História Just Like Fire - Capítulo 38

Annelise:

— Você vai buscar Jax para ele passar o final de semana aqui? - Clark dizia toda animada batendo palmas.

— Acho que sim, Franklin deve estar querendo descanso! - rio.

— Yeah. - pula de animação no sofá e em seguida rimos.

Pego minha bolsa e chaves, saio do ap e desço de elevador até a garagem. Estou indo buscar Jax, essa semana ele ainda não veio para cá e talvez ele possa estar dando trabalho para Franklin, já que o mesmo trabalha muito.  Já estava em meu carro, à caminho da casa Dallas.

Ligo a rádio e então começa tocar Just Like Fire, toda vez que ouço está música, me lembro de Cameron, pois para mim, nosso amor é como o fogo, aonde os dois de alguma forma estão sempre se queimando. 

Cameron, saudades do meu moreno, como será que ele deve estar? Será que estão cuidando bem do meu garoto? Saudades do seu cheiro, seu beijo, do seu corpo... Saudades do meu Cameron por inteiro.

Enquanto sorrio ao me recordar de todas as suas coisas boas, percebo que ja estou em frente à sua casa. Desço de meu carro e me aproximo da porta, ela estava um pouco entreaberta e fico intrigada com isto, Franklin é muito cuidadoso e nunca se esqueceria de fechar a porta. Adentro a casa e ao passar os olhos pela sala, encontro Franklin caído no chão, corro para perto dele e reparo nos ferimentos em seu rosto.

— Franklin, Franklin pelo amor de Deus... - digo apoiando sua cabeça em meu colo - Me responde, Franklin acorda. - começo a dar leves tapas em seu rosto e nada, então pego seu pulso para ver se o batimento ainda está normal, ta tudo certo.

Enquanto estou desesperada tentando sem saber o que fazer, Franklin começa a acordar e resmungar de dor, seu rosto estava um pouco deformado e com muitas marcas de sangue.

— Hm... - resmunga e com muita dificuldade, consegue abrir os olhos roxos - Lise? - pergunta.

— Franklin, o que houve? Está bem? - estava tão assustada e desesperada, que não conseguia controlar as palavras que iam saindo de minha boca feito jato de água.

— Se acalme... - dizia cauteloso - Lise, está tudo bem! 

— Tudo bem Franklin? Você está todo machucado, sangrando, como pode estar tudo bem? - quase gritava de nervoso.

— Olha... - ele ergue o olhar - No meu quarto, na primeira porta do guarda-roupa, tem uma caixa de primeiros socorros. Você pode pegar para mim? 

— Okay... - digo - Consegue levantar? - ele assente - Então, vamos para o sofá.

Franklin devagar, se senta no chão, eu rapidamente me levanto e lhe puxo delicadamente pelo braço, com muito esforço ele consegue levantar e choramingar de dor, se apóia em meu ombro e eu carrego-o até o sofá. Depois de conseguir faze-lo sentar, subo correndo para seu quarto atrás da caixa de primeiros socorros, vou até seu guarda-roupa, abro a porta que ele disse e de cara encontro a caixa, pego a mesma e volto correndo novamente para a sala.

Me sento ao seu lado, preparo um algodão com soro e começo a passar em seus ferimentos.

— Enquanto limpo seus machucados... - digo passando o algodão na região dos olhos - Me explica o que houve aqui!

— Foram os caras do beco. Ai... - reclama de dor e eu assento para ele continuar - Quando cheguei, eles estavam aqui na porta me esperando, pedi para eles irem embora, mas foi em vão e então eles pediram para eu abrir a porta, me jogaram aqui para dentro de casa e me bateram o quanto puderam, já estava à muito tempo no chão, se você não tivesse chego, levantaria de lá só amanhã!

— Porque é que eles fizeram isto? - pergunto irritada - Será que não darão paz, mesmo com Cameron não estando aqui? 

— Ai Lise, vai com calma garota! - rateia mais uma vez.

— Me desculpa... - digo - É que estou irritada, odeio o fato de agora saber que eles não estão apenas ameaçando, estão praticando tal ato.

— Terei de ter mais cuidado de agora em diante... - se ajeita no sofá, após eu terminar de limpar seus ferimentos - Você e os garotos também, não sabemos do que eles são capazes. 

— Estou com tanta raiva, que por mim, iria atrás deles e descontaria todo esse ódio que estou sentindo. - digo guardando as coisas de volta na caixa de primeiros socorros.

— Você não pode fazer nada, por favor Lise, não procure mais confusão! - Franklin estava com medo de eu ir atrás deles de verdade.

— Eles merecem a morte Franklin, eles são horríveis! - passo a mão pelo rosto de nervoso.

— Relaxa, não farão nada novamente tão cedo. - diz - Vamos ficar tranquilos, pois Cameron está protegido.

— Sim! - respondo, tentando relaxar meu corpo.

— O que te fez vir aqui? - pergunta.

— Vim para buscar Jax, queria passar uns dias com ele e para você também ficar mais tranquilo. - respondo.

— Ah sim. - sorri - Ele está no jardim dos fundos, deixo ele lá, porque ele pode se sentir livre e Cameron disse que quer quer ele viva assim! - desta vez quem sorri sou eu e abaixo meu olhar, a saudade de Cameron doía ao ponto de fazer chorar.

— Falando em Cameron... - digo - Quando é que ele poderá receber visitas, além das suas? - continuava com o olhar abaixado, para ele não ver meus olhos se encherem de água.

— Ainda não sei, Lise. - diz se olhando na câmera frontal de seu celular - Vou para lá amanhã! 

— Ah, sim! - digo cabisbaixa.

— Faz o seguinte... - diz guardando o celular de volta ao bolso de sua calça - Vamos comigo amanhã e tentaremos entrar! - sorrio após ele dizer isto.

— Sério? - pergunto animada e ele assente sorrindo - Obrigada, senhor Franklin! - inesperadamente, abraço-o e ele retribui delicadamente.

Logo me afasto e conversamos mais um pouco. Depois de um longo tempo, vou até os fundos buscar Jax, ele fica todo feliz e passo um tempo lhe acariciando, depois prendo-o na coleira para levá-lo comigo.

— Agora eu já vou Franklin. - digo já na porta, prestes a sair.

— Vai lá... - sorri - Amanhã passo para te buscar as 9:00 a.m. Tudo bem? 

— Sim! - sorrio.

Me despeço de Franklin e vou mais Jax até o carro, ajeito ele no banco de trás e em seguida entro no motorista, seguindo para casa. No caminho, pensava em como estes bandidos foram capazes de fazer esta crueldade com Franklin, tudo bem que foi o troco que eles queriam dar, mas espancar o cara mais velho é horrível e covardia.