Yoongi
Como sempre a regra era clara: trabalhe muito, curta muito.
No meu caso trabalhar não é algo difícil.
O nosso esquema aqui é nível profissional, não deixamos pontas soltas e sempre estamos no topo. Custe o que custar.
Como de lei acordei depois do meio dia, almocei na minha linda cobertura enquanto olhava as inúteis vidas que corriam para trabalhar e fazer seu dinheiro.
Patéticos. Pensei. Se soubesse como a vida é boa sem ter que seguir a lei. Afinal, nós fazemos a lei.
Assim que terminei meu almoço meu celular tocou. Deveria ser mais uma das minhas várias vadias querendo repetir a noite.
Atendi e me surpreendi com meu pai na linha.
-Filho?
-Sim, Appa.
-Tenho um trabalhinho para você.
-Nossa, logo hoje? Queria passar o dia fazendo nada.
-Min Yoongi, você não faz nada todos os dias.
-Sabe que estou brincando. -ri- adoro meu trabalho. Quem eu mato hoje?
-Por enquanto ninguém, mas...tenho informações sobre Valentim.
-Valentim? -cerrei o punho- onde? Ele finalmente deu as caras? Isso...
-Não parece real? -meu pai completou- eu sei.
-Me diga onde encontra-lo! Vou adorar meter uma bala na cabeça dele.
-Calma filho. Estamos atrás desse pilantra a muito tempo. Quero que você o faça ter uma morte lenta e dolorosa.
-Ele não merece menos...
-Exatamente. Enfim, parece que ele voltou para a Coreia e está frequentando uma lanchonete.
-Lanchonete? Por que ele iria fazer isso?
-É um bom lugar para não chamar atenção.
-Tem razão. Ele seria so mais um.
-Estou te enviando a localização. Quero que va para la e se o encontrar...me traga a cabeça dele em uma bandeja.
-Pode deixar, Appa.
Desliguei o celular.
Aquela informação me deu um ânimo e uma vontade enorme de sair e encontrar aquele desgraçado e meter uma bala em sua cabeça.
Me arrumei rapidamente, mandei mensagem para Namjoon, o dizendo para me encontrar na lanchonete, peguei as chaves de minha moto e fui.
Hoje é o dia da grande vingança.
{...}
Eu estava impaciente. Namjoon não chegava logo e eu não podia contar com os outros garotos pois estavam em um trabalho para meu pai.
Eu olhava atentamente a todas as pessoas na lanchonete.
Nenhuma parecia ser aquele canalha.
Peguei meu celular e comecei a mexer no mesmo enquanto esperava meu lanche.
Foi quando recebi meu lache...direto na minha cara.
- Ai meu Deus, me perdoe. -uma voz feminina dizia desesperada-
Ouvi risos e outras vozes dizendo "bem feito, garçonete estupida".
Levantei os olhos e um bando de adolescentes riam da garçonete que estava se levantando do chão com a cabeça baixa.
Não precisei ser muito esperto para perceber que a empurraram.
Boa brincadeira.
Isso só não tira o fato de que estou sujo de lanche.
Me levantei com raiva e fui para os fundos da lanchonete. Onde ficaria o banheiro.
Entrei no mesmo e joguei uma água no rosto fazendo aqueles restos de lanches escorrerem pela pia.
A porta atrás de mim se abriu e logo se fechou. Me virei e me deparei com a garçonete.
Ela usava uniforme da lanchonete, cabelo preso em um rabo de cavalo e seus olhos me olhavam atentos.
-Se...senhor, me desculpe. Eu não quis que...
-Fique quieta. Te empurraram não sou cego.
Ela me olhou e entortou o olhar.
-Vim me desculpar e ver se precisa de algo.
-Preciso de uma garçonete que coloque o lanche no meu prato e não na minha cara. E por favor, uma que seja mais sexy também.
Seu olhar ficava cada vez mais torto.
-Não tem respeito? -ela ergue a voz o que me surpreende-
-Desculpe, o que disse? -a olho sem entender-
-Eu vim me desculpar. Já não basta aqueles adolescentes que fazem da minha vida um inferno! Não preciso de um babaca que não aceita desculpas.
Soltei um riso irônico e a agarrei pelo braço prensando a mesma contra a parede.
-Não tem medo de morrer? -sussurrei em seu ouvido e depois olhei seus olhos-
Olhos...bonitos. na verdade, se você olhasse bem perceberia até um brilho...espera, cala a boca Min Yoongi.
-Pra me matar vai precisar disso. -sinto suas mãos descerem por minha cintura, o que me fez arrepiar. Então suas mãos voltaram para perto se si e ela...estava com minha arma?- Aprenda a esconder uma arma sem deixar ela marcando. -ela me olhava com sua cara fechada-
-Me devolva isso! -a solto e pego minha arma-
-Olha, se veio assaltar o lugar. -ela dizia enquanto eu guardava minha arma- saiba que eu posso parecer boba mas não sou. Coloco ladraozinho como você na cadeia apenas apertando um botão de segurança.
-Ladraozinho? -Olhei sem acreditar- garota, eu...
-Blábláblá. Eu te trago outro lanche e você vai embora. Mais uma vez, desculpe-me pelo incidente. -ela deu as costas e saiu do banheiro sem olhar para trás-
Como essa garota, que tem a maior cara de barata tonta, conseguiu me enfrentar e ainda por cima pegar a MINHA ARMA?
Fiquei ali uns 5 minutos antes de me recuperar e voltar para a minha mesa onde meu lanche e Namjoon me esperavam.
-Cara, onde você estava? -Namjoon falava de boca cheia-
-Fui...Ao banheiro. -olhei em volta a procura da garçonete- como sabia que eu estava nessa mesa?
-A garçonete me falou. -Ele deu ombros e mordeu seu lanche-
-Ah, claro... -continuei olhando em volta-
-Cara, acorda! Até parece que viu um fantasma.
-Nada...quer dizer, claro que não vi fantasma, não seja idiota!
-Não está mais aqui quem falou.
-Bom mesmo. -retomei meu estado normal- Enfim, entendeu o porque de estarmos aqui não é?
-Você tem certeza de que é o Valentim e que ele realmente está vindo aqui?
-Meu pai já recebeu alguma informação errada?
-Não...mas depois de tanto tempo. Nem sabemos se ele está vivo ainda.
-Ele tem que estar! -dou um soco na mesa- ele tem que estar vivo para que eu possa mata-lo.
-Ok. Você quem manda. -Ele da ombros- E vamos ficar aqui até que horas?
-Até quando for necessário. -digo com firmeza enquanto corro o olhar pela lanchonete procurando alguém suspeito-
As palavras de Namjoon corriam em minha cabeça.
Será que ele realmente não estava indo la, seria a informação errada?
Não podia ser. Eu precisava de algo para me segurar na lucidez antes que a loucura me arrastasse para a sede de vingança.
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