1. Spirit Fanfics >
  2. Just Like Fire >
  3. Capítulo 6

História Just Like Fire - Capítulo 6


Escrita por: isaxmn

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Just Like Fire - Capítulo 6

Cameron:

Eu não faço ideia do que estou fazendo, mas a minha vontade de passar tempo com Anne e saber mais sobre ela, é maior do que de ir a um beco.

— Vamos lá... - digo a olhando sorrindo - Posso começar as perguntas? - mantendo meu foco na estrada.

— Quero deixar bem claro uma coisinha... - ela diz sorrindo e erguendo seu dedo indicador - Se eu não me sentir confortável com alguma pergunta, não irei responder, okay? - ascendo que sim e então resolvi fazer a primeira.

— Porque trabalha no Cabaret Club? - olho para ela, já que estávamos parados em um semáforo fechado.

— Eu vou contar logo toda minha história com a dança, Cabaret e tudo mais. - ela diz fazendo uns gestos malucos com as mãos - Vamos lá... - solta um longo suspiro - Eu fiz aulas de todos os tipos possíveis de dança, meu sonho era viver disso, dançar para sempre! - ela exclama com um sorriso tão lindo, eu passaria horas observando cada traço de seu sorriso - Só que quando eu decidi isto, minha mãe me virou as costas, me obrigando à escolher entre "dança ou advogacia", meus pais são advogados nomeados no Brasil... - tiro minha atenção da estrada por um minuto ao perceber que ela acabou de me dizer que é do Brasil, como é que eu não havia reparado nisto antes? Ela tem um sotaque diferente, mas acho que ela já conseguiu obter melhor o inglês daqui, sua beleza... Diferente demais das garotas de Califórnia - Então, o sonho deles era eu ser advogada e seguir como eles, com o consultório e tudo mais... - percebo sua voz ficando embargada e ela solta um suspiro como de quem está louca para chorar, mas está se segurando - Eu não queria isto para minha vida, disse a ela que escolheria a dança e a mesma virou-se me mandando embora de casa, dizendo que isso não era uma coisa que ela gostaria de ver sua filha exercendo e que eu não era digna de estar naquela família! - e aí ela não consegue mais segurar e desaba em lágrimas, eu resolvi encostar o carro num canteiro qualquer, só sei que ainda não estávamos próximos de sua casa.

— Se não quiser continuar, está tudo bem... - digo a olhando atentamente - Foi mal ter pedido para saber mais sobre sua vida.

— Está tudo bem... - ela limpa as lágrimas e dá um pequeno sorriso - Continuando. Ela me mandou embora e eu decidi que já que era para sair de casa, sairia do país e ficaria longe deles, peguei todas as minhas economias que havia guardado por todo o tempo que eles me bancaram e vim parar aqui, já tinha 18 anos mesmo, já era dona do meu nariz e podia fazer o que bem entender... - ela diz tão orgulhosa de si mesma - Passei um tempo em um hotel, até encontrar um lugar para me fixar. Então, encontrei um apartamento naquela rua e resolvi sair a procura de um emprego que fosse relacionado a dança! - ela se ajeita melhor no banco - Encontrei o Cabaret, eu me apaixonei por aquele lugar mesmo sabendo tudo o que podia acontecer comigo ali, a minha única preocupação era entrar e ter que fazer algo que não queria ou seja, me tornar garota de programa. Conversei com o gerente, Taylor, ele foi incrível me dizendo tudo o que eu faria e deixando claro que eu me tornaria apenas o que eu quisesse, as dançarinas que fazem programas são por conta própria, o Cabaret não tira nenhum proveito disto. - vejo que ela está me contando a verdade - Encontrei meu lugar, lá é meu lugar Cameron, eu sou feliz dançando! - seu sorriso bonito estava estampado de novo em seu rosto - A dança me faz segura do que sou e me tornei, é louco, eu sei. Aquele lugar é terrível apenas pelas pessoas que o frequentam!

— Ei... Assim me sinto ofendido. - digo num tom brincalhão, fazendo ela soltar uma risadinha.

— Menos você e seu pai, claro... - ela sorri - Mas sei que à de concordar, em relação a isso o Cabaret não passa uma boa imagem. - apenas concordo com a cabeça.

— E onde Clark, sua amiga, entra nisto? - pergunto. Estou sendo intrometido demais, não?

— Clark é minha irmã, melhor amiga e a única que tenho aqui em Califórnia... - sorria igual uma boba - Ela já trabalhava dançando no Cabaret e estava a procura de um lugar para morar quando entrei, o apartamento que tinha encontrado havia dois quartos e mesmo sem conhecê-la lhe ofereci para morar comigo e me ajudar com as despesas. Deu certo, faz dois anos que moramos juntas e nos damos muito bem! - não tinha como não sorrir com ela. Consegui enxergar que tudo o que ela está fazendo, é seguir seu sonho e sendo feliz, mesmo tendo apenas uma amiga para apóia-lá em tudo e eu aqui reclamando da vida, sendo um mero drogadinho de merda que não merece o pai e a vida que tem.

— Oh... - digo surpreso, ela me disse tanta coisa, sendo que nos conhecemos bem menos de 24 horas, somando o tempo que passamos juntos aquele dia e hoje - Isto é louco, você foi corajosa Anne!

— Devo ter sido... - ela diz olhando pela janela - Larguei todo um conforto, para trabalhar em um Cabaret e dividir apartamento com uma das minhas colegas de trabalho. - ela sorri e me olha - É... Isto realmente é louco!

— E desabafar com um carinha qualquer que mal conhece... - damos risada - Me desculpe, por ter pensado aquilo de você. - digo me referindo por tê-la chamado de garota de programa.

— Está tudo bem, você mal me conhecia mesmo e todos tem essa primeira impressão das dançarinas dali! - ela diz calmamente e voltando a observar lá fora - Agora acho melhor irmos, essa rua está muito escura e assombrosa.

— Verdade. - digo ligando o carro e voltando ao caminho de sua casa.

— Agora, eu posso questioná-lo senhor Cameron Dallas? - ela diz me olhando engraçado, solto uma gargalhada.

— Vamos lá... - olho para a loira ao meu lado - O quer saber Anne?

— Está aí uma coisa que esqueci de mencionar... - ela estica o braço em forma de cumprimento - Me chamo Annelise Caniff, prazer! - a mesma sorri e eu sorrio de volta, apertando sua mão.

— Prazer só na cama novinha. - pisco e dou risada de sua cara, ela me surpreende com um tapa fraco no braço, acabo rindo mais ainda porém mantendo minha atenção na estrada - Sou Cameron Dallas, ao seu dispor.

— Okay... - ela para e pensa um pouco - O que te levou a acompanhar teu pai ao Cabaret? - Uh... Explicar tudo, desde o começo para ela não estava nos meus afazeres hoje.

— Longa história... - ela me olha como quem diz "vamos lá, pode começar", merda - Minha mãe faleceu, já vão fazer dois anos e bom... Meu pai passou a frequentar este Cabaret e encher a cara como todos os dias, só que eu... - pausei, penso se devo realmente lhe contar isto. Ela me contou sobre tudo de sua vida, porque eu não posso?

— Cameron, pode confiar! - ela diz colocando sua mão em cima da minha que se encontra no volante. Não havia sentido teu toque ainda, não assim tão quente, no máximo o encosto de seu rosto no meu para nos despedir.

— Eu me envolvi com drogas! - quando me dei conta já havia falado, a mesma tira sua mão de cima da minha e quando olho paro seu rosto, sua boca se forma em um pequeno "o" e ela solta um pequeno suspiro.

— Isto não é bom, porque se envolveu com isso? - ela dizia com um tom preocupado, ainda assim linda.

— Não sei... - digo percebendo que já nos encontrávamos na rua da esquina de sua casa, então estaciono o carro na mesma e volto minha atenção para Anne - Aconteceu. Depois da morte de minha mãe, passei a frequentar muitas festas e me envolver com gente desse tipo, acabei experimentando essas coisas e quando vi já estava completamente envolvido e não conseguia mais largar está vida. - digo calmamente, mas sentindo uma vergonha imensa por isso. Horrível, após ouvir a história tão vitoriosa de Anne, ter que contar a derrota que é a minha.

— Não te julgo... - ela me olha e sorri - Você apenas foi fraco, assim como teu pai. Já tentou procurar ajuda?

— Não... - paro para analisar minha resposta e resolvo me corrigir - Na verdade, meu pai tentou, disse que pagaria o tratamento e tudo que fosse preciso! Mas eu não dei valor e ele acabou desistindo de me ajudar, aí eu me afundei de vez! - passo a mão em meu rosto e meu olhar para no dela, consigo ver a pena que ela está sentindo de mim.

— Franklin é incrível, você deveria ter aceitado a ajuda. - suspiro, para não falar algo com grosseria - Bom... Não sei tanto assim sobre como foi sua vida, não posso te julgar. - ela sorri - Espero que você consiga sair dessa Cameron, estou dizendo isto do fundo do meu coração! - e mais uma vez ela toca em minha mão, essa garota deve ter alguma usina elétrica dentro de si, pois a eletricidade que ela está me passando com esses toques é surreal.

— Obrigado. - sorrio de volta. Ela começa a ajeitar sua bolsa, de certo já está querendo sair do carro.

— Agora tenho que ir, estou morta. - ela faz beicinho. Já disse o quão fofa ela fica quando faz isso?

— Antes, a senhorita pode tratar de passar teu número querida?! - ela faz careta e eu solto uma risada.

Trocamos nossos números e ela sai porta afora do carro, seguindo aquela rua escura. Incrível, está é palavra certa para essa garota.


Notas Finais


mais um capítulo p vcs, bjxxx
.. 💙✨


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...