo e Shawn vira a câmera para que eu possa vê-la, que ainda parece estar com o rosto vermelho e meio molhado.

- Muito obrigada mesmo pelo apoio gente, e, ah, Shawn... – Procuro por minhas amigas e quando as acho, ando até elas. – Tem umas pessoas aqui que gostariam de falar com você...

Viro o celular para Bea, Laís e Aurora, que quase gritam com a emoção(Bea cai no chão). Escuto Shawn dizer “Heeyy” para elas e deixo elas falarem um pouco com ele.

Vou para junto de meus pais novamente, que me abraçam e dizem estar muito orgulhosos de mim. Conto sobre Daya e eles ficam muito felizes com o que digo.

Quando as meninas terminam de falar com Shawn, nós nos despedimos e vamos para um restaurante comemorar minha vitória. Dou uma última olhada para a multidão e sorrio ao ver Evgeniya ao longe. Então me viro e sigo meus pais para fora do rinque. 


Notas Finais


Primeiramente, gostaria de deixar o vídeo em que me inspirei para pensar na Ally no campeonato, acho legal vocês assistirem, imaginem ela ali.
https://www.youtube.com/watch?v=pUsvHS0-xNA
Agora, quero dizer a vocês como estou feliz em voltar a postar capítulos. Também quero pedir desculpas por ele ser meio curto e por ter demorado tanto tempo pra postar. Eu estava sem tempo, mas agora entrei em férias e vou tentar escrever mais. Provavelmente não vou conseguir postar mais um sexta, mas quando eu me adiantar mais na escrita, talvez eu consiga postar mais de um na semana. Quero agradecer por todos os favoritos que se ficaram iguais no tempo em que estive forma, por todos os novos favoritos (QUASE OITENTA AAAAAHHH) e novos leitores, obrigada por todo o apoio e compreensão! Meus e seus queridos personagens agora estão de volta e vão ficar por, espero, um bom tempo. Espero que tenham gostado do capítulo de hoje, logo volto com mais, compartilhem com seus amiguinhos e até semana que vem! <3


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