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História Back To The Start - Capítulo 1


Escrita por: lynmarquis

Notas do Autor


Criaturas!
Essa é a última vez que faço qualquer mudança drástica no enredo dessa fanfic e eu espero de coração que vocês gostem e acompanhem.
Amo vocês!

Capítulo 1 - Capítulo 1


 - Já está filmando, Chee? – Perguntei enquanto dava uma última ajeitada no cabelo e acomodava melhor o meu traseiro no sofá.

- Sim, vai logo! – Ela ordenou, enquanto acenava com a mão para que eu prosseguisse.

Com muito custo, tentei focar meus olhos na câmera do celular, inspirei profundamente e virei mais um shot de vodka, sentindo o liquido queimar a minha garganta.   

- Hola, Lern! - Acenei e sorri para o celular – Dá um oi, Chee!

- Oi, sua fodida! – Dinah gritou, virando o celular para si mesma e rindo escandalosamente.

- Foco em mim, Chee, precisamos parecer sóbrias! – Gritei também e Dinah virou o celular para mim. – Agora sim. – Sorri de novo para a câmera. – Quando você volta? Estou com saudades de você...

- Ela não para de encher a porra do saco dizendo que está com saudades, volta logo, Jauregui! – Dinah se intrometeu e eu fiz uma careta.

- Cala a boca! – Peguei a almofada que estava ao meu lado e arremessei contra idiota, mas errei o alvo vergonhosamente.

- Se você arremessar mais alguma coisa em mim, eu te arremesso pela Janela, Karla Camila! – Ela me ameaçou, pegando o celular mais uma vez – Grava logo essa bosta de mensagem!

Eu assenti e voltei mais uma vez o meu olhar para a câmera.

- Eu tenho que te contar uma coisa que eu descobri enquanto você está fora. – Enchi meus pulmões, sentindo o zumbido em minha cabeça aumentar insuportavelmente e fechei os olhos fortemente antes de abri-los.

- Fala logo, Chancho! – Dinah gritou e começou a batucar, a mesinha de centro onde estava sentada.

- Então... – Eu finalmente consegui focar meus olhos na câmera – Eu acho que estou apaixonada por você.

 

 

 

 

 

12:43 PM - Pousada Rio Roosevelt – Amazonas, Brasil

 

- Eu quero agradecer a todos aqui presentes por todo o esforço feito ao longo desses sete meses. –A americana começou com seus conhecimentos em Língua Portuguesa bastante melhorados, segurando um copo com cachaça  –Sou grata por ter conhecido cada um de vocês, que enfrentaram tantos sacrifícios para que esse projeto se tornasse realidade, e o "Beleza do Amazonas" existisse – Ela ergueu o copo no ar e sorriu – Um brinde a todos vocês!

O pequeno grupo de pessoas também ergueu seus copos brindaram ao mesmo tempo em que ovacionavam a mulher de cabelos negros e aplaudiam.

- Casa comigo, Lauren! –Gritou um rapaz, que durante o almoço havia exagerado nas doses de cachaça que haviam sido servidas.

- Cala a boca, Luis! – Murmurou um dos nativos responsável pelo transporte, acotovelando a costela do mais jovem – Você não sabe que o coração da dela pertence àquela garota que sempre fala com ela ao telefone?

Lauren meneou a cabeça ainda sorrindo enquanto observava a interação da dupla que passou todos os meses de excursão brigando e fazendo as pazes. Não adiantava a morena explicar que a mulher que quem sempre estava do outro lado da linha gritando com ela, era sua melhor amiga porque eles simplesmente não acreditavam e ficavam fazendo suposições que Lauren achava absurdas.

- Desculpe Luis, mas eu não posso me casar com você porque a distância nos atrapalharia. –Lauren se desculpou lamentando profundamente o fato de não ter dito nenhum envolvimento com o homem que naquele momento ria sozinho. Ficara durante sete meses naquele lugar, em completa abstinência sendo que poderia ter aproveitado melhor.

- Não ligue para esse garoto lesado – Murmurou uma senhora de cabelos negros e lisos ao se aproximar – Ele está mais bêbado que um gambá e não vale a dor de cabeça. – Ela concluiu se referindo ao neto, que naquele momento enchia seu shot com mais cachaça.

- Ele merece beber um pouco depois de tanto trabalho, dona Amelia – Lauren explicou com um sorriso radiante para a chefe de cozinha. – O tambaqui assado estava divino, assim como tudo o que a senhora cozinha. –Elogiou, referindo-se ao prato principal do almoço que acontecera mais cedo.

- Deixa disso, menina – A mulher idosa murmurou com um sorriso tímido, mas cheio de satisfação – É um prato fácil de cozinhar, eu vou anotar a receita para você. Aqui – Ela estendeu um pote que até então abraçava, para Lauren – Eu separei um pouco de cupuaçu para você levar para a sua amiga, ela vai gostar.

A americana conteve-se para não chorar diante daquele gesto tão simples. Ela segurou o pote artesanal por alguns instantes antes de colocá-lo sobre a mesa e abraçar a velha senhora fortemente. Ela não costumava ser tão emotiva, mas aquilo era uma despedida.

- Eu vou sentir falta da senhora – Lauren murmurou, sentindo as lágrimas molharem seu rosto.

- Eu também vou, minha neta branca – A senhora murmurou, segurando o rosto da mais jovem entre suas mãos grossas pelos anos de trabalho árduo.

- Eu escreverei todos os anos para a senhora. – Lauren prometeu, tendo em mente que a comunicação via telefone era muito superficial e passageira, sendo que uma carta poderia ser guardada por anos.

- Eu não sei ler, mas pedirei ao idiota do meu neto para ler e escrever pra mim – A senhora sorriu antes de pegar o pote com os frutos e entregar novamente a Lauren – Fique com isso perto de você antes que o Zé dê um jeito de pegar. – Ela disse, se referindo ao marido que tinha um pequeno vício por aquelas frutas.

- Vou segurar como se fosse o meu filho. – Lauren afirmou, agarrando o pote e batendo uma continência para a velha mulher.

- É bom que segure mesmo. Não se esqueça de trazer Camila para nos conhecer. –Ela pediu se referindo a mulher que todos naquele grupo já conheciam de tanto que Lauren falava dela.

- Eu vou trazer e ela vai adora-la! – Prometeu a jovem americana e a velha nativa amazonense sorriu.

- Se ela tem o coração bom como o seu, eu também vou gostar dela.

"Ela tem"

Lauren pensou consigo ao lembrar-se da amiga e seus lábios involuntariamente se abriam em um sorriso.

[...]

- Cadê o Luis? Ainda não me despedi dele – Lauren buscou os jovens entre todo o grupo que se amontoava para abraça-la em despedida.

- Ele está emburrado como uma criança lá no quarto. – Amelia respondeu apontando com o polegar para o casebre atrás de si.

- Eu vou lá falar com ele. – Lauren respondeu divertida, meneando a cabeça para a infantilidade do homem e seguiu para o interior do casebre, se deparando com o corpo masculino e forte, sentado em cima da cama, concentrado em entalhar um pedaço de maneira com um facão.

- Luis, eu já estou indo... – Lauren avisou, fazendo com que o homem levantasse o olhar para ela e franzisse as longas sobrancelhas grossas.

- Eu sei disso. – Ele respondeu antes de voltar a se concentrar no pedaço de madeira.

Lauren suspirou e se aproximou do homem, sentando-se ao lado dele na ponta da cama.

- Luis... – Ela chamou de maneira baixa, tomando novamente a atenção do homem, que levantou a cabeça para ela.

Não foram necessárias palavras para o que veio a seguir. Lauren tomou o rosto do rapaz entre suas mãos e o beijou.

O beijo durou alguns minutos, e quando ambos se separaram ofegantes, olharam-se por longos segundos antes de caírem em risadas.

- Foi melhor do que imaginei. – O jovem afirmou, sorrindo largamente enquanto esfregava a mão na nuca.

- Estou um pouco arrependida de não ter feito isso antes. – Lauren confidenciou, ainda sentindo a pressão dos lábios finos e masculinos que a beijaram instantes antes.

- E eu morrendo de inveja da mulher que está te esperando. – Ele resmungou antes de abraçar a americana. – Não desapareça, sentirei saudades!

- Ainda nos veremos, adeus! – Ela apertou o torso despido fortemente antes de selar seus lábios aos do homem brevemente e se levantar da cama.

[...]

- T'îanhomongetá! –A americana gritou a palavra indígena que havia aprendido durante sua estadia no Amazonas, enquanto acenava de dentro do carro, uma última despedida aos amigos brasileiros, antes de seguir numa viagem de quase vinte horas até o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes para então decolar em um voo de treze horas até Miami.

02:17 AM – Allapattah, Miami – Estados Unidos

- A senhora precisa de ajuda? – O taxista perguntou ao descarregar as malas de Lauren. A americana não respondeu de primeira, estava distraída com a faixada simples da casinha de um andar, que tinha como seu lar. – Senhora?

- Sim? – Respondeu Lauren, saindo de seus devaneios e voltando a atenção para o motorista.

- Eu perguntei se a senhora precisa de ajuda com as malas. – Ele apontou para as duas malas grandes que continham o necessário para Lauren se virar enquanto suas outras coisas não chegassem pelo correio.

- Não preciso, muito obrigada! – Ela respondeu com um sorriso, sentindo seu coração bater furiosamente contra o peito ante a expectativa de reencontrar a melhor amiga.

- Então tenha uma boa noite... ou um bom dia! – O motorista se despediu e a jovem seguiu pela estradinha de cimento rodeada por grama, antes de subir a escada de três degraus que levava até a porta da casa. Adentrou o imóvel com a chave que sua amiga lhe dera e seguiu diretamente para o quarto no qual ficava sempre que estava em Miami, ignorando a bagunça que estava a sala e as garrafas de bebida jogadas por todo o canto.

Ligou a lâmpada e se deparou com uma de suas outras amigas ali, esparramada em cima da cama, com metade do traseiro exposto pelo short justo enquanto se afogava em baba. Lauren foi até o closet, nas pontas dos pés, e pegou algumas peças de roupa antes de sair do quarto e rumar em direção ao banheiro.

Assim que saiu do banho, seguiu para o quatro que era ao lado do seu abriu a porta.

- Puta que pariu... – Ela murmurou ao ver sua melhor amiga ressonando calmamente em cima da cama. Não importava quanto tempo ficassem longe uma da outra, Lauren sempre se sentiria como se fosse desmaiar diante de Camila. Ela aproximou-se da amiga lentamente e beijou-lhe o rosto.

- Eu voltei, Camz – Ela sussurrou, admirando o rosto tranquilo, antes de contornar a cama e se aninhar ao corpo adormecido.



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