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História Just Believe It - Walls Down


Escrita por: hermionemendes_

Notas do Autor


Oi gente, como prometido, estou de volta com mais um capítulo, espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 36 - Walls Down


Fanfic / Fanfiction Just Believe It - Walls Down

Depois que saímos do rinque, fomos comer em um restaurante meio simples, mas não tanto, no centro de Sochi. Como a cidade é situada na parte pequena de clima subtropical da Rússia, o frio não é tão rigoroso quanto em outras partes do país, então pude ficar confortável quanto à temperatura ao entrar em contato com o ar livre.

Quando chegamos em meu hotel, eu e minhas amigas ficamos em minha cama, conversando sobre diversos assuntos (após, obviamente, tomar banho e colocar pijamas) e descobri coisas interessantes sobre cada uma delas.

- Quero saber quem é esse tal de crush, Laís. – Comento assim que ela deixa escapar algo do tipo.

- Aposto que deve ser um Japa Nerd Geek que usa óculos e aparelho ainda! – Exclama Aurora, rindo e olhando para Laís, que fecha a cara.

- Não consigo ver ela com algum cara se não um Japonês, sei lá, é automático. – Diz Bea rindo consigo mesma.

- E como vão os seus crushs, Bea? – Retruca Laís com a expressão sinistra.

- CUIDADO COM A MÁFIA JAPONESA! – Grito e rolo para o lado, caindo no chão como se estivesse me escondendo.

- Deixa eu contar pra vocês!! – Ouço Aurora falar, toda animada, e volto para cima da cama. – Conheci um cara esses dias...

 - Começou...

-... e... foi algo completamente aleatório. Estávamos na aula de Música Prática, na facul. Pra começar, ele toca violino. A gente já tava trocando olhares há alguns dias, mas nada mais do que isso, só que eu acho ele maravilhoso. Enfim, nesse dia, eu estava ficando mais um tempo depois da aula acabar, praticando, e ele estava guardando o violino e organizando as coisas dele. Bem, eu acho que ele estava enrolando pra sair da sala... Whatever, eu estava tocando uma música não muito conhecida, mas que amo, quando escuto fico toda arrepiada sabe, daí só escutei um violino começar a tocar, e quando raciocinei, nós estávamos tocando a mesma música juntos, em completa harmonia, sem mesmo planejar. Quando terminamos de tocar a música, os dois rimos e começamos a conversar. Assim, peguei o número dele e agora somos... Alguma coisa. No fundo, eu sei que ele sempre me quis. – Aurora joga o cabelo para o lado, fingindo convencimento, e depois ri.

- QUE LINDOOOO! – Bea grita e dou um tapa nela.

- Vai incomodar os “vizinhos”!! – Me viro para Aurora. – Mas realmente... Ahh, que perfeito...

- Vocês devem ser lindos juntos... – Comenta Lais, com uma expressão sonhadora. – Como ele é??

- Ele é moreno – Todas nós a olhamos, já com expectativa por ele ser moreno. – Tem os olhos verdes meio azuis, usa óculos; o que o faz ser incrivelmente fofo, e, obviamente, tem o maxilar definido. Ah, e se chama Joshua.

- Nossa... – Comenta Bea.

- Conhecendo você, ele deve ser Geek...

- E é mesmo! E inteligente também! – Aurora responde animadamente.

- Mas eu quero saber de vocês duas! – Me viro para Bea e Laís. – De quem vocês gostam? Como eles são? – Bea abre a boca para retrucar mas eu a interrompo. – Ah, cala a boca que eu sei que você tá gostando de alguém. Dá pra ver no seu olhar, e há muitos pretendentes em Los Angeles...

Ela fica vermelha com isso, o que me faz gargalhar.

- Eu falei!

- Me desculpa, mas... Infelizmente, não posso dizer nada ainda, Principalmente porque não sei se há algo... Mas também porque foi o que decidimos...

- Igualmente. – Fala Laís.

- Uuuuu, o que temos aqui? – Digo olhando para as duas. – Mas vou respeitar. Demorei pra falar pra vocês sobre o Shawn também...

Conversamos por mais alguns minutos até que cada uma resolve ir para a sua cama e vamos dormir. Ainda temos alguns dias em Sochi; precisamos estar todos descansados.

No outro dia, acordo disposta para um dia longo. Me visto e, quando todos estão prontos, descemos para tomar café da manha. No restaurante, vejo três fileiras compridas com dois recipientes na largura e com vários no comprimento. Amo a quantidade de comida que temos disponível para comer em hotéis.

Após o café da manhã, vamos conhecer alguns pontos turísticos e basicamente passear pela cidade. Por mais que essa seja a primeira vez que estou na Rússia, me sinto em casa. A adrenalina e emoção me deu esse sentimento de segurança e agora me sinto bem caminhando pelas ruas.

A cidade, que é quase completamente cercada por água, obviamente não é muito grande, mas é muito bonita. Vamos até o Winter Theatre, ao Park Riviera e fazemos uma caminhada até o Lake Ritsa. No final do dia, voltamos para casa, jantamos no restaurante do hotel e logo depois, vamos para os nossos quartos para dormir.

 

*DOIS DIAS DEPOIS*

 

- Até mais, filha! Os meses vão passar rápido, não se preocupe. – Minha mãe me abraça na frente da entrada dos portões para conexões internacionais. Cassie irá me buscar e me levar para casa e já deve estar chegando a essa hora.

Vou até meu pai e o abraço também, memorizando o jeito com que ele me abraça. Sei que não o verei, como a minha mãe, em um bom tempo.

Meus pais se viram para os portões e seguem pelo corredor enquanto observo eles se afastando. Quando estão quase virando uma esquina, minha mãe se vira e acena, sorrindo. Aceno de volta e puxo minha mala para a saída do aeroporto.

Quando passo pelas portas, sinto o calor com uma leve brisa em meu rosto e sorrio. É bom estar de volta. Procuro pelo carro de Cassie e o encontro estacionado não muito longe da saída. Ando apressadamente até ela, que sai do carro para me cumprimentar e me ajudar a colocar minha mala no carro.

- Ally! Como foi? – Ela me abraça. – Ouvi que pegou o segundo lugar! É verdade? Parabéns! Você merece muito isso!

- Obrigada. – Me afasto. – Podemos só ir pra casa agora?? Quero descansar um pouco. – Sorrio para ela.

- Claro! – Entramos no carro e ela o liga.

Primeiro passamos no Hospital Veterinário para buscarmos Luna (ela não para de lamber meu rosto por um segundo) e então vamos para meu apartamento.

No momento em que abro a porta e solto Luna, ela começa a correr como uma louca pelo chão de madeira. Quando percebo que ela para fazer xixi, grito e a tiro do chão, levando-a até a lavandeira. Vai dar um trabalho para educá-la...

São 1:00 da tarde e não estou com fome. Deixo as portas abertas caso Luna queira passear pelo apartamento e vou direto para minha cama. A cadelinha me segue e se deita no tapete de meu quarto, me olhando com uma cara de “Eu te entendo”. Acho impressionante como às vezes cachorros se parecem com seres humanos.

Assim que fecho os olhos, caio em um sono tão profundo que nem o latido constante de um cachorro me acordaria.

 

                           *   *   *


         Acordo sozinha, sem o barulho de coisa nenhuma. Meu corpo já dormiu bastante e me fez voltar para a vida real. Me viro para o lado e pego meu celular. Agora são 7:13 da noite. Uma ideia passa por minha mente e me levanto.

Lavo o rosto rapidamente no banheiro, pego uma bolsa, enfio meu celular lá dentro e saio de casa. Infelizmente, Luna terá que me esperar voltar para ter companhia.

Vou andando até o rinque e, chegando lá, percebo que sou a única interessada em patinar a esta hora do dia. Sento no banco mais baixo das arquibancadas e começo a colocar meus patins.

Ao entrar no gelo, a pista parece muito menor agora do que sempre foi. Patino lentamente, sentido as lâminas rasparem o gelo sob meus pés. A sensação de voltar aqui como uma vencedora é incrível. Não achava que conseguiria algum dia atingir um objetivo tão grande como esse. É uma pena que, nos próximos 5 ou 6 anos, não poderei fazer nada importante relacionado a patinação devido aos meus estudos. Quem sabe competições nacionais? Tudo dependerá da grana...

Mas e se...

Não, este é um “e se” muito grande para ser considerado. Uma grande oportunidade, sim, com certeza, mas eu teria de desistir de praticamente tudo que já conquistei, mais de um sonho para ter um só em abundância, e de uma forma tão grande que poderei até ficar estressada...

Não. Eu teria que ser mil vezes melhor para isso.

Mas então porque me ofereceram ajuda??

Sou interrompida pelo som de lâminas, que não são as minhas, se locomovendo atrás de mim. Me viro e vejo a melhor pessoa para este momento.

Shawn.

Tenho vontade de me aproximar dele assim que ponho os olhos nele, mas não o faço por algum motivo que desconheço. Apenas sorrio. E recebo meu sorriso preferido de volta. Aquele sorriso com dentes perfeitamente alinhados e brancos, meio sonhador, como o de uma criança.

Ele usa uma calça preta com uma blusa azul-escura. Não está frio hoje. Sinto que ele também quer se aproximar de mim, mas não tem certeza exatamente do que fazer.

Tento fazer alguma coisa diferente. Me recordo de um fragmento de música que ouvi Shawn cantar uma vez. Espero que ele me siga.

- What if I told you a story – Olho para ele com expectativa.

- All about someone who loved you, – Seu sorriso aumenta.

- What if I told you he’s sorry he made you wait. – Nos aproximamos um pouquinho mais a cada verso que cantamos.

- What if I told you he’s dying – Shawn consegue até mesmo colocar emoção em um versinho só, cantando como se estivesse sofrendo de amor. – ‘Cause he can’t change history...

- And what if I told you that someone... – Cruzo as mãos envolta de seu pescoço e o encaro, ainda sorrindo, com sua boca a milímetros da minha.

- Was me – Ele prolonga a nota e assim que ela deixa seus lábios, inclino minha cabeça para a frente e finalmente nos beijamos, quebrando completamente a barreira de distância que nos separava há tempos. Beijo-o com todo o amor que estava segurando nesse período, e ele parece fazer o mesmo, passando os braços até minha cintura e depois voltando a segurar meu rosto, como se estivesse querendo ter certeza de que eu estou realmente aqui, agora. Sinto-o sorrir contra minha boca e não posso evitar soltar uma risadinha.

Dou graças à Deus porque este lugar não é muito movimentado a noite, ou seríamos interrompidos em situações como essa inúmeras vezes; situações que queremos ficar sozinhos, só nós dois, fazendo o que quiséssemos. Não sei quantas vezes já quis ter um rinque para patinar só meu e, por mais que eu não tenha (e provavelmente nunca terei) isso é o mais próximo que irei chegar, afinal, posso trancar as portas quando eu quiser e ficar sozinha aproveitando o gelo.

Melhor ainda poder fazer isso com Shawn.

Interrompo o beijo quando fico sem oxigênio e fico de olhos fechados, tentando deixar o sentimento pairar no ar e com medo de que, se eu abrir os olhos, aquilo irá desaparecer.

Inspiro longamente e abro os olhos para vê-lo me encarando com um sorriso pequeno, mas provavelmente um dos mais felizes que já o vi exibir. Sorrio também e o abraço, colocando meu rosto em seu ombro e sentindo-o me abraçar fortemente acima da cintura.

Não tenho mais dúvida nenhuma sobre o que quero. Apenas uma decisão a fazer, que pode não depender inteiramente de mim. 


Notas Finais


Booomm, é isso, espero que tenham gostado, um beijo pra vcs e até mais!


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