História Just Like Fire - Capítulo 48

Cameron:

São 7:30 p.m, Lise dorme tranquilamente e mais tarde deveremos sair para jantar, mas não quero acordá-la, seu dia foi tão intenso, além de toda a confusão com Nate e Gilinsky ainda me recebe essa ligação de sua mãe no fim da tarde. Arrumo-a melhor na cama, beijo o topo de sua cabeça e saio de fininho do seu quarto, desço até sala e encontro apenas Clark no cômodo, quando a mesma me olha consigo sentir sua preocupação transbordar.

— Como ela está? – pergunta.

— Péssima... – suspiro e me sento no sofá – Chorou até pegar no sono!

— Não sei por que essa mulher reapareceu. – passa as mãos no rosto.

— O telefone de vocês, grava os números das ultimas ligações? – pergunto.

— Me deixa ver. – Clark se levanta e vai até onde o telefone está depositado, pega o mesmo e sai fuçando em meio aos botões – Achei! – responde e rapidamente trás o telefone até mim.

— Obrigado Clark! – digo, assim que ela me entrega o mesmo – Vou ligar, preciso tentar ajudar Lise. – a morena assente e saio porta afora do apartamento.

Ao me encontrar no corredor, observo que não há ninguém no local e então faço a ligação, depois de três toques alguém atende.

— Alô? – a pessoa diz.

— Oi, é a Jasmine que está falando? – pergunto meio nervoso, pô estou falando com a mãe da minha namorada.

— Sim! – responde – Quem fala?

— Aqui é o Cameron, namorado da Lise! – digo – Tudo bem?

— Oi, Cameron. – não consigo reconhecer o tom de sua voz – Tudo certo, como está minha filha?

— Ela está mal, muito mal! – respondo ríspido – Eu queria sinceramente saber, o que lhe fez ligar para ela. Pode me dizer? Talvez, eu posso ajudá-la.

— Estou em Chino Hills, eu e meu marido, pai de Lise, viemos atrás dela, queremos saber como nossa filha está e o que está fazendo. Eu só quero saber isto! – sua voz já se encontrava embargada e eu sinceramente não sei dizer se isto é sincero.

— Como encontrou o número dela? – pergunto, ainda estou receoso.

— Estamos aqui há uma semana, fomos atrás da Lise em todos os cantos, passamos dia e noite procurando-a. – respira fundo – Hoje, era o ultimo dia que procuraríamos por ela e por um acaso fomos até um cabaret, como sei que Lise é louca por dança, fui atrás dela em tudo que é lugar que havia dançarinos e este cabaret era o último que pretendia encontrá-la. E foi lá que nos deram o número de sua casa! – explica toda a história.

— Isto é estranho, depois de seis longos anos, você estão procurando-a e sabe lá pra que. – eu estou realmente intrigado com toda esta história.

— Eu imagino, talvez seja um erro nosso irmos atrás dela agora, depois de tanto tempo. Mas eu preciso ver minha filha, Cameron. – chorava e eu sentia um pouco de verdade no que dizia.

— Ajudarei vocês! – digo e em seguida fecho os olhos por imaginar que talvez seja errado fazer isto – Terça ás 10:00 a.m poderemos nos encontrar? – pergunto.

— Claro, claro. – Jasmine diz animada – Nossa muito obrigada!

— Salvarei seu número aqui e ligarei na segunda-feira para confirmar tudo. – digo – Só peço que durante este tempo não ligue para Lise, por favor!

— Tudo bem, não ligarei. – diz.

— Okay, até. – a ouço dizer o mesmo e desligo a ligação.

Fico mais um tempo parado no corredor e tento acreditar que isto seja o certo a se fazer, sei que Lise poderá ficar com muita raiva, mas é horrível crescer sem um familiar por perto. Quero ouvir o que Jasmine tem para me dizer, quero ver cara a cara se ela está realmente arrependida do que fez com minha namorada. E antes que eu continuasse a pensar, ouço a porta atrás de mim se abrir.

— Amor, o que faz aqui? – então a loira mais linda que já vi neste mundo, estava a minha frente toda descabelada e com a cara amassada de quem acabará de acordar.

— Você já acordou? – acho que isto é meio óbvio né Cameron?

— Sim. – ri – Temos que nos arrumar para o jantar! – se aproxima e entrelaça seus braços em minha cintura, depositando seu rosto em meu peito. Beijo o topo de sua cabeça e abraço-a.

— Então, vamos nos arrumar. – digo.

Entramos para o apartamento, aviso Lise que irei me arrumar em casa, já que não havia trazido nada. Despeço-me dela e de Clark, saio porta afora do apartamento, pego o elevador e ao chegar no térreo, sigo para fora do prédio, encontro um táxi parado na porta e entro no mesmo. Digo o endereço e o taxista segue até minha casa, durante a viagem penso em como foi o dia, QUE DIA. Ao chegar em minha porta, lhe pago e desço do carro, vejo que meu pai está em casa, já vou entrando e me deparando com uma das coisas que mais me fizeram falta durante este tempo, JAX!

— Hey grandão! – digo e vejo meu cachorro correr em minha direção, em seguida pular praticamente me derrubando no chão – Como senti sua falta. – afogava seus pelos e o mesmo lambia meu rosto, acho que ele também sentia.

— Filho? – ouço meu pai chamar da cozinha.

— Oi pai, cheguei. – respondo ainda abraçado com Jax.

Vejo o senhor Franklin aparecer na sala com uma xícara de café nas mãos e sorrio para o mesmo.

— Ele sentiu sua falta! – sorri.

— Também senti muito a falta deste garotão! – digo brincando com as orelhas de meu filho.

— Lise cuidou dele feito mãe, ela sempre o levava para o apartamento dela e passava dias com ele, também lhe dava banho, por isso está cheiroso agora porque ela lhe deu um bom banho! – sorria, meu pai adora a nora.

— Está até com gravatinha, filho? – pergunto como quem esperasse uma resposta sair de sua boca. Levanto-me e bato minhas mãos em minha calça que se encontrava com pelos.

— Veio se arrumar? – papai pergunta e vejo-o se sentar no sofá, ligando sua amada televisão.

— Sim! – respondo – Na Lise não havia nenhuma roupa minha, então tive que vir. – rio.

— Ah sim! – diz – Como ela está?

— Está bem com o assunto de Nate e tal, mas apareceu outro ainda mais desesperador. – torço os lábios – Os pais dela estão aqui em Chino Hills e querem vê-la!

— Como assim? Eles não a expulsaram-na de casa? – meu pai estava um tanto que assustado.

— Exatamente! – digo – Porém, agora dizem que estão arrependidos e que querem ver a filha. – suspiro – Bom... Isto tentaremos resolver está semana, agora irei tomar uma boa ducha, pois estou precisando. – estava prestes a subir para meu quarto quando meu pai me chama novamente.

— Filho? – viro-me para o mesmo.

— Eu? – pergunto.

— Eu te amo e senti sua falta nesta casa! – poderia ver seus olhos marejados por trás de seus óculos de grau.

— Eu também te amo pai, muito! – sorrio e subo rapidamente as escadas.

Ao chegar em meu quarto, a porta estava aberta, deparo-me com um mural de fotos que eu nunca havia visto-o ali, até porque nunca fui ligado a estas coisas. No mesmo continha fotos minhas com os garotos, fotos com meus pais e principalmente fotos com Lise, em cima havia uma frase escrita com uma linda letra de mão, “God Has a Plan”. Sorria feito um bobo e com toda certeza isto é obra de Annelise Caniff. Após apreciar a obra de minha namorada, vou até o banheiro e rapidamente dispo-me e entro no chuveiro, deixando a água quente percorrer meu corpo, preciso que ele relaxe de toda a tensão que senti no dia, passar o natal com meus amigos será maravilhoso e me deixará tranqüilo por tê-los por perto.