SAM ON
Eu queria voltar. Queria voltar pro começo de tudo, e fazer tudo o que eu não fiz. Dizer o quanto eu amo a Rebecca, comer o que eu quiser, pular de para-quedas. Seria um recomeço muito incrível. Mas aí eu percebi que não tinha como. O tempo não volta. E agora eu estou aqui, lutando pro meu coração continuar batendo. Mas as coisas sempre acontecem por um motivo, não é? Seja lá qual fosse meu propósito nesse rolê que é a vida, eu já cumpri. Então eu relaxei. Parei de lutar. E agora e hora de ir embora.
/...
— Becca. - falei e ela virou a cabeça pro lado olhando pra mim. — Vai ficar tudo bem.
Falei tentando conforta-la.
— Pessoal. - escutamos a voz do dr. McCall. — Posso conversar com vocês?
Nessa hora meu corpo gelou. Fugiu o medo, fugiu o otimismo, fugiu meu psicológico preparado pra esse momento, fugiu tudo. Eu até falaria alguma coisa se eu conseguisse, mas todos os meus ossos pareciam paralisados.
— Como ele tá? - Becca é primeira a perguntar.
Eu estava com medo da resposta.
— Vocês vão precisar de muita força e apoio um do outro.
Não velho. Não, não, não...
— O que? - a voz da Sofia quase não sai. — Por que?
— Houve uma complicação na cirurgia. - o doutor falava com um peso nas costas. — Nos fizemos de tudo, mas a hemorragia se espalhou rápido de mais. Eu sinto muito.
Desabei. Não consegui. Por um momento meu mundo acabou, meu chão sumiu. Qualquer coisa que eu estivesse sentindo até o momento foi substituída por uma tristeza instantânea, quase involuntária. Eu queria ficar ali, abraçar as meninas e permanecer forte assim como eu tinha planejado, mas não deu. Sentei no chão e comecei a chorar ali mesmo, naquela mesma hora. A Becca e a Sofia se abraçavam, e a Mayra cobria o rosto com as mãos, chorando também. Percebi o elevador se abrindo. Nash, Cameron e JJ saíram de lá. Quando nos viram naquela situação se aproximaram de nós. JJ correu pra abraçar Mayra, enquanto o Cameron e o Nash não sabiam muito bem o que fazer.
O doutor parecia desconfortável e muito triste também, mas nos deixou lá sozinhos.
Na hora que eu senti alguém tocando meu braço, puxei o ar forte pelo nariz.
— Jack... - era a Becca.
— Não dá. - falei de primeira. — Não consigo ficar aqui.
Me levantei e fui até o elevador. A galera me olhava sem entender nada.
— Jack, calma! - escutei a voz da Sofia.
Não respondi. Eu só queria fugir dali, desaparecer, virar pó, eu sei lá. Não dava pra ficar ali, sabendo que o Sam, o meu melhor melhor amigo, meu irmão, não tava mais com a gente.
Desci do elevador correndo. A chuva tava forte pra caralho, mas eu não me importei nem um pouco. Eu precisava ir pra um lugar vazio, só eu. Continuei correndo com aquele terno todo molhado. A água da chuva se intercalava com o meu choro, e eu sinceramente não sei de onde eu tirei força pra conseguir correr.
Finalmente achei um lugar. Na verdade, o melhor lugar que eu poderia achar: a pista de skate. Não tinha ninguém lá, ainda bem, até por que eram quatro horas da manhã. Coloquei meu cabelo pra trás e me sentei em uma das rampas que tinham lá.
Ir pra pista me pareceu uma boa ideia até então, mas na verdade eu acho que foi até pior. Olhar pra ela, era como um caleidoscópio de memórias que estavam voltando. Meu coração tava doendo.
Comecei a soluçar muito, minha respiração tava descontrolada, e minha mente uma bagunça. Eu queria gritar, mas não conseguia fazer aquilo por que de alguma forma a tristeza ultrapassava qualquer vontade que eu tinha.
Sentei no chão e apoiei a cabeça no joelho. Chorei. Chorei tanto, que fiquei cansado de soluçar. Ele era meu irmão, cara... Meu irmãozinho.
Por que as coisas tinham que ser assim? Não era justo! Primeiro você tá vivo, comendo donuts e ligado no 220, e depois... acaba. Você não sente mais o ar, não sente mais o vento, não sente mais a vida. Simplesmente acaba. E tudo isso pra que? Não podia ser assim. Eu não consigo aceitar a ideia de não tê-lo mais comigo. Não consigo!
— Jack. - escutei perto de mim, e levantei a cabeça.
Rebecca olhava pra mim com uma expressão indecifrável. Meus olhos já deveriam estar vermelhos assim como o meu nariz, e o meu rosto horrível. Eu não conseguia afastar aquele sentimento ruim nem por um seguindo.
— Ele se foi, Becky. Meu irmão, ele... Não tá mais aqui.
Dizer aquelas palavras em voz alta só piorou tudo mais ainda. Meu coração parecia despedaçado, e dessa vez não iria cicatrizar tão rápido.
A chuva já tinha diminuído, mas ainda continuava. A Becca nem disse mais nada. Só se sentou do meu lado, e me abraçou.
— Ele era meu irmão. - falei. — Meu melhor amigo.
— Eu sei, Jack. Eu sei.
Becca começou a chorar também. Independe de tudo, eu acho que ela ainda o amava. Talvez ela me amasse também, é só não quisesse sofrer quando decidiu ficar sozinha. De qualquer jeito, nós dois estávamos sofrendo muito.
— Ele não tinha ideia do quanto eu gostava dele. - disse ela. — E agora nunca vai saber.
Ela me abraçou mais forte ainda.
— Vai ficar tudo bem. - falei pra ela, tentando convencer a mim mesmo também. — Confia em mim.
Depois de mais uns dez minutos quietos, ela resolveu falar:
— O velório vai ser às quatro da tarde. Quer ficar na minha casa até lá? Não sei, se você quiser dormir talvez.
— Tá. - falei.
Nos levantamos, e pedimos um táxi até a casa da Becca.
Era impressionante como as minhas pernas pareciam insuficientes. Eu tava numa bad tão forte, que mal aguentava o peso do meu corpo. Eu não queria falar muito. Só queria ficar quieto. A dor da perda é foda pra caralho.
(...)
— Meus pêsames. - dizia uma senhora aos pais de Sam.
O velório já havia acabado, e eu não via a hora de ir embora dali. Encarar aquele caixão só tinha me deixado mais pra baixo ainda.
A Sofia tinha pedido pra galeria ir pra casa dela depois. Alguma coisa com fogueira e despedida, não entendi muito bem por que o sono já tá me deixando meio grogue. De qualquer forma, nos despedimos da mãe e do pai do Sam (que aliás foi a primeira vez que eu vi) e fomos em direção a casa da Sof.
Chegando lá, encontramos o JJ, Nash, Isabela e Sofia. O dia já estava quase escurecendo, e a tal fogueira que a Sofia falou tava mesmo acesa.
A gente se sentou num círculo, e esperamos a Sof começar a falar.
— Eu queria esperar um tempo antes de chamar vocês aqui. Mas não acho justo a gente deixar uma coisa com alguém tão importante pra gente, pra depois. É... eu sei lá. Acho que falar um pouco sobre o Sam pode ajudar a gente de algum jeito.
— Se ele estivesse aqui agora, ele provavelmente iria dizer que tudo isso é uma viadagem. - JJ falou, sorrindo devagar.
Consegui perceber uma expressão de riso em todo mundo. Aquela era a primeira no dia. Depois de um silêncio fúnebre, resolvi dizer alguma coisa:
— Eu só consigo lembrar dos momentos que a gente passou. - comecei. — E nunca vi alguém tão viciado em pizza, ou donuts.
— Caralho, vocês perderam o dia do mercado. - JJ acrescenta. — Ele parecia uma criança, velho.
— Sem contar o dia que ele me acordou com aquele cabelo branco. Eu senti tanta vontade de bater nele. - dessa vez quem sorriu foi eu.
— Ele adorava aquele cabelo. - Sofia disse. — Acabou virando a sua marca, né?
— Tudo nele era um tipo de marca. - Isabela falou. — Ele era um ícone.
A Becca só escutava tudo, com um olhar distante.
— Tá. O que eu tenho pra dizer sobre o Sam, é que ele era único. - falei. — Não adianta. Qualquer coisa que ele fizesse, por mais estúpida que fosse, era real. Ele não fazia nada que não quisesse, e fazia tudo o que tinha vontade. Eu acho que pensei sozinho uma vez, no quanto ele sabia aproveitar a vida. Tipo uma vez que ele deu estrelinha na rua só pra ganhar um donut, ou quando me deu um soco quando pensou que eu fosse correr atrás da Becca. Ele era uma pessoa tão espontânea, que era difícil não gostar dele. Vai ser difícil pra caralho não ter ele aqui... E independente de tudo, ele vai ser pra sempre o meu irmão.
Percebi a galera toda chorando, mas com um sorriso no rosto. Talvez fosse um misto de tristeza com emoção.
Aos poucos todo mundo foi falando tudo o que tinha pra falar sobre ele, menos a Becca. Ela continuava quietinha.
— E você, Becky? - perguntei. — Cê não vai falar nada?
— Eu não sei consigo. - ela enxuga uma lágrima.
— Claro que consegue. A gente te ajuda.
Então ela mordeu o lábio daquele jeito que sempre faz quando tá pensando em alguma coisa, e respirou pra começar a falar:
— Desde o início, eu e o Sam deixamos claro que não teríamos um relacionamento. - ela limpou algumas lágrimas. — A gente era amigo, e pronto. A Sofia gostava tanto dele, que eu me sentia com medo de me aproximar. Sem contar que ele já tinha sido um babaca comigo umas vezes. Mas conforme o tempo foi passando, eu já não conseguia mais enxerga-lo como um amigo. Eu queria mais alguma coisa. Então começamos a ficar. E decidimos que não haveria compromisso nenhum, nós apenas viveríamos da nossa forma. Nós passávamos quase todas as noites juntos, mas quando a gente acordava, eu sabia que ele virava um cara livre, e eu também. Fazíamos quase tudo juntos, mas não tínhamos nenhum relacionamento, porque foi esse o combinado. Mas do lado dele eu podia ser eu. Sabe? Andar descalça, acordar descabelada... Porque ele sempre me olhava e dizia que eu acordava linda e que não tinha visão mais bonita do que me ver dormindo. - ela chorou um pouco, mas todos ainda estavam em silêncio.
— Tudo bem. Continua. - falei a acalmando.
— E eu... bom, eu estava satisfeita com ele exatamente do jeito que era. Nenhum dos seus defeitos me incomodavam. Mesmo tendo muitos, eles acabavam escondidos atrás de todas as qualidades que ele tinha. Mas mesmo assim nós decidimos que não era amor. E que não seria. De vez em quando aparecia um carinho aqui, uma frase bonitinha ali, mas era normal, né? Quando um homem e uma mulher acordam juntos essas coisas acontecem. E eu adorava quando ele dizia “queria que esses nossos momentos durassem para sempre.” Quando nós saíamos juntos, ele morria de ciúme de mim. Se alguém me olhasse com malícia, ele surtava. Eu também ficava incomodada se alguma mina chegasse muito perto dele. Mas não era amor, porque foi esse o nosso trato. A gente cuidava um do outro, e mesmo com toda a correria da escola, provas de vestibular e tudo mais, dávamos um jeito de ligar, trocar uma mensagem... Mas não era amor, por que esse era o nosso acordo. Então ele sofreu o acidente, e acordou apaixonado, mas não por mim. Pela Sofia. E tudo bem também, por que eu sabia que o que a gente tinha era temporário. Mas foi só naquele momento, quando o doutor Mc Call deu aquela notícia, que eu me lembrei do seu abraço. - ela soluçava. — De quando ele me ele me colocava deitada no seu peito, me fazendo ouvir cada batida do seu coração. Foi só então eu pude entender que só não era amor porque o que sentimos era intenso, forte, e grande demais pra caber em quatro letras. - ela fez uma pausa, ainda chorando muito. — Mas eu não pude dizer isso à ele, e agora provavelmente nunca vá dizer. Nossos destinos foram separados, e toda vez que eu me lembrar daquele sorriso de criança, e das palavras espontâneas dele, eu vou sentir uma saudade enorme e muita vontade de voltar no tempo. Eu amei Sam Wilkinson. Do jeito que ele era. E eu nunca, nunca mesmo, vou me arrepender disso.
Mais algumas lágrimas caíram. Eu confesso, me senti mal por saber que ela sentiu tanta coisa por ele. Mas não fazia sentido ficar bravo. Ela o amava, e eu também. Estamos juntos nessa, não tem muito o que dizer.
Todo mundo só se abraçou, e ficou quieto pensando em tudo o que tinha rolado. Tudo o que eu queria era eternizar a figura do Sam, e pela primeira vez eu senti vontade de ter netos só pra poder contar que eu o conheci, e quão incrível ele era. Ninguém no mundo vai ser capaz de substituir o Sam.
(...)
As horas seguintes ao velório pareciam se arrastar da forma mais cruel possível. Ninguém parecia achar motivos pra ser feliz, pra dar festas, pra viver, afinal. Era como se cada pedacinho da nossa felicidade (que no meu caso já não era muita) tivesse ido embora junto com o Sam. E então os dias foram indo assim também. As semanas, os meses, até que em alguns momentos nós conseguíssemos sorrir. Fazer uma piada entre nós, e quem sabe até ir pra umas festas.
Vocês devem estar se perguntando se eu fui pra Nova Iorque. A resposta é sim. Eu fui, depois de alguns meses superando tudo o que tinha rolado. A Rebecca começou a faculdade de piscicologia logo depois que eu cheguei em NY, e se formou sem nenhuma DP. Garota esperta. O resto da galera deve ter se formado também, mas hoje em dia eu só tenho contato com o JJ e com a Mayra, que continuam juntos. Assim como o Nash e a Isa.
"Mas e você e a Becca?"
A Becca se casou alguns anos depois de eu ter me mudado.
Ela conheceu um italiano na faculdade, e eles tiveram uma filha linda, chamada Jullie. Ela parecia pra caralho com a Becca, sempre com as sobrancelhas juntinhas e mordida forte. A primeira vez que eu a vi, ela tinha 4 anos. Eu tinha acabado de voltar de NY pra visitar a minha família, e coincidentemente a Rebecca tinha voltado a morar na casa ao lado. Nem preciso dizer que ela tava linda. Já fazia tanto tempo. Ela continuava a mesma magricela de sempre, só que mais madura. Nós saímos pra tomar café juntos, e só então ela pode me contar a história maluca do seu relacionamento com o italiano filho de uma puta que a traiu com a babá da Jullie. Parece até coisa de cinema. O fato era que ela estava solteira, e eu também. Claro que eu tive alguns namoros durante todo esse tempo morando fora, mas depois da Becca meu coração nunca mais bateu tão forte. Nós continuamos a nos ver naquele meu mês de férias, e depois mais um pouco nos feriados que eu voltava pra cidade até que meu curso de Publicidade e Propaganda finalmente acabou, e com meu diploma nas mãos não tinha nada que me impedisse de voltar pra Sharks.
Então eu voltei pra lá. E foi um retorno épico. O JJ parecia realmente animado em fazer uma festa, mas as meninas acharam melhor fazer só um jantarzinho na casa da Mayra. E do JJ. Que já estavam casados. Nesse dia nós descobrimos que a Mayra estava grávida do que até então seria o Paul. Acabou que nasceu menina, e ela deu o nome de Kylie. Vocês precisavam ver como ela gostava de vestir a coitada com vestidos brilhantes... era engraçado.
Eu e a Becca voltamos a namorar no oitavo mês de gravidez da Mayra.
Eu era o cara mais feliz do mundo! Depois de tanto tempo, eu parecia feliz de novo. Eu namorava o único amor da minha vida, a filha dela me adorava e meus melhores amigos continuavam ali comigo. Nem preciso dizer que o nascimento da Kylie foi um evento que trouxe a Isa, a Sofia e o Nash de volta pra Sharks. A gente se reuniu num almoço lá em casa, foi incrível.
Foi, aliás, o dia em que eu pedi a Rebecca em casamento.
Ela disse sim!
Todo mundo amou aquilo. Eu tinha pedido um monte de flores, e coloquei a aliança em uma delas. Aquele foi o segundo dia mais feliz da minha vida.
O primeiro, foi quando nosso primeiro filho nasceu.
O bixinho era minha cara. E o passar dos anos só nos confirmou isso. Hoje é uma quarta feira, e tá um puta de um sol lá fora. Eu e a Becca estamos de folga. Ela tá lá em cima fazendo o almoço, e eu tô aqui no sótão separando umas coisas pra jogar fora. Da pra acreditar que somos um casal com mais de quarenta anos, e feliz?! No fim eu nem acabei virando um idoso chato que estoura a bola que cai no meu gramado.
Foi quando eu levantei pra pegar a chave do armário maior, que meu filho entrou no sótão também, procurando uma bombinha pra encher a bicicleta da Jullie. Ela estava com 17 anos, e ele com 13.
— Pai! Cadê aquele bagulho de encher a roda da bike?! A Jullie tá me enchendo a porra do saco com isso.
— Sei lá. Procura.
Ele revirou os olhos. Garoto esquisito. Parece eu.
Olhei pra trás, encarando a figura magricela dele numa bermuda mais folgada que a Rebecca. Ele tava com o celular na mão.
— Tu não ia procurar?!
— A tia Mayra me marcou numa publicação.
Foda-se.
Continuei separando as coisas velhas, até que a voz dele me chama atenção de novo.
— Caralho! Eu sou igualzinho você quando era adolescente.
— Olha a boca, porra. - falei. — Que publicação é essa?
Ele chegou do meu lado com o celular.
— A tia Sofia que postou.
"Saudades desse squad. Love u guys"
Era uma foto bem antiga da galera. Em baixo tinha um comentário da Mayra, dizendo que o garoto era a minha cara.
— Nossa. Quanto tempo, cara.
Nós dois ficamos olhando a foto por mais um tempinho, dando risada da cara de todo mundo.
— A mamãe era uma gata! Olha essa mina ruiva... Você parece ter tido uma adolescência muito louca, pai!
Pensei um pouco pra responder. Vários momentos passaram na minha cabeça, desde as cabuladas pra ficar na pista de skate até as festas mais insanas que eu fui. Lá no fundo eu sou muito grato por tudo. No fim, depois de tanta merda, tudo acabou bem. Apesar das brigas, apesar das perdas. No final, tudo deu certo.
— Quem que é esse cara de cabelo branco? Ele tá mesmo com uma cueca na cabeça? HAHAHAHA
Caralho...
— Ele era seu amigo?
— Ele... ele era meu irmão.
— Por que que ele tá abraçando a mamãe?
— Longa história...
— Nem conta. Qual que era o nome dele?
Antes que eu pudesse responder, um grito da Rebecca vem de lá de cima:
— SAM! Avisa seu pai que o almoço tá pronto.
Ele só abriu os olhos castanhos pra mim.
— Vamo subir?
— Vamos, filho. Eu já tava com fome, mesmo.
THE END.
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