História Just Like Fire《Suga》 - Prisioneira

Yoongi

{...}

-Suga, tem certeza de que não vão dar falta dessa garota? -Namjoon estava escorado na porta do meu quarto olhando a garçonete desmaiada na cama-

-Você viu que ela é sozinha, a seguimos e ela não tem ninguém. No máximo o loiro da lanchonete em que ela trabalha.

-Tem certeza de que isso não vai dar ruim?

-Já falei com meu pai. Disse que eu achei uma vadia para me satisfazer todos os dias. Alguém que ninguém daria falta.

-Okay. Pelo menos não vamos mais voltar naquela lanchonete. Ou vamos?

-Vamos. Ou vão achar suspeito pararmos de ir la assim que ela desaparece.

-Mas e Valentim?

-Ele não está la. -Suspiro- e se estava quando percebeu fugiu...de novo.

-Cara, ainda vamos encontra-lo.

-Eu não vou desistir. Ele não perde por esperar. -digo com frieza-

-Está bem. Olha, vou ir pra casa. Amanhã volto aqui com os meninos.

-Está bem. Até mais tarde.

-Até.

Namjoon sai pelos corredores e logo já não estava mais em meu apartamento.
Olhei o calmo rosto dela dormindo.
Eu nem se quer sabia seu nome, sua idade ou nenhuma outra informação.
Desde o incidente no banheiro da lanchonete algo me chamou a atenção naquela garota.
Ela não teve medo de tirar a arma de mim, mesmo com aquela cara de inocente.
Ela agiu...por instinto. Isso era sexy, era interessante e eu queria descobrir mais.
Obriguei Namjoon a me ajudar a segui-la.
Ela morava em um pequeno apartamento no centro da cidade. Estava sempre sozinha, não tinha amigos ou família aparentemente. Na verdade eu só havia visto ela conversando com o cara da lanchonete.
Foi quando essa ideia me ocorreu.
Ela podia ficar comigo, pelo menos até a hora em que eu enjoar, a certar na cabeça e esconder o corpo em uma vala qualquer.

-Acho bom você valer a pena. -sussurro sozinho a olhando-

Me levanto e vou tomar um longo banho quente pra relaxar.
Não é tão fácil sequestrar alguém quanto parece.

Depois do banho eu estava pronto para ter uma bela noite de sono...na minha cama que estava ocupada?  Por que não falei pro Namjoon coloca-la em um dos outros quartos?

-Droga garota! Você não vai ficar ai não.

Cheguei perto dela e a peguei no colo e fui levando para outro quarto.
Coloquei a mesma na cama e cobri com algumas cobertas.

-Quero ver do que você é capaz.

Disse dando uma última olhada nela e indo para meu quarto.
Amanhã seria o dia dela se tocar que estava sendo mantida como prisioneira.
Minha prisioneira.

{Dia seguinte...}

_________ Miller

Acordei com uma tontura horrível.
Me sentei na cama e pensei no pesadelo que tive: eu sendo sequestrada por aquele cara estranho e gato da lanchonete.
Estendi o braço pra desligar o despertador...então percebi que não havia despertador.

Comecei a olhar em volta e a ficha caiu. Eu não estava na minha casa.
O quarto em que eu estava era grande e luxuoso. Um verdadeiro sonho.
As cortinas cinzas e grandes escondiam uma enorme janela de vidro que devia ter uma bela vista. Eu até podia parar para admira-la se eu não estivesse em um quarto desconhecido com uma tontura horrível.
Me levantei e abri a porta do quarto. Pelo sol que iluminava a casa devia ser de manhã ainda, talvez 10 ou 11 horas.
Fui andando pelo longo corredor.
Cheguei até uma escada e do topo eu via uma sala com janelas de vidros enormes e uma porta de vidro que dava acesso a uma piscina.
A vista era da cidade de Seul, linda.

-Que merda é essa? -olhava confusa-

Comecei a descer a escada com cuidado para não cair por causa da tontura.
Quando cheguei até o fim da escada me apressei para ir em direção a porta de entrada.
forcei a mesma que não abria.

-Onde pensa que vai? -Ouço uma voz masculina familiar-

Me virei e me assustei ao ver quatro rapazes, entre eles...o loiro da arma.

-Você...-Olho o mesmo sem entender- o que estou fazendo aqui? Quero ir para casa.

-Você está em casa. Na sua nova casa.

-O que? Você é louco? Isso é uma piada? Abra essa porta. -forcei a porta novamente-

-Está trancada. E você não vai embora.

-Isso...isso só pode ser brincadeira. -meu desespero começa a me dominar- SOCORRO. -dou socos na porta e grito desesperada-

Eles riram como se fosse algo engraçado.

-Pode gritar o quanto quiser. Ninguém vai te ouvir. E se ouvir não vão ajudar.

-Olha, se ficou com raiva daquilo na lanchonete eu já pedi desculpas. Por favor deixe-me ir. -sinto meus olhos se enchendo de lágrimas-

-sinto muito meu bem mas agora você é minha.

Olhei eles já com minhas lágrimas escorrendo.
Não estavam brincando. Eu estava sendo mantida como prisioneira.
Em um ato de desespero ou de loucura passei correndo  por eles indo em direção de uma cozinha, passei pelo balcão e comecei a abrir as gavetas em desespero.

-Peguem ela! -O loiro gritou e os quatro vieram em minha direção-

Finalmente achei a gaveta certa e peguei uma faca sem dentes e um pouco maior do que as que usamos normalmente.

-Ah, que fofa. Ela pegou uma faca. -Ele ria e se aproximava-

Em um golpe rápido fiz um corte em seu braço. Nada que o fizesse parar no hospital mas consegui arrancar um pouco de sangue.

-SUA VADIA. -o loiro arranca a faca da minha mão e a arremessa longe- Agora vou te ensinar bons modos.

Ele se aproximou e me agarrou com força, me puxando em direção a escada.

-Suga, cuidado para não machuca-la. -um dos caras fala-

Não tive muito tempo para reparar mas ele tinha cabelos castanhos escuros, uma carinha de bebê mas um jeito de quem atiraria em alguém se fosse preciso.

-Cale a boca, JungKook. -O loiro disse enquanto me empurrava escada a cima-

-Me solta! -eu chorava em desespero- ME AJUDEM POR FAVOR.

Eu gritava enquanto era puxada para o corredor. Chorava pelo desespero de estar passando por uma situação dessa, eu...Não estava com medo deles e sim do porque de eu estar la.
Poderia ser estuprada ou algo pior.

-POR FAVOR ME AJUDEM. SOCORRO. -meus olhos escorriam-

Antes de ser puxada completamente para o corredor eu poderia jurar que o castanho, JungKook, deu um passo em direção a escada mas foi segurado pelo ombro por um dos caras. Como um aviso para que não se metesse.

Quando me dei conta eu já estava sendo jogada dentro de um quarto.
O loiro bateu a porta e a trancou e então me olhou com os olhos em chamas.

-Você tem coragem. -Ele se aproximava e eu ia andando para trás- Eu não seria capaz de te machucar. Mas olha o que você me fez. -Ele mostra seu braço ensanguentado-

Eu já estava de costas na parede e ele se aproximou deixando nossos corpos quase colados.

Por que tão gato?

Bom, se for pra ser morta então que seja por uma pessoa bonita.

-Por favor...-Eu tremia-

Ele colocou suas mãos em meu rosto e apertou com força.

-Não me faça te machucar, porque eu não quero. -Ele foi se aproximando até eu sentir seus lábios no meu-

Seu beijo era feroz, com desejo e perigo. No começo eu estava relutante mas fui me deixando levar pelo momento.

Morrerei feliz.

Com uma mordida forte em meu lábio inferior ele separou o beijo.
Pegou meu rosto novamente e segurou me fazendo olhar em seus olhos.

-Nunca mais me desafie na frente dos meus amigos. -o loiro pisca para mim-

Ele me solta, da as costas e vai abrir a porta.

-E nem tente fugir enquanto eu estiver fora. Ou eu mato seu coleguinha da lanchonete. -com essas palavras ele sai pela porta me deixando no quarto-

O que estava acontecendo? Por que eu estava ali? Por que ele me beijou e não me bateu? Luke...Ele disse que mataria o Luke.
Não, não pode ser! Não posso ficar ali para sempre tem que haver um jeito.

Me sentei no chão e comecei a chorar.

-Calma, _________. Calma. -suspirei-

Quem eu quero enganar? Estou fodida com todas as letras. O pior era não saber o motivo disso tudo.
Me resta esperar.